Caninos Brancos

Caninos Brancos Jack London




Resenhas - Caninos Brancos


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Marcos 01/10/2021

Um clássico por inaugurar um estilo
Diferente de outros livros que li que narram a vida de animais, neste não há aquela antropomorfização que é comum no estilo. Não existem características humanas em caninos brancos, ele é instinto e aprendizado pelo meio. Como lobo selvagem, aprende o que é comida. Como parte de uma sociedade humana, aprende a matar sem fome. Esse é um livro que trata de temas com crueza, não usa palavras bonitas ao narrar um rinha de cachorros. Diferente da animação, no livro sangue e pescoços dilacerados são rotina. O livro é repartido em algumas partes que são bem definidas, mas me recordo das seguintes por serem os temas que considero principais na história: a alcatéia, a mãe, o pai, o filhote, os deuses, o deus mal, o deus bom. Cada parte vai trazer uma reflexão diferente: a fome, a cria artificial, instinto, vida selvagem, a sociedade humana, o indivíduo mal e o indivíduo que domesticou o lobo. Cada uma dessas reflexões vem de uma análise sóbria de um ser a parte que não julga, mas relata. Quando se lê esse livro não se tem, somente, a sensação do medo da alcatéia mas, também, o medo do ser humano. O segundo superando em muito o primeiro.
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brentlejuice 24/08/2021

É uma historia incrível, fiquei encantada com a escrita do Jack London. Não estava esperando nada quando peguei, fui surpreendida e agora entendo o que tanto falam desse livro.
O começo me deixou tensa e não conseguia parar de ler, então veio a construção do Caninos Brancos e como ele se transforma um pouco por causa de quem "cria" ele (deus donos) e acaba se tornando um reflexo, mas sem perder sua essência.
Caninos brancos é realmente um lobo e ninguém tira isso dele por mais domesticado que ele seja.
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Fresta0 08/08/2021

Com um lobo como protagonista, Jack London descreve o mundo selvagem na sua crueza. Sobreviver no mundo gélido do Ártico exige uma determinação feérica: a lei da natureza é a do mais forte. Mas será o contato com o homem a sua prova mais difícil, muito mais do que o inverno mais rigoroso. Se é do ser humano a dualidade, se ele pode ser bestial, mas também amoroso; se a mão que bate também afaga, sobreviver exigira moldar-se como o barro à mão, calando ou sufocando os instintos mais ancestrais.
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Geórgia 25/07/2021

Caninos Brancos (Jack London)
Quando eu digo que não assisto filme de cachorro, pode incluir livros também. Agora eu sei (rsrs).
O livro conta a história de Caninos Brancos, um híbrido de cão e lobo, sob a perspectiva do próprio animal. Caninos Brancos nasce durante um duro inverno no Alasca e desde filhote enfrenta as adversidades da floresta para se alimentar e se proteger dos predadores, ao mesmo tempo em tenta entender a lógica do mundo e sua relação com tudo a sua volta. Depois de um certo tempo, acaba sendo acolhido por um grupo de homens indígenas, esses seres que passam a ser entendidos como deuses na concepção de Caninos Brancos. Assim, ele tem sua força de trabalho explorada como cão puxador de trenó até se tornar cão lutador, numa troca vergonhosa. Enquanto isso, dentro da cabeça de Caninos Brancos se constroem os conceitos e leis sobre o mundo desses deuses. Um dia, depois de todas as traições e explorações, finalmente, Caninos Brancos conhece o amor - o deus do amor – e a partir daí um novo mundo se ergue diante dele.
É uma história que nos cativa e nos emociona. Fica muito claro o embate de Cultura vs. Natureza, no qual Caninos Brancos se encontra como o elemento complexo por transitar entre um e outro e por parecer ser o único que percebe fazer parte dessa dicotomia. A todo instante ele luta para retrair seus instintos naturais na tentativa de receber o reconhecimento do deus do amor. Assim, o romance é permeado por personagens que ora afirmam a cultura, ora a negam, mesmo os humanos. Acho que é isso que o torna um bom livro, uma leitura relevante, que nos traz a reflexão acerca do papel do homem na natureza, sobre a natureza e para natureza.
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Ferreiro 16/07/2021

Incrível!
O livro em si só é uma obra de arte, pois propõe que, embora tenham características racionais, os animais agem por instinto.

Além disso, é demonstrada como as experiências individuais são únicas e capazes de moldar o comportamento de um ser.
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anapno_ 09/07/2021

?
A escrita de Jack London é simplesmente fascinante!

É rica em detalhes, extremamente descritiva e palpável. Apesar de ter achado um pouco cansativa em algumas partes, a história é tão bem construída que é possível imaginar cada cena. Cada página do livro.

Me fez vivenciar com muita lucidez as experiências de Caninos Brancos, o lobo que é protagonista desta história.

Tive um apego por ele e me doía demais cada desafio que ele passava, cada momento de dor.

Me vi torcendo por ele a todo momento da narrativa. Acho que esse é um aspecto extremamente positivo na escrita de London, essa imersão ao mundo selvagem!
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Kanidia 09/07/2021

Muito Bom
"Um ser não pode desrespeitar os impulsos da sua própria natureza sem que essa natureza acabe se voltando contra si mesma*
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Livia 23/05/2021

"Caninos Brancos" acabou sendo uma leitura surpreendente. Decidi dar oportunidade já que gosto de animais e a trama se desenvolve sobre a vida de Caninos Brancos que é uma mistura de lobo com cachorro.
Tudo começa antes mesmo do protagonista nascer, vamos acompanhar como os pais dele acabam se conhecendo, quando ele nasce na floresta, depois deixando esse local para viver em companhia dos humanos, e sua mudança de dono. E com essas mudanças, não somente de local é necessário do nosso "lobinho" uma adaptação as novas circunstâncias que lhe é imposto para assim conseguir sobreviver. Achei bem interessante a forma como o autor retrata a vida animal, e faz a comparação com o ser humano. Quem realmente é o monstro? O animal que é movido pelo extinto de sobrevivência ou o ser humano que tem a escolha e mesmo assim opta em fazer crueldades?
A leitura acabou arrancando algumas lágrimas, seja nos momentos de maus-tratos ou no melhor momento do livro quando o Caninos começa a desenvolver sentimentos pelo dono que antes não tinha desenvolvido ou sequer conhecido. É uma leitura que vou levar para a vida, espetacular.
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Simone Bruxelas 16/05/2021

Maravilhoso
Sempre pensei que nunca iria ler Caninos Brancos primeiro por achar que era um livro infantil e ter passado o meu momento, mas a verdade é que o real motivo para essa "rejeição", é minha extrema sensibilidade ao sofrimento animal.

Eu não me enganei em ter medo desta leitura, este clássico é uma obra prima que trouxe várias emoções, mais as principais foram medo e muita revolta pelo ser-humano. Jack London um grande conhecedor do norte do Canadá, nos descreve magistralmente esta paisagem de difícil acesso de uma forma tão brilhante que nos sentimentos quase em um documentário. O universo dos caēs é tão real, que quase chega a ser palpável, certamente ele viveu várias das cenas escritas em sua passagem pelo extremo norte.

Então, o livro começa com o nascimento de um cão lobo, e como ele descobre o delicioso e perigoso mundo selvagem. Tudo acontecia de forma prevista pela natureza, até que bem jovem, ele é capturado por seres humanos, daí em diante, iremos viver juntos com Caninos Brancos uma avalanche de sentimentos, em sua maioria envolto a muita revolta.

Jack London em minha opinião é um gênio, seus personagens são muito bem construídos. Caninos Brancos vai lutar com toda força para que sua vontade não seja domesticada, vai ser derrotado, vai sentir admiração pelo homem, vai sofrer humilhação e vai vencer mais sobre tudo vai nos ensinar muito. AMEI
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Fabricio.Macedo 04/05/2021

Caninos Brancos (Jack London, 1906) conta a história de um cão selvagem. Um lobo domesticado pela civilização. A idéia é bem própria dos humanos. Não falo da domesticação dos animais e sim do quanto os processos de educação nós domesticam, levando-nos a obediência, gerando crises internas, existenciais. Em Caninos Brancos, o instinto e a lei exigem obediência, enquanto o crescimento, a desobediência. E é assim mesmo com a gente em tempos de infância. Crescimento é vida e vida é luz. Assim, medo e obediência foram engolidos pela corrente da vida. O medo, mal que herdamos culturalmente, foi superado pelo crescimento que tornou a forma de curiosidade. Impossível não ver nuances do desenvolvimento transgressor e infantil ao ler Caninos Brancos.
Caninos Brancos nos ensina a tomar cuidado com o que tem vida. Delas, vem o inesperado. Devemos estar preparados para tudo. Sempre esperando tudo de todos como se não quisessemos sofrer a tristeza da decepção. Para este cão meio lobo, "as coisas nem sempre são o que parecem". Vale aprender com esse cão: desconfie sempre das capas, das aparências; o desconhecido pode se manifestar de formas inimagináveis. A vida não nos oferece a capa da proteção contra os que se passam por "deuses" e "poderosos". No entanto, em algum momento do existir alcançaríamos o nível de "preparados para tudo"?
Caninos Brancos foi levando sua vida sob cautela. Embora curioso a descobri-la. A herança do medo era sua essência. Mas era justamente essa tensão provocada pelo crescimento que o movia a ir, a aprender, a fazer, a experimentar, a viver. A viver em certa dependência dos outros. "(...) é sempre mais fácil contar com os outros do que se arranjar sozinho." Contar com os outros me remete a fidelidade, sentimento dos parceiros da vida. Caninos Brancos era um cão fiel. Assim o foi com o seu dono.
Caninos Brancos vivia o sonho da liberdade. Este era um imperativo para ele. Era preciso sentidos aguçados para avançar sobre a corredeira da vida, para impor-se aos desafios. Vivia em discrição. Não exibia seus sentimentos. Mais um efeito pelo qual passam todos os (caninos) domesticados. Caninos Brancos era um cão amoroso. "Ele amava com exclusividade e se recusava a se baratear ou a baratear o seu amor."
Como Caninos Brancos, sigamos em inteligência o caminho da luz, da Vida.
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Felipe 29/04/2021

Caninos brancos é uma das gratas surpresas desse ano. Não esperava muito da leitura, mas acabei por ser cativado do início ao fim, por toda a trajetória desse lobo-cão chamado Caninos Brancos. Desde a formação de seu temperamento difícil, até as mudanças e evoluções em questão de convivência.

Impossível ler esse livro e não nos pegar pensando em como tratamos os nossos pets, e como é a visão que eles têm de nós. Afinal, será que somos como deuses para eles?
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Nat 12/04/2021

Sem palavras
Até agora o mês de Abril,nao li nada que realmente fosse bom ou que eu tivesse gostado,mas venho com Caninos Brancos na minha lista de Quero Ler a muito tempo.
Posso dizer que vale a pena o hype por trás,nunca fui fã de cachorros ou animais domésticos em geral mas esse livro eu consegui me apegar ao Caninos Brancos de um jeito que meu Deus. Ao contrário de Um Chamado Selvagem ele fala a passagem de um lobo selvagem à domesticação.
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z..... 26/03/2021

Adaptação Rideel (Coleção Aventuras Grandiosas, 2004)
Edição em resumo para jovens leitores, bastante atenuada na descrição da história, que no texto integral tem visceralidade de leitura empolgante. Já li duas vezes o romance original, em que acompanhamos Caninos Brancos do nascimento nas gélidas paisagens entre o Canadá e Alasca até à pacata vida de cão familiar.

Partilho da mesma impressão das primeiras leituras, sobre história ilustrativa de desconstrução do selvagem, como a demonstrar um processo civilizatório, o contràrio da dinâmica que Jack London usou em outro de seus famosos livros: "O chamado da floresta".

Sobre a edição, o melhor está no início, que corresponde também a minha parte favorita, em que conhecemos Kitche (uma loba periguete que atrai cães para armadilha de lobos esfomeados), a perseguição da alcateia a dois homens nas proximidades do Alasca e o sumiço gradual dos cães aumentando as expectativas. Mesmo nessa edição mais formal o clima tenso e dramático empolga a leitura. Depois a edição é célere e comedida no resumo.

Leitura em Macapá, contexto da covid....
Eita! Vi a pouco no jornal uma nova vacina, 100% brasileira, que dizem ser eficaz e está nos tramites da regulamentação. Não sei a eficácia, mas é a de nome mais nonsense: Butantanvac. Nada contra, só achei engraçado o nome de tonto, tantan, e resolvi registrar o comentário idiota a toa, como registro histórico...
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Francisco 05/03/2021

A jornada de um lobo até a "civilização"
A narrativa tem início muito antes do nascimento do protagonista, o lobo cinzento Caninos Brancos, com sua mãe, a loba ruiva Kiche e seu pai Zarolho, na época quando ainda viviam com uma alcatéia faminta nas estepes do Canadá por volta de 1895-1898, na época da corrida do ouro na região do rios Yukon e Mackenzie.

A partir do nascimento de Caninos Brancos, desenvolve-se a narrativa em sua forma de ver o mundo, o estabelecimento de leis para sua sobrevivência, sua convivência e início de sua domesticação com Castor Cinzento, um índio da região e sua família e com cães da aldeia como Lip-Lip e Baseek. A partir daí, compreende sob a ótica canina as atitudes e costumes de humanos e de animais ao seu redor, passando a temer os homens e odiar os seres de sua raça. Torna-se mais violento e taciturno com seu novo dono "Beleza" Smith, que o inicia no violento mundo das lutas de cães às margens dos rios Klondike e Yukon.

Caninos Brancos conhece a liberdade e o bom tratamento por parte de humanos somente quando Weedon Scott o compra o "Beleza" Smith. Dessa forma, passa a apreciar as boas qualidades humanas e como há diferenças entre os indivíduos.

Esse é um livro escrito de uma forma solidamente única, com um enredo contado sob a perspectiva do mundo animal que somente Jack London consegue apresentar. Consequentemente, esse torna-se um dos meus favoritos e uma leitura clássica mais que recomendada.

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