Resenhas - Os Irmãos Karamázov

Agda.Marielly 30/07/2023

Os ricos e suas misérias
Minha opinião pessoal imediata sobre esse livro.

Eu acho que "pegaram leve" com Dmitia, ele é o absurdo em pessoa, mas todos são muito polidos na hora de formar uma opinião a respeito dele e até mesmo o autor.
Percebi que estes males de pensamentos, comportamentos, síndromes, essa psique humana maluca e frenética foi destinada as pessoas ricas. Os ricos é quem podem pensar e tem a oportunidade até de sofrer e escolher serem consumidos por seus sofrimentos, falo em um comparativo entre o pai e o serviçal da casa, com também entre Dmitia e o um de seus "irmãos".
Nas personagens femininas são acometidas de loucura por amor, mas como na época a única coisa que era estimulado nas mulheres era a construção de relacionamentos amorosos duradouros, eu "arquivei a ideia de machismo".
Os ricos e suas misérias que só não posso considerar minhas misérias também, pq o dinheiro que nos separa reserva melhores tratamento e medições de palavras, coisas que nunca aconteceria se fosse eu.

Dazai.Bruder 26/07/2023

Eu amo esse escritor...
"Amo, ele me dizia, a humanidade; mas, para minha surpresa, quanto mais amo a humanidade em geral, menos amo as pessoas em particular, como indivíduos."
"Quanto mais detesto as pessoas em particular, mais ardo de amor pela humanidade em geral."

Lelouch_ph 25/07/2023

Complexo e denso, mas ainda me fez querer ler mais no fim...
A Obra prima do tio Dosto, um dos clássicos mais lidos da história e ao mesmo tempo uma obra tão peculiar. Os irmão Karamazov trata da história de três irmãos de mães diferentes que buscaram sobreviver a indiferença de seu pai em relação a eles durante suas vidas em que após a morte das mães foram criados pelo mordomo, o interessante é que cada um o fez a sua maneira: Um, Dmitri, o fez através das forças armadas e da luxúria, outro, Ivan, através do conhecimento e de suas paranóias e o terceiro, Aliocha meu favorito, o fez voltando-se a Deus. A história começa com o pai e os dois irmãos indo visitar a igreja do mais novo pois o mestre do mesmo, um padre que cuidou dele a vida inteira e o deu muita sabedoria está adoentado e queria conversar conversar com o pai e os irmãos do jovem Aliocha. Depois disso temos uma constante contextualização da vida e feitos de todos os personagens que permeiam a trama, como o mestre de Aliocha, o pai dos irmãos, dentre outros personagens. O fio principal da trama fica em torno do dilema de Aliocha, entre largar a igreja e viver sua vida como um jovem normal e se casar com a mulher que ama e estudar ou passar o resto da vida no monastério como monge, e o assassinato do pai dos irmãos que todas as evidências apontam para Dmitri por deixar claro em uma situação que estava bêbado que mataria seu pai, por todos os erros que o mesmo cometeu com ele e, por ainda dever a Dmitri parte de sua herança que seu pai roubou no intuito de ser tornar mais rico, além de seu pai possuir interesse amoroso na mesma mulher que ele. Os pecados de Piotr, o pai deles, são expostos durante o início, meio e fim da obra. Buscando nos fazer não ter empatia pelo defunto, ao mesmo tempo em que simpatizamos com suas vítimas e filhos. Durante metade do desenvolvimento após o assassinato de seu pai, os irmãos, com exceção de Dmitri que é preso sob suspeita de assassinato, buscam ajudar a investigar as razões e quem poderia ter sido o autor do crime. A revelação é feita de forma bem peculiar, e por mais que não seja tão bem desenvolvidas as razões desse feito, a explicação é aceitável. Mas deixando esse arco de lado, é muito interessante ver como a obra dá importância ao personagens ao redor, como uma criança que possuía valor para Aliocha e desenvolve a situação de família e quem foi o responsável por essa situação. Por mais que a escrito do tio Dosto seja densa depois algumas páginas se torna fácil continuar. Não é cansativa a sua escrita. Percebe-se que ele tomou o cuidado de tornar atrativo, enquanto que ao mesmo tempo, manteve sua maior qualidade, a riqueza de detalhes. Além disso, temos reflexões sobre a justiça e muitas, muitas cenas fofas e cômicas para equilibrar entre as desgraças descritas... No fim, fica uma vontade de continuar acompanhando a vida dos personagens, saber sobre a relação de Aliocha, sobre o fim de Dmitri, o que acontece com Ivan, E você deseja o bem dessas pessoas que você conhece de forma aprofundada... Deseja que apesar de tudo eles possam ser felizes. Mesmo com seus erros e desejos sendo colocados em pauta com frequência.

Linhares 25/07/2023

Que livro fantástico, na minha opinião muito superior ao "Crime e castigo". Dostoievski sabe criar personagens muito realistas e com muitas camadas.

A tradução da Martin Claret (que não é diretamente do russo), ficou ótima, texto muito fluido sem perder algumas características do idioma original.

Sem dúvida nenhuma, um dos melhores livros que já li.

thami 24/07/2023

Livro muito denso mas riquíssimo. Dostoiévski nunca decepciona, comecei quase sem expectativas e foi uma leitura maravilhosa devido a quantidade de reflexões filosóficas. Pretendo ler novamente numa nova tradução, bem mais nova q a minha de 1971 skskkskskd

ps: apesar de ter adorado muito, crime e castigo ainda é o meu favorito

Isabella.Arrais 23/07/2023

Fantástico
O primeiro volume da obra é realmente muito bom.
A história fala principalmente sobre Fiódor Karamázov e seus filhos, Dmitri, Ivan e Alieksiêi. Os conflitos existentes na família a partir desse pai tão (nem sei descrever o que esse pai é) com os seus filhos e em como essa relação teve certa influência para com eles.
Os personagens são muito bem trabalhados, os diálogos extremamente bem construídos e densos. Aliócha está nesse volume como se fosse o herói, porém eu gostei bastante da complexidade do personagem Ivan, segundo filho de Fiódor, ele aparece bem mais a partir das páginas 320, por aí, e realmente seu diálogo com Aliócha na taverna é muito bom! Os outros personagens também não deixam a desejar, as situações que Dostoi
évski traz no livro, como a criança colegial por exemplo e a opressão sofrida pelo povo russo na época czarista são bem trabalhados e trazidos na obra.
Não se sinta intimidado pelo volume de páginas porque a maneira que é escrito prende a atenção e você termina rápido.
Ansiosa para começar o segundo volume.

menina caterpillar 23/07/2023

Os irmaos karamazov
Eu gosto do dostoievski pq ele so escrevia sobre homens sendo pateticos alucinando se humilhando tendo ataque de nervos querendo morrer e pra mim isso q é literatura: o sofrimento no mais alto grau

Adriana643 23/07/2023

Karamazov
Leitura , profunda , intensa e que faz pensar. Apesar de ter sido escrito ha ano atrás os temas tratados aqui são muito atuais não são velhos , a ganância, a luxúria , a inveja, o orgulho. Todas nossas piores desgraças estão aqui. Não tem como não amar .

glucaxs 21/07/2023

Deus POR QUE o dostoievski teve que ir antes de fazer a continuação ?? nunca mais serei feliz em toda minha vida

agapetae 17/07/2023

6
O que muitos não entendem é que a figura do delirante tem um simbolismo superior. Está nela atrelada todos os segredos da psique humana. Aos russos medievais, eslavos e ortodoxos, o louco é santo e febril: ?holy fool?. Esse é aquele entregue à religiosidade de tamanha forma que, em um ato de sacrifício, prefere ser incompreensível. Um vidente cego e mudo. Não se responsabiliza pelos seus atos. Mendigo e fora de si, vaga por aí, sem se importar com como os outros o vê. Prefere a santidade. Se não for possível tê-la, então o nada. Faz uma escolha, e ela é resoluta: ou o pão de Deus, ou a fome.

Ana 15/07/2023

"Quem não deseja a morte do seu pai?"
Publicado em 1880 pelo escritor Russo Fiódor Dostoiévski, esse é considerado um dos maiores clássicos da literatura Russa e ocidental. É o último livro do autor e ele tinha planejado escrever outros contando a saga dessa família, mas infelizmente não teve tempo, falecendo alguns meses depois. Isso é importante de se ter em mente já que o livro deixa algumas pontas soltas. Aqui temos uma família totalmente disfuncional. Um pai, Fiódor Pavilovitch Karamázov, um senhor bufão, desagradável, desrespeitoso, mulherengo, egoísta e hedonista ao extremo. A sua única preocupação é satisfazer suas vontades mundanas e vis. Acaba se casando duas vezes e é um péssimo marido para ambas. Contribuindo inclusive para a morte de uma delas. Junta dinheiro a partir do dote delas e de negócios escusos. Tem 3 filhos. Dmitri, da primeira esposa, Ivan e Aliosha, da segunda. Não se importa com eles que são criados separados por servos e parentes distantes. Tem um outro personagem, Smerdiakov que dizem ser filho bastardo de Fiódor com uma mulher com comprometimento cognitivo. A história gira em torno de um embate entre Fiódor e Dmitri. Dmitri acredita ter direito a uma herança que pertencia a sua mãe, além disso acontece uma situação constrangedora que é eles se apaixonarem pela mesma mulher, que tem má fama na cidade e gosta de manipular os outros.
A narrativa é muito atrativa e mesmo quando estamos acompanhando as personagens secundárias, a construção delas é tão crível, bem construída e complexa que não fica entendiante. A sensação que dá é que algo muito ruim vai acontecer a qualquer momento.
Aborda questões filosóficas, psicológicas, éticas, morais, entre outras. Envolve a crença ou não em Deus e as consequências disso. "Se Deus não existe, então tudo é permitido." Ivan não chega a falar exatamente isso, mas várias vezes fala quase isso. Defende um ponto de vista ateu, pois enxerga um mundo cruel onde pessoas inocentes sempre sofrem. Dimitri é o mais parecido com o pai, só com um pouco mais de consciência moral, Ivan é o intelectual e com aspirações revolucionárias, Aliosha é gentil, compreensivo e tem uma aura quase santa. A leitura foi uma jornada incrível, envolvente e reflexiva. Eu amei e com certeza lerei outras vezes.

Rodrigo.Artioli 12/07/2023

Realmente épico!
Karamázov me convenceu que seria interessante já nas primeiras páginas. O conflito entre eles e os diálogos reflexivos e impactantes fizeram dessa obra uma das minhas favoritas. Realmente Dostoievski colocou muito de si nela...

Elizangela 09/07/2023

A Rússia
Último romance de Dostoiévski, traz para a ficção a vida na Rússia czarista. Sua cultura, seu povo, seus modos de encarar a religião, a morte e a vida. Romance denso, por vezes de leitura cansativa, mas muito bem escrito e envolvente.

Larih 06/07/2023

No início foi um pouco complexo me adaptar ao linguajar da literatura Russa,mas depois que você pega o jeito, a história se torna formidável. É incrível acompanhar a histórias dos 3 irmãos,principalmente a do Dmitri que eu criei um apego muito grande. Confesso que esperava um pouco mais do final,mas com o Dostoievski queria fazer uma continuação,eu entendo o final aberto que teve. Muito bom!

Sônia Gregoski 02/07/2023

Denso e por vezes cansativo,mas que a cada capítulo nos remete a analisar e se questionar internamente sobre nossas atitudes.
Não é uma leitura fácil,a cada capítulo lido várias questões se abrem em nossa mente,é preciso parar e refletir.
Dos irmãos Karamázov não tenho um personagem favorito, carrego um pouco de cada um.
Alieksiêi com sua fé inabalável,o apaziguador,o mediador que tenta ver o lado positivo de cada pessoa.
Ivan o estudioso,o questionador que busca entender e analisar tudo a sua volta,por vezes sofre por não encontrar uma resposta plausível.
Dimítri o impulsivo,romântico e sonhador,nos traz a esperança de dias melhores,mesmo com tantas adversidades.