Etnan 08/05/2015Resenha "Herdeiros de Atlântida" - Eduardo SpohRachel é uma universitária na cidade de Santa Helena, RJ, que vive uma vida normal,
juntamente com seu namorado Hector na república da faculdade. Porém, está sendo
perturbada com sonhos repetitivos, nos quais uma criança parece estar ligada a ela, mas de
forma inalcançável; onde também a imagem de um homem medonho sempre aparece. Não
imagina ela que sua vida se transformará bruscamente, na descoberta de sua real identidade.
Há um mistério com Hector, o qual toda vez que o assunto da família é tocado, o mesmo se
desvia, por desculpas mesmas, que já perfazem sua relação há bastante tempo.
Raquel lembra de sua família, mas não da última vez em que estavam juntos: é como se nunca
houvesse acontecido de verdade; tudo que possui nas lembranças são fatos que aconteceram
a no máximo dois anos, período este que estivera sempre na faculdade, morando em seu
próprio campus. Não imagina ela que está vivendo a vida e tendo as lembranças de outrem, e
que brevemente descobrirá de uma maneira inesperada.
Levih e Uraquim são dois varões dotados de habilidades inigualáveis, inumanas, as quais lhes
dão título de anjos. Estão na missão de descobrir o paradeiro de uma dupla enviada há dois
anos ao trabalho de desvendar uma possível quebra de uma trégua entre as duas tropas
dominantes do céu: a de Miguel e a de Gabriel, os dois grandes arcanjos que dominam todo
o paraíso.
Confronto este que vem destruindo, há milênios, povos da terra e alados, causado pelo ciúme
dos grandes arcanjos para com a exaltação que o Criador deposita no ser humano.
Descoberta sua nova realidade, Raquel, agora Kaira, Zarion, seu comparsa encontrado quase
morto, Levih e Urakin, anjos de classes, ou castas, diferentes, adeptos às ideias do gigante
Gabriel, partem na missão perigosa, misteriosa, feérica, e cheia de descobertas mirabolantes,
de redescobrir o plano maléfico de Miguel e intervi-lo de forma a preservar a ideologia de seu
comandante-mor, juntando-se ao anjo renegado Deniel, antes do domínio do tirano e agora
defensor do estandarte das tropas rebeldes, que se torna parte fundamental no desfechar de
aventuras inigualáveis, através de reinos e povos antigos, planos e dimensões surreais, que
obrigam esses guerreiros a adotarem medidas variáveis para a conclusão dessa tarefa árdua,
mas sem antes passarem por enganos, traições, perigos, apertos, decepções, tristezas, e
momentos apaixonantes devidos aos fenômenos encontrados nessa frente de guerra.
O autor usa uma linguagem razoavelmente culta, mas acessível, com todos seus atavios
literários.