Bruna Jéssika 25/02/2020Gaiman sendo GaimanDepois dos arcos de tirar o fôlego do primeiro encadernado, a segunda edição definitiva de Sandman emprega um ritmo alucinante nas primeiras histórias: temos Morpheus indo ao inferno novamente e em todas as histórias de Estação das Brumas, somos convidados a acompanhar Sandman em uma angustiante decisão incumbida por Lúcifer. Logo após, bem ao estilo de Neil Gaiman, temos um tempinho de descanso para respirar da intensidade frenética das primeiras histórias do encadernado e entramos nas histórias de Espelhos Distantes. Ressalto a grandiosidade de Três Setembros e Um Janeiro que é simplesmente perfeita! A partir de então, o sonhar é muito mais palco do que foco das histórias. Em Um jogo de você, reencontramos Barbie e conhecemos suas novas vizinhas, dentre elas a incrível Wanda. É importante ressaltar a construção da personagem, uma mulher trans, uma vez que ela foi escrita no começo da década de 90 e é descrita de maneira tão potente e marcante na história. Wanda carrega as marcas dos preconceitos sofridos por uma sociedade homofóbica e Gaiman consegue trazer isso para a história de maneira crua e genial.
Há tantas camadas! Os diálogos do arco são todos muito potentes e tocantes!
O final do arco me deixou com um nó na garganta e um aperto no peito. Ainda não superei.
Depois de Um jogo de você, temos duas histórias de Convergêngia e termino essa segunda edição definitiva de Sandman ansiosa pela terceira.