O silêncio da chuva

O silêncio da chuva Luiz Alfredo Garcia-Roza




Resenhas - O Silêncio da Chuva


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Marlo R. R. López 21/02/2010

Divertido, mas inverossímel
Não sei o que escrever nesta resenha essa é a verdade. Se por um lado o livro prendeu a minha atenção o tempo todo (ou pelo menos durante uma grande parte do tempo que usei para lê-lo), por outro lado eu constatei uma série de defeitos técnicos que, a meu ver, colocam a obra em um nível abaixo do normal.

Vou falar primeiro dos pontos positivos do livro.

'O Silêncio da Chuva' não é um romance policial que segue o roteiro dos outros milhões de livros do mesmo gênero, em que temos tudo sempre bem definido: o detetive empenhado no caso e ludibriado pelas testemunhas; os intermináveis interrogatórios que parecem não acabar nunca e não levam a nada; a narrativa desprovida de humanismo e que só discorre sobre o básico, não desperdiçando nada em palavras; e, depois disso tudo, a grande revelação do sujeito obscuro que jamais seria taxado de assassino.

No romance de Garcia-Roza, não temos nada disso, pelo menos não em larga medida. Os personagens parecem ter mais vida do que os personagens dos romances policiais convencionais, a trama não é inteiramente voltada para um caso principal e isolado, o detetive não é o mais inteligente do mundo e a narrativa se usa de técnicas e palavras que fogem às técnicas e palavras usadas convencionalmente em romances noir. Em se tratando de originalidade, pode-se dizer que O Silêncio da Chuva ganha pontos.

Depois que a Primeira Parte (relativamente enfadonha) é lida e chegamos à Segunda Parte, não paramos mais de ler o livro. Isso é fato. Findo o romance, fazemos o balanço da leitura e chegamos à conclusão de que valeu a pena lê-lo.

No entanto (agora vêm os pontos negativos)

Analisando a obra sob um ponto de vista técnico (o que não deixa de ser necessário), encontramos vários defeitos bobos que nos mostram que o livro foi escrito por um iniciante. Um deles é o defeito de o narrador (em 3ª pessoa) não manter um padrão no modo como narra a história. Em determinados momentos, usa-se de certas palavras e expressões, e, em outros momentos, usa-se de palavras e expressões completamente opostos, como se Garcia-Roza escrevesse seu livro de acordo com o humor com que acordasse de manhã.

Sei quando essa variação no modo de narrar é fruto de um trabalho bem feito e previamente pensado, o que não é o caso do livro em questão. E esse defeito mostra-se mais pungente ainda nas palavras que o autor usa no final do livro, que, por razões óbvias, não vou comentar aqui, muito embora gostaria de fazê-lo.

Bem, mesmo assim mesmo depois de citar esses defeitos digo que 'O Silêncio da Chuva' é um entretenimento normal e que salvou o tédio do meu feriado passado em casa.

~~

Resenha completa em: www.artigosefemeros.blogspot.com
MindFields 22/11/2013minha estante
Boa observação. Às vezes, é fácil notar a mudança no estilo de escrita, muitas vezes até mesmo de um parágrafo para outro.

O final foi um tanto estranho mesmo, nada condizente com o estilo anterior do livro.


Marlo R. R. López 23/11/2013minha estante
Obrigado pelo comentário, Walter!




brunow 02/02/2010

Como não me acho inteligente demais, acho que o culpado ficou aparente desde cedo. Cortaria algumas pistas. E sinto falta de uma justificativa maior do crime. Mas o livro é muito bem escrito. Que venha o próximo Espinosa!
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Lu 02/11/2009

Muito bom!
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Claire Scorzi 25/06/2009

Boa trama com um detetive apaixonante
Um suicídio que devido a imprevistos parece crime aos olhos da polícia (mas o leitor sabe a verdade desde o início). Um inspetor honesto que ama livros e vive percorrendo os sebos do Rio de Janeiro. Um caso que vai se tornando cada vez mais confuso, porque a natureza humana é passível de ganância. E então trata-se de assassinato. Mais de um.
Um romance policial brasileiro que me surpreendeu. Nunca lera Garcia-Roza, embora ouvisse falar do seu detetive Espinosa. Fui ler: merece os elogios. "O Silêncio da Chuva" recebeu prêmios a meu ver merecidos (o que, sabemos, nem sempre ocorre). A escrita de Garcia-Roza é simples, direta, sem pretensões contudo de alta qualidade: difícil encontrar frases feitas no seu texto, e alguns recursos funcionam bem (como por exemplo alternar a narrativa entre a primeira e terceira pessoa). Outra coisa que agrada é que o autor vai mostrando os raciocínios do seu policial, a maneira como a mente dele fica levantando e descartando as possibilidades; é curioso, porque desta vez o leitor sabe mais do que o detetive. Pelo menos, no começo.
E há o inspetor Espinosa. A criação de um protagonista carismático é coisa que poucos conseguem; um bom escritor pode escrever uma boa trama, mas "criar" um herói que impressione o leitor não é fácil.
Estou ansiosa para ler outras aventuras de Espinosa. E quem sabe encontrá-lo passeando pelos sebos do Rio... Ah, meu tipo de homem...
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claudioschamis 11/02/2009

Para quem já virou fã incondicional de Garcia-Roza e claro de Espinosa, só precisa mesmo do Detetive Espinosa, Copacabana, 12ª DP, crimes, mistério. Outro livro sensacional.
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