Gabriella123 19/05/2023
Loucura ou razão? São opostos ou companheiros?
Eu estava ansiosa para ler essa obra pela fama gigantesca que ela tem mundialmente ? você pode até nunca ter tocado em uma edição de Dom Quixote, mas você conhece ela de alguma forma. Eu fui com muitas expectativas e, no final das contas, fiquei bem frustrada, porque narra as aventuras do Quixote com o Sancho e as pataquadas que eles se metem, mas chega a um ponto que o humor do livro se torna extremamente bobo ? do tipo que diverte uma criança de 7-8 anos de idade ? e as bagunças que eles se metem ficam repetitivas, o que tornou parcela considerável da leitura muito cansativa e pesarosa para mim.
Inquieta comigo mesma, eu fui atrás de resenhas e vídeos sobre a obra e fiquei numa mistura agridoce de sabores na boca. Dom Quixote não entra para meu top livros revolucionários, mas conforme as opiniões que li e ouvi, eu concordo plenamente na ideia angustiante e desesperada do nosso fidalgo que, para fugir das tristezas e dores da alma que vem com a idade, ele mergulha em livros de cavaleiros e se imagina nelas, começando a viver e desfrutar como seus heróis imaginários. A pergunta que nos fica é: Dom Quixote é realmente tão louco assim? Será que todos nós não temos um dentro de nós? Afinal, quem nunca desejou ou sonhou com outras realidades no intuito de fugir das enfadonhas amarguras da vida? E qual o limiar que separa a loucura do pleno juízo? É a ausência de razão que faz a loucura ou o excesso de juízo que constitui a loucura?
Enfim, em suma: não desgostei e nem gostei, e só persisti até o final da leitura por causa das resenhas de terceiros.