Minha Velha Estante 24/05/2018Resenha da Adriana MedeirosEu sei o que você está pensando propõe um enigma que parece insolúvel. Um homem recebe pelo correio uma carta provocadora que termina da seguinte forma: “Se alguém lhe dissesse para pensar em um número, sei em que número você pensaria. Não acredita? Vou provar. Pense em qualquer número de um a mil. Agora veja como conheço seus segredos.”
O destinatário, Mark Mellery, pensa no número 658 e, ao abrir um envelope que acompanha a mensagem, descobre que o autor da carta previu corretamente o número que ele acabara de escolher de modo aleatório. Como isso seria possível?
Desesperado com os bilhetes ameaçadores que se seguem à carta, Mark, um guru da autoajuda, procura um velho colega de faculdade, o brilhante detetive David Gurney, recentemente aposentado do Departamento de Polícia de Nova York.
Aos 47 anos, 25 deles dedicados a desvendar terríveis casos de homicídio, David acaba de se mudar com a esposa, Madeleine, para uma fazenda no interior do estado e tenta se adaptar a um novo estilo de vida. Mas sua mente, extremamente lógica, é fisgada pelo quebra-cabeça apresentado por Mark.
O “superdetetive”, apelido que ganhou da imprensa no auge da carreira, percebe que encontrou um vilão à sua altura quando as estranhas ameaças terminam em morte. Tudo leva a crer que o assassino, além de ser clarividente, cometeu um crime impossível, deixando pistas sem sentido e desaparecendo no meio do nada.
Enquanto busca decifrar o enigma e estabelecer um padrão que possa ajudá-lo a deter o assassino, David tem que enfrentar seus próprios fantasmas, se reconciliar com o passado, rever o eu debilitado casamento e se preparar para ficar cara a cara com seu adversário.
“Verdon controla o ritmo da narrativa, conta a história de um casamento profundo mas problemático, analisa o que significa ser consumido pelo trabalho mesmo que isso possa matá-lo e exige que o leitor use o cérebro para imaginar o que vem a seguir.” - Salon
Um livro excelente, com uma narrativa em terceira pessoa que deixa a história muito mais "tensa". Um ótimo livro para quem gosta do gênero policial. É impossível você não se sentir na pele de Gurney, tentando resolver os quebras-cabeças e descobrir quem é o assassino.
É realmente, o fato de o leitor estar sempre um passo atrás do protagonista faz com que a gente queira se superar e resolver os enigmas antes mesmo do detetive.
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