A peste

A peste Albert Camus




Resenhas - A Peste


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Atteneee_ 17/09/2023

A peste revela em nós a ilusão da estabilidade.
"A pestilência é tão comum que tem havido tantas pragas no mundo quantas guerras, mas as pragas e as guerras sempre encontram as pessoas igualmente despreparadas."

Em períodos de crise, a condição humana se desvela, revelando a complexidade de nossa existência. Muitas vezes, buscamos nos aferrar a uma sensação de privilégio dentro de nossa zona de conforto, enquanto nos vemos amaldiçoados pela imprevisibilidade e caos que permeiam a vida. A abordagem quase tragicômica para confrontar o absurdo da existência, embora desafiadora de ser percebida, é uma representação veraz da realidade. Em nossos esforços para escapar dessa verdade, muitas vezes apelamos para bênçãos e maldições como muletas psicológicas. Contudo, quando uma crise se abate sobre nós, a verdadeira essência da vida é desnudada diante de nossos olhos, fazendo com que percebamos, em um lampejo, que vivemos uma mentira.

O livro é com certeza bom, embora para alguns possa se tornar uma leitura beeeem cansativa. A essência do livro é sutil e quase subliminar em meio a uma tonelada de personagens e diálogos, requer bastante atenção e contexto sobre o proprio Camus, mas eu gostei da leitura.
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Massasa 15/09/2023

A peste
Que livro incrível!

Por ter lido recentemente Ensaio sobre a cegueira, o livro me impactou duas vezes mais, multiplicado ainda pelo contexto atual.
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alice 04/09/2023

? Então ? disse ele ? estou perdendo a partida.
Em A Peste, Camus traz um relato minucioso de todas as fases da epidemia e as reações dos moradores de Orã diante da morte iminente.

O narrador ? que conhecemos apenas no final ? relata o sentimento de incredulidade do início da Peste, a ignorância das pessoas e depois o medo quando os primeiros infectados surgem, a dor diante da morte transforma a cidade antes iluminada, em algo sombrio e desprovido de qualquer esperança. O narrador passeia pelo cotidiano de alguns moradores de Orã ? todos ligados de alguma forma ao combate da Peste ?, temos um padre, que no início faz um discurso fervoroso de que a Peste é necessária e que foi algo enviado por Deus para trazer seus filhos até sua casa. Muitos se agarram à religião em momentos de desespero e buscam uma explicação para o flagelo infligido, no auge da praga e depois de acompanhar a morte lenta de uma criança, o padre antes tão fervoroso em sua fé, hesita diante da crueldade e as certezas se tornam dúvidas.

"Era necessário escolher entre odiar a Deus e amá-lo. E quem ousaria escolher o ódio a Deus?"

O padre, Tarrou e Rieux foram os personagens que mais me impactaram na narrativa.

Os relatos em A Peste falam também sobre o egoísmo que advém do alívio quando a morte bate na porta de um desconhecido e não na nossa, sobre a ignorância diante daquilo que desconhecemos, a sensação de impotência, a solidão e até mesmo a união diante da desgraça. Existem até aqueles que sentem que a doença é melhor do que o futuro que os aguarda após o seu fim. Mas, além de tudo, a Peste também fala sobre o amor, sobre amizades que surgem no caos, sobre a fragilidade da humanidade e ao mesmo tempo a força para lidar diante da dor. E no final, A Peste fala sobre esperança e o narrador faz um lembrete de que por mais feliz que estejamos, não devemos esquecer do mal que nos afligiu.

"Sabiam agora que, se há uma coisa que se pode desejar sempre e obter algumas vezes, é a ternura humana."

Não foi uma leitura fácil, a escrita de Camus é densa e foi impossível não lembrar e fazer comparações com a pandemia de covid. Camus relata o ser humano em todas as suas nuances, de forma real e visceral. É um livro que vai além da Peste, que fala também sobre as doenças da alma.
luuandra 04/09/2023minha estante
Só pela sua resenha eu já quero ler


Gleidson 04/09/2023minha estante
Parabéns pela resenha, Alice! Eu estou ensaiando pra ler este livro faz tempo. Acho que chegou a hora.


alice 04/09/2023minha estante
É um livraço Gleidson! Torcendo para que goste da leitura.


Gleidson 04/09/2023minha estante
Será minha próxima leitura. Acho que vou gostar. Camus me impactou bastante com O Estrangeiro.




Paulinha 03/09/2023

Um clássico
Um livro bom, mas longo e por vezes massante.
Ainda assim, o autor traz a maneira com as pessoas reagem em vista da morte eminente, nos vivemos isso a pouco tempo com a pandemia do covid, e como no livro as pessoas esqueceram disso.
O livro analisa e faz crítica à várias situações em momentos de crise, pobres passam fome e sofrem mais, mas todos correm o mesmo risco de morrer.
Vale a pena a leitura
As semelhanças não são mera coincidências.
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Tiago.Guedes 22/08/2023

Tudo morre, tudo muda
"A Peste" é uma obra-prima do existencialismo escrita por Albert Camus. O livro retrata a cidade de Oran, assolada por uma epidemia de peste bubônica, e explora as respostas humanas diante do absurdo e da morte iminente. Através de personagens como o médico Rieux, o romance examina a luta da humanidade contra um destino impiedoso. Camus utiliza a peste como metáfora das crises e injustiças do mundo. Com uma narrativa envolvente, o autor mergulha nas complexidades da condição humana, explorando o significado da solidariedade, do desespero e da esperança em tempos sombrios. "A Peste" continua a ressoar como uma reflexão profunda sobre a natureza da existência e a busca de sentido.
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Keit Larrama 20/08/2023

Amor , sofrimento e exílio
?A peste? obra escrita pelo filósofo Albert Camus , grande contribuinte da corrente filosófica do absurdismo, narra uma epidemia que ocorre na cidade de Orã. O livro é divido em 5 partes , cada uma narrando uma fase específica da peste , desde seu início ,clímax e encerramento. Todo texto é escrito por um dos concidadãos dessa cidade e que só tem a identidade revelada no último capítulo do livro.
Ler ?A Peste? foi como fazer uma retrospectiva desses anos de 2020-2021 de pandemia. O Camus mostra a angústia, a solidão, ansiedade e a falta de esperança dos personagens e aflição trazida pela constância da morte no dia a dia. Saio do livro com um mix de depressão e gratidão porque me fez lembrar demais sobre uma realidade ao qual eu fui contemporânea. Finalizo com : o amor , o sofrimento e o exílio são comuns a todos os homens. E até o amor exige um pouco de futuro e para nós às vezes só há instantes.
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tally_mour 20/08/2023

Esteja preparado para refletir sobre a dor de uma sociedade
Quando você começa a refletir sobre oq acontece ao nosso redor voce adquiri a capacidade de percepção da nossa sociedade, e oq voce entende sobre viver é a dor, esse livro mostra a dor e ela é conjunta com nossos semelhantes, nossos companheiros, o sofrimento, a morte, o medo, e o livro te apresenta isso com uma percepção ampla da dor de uma sociedade (isso se reflete totalmente no nosso cotidiano, não é só um livro), consequentemente você conseguirá entender o sentimento de empatia e companheirismo ao ver a coisa mais importante pra uma sociedade que é o fato de que todos nós compartilhamos da dor, estamos todos no mesmo barcos, somos companheiros
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Mariana1447 08/08/2023

Emocionante, mas denso
É um livro grande e por vezes secante, mas camus é mordaz nos seus comentários e mostra-nos que juntos somos mais fortes.
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Alhos 04/08/2023

É o Camus, né.
Eu amei ler isso. Com certeza é um dos meus top 10 livros favoritos, como já tinha dito eu adoro livros que me fazem pensar e repensar, pensamentos que exigem muito de mim e que fazem eu largar a leitura pra fazer nada além de pensar.
Para ser sincero recomendo fortemente essa obra, todos personagens bem construídos, e toda dor, sofrimento e exílio bem aplicados diante do véu da peste que se sobrepõe sobre a cidade de Oran.
Com toda certeza vou reler futuramente, tem um lugar significativo no meu coração e como dizem " alugou um triplex na minha cabeça", por agora é isso...
AMEI A EXPERIÊNCIA.
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Paula 27/07/2023

..." não há armistício para a mãe que perde o filho ou para o homem que sepulta o amigo".
A leitura é um pouco cansativa. A semelhança com o que vivemos com a Covid é de se espantar. Vale a leitura.
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Fernanda 15/07/2023

Não se vence a doença
Essa leitura foi um pouco dolorosa por ter sido feita justamente nesse momento, pós pandemia, sofrendo o luto e a felicidade de retomar a "normalidade", pq na verdade, nunca mais será a mesma coisa. Também foi assim nessa história.
É um bom livro, a escrita de Camus é ótima.
Eu não me peguei apegada a nenhum personagem. São todos colonizadores, não se fala de africanos além do comentário do bairro negro ou alguma outra coisa pontual.
Por muito tempo no livro não consegui sentir empatia pela situação, até um determinado ponto onde tem uma cena com uma determinada criança. Depois disso eu me parei pensando em como ficamos insensíveis diante de toda desgraça e isso me pegou e eu fiquei emocionada.
Mas passou. Esse livro traz muitas reflexões no meio da história q é contada, não é um livro pra todo mundo.
Não tem nenhum personagem feminino digno de nota, a mãe do protagonista é monossilábica embora presente.
Não se fala o nome da doença em momento algum.
Vai te deixar reflexivo por algum tempo.
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Victor Hugo 05/07/2023

"Há nos homens mais coisas a admirar que coisas a desprezar"
Conheci Albert Camus durante a pandemia e quando soube desse romance prometi que quando a pandemia acabasse iria ler, não achava uma boa ideia ler durante e acho que fiz bem.

Não tenho muito a dizer a não ser que acredito que esse seja o retrato mais próximo do que foi viver uma pandemia, viver isolado com medo do invisível e imprevisível. Mas também das pequenas alegrias durante e da explosão do retorno.

ainda bem que além de um grande filósofo, Albert Camus era também um ótimo escritor.
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