Resenhas - O Diário de Anne Frank

regifreitas 09/07/2021

O DIÁRIO DE ANNE FRANK (Het Achterhuis, 1947), de Anne Frank; revisão e adaptação de texto Suely Paiva.

Mesmo quem nunca leu seu diário conhece a história de Anne Frank, a adolescente judia que, junto com sua família, se escondeu durante mais de dois anos em um sótão em Amsterdã, fugindo do nazismo, mas que acabou sendo capturada, mandada para um campo de concentração, e morrendo poucos meses antes do término da guerra. Publicado posteriormente por seu pai, único sobrevivente da família, o diário foi considerado uma das principais obras do século XX, além de um importante documento daquele triste período histórico.

Meu primeiro contato com o livro foi ainda no colégio. Só agora, tanto tempo depois, volto a mergulhar nessa história. É uma experiência triste acompanhar os dias de Anne sabendo de antemão o seu fim, e que todos os seus sonhos e desejos não serão realizados. Surpreendente é também a capacidade de articulação e compreensão que ela, com seus pontos anos de vida, tinha. Mas minha frustração com essa releitura está voltada principalmente para esta edição em específico.

O objeto em si tinha me agradado muito em um primeiro momento. Possuía um acervo de imagens muito bom, que dava rosto àquelas pessoas. Graficamente é uma edição bonita, com uma boa diagramação, e um papel de leitura agradável. Mas as qualidades param por aí.

Primeiro ponto: a quantidade absurda de problemas de revisão de texto; e não só erros de digitação e acentuação; muitas frases estão truncadas, faltando palavras inteiras. Também não existe nenhum tradutor creditado (sequer existe ficha catalográfica!)para o texto, apenas crédito de “revisão e adaptação”, o que me fez ficar em dúvida se se tratava mesmo do texto original. Comparando com outras edições digitais disponíveis percebi até poucas mudanças, mas o pior: a supressão de entradas inteiras do diário.

A história de Anne Frank é tão poderosa, que mesmo todos esses problemas não conseguiram prejudicar a experiência de leitura. Mas é um livro ao qual quero voltar futuramente, em uma edição bem mais respeitosa e cuidadosa com o material original.

Amanda 08/08/2022

Livro maravilhoso a história é muito impactante. É muito interessante saber da história de anne Frank.

mias0 26/04/2021

Extremamente emocionante!
Não tem outra palavra que possa descrever essa leitura senão "emocionante". Anne Frank, uma garota judia que em plena Segunda Guerra Mundial escreve em seu diário tudo que se passava em sua vida com sua família e mais quatro pessoas no "Anexo Secreto", esconderijo onde permaneceram por dois anos.

Acompanhar os relatos de Anne é tocante e triste. Saber o que acontece com Anne e sua família torna dolorosa a experiência de ler seus relatos tão esperançosos quanto ao fim da guerra. A todo momento que Anne tinha uma esperança, sobre ser livre novamente, sobre se tornar jornalista e escritora, meu pensamento era sempre o mesmo: como esse mundo é cruel, e quantas outras Annes existiram - não somente durante a guerra.

Considero essa uma leitura extremamente importante. Todas as reflexões que chegam ao longo do relato nos faz pensar profundamente em diversas questões da vida. É uma leitura dolorosa, mas que vale a pena conhecer - mesmo desejando que nada disso tivesse ocorrido.

Linda.Souza 18/03/2021

Um relato real
O livro é real, o que torna a experiência ainda mais intensa, saber como algumas pessoas faziam pra fugir do regime nazista de Hitler. Mesmo sabendo como a história de Anne acaba fiquei triste.

" A natureza me torna um ser humilde, torna-me capaz de suportar melhor todos os golpes(...), pois a natureza é a única coisa boa que nunca pose ser substituída"

"alegria celeste, tristeza mortal"

Harmônica 29/01/2022

Difícil, triste, incrível
Para mim esse foi um dos livros mais difíceis de ler, não porque a escrita é ruim ou algo do tipo, muito pelo contrário é extremamente cativante e envolvente, mas partiu meu coração.
Não sei se foi o fato de eu me identificar muito com ela, o fato de ela ter escrito o diário em forma de carta, o fato de ter sido tudo real ou fato de ela (e todos no anexo) terem passado tanto tempo lutando pela vida e no final das contas ter sido em vão ou uma mistura disso tudo.
Mas eu me apeguei à Anne, vi no livro todo seu processo de amadurecimento, todo seu sofrimento, toda a sua vontade em viver e se rornar uma mulher adulta que mudaria o mundo, vi também nela o potencial para alcançar todos esses sonhos e muito mais, durante muitos momentos na minha leitura eu pensava "se essa guria já era tão genial nessa idade, imagina o que ela teria conseguido fazer se tivesse sobrevivido?"
E toda vez que eu chegava nesses momentos parecia que eu estava sentido a morte de uma amiga, o que fez com que eu terminasse esse livro algo tão difícil, não só por causa desse sentimento de perda e de indignação pela injustiça, mas também porque eu não consigo deixar de pensar que se ela tivesse sobrevivido ela não teria causado tanto impacto quanto ela causou por ter morrido da forma que morreu
Mas Anne era uma menina cheia de ideias, cheia de amor e esperança, pensamentos feministas e outros bem além do seu tempo e foi um prazer ter recebido as cartas dela

Sua Kitty

mariana 30/12/2022

Um livro incrível!
"Além de um marido e de filhos, preciso de mais alguma coisa a que possa me dedicar! Quero continuar a viver depois da minha morte." Você vive eternamente e será sempre lembrada, Anne Frank!
O livro é uma história real de uma garota judia que viveu na Holanda durante a Segunda Guerra Mundial. Anne relata sobre os anos em que viveu escondida dos nazistas, juntamente com sua família e outros conhecidos, no Anexo Secreto. Além de contar sobre os conflitos entre os membros do Anexo, ela fala sobre os conflitos que ela enfrenta consigo mesma, sendo uma adolescente.

Muiara 04/05/2021

Muito booom!!!!!!
Anne vivia uma vida luxuosa e quando teve que ir para o Anexo Secreto percebeu que nem tudo é um mar de rosas.

Gostei de sua evolução, suas descobertas e a forma como ela lidou com a ansiedade e tudo que estava acontecendo ao redor.

Chorei horrores nas últimas páginas e achei uma falta de sorte de todos eles, principalmente Peter.

-natalia 04/05/2021

O Diário de Anne Frank
Esperei tantos anos para realmente surgir a vontade de ler O Diário de Anne Frank, e agora me arrependo pela demora. Me ajudou muito a entender a Segunda Guerra Mundial, teria sido ótimo para a época do vestibular! A história é muito triste, são absurdos os horrores do holocausto e ver como os judeus eram tratados. O medo constante, os esconderijos, a descrição da guerra... Tudo é horrível, e às vezes eu até esquecia de que era uma história real que eu estava lendo de tão horrível que foi tudo. É um livro muito necessário.
A Anne mostra que é real, ela não se torna só uma personagem no próprio diário. Ela descreve os próprios defeitos e admite os próprios erros, deixando claro que não é perfeita e nem tenta parecer que é. Eu amei conhecer o Anexo Secreto pelos olhos dela e conhecer um pouco da vida da Anne. Fico muito triste de pensar que ela não pôde ter o futuro que tanto quis.

highbythem00n 11/05/2020

Sensível mesmo sendo quadrinhos
Os ilustradores conseguiram com um tato incrível transpassar os sentimentos que a anne descrevia. Tocante de uma forma que eu não esperava lendo quadrinhos. Pesado e imprescindível pra gente nunca esquecer o que aconteceu.

Natan 15/05/2020

Palavras eternas
Linguagem sensível com minuciosos detalhes da difícil realidade desumana de uma fase lamentável da humanidade feito pela ótica de uma adolescente cheia de vida. Grande escrita .

Maria 17/08/2022

Apesar de ser um diario , demorei para ler pois essa é uma historia que a cada linha nos toca. A cada palavra que Anne escrevia onde dizia sobre o futuro , sobre ser jornalista , escritora , sobre como seria apos a guerra me fez refletir bastante. Anne tinha ambições , queria conquistar coisas incriveis . É necessario que todos leam este livro ou pelo menos conheção quem foi Anne Frank, que nunca se esqueção do que ela viveu.

autoraequivocada 10/08/2020

não é uma resenha e nem uma opinião, assim com base no livro na escrita e esses tópicos que sou acostumada a falar em resenhas. será apenas a minha opinião em relação a minha experiência lendo um não-ficção e o que eu senti durante a leitura e se eu quero ler outros.

antes de pegar o livro para ler, falei para mim mesma que era um tipo diferente, sem imaginações, tudo real. mas eu só fui, de fato, concluir isso no decorrer das páginas. ler os relatos da anne, saber que o que foi escrito naquela página de diário realmente aconteceu é um pouco doloroso, pois mesmo que alguns trechos ela nos conte algumas coisas sobre si (o que é óbvio que tem pois é um diário pessoal) não há como não sentir empatia por ela e vários outros judeus que passaram por isso.

penso eu que há uma certa forma de interpretar o que está escrito, porque não devemos -jamais- esquecer que o que foi anotado ali aconteceu de verdade, com pessoas reais em um momento real. porém, se uma pessoa que ler esquecer desses fatores, vai julgar -de certa forma- a anne, por algumas atitudes e pensamentos dela descritos por ela mesma. quando ela começa a escrever é uma  criança de 12 anos e vamos acompanhar ela durante três anos presa em um anexo, escondida. assim vamos acompanhar o amadurecimento real da anne, dos eventos de dentro e de fora do anexo  (os de fora trazidos por outras pessoas ou pelo rádio).

mas, o que eu achei dessa experiência? posso dizer que amei e que quero ler outros mais (aceito indicações, rsrs).  mesmo tendo um aperto no peito em alguns momentos sinto que seja necessário isso, necessário para ter mais empatia e conhecimento sobre o passado para não deixá-lo repetir. eu sou apaixonada em história e, pelo meu ver, um passo para me apaixonar ao gênero não-ficção. foi uma experiência muito boa e lancinante ao mesmo tempo. boa pelo motivo de conhecimento e empatia pela causa, lancinante pelo fato de saber que o que aconteceu foi real e com milhares  de pessoas.

Bheatriz.Lessa 05/09/2022

De início tive dificuldade com a leitura, afinal, é um diário de uma adolescente enfrentando todos as suas questões com a puberdade, o que eu, particularmente, acho bem chato.
Mas conforme a Guerra avança, por mais que a Anne tenha muitas questões típicas de sua idade, ela é obrigada a amadurecer e enfrentar da melhor forma tudo que está acontecendo.
A própria Anne vai reconhecendo essa mudança e revendo algumas atitudes do início do diário de forma muito bonita.
Eu começo a gostar da Anne lá pra maio de 1944, mas pouco tempo depois o diário acaba, e saber o porquê que ele acaba é extremamente triste.
A Anne era determinada, e tenho certeza que se tivesse sobrevivido, ainda assim leriamos muito dela e sobre ela.

_leticiaa_ 12/03/2022

"Querida Kitty"
"Espero contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda."

Mesmo sem grandes acontecimentos e plot twists (não costumo ler livros tipo biografia, muito menos escritos em forma de diário ou carta, tão rápido assim), não consegui parar de ler. Os escritos de Anne em seu diário, carinhosamente apelidado de Kitty, alternam entre leves e sentimentais, retratando o dia a dia do pessoal do Anexo, ou expondo os anseios de uma adolescente tendo que crescer isolada do mundo exterior meio a um período extremamente conturbado da história.
Gostei muito de conhecer os pensamentos da Anne, e realmente senti como se fossemos amigas. Enfim... Com certeza uma leitura que vou levar para toda a vida.

Bold 05/08/2020

"Mas ainda estamos vivos, e na maior parte do tempo isso também tem um gosto bom."

Em momentos do livro você até esquece a situação que rodeia o cenário e meio que repudia algumas das ações/reações de Anne, e isso graças ao seu poder se descentralizar os problemas maiores e focar em suas próprias perspectivas e descobertas, então é muito automático; Derrepente me ví lendo apenas dramas e reflexões de qualquer pré-adolescente normal.
A maturidade da Anne choca e sobrepõe a de todos os adultos do esconderijo, que por muitas vezes não sabem lidar com os ocorridos. Ela mesma tem consciência disso, dizendo à montes o quão incompreendida se sente, como as pessoas são incapazes de enxergar seu lado genuíno e meigo, talvez até por ela ter dificuldade em expressa-lo.

"Sempre tive de pagar em dobro pelos meus pecados: uma vez com broncas, e outra com meu desespero."

Uma jovem explosiva e inquieta confinada em um antro de adultos (majoritariamente), sendo porta-voz direta de seus sonhos e anseios, dizendo tudo que pensa de forma inoportuna, mas que ao mesmo tempo te traz tamanha frustação ao pensar o quão promissor seria seu futuro, se tivesse tido um... Uma mente brilhante, um livro triste, porém real, sem rodeios.