Fernanda631 29/08/2023
A Libélula No Âmbar (Outlander #2)
A Libélula No Âmbar (Outlander #2) foi escrito por Diana Gabaldon e publicado em 1 de julho de 1992.
A Libélula No Âmbar é o segundo livro da série Outlander, e, continua a história de amor que resiste e atravessa o tempo de Claire & Jamie Fraser. E digamos que nesse livro o tempo realmente coloca o amor dos dois à prova, já que Claire está de volta à sua linha temporal correta, no século XX, enquanto Jamie continua no século XVIII.
Esse segundo volume não começa de onde parou o livro anterior, ele tem um começo inusitado onde tem se passado 20 anos que Claire esta de volta ao seu tempo e sua filha Brianna que já é, então, uma mulher. No começo é bem normal ficar um pouco perdido nessa reviravolta até porque, o fim do livro anterior, Claire e Jamie estão juntos a caminho de Paris. Mas o que aconteceu? Isso vai ser explicado no decorrer de todas as páginas.
É assim que Gabaldon inicia o seu livro, pegando nós leitores de surpresa, com Claire, já nos seus 40 anos, e em 1968. Além de uma filha ruiva de 20 anos, chamada Brianna, que foi criada por Frank Randall. Não sabemos como ou o porquê Claire voltou para o seu tempo, e é nessa obscuridade que Diana Gabaldon nos deixa por alguns capítulos. No início de a Libélula no Âmbar, Claire está viúva de Frank e ela e sua filha Brianna, para se afastar das memórias e do luto nos EUA, viajam para a Escócia. Claire está determinada a saber o que aconteceu com Jamie, e se ele realmente morreu na Revolução de 45. E em meio às memórias boas e dolorosas das Terras Altas, Claire também está determinada a contar para sua filha sobre Jamie, que é seu verdadeiro pai.
Na Escócia elas ficam hospedadas com Roger MacKenzie, filho adotivo do Reverendo Reginald Wakefield (que Claire conheceu com Frank no início de A Viajante do Tempo), e historiador que sabe sobre tudo o que aconteceu na Revolução de 45 — e que será futuro interesse amoroso de Brianna, além de outro mistério com o seus ancestrais.
Claire conta seu maior segredo a sua filha: sua viagem no tempo para a Escócia de 1743 onde conheceu Jamie, que é pai de Brianna. Toda a revelação é um choque para a jovem que se recusa a aceitar que seu pai não seja Frank.
Quando Claire conta a história para Brianna, ficamos por dentro de como ela retornou no tempo deixando Jamie e seus amigos na antiga Escócia. Sabemos as confabulações que aconteceram em Paris na tentativa de evitarem que os Jacobitas lutassem para a restauração do reino Stuart onde vários clãs escoceses seriam massacrados. Embora Claire e Jamie tenham se esforçado para evitar a batalha em Culloden, muitos fatores os levaram a culminância dessa batalha.
Em meio à buscas historiográficas, brumas, mistérios e lembranças, a narrativa volta para o século XVIII, onde Claire e Jamie fugiram da Escócia para a França, com o plano de impedir que Charles Stuart organize a Revolução de 1945 para retomar o trono escocês.
Na França, o casal deve fazer amizades influentes na corte francesa, participar de bailes luxuosos, e tramar traições políticas. Um dia normal e tranquilo na vida dos Fraser! Vários eventos acontecem na vida do casal — alguns bem trágicos — que levam a separação do casal, com Claire voltando grávida de Jamie para 1945; e, Jamie em 1745, tendo que lutar na revolta dos escoceses que estava fadada ao fracasso.
A Libélula no Âmbar é um livro lento, que começa fora da ordem cronológica, e o leitor deve ser paciente para que a história comece a engrenar, e com alguns desenvolvimentos de tramas e personagens um pouco discutíveis. Porém, longe de mim dizer que foi uma leitura ruim: Diana Gabaldon continua a me envolver com a sua história e com os seus personagens.
As descrições de ambiente, vestimentas, clima, natureza, dor, alegrias, sexo são tão esplendidas que é como se você pudesse estar vendo ou sentindo tudo aquilo.
Eu sei que o tamanho do livro é um pouco esmorecedor, mas é um livro que vale a pena porque não é uma leitura vazia, é daquelas que marcam o leitor para toda a vida.