Resenhas - Alta Fidelidade

Ched 15/11/2023

Se você não conheceu um Rob Fleming, você já foi ele.
O livro é sobre um aficionado por música contando do top 5 maiores términos de relacionamentos da vida dele.

comecei a ler porque tava na lista de lidos pela Rory Gilmore e priorizei pois adoro a série do Hulu.

não vou entrar no mérito dele soar muito como um incel/misógino o livro INTEIRO. o papo aqui é outro.

terminei achando que o Rob tá no MEU top 2 protagonistas mais cretinos da literatura (em 1º lugar vem a de "Meu ano de descanso e relaxamento", 3º a de "Meu nome era Eileen", curiosamente ambos da Ottessa Moshfegh!).

o cara é um frustrado de carteirinha. completamente neurótico. além de conta.

os relacionamentos familiares, amorosos e de amizade todos terríveis. e é sempre culpa do outro, nunca dele.

colecionando ressentimentos, tudo na vida dele tá ruim até quando sai do jeito que sonhou.

nenhum relacionamento é o suficiente pois o que ele quer MESMO é manter as possibilidades em aberto.

tá sempre buscando algo novo, que não adianta de nada pois ele sempre permanece igual.

mas, como disse ali, se você não conheceu um Rob Fleming, você já foi ele.

talvez por isso consegui empatizar. porque sei que não é fácil mudar mesmo que isso o incomode profundamente. ainda mais difícil quando nem se sabe ao certo se isso é, de fato, o que deveria fazer. e em ambos os casos, vejo muito do Rob.

vejo um Rob humano. alguém que, dentre as inúmeras possibilidades que guardou para si, uma delas é mudar e melhorar (ou ao menos é no que eu escolho acreditar).

penso que a série do Hulu, com a talentosíssima Zoë Kravitz, fez milagre pois empatizei com a personagem muito mais rápido (aí pra saber o motivo, só assistindo).

é um livro legal? muito!

admiro o incrível conhecimento musical do Rob? com certeza!

seria amiga dele? JAMAIS!

p.s.: valeria MUITO um roteiro turístico pelos lugares com a soundtrack do livro: maravilhosa!

site: https://www.instagram.com/roryreadsmore

Karen 14/02/2022

Curo sua ressaca literária em 5 páginas
Assim foi, já na quinta página lida eu estava gargalhando e sabia que não iria soltar o livro tão cedo.
Divertido, inteligente e muito bem escrito.
Síndrome de Peter Pan moderno.
"Nas músicas do Bruce Springsteen, ou o cara fica no mesmo lugar e mofa, ou escapa e se dá mal. (...) Mas ninguém nunca escreve sobre a possibilidade de escapar e ainda assim mofar - uma fuga a meio caminho, o sujeito sair do subúrbio pra cidade e, no fim, viver uma vida suburbana e chocha de qualquer jeito. Foi o que aconteceu comigo; é o que acontece com a maioria das pessoas."

Rayana 31/05/2021

Um livro ok
Eu fiquei obcecada com alta fidelidade, após assistir a série de mesmo com zoe kravitz inspirada nesse livro, e antes de tudo tenho que dizer que a série é bem melhor que o livro! O tempo todo eu só ficava pensando no quanto o rob era chato e não consegui me importar c ele em nenhum segundo, mas isso não quer dizer q o livro seja mal escrito, pois a narrativa flui muito bem e as famosas listas tem ótimas dicas!

É um livro fácil de ler, com um protagonista chato e cheio de autopiedade(que não suporta que a namorada tenha um emprego melhor que o dele), porém cheio de dicas ótimas da cultura pop e para a galera que gosta disso, vale a pena!

Anna 04/04/2010

Não escolher, também significa escolher algo!
O livro conta a história de Rob Fleming, um cara de 36 anos, dono de uma loja de discos de vinil que está próxima da falência. Rob não é casado, não tem filhos, não cursou faculdade, seus pais moram no interior. Sua vida pacata, simples e sem muito sucesso parece ter sido ocasionada por todo o desastre de sua vida amorosa desde a adolescência e a história começa justamente com o TOP 5 das separações mais memoráveis do rapaz.

Ao fazer esta primeira lista, Rob acaba de se separar da namorada Laura. Ele está com raiva e tenta atingí-la ao enfatizar que ela não aparece na lista. No início, esta atitude parece infantil. Parece que ele não a incluiu na lista simplesmente para se mostrar superior, que ela nem significava tanto assim para ele. Mas ao decorrer da história, descobrimos que não é isso. As experiências nos ensinam, nos amadurece e percebemos que nem tudo é o fim do mundo. A dor pode até ser mais intensa do que o 5o. lugar da lista, mas temos mais força para enfrentá-la.

A linguagem da história é simples, direta. Sem altas pretensões, Nick Hornby te envolve, te atrai, te prende. O texto é recheado de referências culturais pop, cinematográficas e musicais, além de muitas listas e listas. Com vida sendo guiada pelo cultura pop das últimas décadas, Rob expõe muitos dos medos, neuras e dúvidas comuns das pessoas próximas dos 30 anos. É impossível não torcer por ele, pois apesar de agir como um completo idiota em algumas passagens, você vai se identificar com ele em algum ponto.

Nick Hornby me supreende com seu talento. Consegue fazer uma história fácil de ler, leve, engraçada em alguns pontos, reflexiva em outros, com boas doses de ironia(ponto!!) mas sem deixá-la chata, entediante ou confusa. É muito difícil misturar todos estes aspectos em um livro e ele conseguiu. Acho fantástica a forma de narração de Nick, quando nos damos conta estamos na própria pelo de Rob ou até mesmo batendo um papo com ele.

Eu confesso que achei que seria uma história boba na qual um cara coloca toda a culpa de seu fracasso amoroso nas mulheres, mas me surpreendi. Acho que aprendi algumas coisas sobre homens com o Rob, sobre como homens pensam, agem e até alguns de seus possíveis medos. Não tenho a pretensão de dizer que todos os homens são como Rob, mas há lições para se aprender com ele.

Acredito que a lição mais importante que aprendi foi a que Rob e eu aprendemos juntos! Laura é terrivelmente consciente e inteligente, colocou em palavras algo tão simples e fácil de constatar, porém difícil de ver: as consequências de manter as opções em aberto. Quando você insiste em manter as opções em aberto, na verdade você está fechando-as também. O tempo passa e nos tira as opções que achávamos ter. Acho que eu já sabia disso, mas nunca havia parado para encarar isso! Um trechinho que exemplifica isso:

"Algo além de manter suas opções em aberto e esperar que a vida mude. Você manteria suas opções em aberto pelo resto da vida, se pudesse. Vai estar no seu leito de morte, morrendo e vai estar pensando, bem, pelo menos mantive minhas opções em aberto. Pelo menos não acabei fazendo algo do qual não pudesse recuar. Só que enquanto você está mantendo suas opções em aberto, você está fechando-as também."

Palavras de Laura para Rob

Nick Hornby

Angelica75 02/04/2020

Primeiro contato com Nick Hornby
...e gostei da escrita, rápida, divertida e pop. Porém o personagem principal me incomodou diversas vezes. Suas frustrações com as
mulheres fez dele um grande babaca, talvez nos dias de hoje (2020) o livro teria outra entonação.

Tuyl 29/01/2023

Maravilhoso! Conheço o autor por conta de Febre de Bola há anos e nunca entendi pq na capa deste livro, que é ótimo, tem o selo "do autor de Alta Fidelidade". Agora entendi!!!

Amanda 26/11/2018

Livro bom, protagonista chato
A escrita do livro é muito boa, é leve, fácil, engraçada e parece que o protagonista está conversando com você, só que o problema do livro é justamente o protagonista.
O cara tem 35/36 anos e parece uma criança mimada e egocêntrica. Bem babaca, extremamente pedante e que me fazia revirar os olhos de impaciência toda vez em que ele achava que o mundo inteirinho rodava em torno do seu umbigo.
De resto, uma boa leitura :D

Felipe B. Cruz 09/08/2010

Um retrato da década de 90
Para os nascidos depois do ano 2000, esse livro vai parecer algo pré-histórico. Fitas K7? Vinil? CD? Hein? O livro é um retrato da década de 80 e 90. Pessoas como o personagem principal ainda existem nos dias de hoje, mas substituíram os vinis e afins por mp3, ipod e quetais. Mas isso não importa. O que temos aqui é um ótimo livro com uma história que prende do início ao fim. Diverte, é sacarstico, tem humor negro, enfim, tudo para agradar. A minha geração, da década 80 e 90 e a nova geração, dos anos 2000.

deb 07/03/2021

Meu Deus, sério... que livro horrível!!!

A única coisa que salva nesse livro é as referências de músicas e filmes.
O cara é um abestalhado de meia idade que culpa tudo e todos (todos = mulheres que já se relacionou) por ser um grande de um banana. Típico homem nerdola frustrado que adora se vitimizar: "ah, olha como eu sou um coitadinho..." pra justificar as atitudes lixos que tem. A descrição que ele faz das mulheres nesse livro é podre e olha que eu sou bem tolerante levando em consideração o ano e etc. Mas puta merda, que livro ruim. Não tem um foco legal, um plot... a avaliação dele nos sites é boa, mas repare que mais da metade dos avaliadores são..... homens! hahahahah, não me admira.

Renato 12/07/2010

Onde eu estava que ainda não tinha encontrado esse livro ainda? Com certeza entra no meu Top 5, com folga. Para os homens, alguém com quem se identificar; para as mulheres, um vislumbre da mente masculina, finalmente mostrada com toda sua complexidade.
Maravilhoso!

Gabriel.Foppa 20/03/2023

??
Assim gente foi um pouco hétero demais pra mim, mas é bom.
Entretanto a versão em série da Hulu, onde colocam uma mulher pra interpretar Rob, foi muito superior em minha opinião bjs

@thereader2408 31/07/2021

A história de um adolescente de 35 anos
"Rob é um sujeito perdido. Aos 35 anos, o rompimento com a namorada o leva a repensar sua vida: relacionamento amoroso, profissão, amizades. Sua loja de discos está falindo, seus únicos amigos são dois fanáticos por música que fogem de qualquer conversa adulta e, quanto ao amor, bem, Rob está no fundo do poço."

Acho que essa parte da sinopse sintetiza bem o livro. Confesso que tive dificuldades em me conectar com o Rob, que é o narrador da própria história. Estamos na cabeça dele então toda decisão ruim, pensamento idiota e narcisista, comentário machista, estamos lá vendo o protagonista fazer bobagem e culpar os outros pelos próprios erros. Minhas primeiras impressões do Rob: Um grande babaca.

Sim Rob, o problema é você, não eu. Custou, mas consegui engrenar na leitura e finalizar o livro. Quem conseguiu passar por cima do ego ferido e vitimismo do Rob no início recebeu como recompensa ver o amadurecimento de um adolescente trintão. O Rob do início não é o Rob do final, mas eu só consegui ver isso com clareza ao ver a interpretação do John Cusack no filme homônimo de 2000.

Alta Fidelidade é um livro de formação, trata sobre amadurecimento e crescimento pessoal, mas a mudança do Rob é sutil você só identifica ao finalizar e analisar o conjunto da obra. O livro não me agradou na primeira reflexão, mas sabe o tipo de livro que te deixa pensando depois do término da leitura? Aquele que segue com você? Então, depois de refletir concluir que esse é um livro sobre reflexão de vida, como lidar com fracassos, perdas, ego e tudo isso com menções a boas músicas...Eu gostei! E recomendo, assista também o filme de 2000 e a série de 2020, as músicas são ótimas em todas as mídias.

A música é a grande paixão do Rob, ele faz incontáveis listas de top 5, até os discos dele são organizados por fases da vida e gravar uma fita (K7 esse livro é de 1995) é um evento para ele. Se for ler, tenha em mente que Rob não é um herói romântico, é um ser imperfeito como todos nós seja paciente com ele, ele está crescendo. Recomendo esse livro para quem está fazendo leituras pesadas, pois tem uma pegada descontraída e sem grandes pretensões.

@thereader2408


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Bianca1148 10/05/2021

Alta fidelidade
Achei a leitura um pouco maçante, cansativa... as referências de filmes e músicas são muito boas, mas, chega uma hora do livro que fica um saco! Ele só reclama de tudo e acaba culpando as pessoas com que se relacionou para justificar suas péssimas atitudes. Por várias vezes pensei em abandonar o livro.
Eu terminei esse livro no começo do ano, mas, como boa esquecida que sou, não marquei aqui, e, como estou voltando a usar o skoob 100% só agora reparei que não tinha feito a resenha.