Melancia 18/10/2023
A velha que sempre se supera
Eu lembro o dia em que comprei meu primeiro livro da velha, naquela época eu não fazia ideia que tantos homicídios se tornariam tão recorrentes durante toda minha vida.
Chegar ao fim do meu detetive favorito (tirando o Sherlock do Benedict) ao mesmo tempo em que minha realidade mudava, nunca soou tão perfeitamente sincronizando.
Como se costume, comecei o livro duvidando da velha, e como já estabelecido, acabei ele me descabelando, gritando e talvez chorando.
Foi uma narrativa diferente, em que não se tratava exatamente sobre o crime e sim sobre o que sobreava ele; e ter o Basset tão perdido como eu, foi um bom arranjo narrativo.
Assim que acabei, minha primeira reação foi odiar o livro, mas a cada segundo que eu passava pensando nele, mas eu percebia que para mim, ele soava perfeito. Bem construído, que te enganava de propósito, que te surpreendia como nunca.
Posso ser muito tapada, mas eu amei.
Amei o Poirot em seu auge, na sua genialidade surreal.
Odiei a filha do Basset, que feministas desnecessária, mas uma cena dela e eu entrava lá e dava um tapa na fussa dela.
De resto,
Só me falta ler os 300 livros da velha que ainda estão por aí.