Janaina Edwiges 05/01/2019
Um lugar chamado liberdade
O sonho de ser livre, de ser capaz de tomar as próprias decisões e viver intensamente as próprias escolhas perpassa toda a história de Um lugar chamado liberdade. É pelo que anseia Mack McAsh, que sob um regime de escravidão é obrigado a trabalhar nas minas de carvão escocesas desde os sete anos, na segunda metade do século XVIII. Mas o protagonista desta linda história tem espírito questionador e coragem suficiente para desafiar o sistema em busca de sua liberdade.
Entrelaçando o caminho de Mack, temos Lizzie Hallim, uma jovem da aristocracia. Autêntica, impulsiva, questionadora dos costumes e com um comportamento que a sociedade acha impróprio para uma dama, Lizzie também anseia em ter voz própria.
Esta é minha primeira experiência de leitura com uma obra do Ken Follett e só consigo me questionar porque demorei tanto tempo para ler um livro deste autor maravilhoso. Com maestria, Ken consegue criar a ambientação perfeita para a história. Nos passos de Mack e Lizzie, nos deparamos coma as péssimas condições de trabalho dos mineradores na Escócia (jornadas exaustivas, trabalho infantil, saúde precária); conhecemos a vida nas efervescentes ruas de Londres, com destaque para o trabalho dos carregadores de carvão, que eram explorados pelos empregadores e não tinham ninguém para defendê-los perante a justiça e, por fim, através das fazendas de tabaco da Virginia, descobrimos um pouco mais do contexto social, político e econômico das Colônias Britânicas na América do Norte.
Um romance histórico maravilhoso, que tem tudo para ser apreciado por todos aqueles que se aventurarem na leitura desta história fascinante.