O Iluminado

O Iluminado Stephen King...




Resenhas - O Iluminado


4424 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


spoiler visualizar
comentários(0)comente



mariaeheidtmann 08/04/2024

King sendo King
É o segundo livro do Stephen King que eu leio e posso dizer que ele se supera a cada obra.

Os personagens são marcantes e bem definidos, a construção do enredo é ascendente, e a personificação do Hotel, assim como nas suas demais obras é incrível.
comentários(0)comente



Giulia 08/04/2024

O Iluminado ?
Esse livro meio que ajudou com a minha ressaca literária. Todos os dias de manhã eu lia e não conseguia mais parar. É realmente muito bom e empolgante. A primeiro momento pensei que o menino seria o problema, por isso me surpreendi. Tentei ler em inglês e não consegui, então foi uma experiência boa ler em português também.
comentários(0)comente



sf3llen 07/04/2024

Detalhado da maneira mais inteligente
Esse livro é simplesmente sensacional, os detalhes e o jogo de palavras na história fez toda a diferença pra ser emocionante e viciante para durante a leitura. Por ser um livro grande, considero que foi uma leitura razoavelmente rápida, mas imensamente prazerosa. Recomendo demais!! E principalmente pra quem quer iniciar livros maiores.
Gustavo666x 08/04/2024minha estante
King é gênio! ?




Gustavo666x 07/04/2024

King é rei: o iluminador da humanidade.
(Este lugar desumano cria monstros humanos.)

Às vezes, tudo o que um monstro precisa para se libertar de sua jaula é de um simples movimento com a chave dentro do cadeado que o aprisiona. De maneira análoga aos acontecimentos do livro, o hotel soube fazer isso com maestria com Jack Torrance, visto que a mente do personagem era recheada de pensamentos ruins e negatividade na maior parte do tempo. O hotel não precisou de um movimento em si, mas sim de um incentivo, o incentivo que Jack precisava: o álcool. Assim, o lugar desumano pode finalmente criar seu monstro humano.

Stephen King é considerado um autor prolixo por alguns, por ser apontado como um autor de "escrita lenta". Eu sinceramente repudio essa opinião. Eu respeito se você acha isso, mas você está errado. Talvez toda essa impressão se deva ao intenso detalhamento que King aplica à tudo que acompanha a trama principal. Por exemplo, em qualquer momento em que ele vai descrever alguma ação entre os personagens, ele vai detalhando desde como o tapete do chão é feito, a cor do papel de parede que cobre os corredores, as luzes que estão iluminando o local, até finalmente iniciar a interação entre os personagens si, como se King estivesse nos alimentando com camada por camada de um bolo gigante e então finalmente finalizar com a cereja.
A maior parte do livro se passa no hotel. (A maneira como King descreve o mal se pronunciando no hotel: de forma traiçoeira, persuasiva, insistente e manipuladora é genial!) e é lá que temos o núcleo da obra em si, então não há tantas mudanças de cenários, é o hotel e fim de papo. Toda essa ambientação construída aos poucos, como se estivéssemos montando um quebra-cabeça junto ao autor, peça por peça, é tão rica em detalhes e profundidade que nos prepara freneticamente para o que o hotel se tornaria. Realmente sabíamos que algo iria acontecer ali, não sabiamos específicamente como ou a hora, mas sabiamos que iria acontecer. E ainda assim, em meio a todo esse preparo guiado pelo autor, ainda somos surpreendidos com o rumo que o livro toma. Ou seja: uma descrição majestosa resulta numa ambientação majestosa.
Pessoalmente, acho isso um talento imensamente precioso e não um defeito, pois tira qualquer dúvida do leitor quanto ao ambiente ao redor. Você imagina o local quase que automaticamente, pois o King nos deixa sem escolhas. E para falar a verdade, é insano em como king consegue fazer com que qualquer coisa pareça imensamente interessante, mesmo se estiver descrevendo um simples ambiente, consegue tornar isso interessante e intenso.
Outro momento perfeitamente detalhista se encontra no primeiro capítulo, ele reserva 12 páginas para especificar sobre o lado mais técnico do hotel, falando sobre encanamento, fornalha e principalmente a caldeira, coisas que de início não parecem tão importantes para a trama, quase como se fosse descartável e inútil, mas, visto que Jack é o zelador contratado, devemos sim saber as coisas que ele vai fazer e como vai fazer, isso torna a construção do personagem ainda melhor e tudo mais natural e real. E com o tempo percebemos o peso e importância que essa caldeira carrega, durante a obra inteira e principalmente no fim. King não deixa pontas soltas, nada é por acaso em O iluminado, tudo tem uma explicação e sentido, pode não fazer sentido de imediato, mas durante a obra você entende aos poucos.
Podemos assimilar a escrita de King como se fosse a caldeira do hotel também, que esquenta gradativamente e consequentemente explode no fim.
E em meio a essa caldeira imensa, ou melhor, a essa panela de pressão que começa a ferver intensamente desde a primeira página, Stephen King, nosso grande cozinheiro, não tem só um, mas todos os ingredientes necessários para nos alimentar com esse banquete de terror deliciosamente recheado de: isolamento, tensões psicológicas, histórias passadas do hotel, traumas que a família carrega, problemas familiares que vinham muito antes de chegarem ao hotel (problemas antigos e mal resolvidos, e que desde o princípio entrega um ar de que esses problemas passados poderiam ocasionar em cenas de terror a qualquer momento visto o temperamento de Jack) e é claro, a sobrenaturalidade. Ou seja, aqui, Stephen nem por um segundo retrata aquele terror tosco que se monta só pelas coisas que vem de fora, como as "forças malignas". Terror mesmo, o terror rico de king, é aquele que mescla os fantasmas externos juntamente aos fantasmas que carregamos dentro de nós: os nossos traumas, nossos desejos ocultos que não controlamos, e principalmente, as nossas memórias mais terríveis. São fantasmas que não existem só em livros e filmes, mas dentro de qualquer um de nós. Podemos tentar nos esconder deles ou ignorá-los, mas eles sempre aparecem de uma hora ou outra, quando menos esperamos. Não foi simplesmente o hotel que deixou Jack louco, ou melhor, possuído, mas TUDO. Toda essa junção de narrativa do King é preciosa e genial.

Stephen King é como o diretor Quentin Tarantino dos livros. Comparo os dois em relação ao talento em retratar agressividade e crueldade que possuem em comum em suas obras. Eu me identifico muito com essas características de ambos, pois realmente curto todo esse sangue e ambientação que é construída.
Além disso, não é nenhum exagero dizer o quão poética é a escrita de King. A forma como ele descreve trechos especificando o sol como "o fogo dourado", a estrada com curvas de "cobra negra gigante", sua descrição de um ninho de vespas como "ninhos de vespas empederados como frutos venenosos", retrata a neve acumulada na estrada como um cobertor branco, descrições de cenas violentas como: "pedaços de osso saltaram no ar como teclas de piano quebradas", e lá no fim do livro, ele descreve um trecho da explosão onde a fumaça reinava e diz "um momento, a coisa assumiu a forma de uma arraia imensa e obscena, e depois o vento pareceu apanhá-la, rasgá-la e picá-la como papel velho. Fragmentou-se, foi apanhada por um redemoinho de fumaça e minutos depois desapareceu como se nunca tivesse existido". Todas essas formas simplesmente profundas de descrever algo são realmente algo preciosas de se ler, é a delicadeza da poesia de mãos dadas com o terror violento andando lado a lado em harmonia, são detalhes dessa escrita que vou levar para o resto da vida, com certeza.

Não é à toa que é considerado o MESTRE DO TERROR.
Sempre menosprezei o terror, sempre ignorei filmes e contos do gênero, pois nunca me assustava então os achava uma grande perca de tempo. Em sua grande maioria eram: personagens sem desenvolvimento algum e histórias rasas, com sustos e enredos previsíveis. Porém, acho sinceramente que King me fez apaixonar pelo terror, pelo menos o terror dele, que contém: história profunda e personagens profundamente complexos, com um terror que não se prende a somente uma coisa.
Sempre achei bobagem o fato de pessoas relatarem se sentirem incomodadas de fato com um livro, com as agressões que acontecem, etc., mas esse livro calou minha boca. Foi como se eu tivesse levado um soco de King no meu maldito rosto, tive que dar o braço a torcer. Ele te deixa aflito, nunca imaginei que pudesse ficar tão tenso lendo textos numa folha, meu coração batia dolorosamente acelerado como se quisesse furar meu peito e dançar em cima do livro, era como se eu tivesse desaprendido a respirar, em alguns momentos queria ler com mais calma para apreciar as folhas, mas eu simplesmente falhava miseravelmente em tentar, toda aquela tensão gerava uma ansiedade que me fazia ler cada vez mais rápido conforme o suspense aumentava, me deixava angustiado a cada virada de página para acompanhar aquele ritmo feroz e ver aonde aquilo iria dar. Era algo automático, quase que impulsivo, um instinto, era desconfortavelmente prazeroso todas essas junções de emoções, resultado do trabalho genial do autor.
É espetacular como ele faz isso com a escrita, na cena do salão onde ele retrata o relógio em que o pai esmaga a cabeça do filho com um taco, senti vontade de vomitar, muito mais assustador que muito filme de terror, e digo mais, infinitamente mais assustador que a adaptação do livro dos anos 80. Ao contrário do filme, o livro literalmente te prende e consegue ir de um momento tenso e violento para algo amoroso e aliviante, em outras palavras: conta uma história enquanto o filme falha miseravelmente. A obra despensa elogios, simplesmente um grande espetáculo literário.

Esse livro foi o meu melhor amigo nos últimos dias, para todo canto que fui, o levei junto, não saía da minha cama, foi de fato um grande companheiro. Desenvolvi um apego que nunca senti por um objeto antes, foi um amigo que nunca tive durante toda a minha vida, foi como se fosse um marcapasso implantado no meu peito que fez meu coração bater mais forte nas últimas semanas. Eu basicamente dormia e acordava pensando em mergulhar nas páginas e apreciá-lo como se fosse a minha mulher. Sinto como se a obra me lesse, me sinto tão feliz por ter lido isso antes de morrer, me sinto ainda mais feliz por saber ler para apreciar isso. Me senti muito triste por toda essa história chegar ao fim, as últimas páginas foram muito dolorosas, gostaria que nunca terminasse. Nunca me senti tão hipnotizado e fascinado com uma leitura como essa, nunca li uma história tão rica. Eu simplesmente não conseguia mais parar de ler e acabava devorando capítulo por capítulo sem perceber, era como se eu também fizesse parte da trama.

É tão louco pensar que tudo isso saiu da mente genial de somente um cara. É literalmente uma obra de arte de uma complexidade absurda e que literalmente saiu de uma só mente. Não foram varias pessoas, foi somente uma. Eu imagino King escrevendo isso literalmente como Danny quando entra em transe, com os músculos frouxos, corpo caído, olhos girando e preso em seu próprio mundo. Genial!
A complexidade de Jack e Wendy é absurda. Consegue-se empatizar com ambos ou com nenhum dos dois. Consegue-se achar diversas raízes do surgimento dos problemas e ainda assim não entendê-los. É tudo tão real! Prefiro nem me aprofundar sobre se Jack é o antagonista ou o vilão, se Wendy o amava de fato ou não, mas merecem muitas discussões! King realmente incorporava cada personagem, realmente é difícil de acreditar que toda a construção e diálogos dos personagens veio de um cara só, ele deve ter umas 500 personalidades diferentes.
Gosto de como King implementa pessoas reais em seus livros, pessoas que ele mesmo gosta, como Edgar Allan Poe, os Beatles, diz que Marilyn Monroe já ficou no hotel, etc... Isso faz tudo ficar ainda mais realista e imersivo.

"Me role
na grama
me role, me deite e faça de novo."

(e a máscara da morte rubra dominava tudo)

No mais, seus leitores serão eternamente gratos pela sua contribuição ao terror e literatura, King!



Trecho reservado para atacar a adaptação a seguir:)!!!


*O ILUMINADO FOI O MELHOR FILME QUE NÃO TIVEMOS.

Falando agora um pouco da adaptação do livro ao cinema pelo diretor Stanley Kubrick, o meu grande amigo de longa data S.K sempre deixou sua opinião bem clara:

"O personagem de Jack Torrance não tem arco nesse filme. Absolutamente arco nenhum. Quando vemos Jack Nicholson pela primeira vez, ele já está no escritório do Sr. Ullman, o gerente do hotel, então você sabe que ele é louco como um rato de merda. Tudo o que ele faz é ficar mais louco. No livro, ele é um cara que está lutando contra a sua insanidade até finalmente perder isso. Para mim, isso é uma tragédia. No filme, não há tragédia porque não há mudança real. A representação de Wendy no filme é uma personagem fraca, ela está lá basicamente só para gritar e se comportar de maneira estúpida. E essa não foi a mulher que escrevi. O longa também não tem compaixão pelos personagens, no livro eles são descritos como uma família problemática sim, mas que se ama e tenta fazer a coisa certa. Ja o filme altera as índoles dos personagens, principalmente de jack, como ja disse, e se torna uma experiência ?mórbida, superficial e falsa. O iluminado é uma das obras mais pessoais do autor, esse retrato era o que King tinha medo de se tornar. Viveu uma batalha contra o vício na bebida e temia machucar a própria família se perdesse o controle. No livro, apesar de tudo Jack encontra a redenção, ao contrário do filme, que distorce esse auto-retrato que o autor fez e o transforma em um completo monstro, uma grande falta de respeito. O final diferente do livro também faz o autor torcer o nariz. Apesar de atormentado pelos espiritos do hotel, no fim, jack permite que a família fuja dele, se sacrifica e obtém a redenção. No filme, o personagem morre congelado tentando perseguir a mulher e o filho. O desfecho deixa a história niilista demais para King, o que não o agradou."
(https://rollingstone.uol.com.br/noticia/por-que-stephen-king-odeia-o-iluminado-de-stanley-kubrick-entenda/)

E eu assino em baixo.
Infelizmente, Kubrick fez o que quis no filme e mudou características cruciais dos personagens, e criou sua própria história, infelizmente. Eu pesquisei um pouco a fundo sobre como funcionou a parceria dos dois na adaptação para o cinema e vi que, quando King soube que Kubrick gostaria de produzir sua obra nas telas, ficou imensamente animado e mandou o roteiro praticamente pronto ao diretor, que recusou e disse que não gostou.
Primeiramente, eu tomo as dores do King mesmo e dane-se, falta de respeito com o autor, pois como eu ja disse, é a obra mais pessoal que o mesmo já fez, então há de fato um amor além por ela. O diretor devia ter pelo menos ajustado a ideia do próprio escritor com a sua, juntando as ideias geniais de ambos, mas resolveu foder com tudo, tirou a essência do livro.
O iluminado dos anos 80 tem momentos bons e uma trilha sonora que combina com a ambientação, só isso. Não há comparação com o livro, chega ser triste colocar o livro e o filme lado a lado, devem ser apreciados separadamente.
Ja coloquei alguns motivos do porque o King não gosta da adaptação, e também pode-se ressaltar mais como: Danny, que é o PROTAGONISTA da história, tem seus poderes vergonhosamente nerfados, reduzidos a somente um amigo imaginário que fica falando com o dedo, reduzindo severamente sua importância na história. Dick Hallorann, que tem um papel importantíssimo no filme, é resumido a nada.

Enfim, separei uma parte só para atacar o filme, boa leitura a quem vai ler!
comentários(0)comente



Santtiagoo 07/04/2024

As lágrimas que curam são também as que escaldam e castigam
Um dos melhores e mais envolventes livros que já li.

Terror. Romance. Suspense. Drama. Fantasia... Há tudo e mais um pouco nesta obra de arte em papel.

Stephen King escreve este livro sem dúvida alguma com muito carinho. É perceptível o quanto o autor se dedicou ao livro justamente por ele conseguir prender o leitor em cada página. A cada instante me vi absorvendo e compreendendo o quanto a atmosfera do local mudava os personagens, que pouco a pouco passavam por testes que examinavam o quão fortes psicologicamente estavam para enfrentar o ambiente e não ceder a loucura (uns conseguiram, outros não...).

Envolvente, empolgante, brilhante e com a cara de Stephen King!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Lulu Villas 06/04/2024

Uma grande decepção
Ainda não acredito que eu li 460 páginas pra porcaria do vilão ser derrotado com um papinho de "ah, você não é mais meu pai". Por favor. Que final horrível, desfecho sem graça e absolutamente indigno da propaganda maravilhosa que eu ouvi falar sobre ele.

Primeiro que esse livro é enorme pra história que ele quer contar, dava pra resolver em 300 páginas. Se você tirar a parte 5 (final), todo o resto é literalmente a mesma coisa. Barulhinhos estranhos, uma visão ou outra, SÓ. Eu lia esperando o momento em que algo fosse finalmente acontecer e todo fim de capítulo era uma decepção maior. Minhas últimas esperanças estavam nesse clímax, que pode até ter sido legalzinho, mas definitavemente não compensa o resto e, como já mencionei, tem uma péssima conclusão.

Segundo que a história é fundamentada no nada. Você começa com duas informações primordiais desde a sinopse: a criança é "iluminada" e o hotel é mal assombrado. Ok, mas por quê? De onde surgiu isso? Qual a explicação? Parece que o Stephen King só largou o cenário pronto e esqueceu de mostrar o processo, como se o Overlook e
tivesse sido simples e espontaneamente escolhido por forças do mal e o menino tivesse aleatoriamente sido escolhido pelas forças do bem ?? que fofo. Só que não.

Reconheço que o desenvolvimento dos personagens foi ótimo e tal, o cenário é perfeito para um filme de terror, mas não passa disso. Na verdade, isso aqui funciona bem melhor como filme de suspense do que como livro. Talvez essa seja a maior questão disso tudo e a minha maior esperança de poder pelo menos desfrutar do filme e esquecer essa bomba literária (dessa vez, no pior sentido possível). Se quer saber minha opinião, vai ler Misery se estiver a fim de ler algo realmente bom do gênero e se contente com o filme disso aqui ou outras obras do Stephen King.
comentários(0)comente



Amaural 05/04/2024

Um horror incrível
Ler "O Iluminado" é como viajar através de um universo que nos conta como a loucura nasce na mente de uma pessoa. Tudo neste livro é moldado para nos fazer temer as percepções sobrenaturais que por vezes sentimos e ignoramos, mas será que são?

Minha análise desse livro passara por 4 camadas de avaliação: Início, Personagens, Técnica e Conclusão.

Início: Como muitas obras de King, este começa devagar, com uma introdução gradual que prepara o terreno antes de os eventos principais ocorrerem, formando uma curva de aceleração (falarei mais sobre isso mais adiante). No entanto, a velocidade não prejudica a experiência; pelo contrário, testemunhamos uma construção meticulosa que nos apresenta perfeitamente aos personagens e aos perigos que os cercam, permitindo-nos desenvolver uma conexão mais profunda com cada um deles. Os primeiros capítulos são especialmente impactantes nesse aspecto, embora alguns capítulos subsequentes possam parecer um tanto arrastados antes que a trama recupere o ritmo.

Nota: 4/5

Personagens: É neste ponto que a história realmente se ilumina(sinto muito por isso). A construção de personagens neste livro é impecável; todos os personagens tem muita personalidade, e cada um deles nos envolve com conflito internos e externos que nos faz sentir emoções completamente diferentes. Acompanhar o Jack em sua jornada de culpa enquanto luta contra seus próprios vícios, alheio às ameaças ao seu redor, é angustiante. Wendy nos trás o desespero moldado em forma de uma mãe e esposa que deseja com todas as suas forças proteger seu filho, temendo tudo ao seu redor, até mesmo seu marido. E, é claro, o Danny; a forma como o King conseguiu criar uma criança inocente que tem a capacidade de, ao mesmo tempo, nos gerar empatia e uma boa dose de temor, enquanto descobrimos que suas ?sensações? não são apenas a mente criativa de uma criança. Todos os outros personagens que aparecem tem tanta presença que mesmo os que vimos apenas uma vez tem força para ficar gravado em nossa mente, até mesmo o hotel parece ter a personalidade envolvente para manter a atmosfera de terror.

Nota: 5/5

Técnica: Aqui é o ponto em que as coisas ficam um pouco complicadas para o meu lado, quem sou eu para julgar a técnica do King? Mas vamos lá. Começarei falando sobre o ponto negativo dessa história, como até mencionei no primeiro tópico. Este livro tem um perceptível erro do que eu chamo de Curva de Ação Acelerada, para simplificar ao máximo isso, imaginemos os acontecimentos do livro como uma montanha-russa, em que os pontos mais altos são os de ação e os pontos mais baixos são os eventos de suspensão(falta de ação). Uma curva acelerada nada mais é do que descer uma vez na montanha-russa e depois apenas subir até chegar ao fim. Isso pode ser até legal, mas não é uma sequência de emoções muito interessante. É esse efeito que temos em O Iluminado, com uma grande sequência de eventos de suspensão e depois uma grande sequência de ação, nos causando até mesmo uma sensação de cansaço no fim livro pelo excesso de informações seguidas.

Dito isso, é importante destacar que essa abordagem não necessariamente compromete a qualidade da história. A literatura não é uma ciência exata, e o que realmente importa é o equilíbrio geral das técnicas empregadas. Nesse sentido, "O Iluminado" apresenta diversas qualidades. a Curva Emocional de Eventos foi uma contraparte essencial para essa curva acelerada que falei, a prosa do King nesse livro é incrível, com todas as descrições sendo muito bem desenvolvidas. Como ponto principal positivo devo exaltar a imersão dessa história. Do começo ao fim você sente envolvido pelo o ambiente do hotel Overlook, as ameaças contra Danny, Wendy e Jack são perceptíveis em nossa própria pele e até mesmo um simples barulho de um elevador parando tem potencial para arrepiar completamente.

Nota: 4/5

Conclusão: O clímax deste livro é como um golpe direto, confrontando todas as angústias e medos que foram construídos ao longo das páginas. Devo ressaltar que o efeito de aceleração que mencionei no tópico passado prejudicou um pouco minha experiência aqui no fim, mas como já considerei esse fato na nota anterior, não considerarei agora. Tudo neste final é intenso, com um clima de tensão constante que se faz perguntar até o último segundo se tudo aquilo vai ou não dar certo, com uma pitada de agonia e aquela esperança ameaçada que todo bom leitor de horror ama. "O Iluminado" termina como foi moldado para acabar, proporcionando uma experiência impactante, mas satisfatória ao leitor.

Nota: 5/5

Nota final: 4,5

Este é verdadeiramente um livro que recomendo a todos os amantes do horror.

Se você concorda ou não com minha opiniões aqui, por favor, comente ou me mande uma mensagem, adoro conversar sobre literatura.
comentários(0)comente



Souza377 05/04/2024

Isso sim é terror!
Nunca demorei tanto pra ler um livro de terror, literalmente, por medo. Acabei de ler e o coração ainda está acelerado. Nossa, se o filme já era aterrorizante, o livro então. Pennywise é fichinha perto de algumas personagens de O Iluminado. It foi minha primeira leitura do King e O Iluminado a segunda. Porém, estou morrendo de medo ? de começar a ler Doutor Sono?.
comentários(0)comente



Vivian401 04/04/2024

Muito bom
Um clássico do terror, muito bem estruturado e te causa diversas emoções ao decorrer da leitura. Fácil de ler e te prende do início ao fim.
comentários(0)comente



emasilveiras 03/04/2024

Meu segundo livro do king
Fofo, gostei muito do livro!! o começo da leitura foi, de fato, muito lento devido à característica prolixa do stephen king como autor. contudo, esse começo em que as coisas demoram para acontecer funciona muito bem para preparar o terreno para o momento da ação. os últimos 30~35% do livro me prenderam tão bem que até me fizeram esquecer que fiquei meses enrolando para ler as primeiras partes da história. é tudo muito bem encaixado e amarradinho, as personagens são coerentes e, mesmo quando sentia a leitura lenta, era gostoso de ler porque o modo de escrita do autor é interessante até quando se trata de cenas em que, essencialmente, não têm nada acontecendo. no final, a obra se completa e faz tudo valer a pena.

já havia lido carrie a estranha antes e as sensações ? tanto a frustração e ansiedade do começo para que toda a preparação de terreno tenha uma explosão de conteúdo quanto o interesse genuíno em ler sem parar quando essa explosão finalmente ocorre ? foram muito semelhantes, apesar de agora perceber que o iluminado é bem mais interessante que o romance de estreia do autor. definitivamente se tornou um dos meus favoritos e já estou ansiosa para conhecer mais do universo de obras do stephen king!!!
comentários(0)comente



Dé0 02/04/2024

Esse foi o primeiro livro do gênero que eu li e fiquei positivamente surpresa.
Achei a escrita muito boa (ainda mais pra uma narrativa em terceira pessoa), o livro é denso mas todas as informações são pertinentes.
Com certeza lerei mais obras desse autor
comentários(0)comente



Ana 02/04/2024

Aterrorizante
Este é mais um livro padrão de Stephen King, bem escrito e envolvente. No entanto, é também o mais horripilante que já li na vida. Embora eu esteja buscando algo mais leve para ler agora, sinto a necessidade de terminar esta história e acabei de começar 'Doutor Sono', que se mostra tão aterrorizante quanto.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



4424 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |