O mundo se despedaça

O mundo se despedaça Chinua Achebe
Chinua Achebe
Chinua Achebe




Resenhas - O Mundo se Despedaça


305 encontrados | exibindo 151 a 166
11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 |


AleixoItalo 05/05/2021

Figurando em listas de melhores romances do século XX e de melhores romances africanos, 'O Mundo se Despedaça' é um clássico fundamental para quem quer conhecer um pouco da literatura da África.

Aqui vemos a história de Okonkwo, cidadão e guerreiro Ibo de ambição implacável, que começa a ver sua cultura ruir com a chegada do homem branco.

Penso que a maior contribuição da literatura é dar voz aos povos, é o que compõe a literatura clássica, textos que trazem a tona os costumes, anseios e a identidade das mais diversas culturas da Terra.

Aqui vemos o dia a dia de uma tribo Ibo (etnia ancestral na Nigéria) em seus costumes imaculados pela presença dos colonizadores. Ritos, crenças, festejos, culinária, arte, guerra e as ambições daquele povo em seu mais puro estado. Segue à isso a chegada dos brancos e sua nova religião, que não surge como demônios vindos do mar, mas como um choque de cultura, repleto de estranhezas onde uma cultura vai pouco a pouco sobrepujando outra.

É inebriante a sensação de conhecer novas culturas, se Mia Couto nos apresenta uma África mágica e contemporânea, Achebe vem com uma África ancestral e selvagem, mostrando o dia a dia dos habitantes desse continente tão diverso e fascinante.

'O Mundo se Despedaça' tem um quê de literatura regionalista brasileira, focando em personagens bem construídos para mostrar um estilo de vida tradicional e é com extrema prazer que passo a conhecer mais um cantinho minúsculo da África e mais uma peça dessa maravilha caótica que é a civilização humana!
comentários(0)comente



Sarah 01/05/2021

É um bom livro, porém é muito repetitivo. Tive sérios problemas para avançar na história, pois há cada explicação se seguiam mais 3 sobre o mesmo assunto; quando não era isso, tantos capítulos depois tornavam a explicar a mesma coisa. Por exemplo, quando a oferta de paz chega na aldeia - que é um garoto - logo é explicado que ele foi dado para Okonkwo e que se passou um longo período e que pareceu que os anciãos tinham se esquecido dele e do que deveria ser feito a seu respeito. Isso é repetido à exaustão em um capítulo e dois capítulos depois, vem a MESMA ladainha de novo. Parece muito que o autor escreveu a história por partes, de maneira não cronológica e depois juntou tudo e não cancelou as repetições. Tirando isso, é um bom livro para conhecer as tradições e sociedade desse povo, histórias do clã. E mostra o comecinho da invasão branca nessas terras, que também é interessante, assistir da perspectiva dos invadidos e seus sentimentos diante dessa nova realidade - ameaça pra uns, conforto para outros.
comentários(0)comente



Monica.Fusco 01/05/2021

O mundo se despedaça
Uma história interessante sobre uma tribo e seus costumes e suas crenças. Um livro bem escrito e fácil de entender.
comentários(0)comente



TatianaTati 21/04/2021

Retrato melancólico de destruição cultural
Fiquei um pouco desanimada com a lentidão da primeira metade do livro, mas insisti. Realmente, é um retrato bastante interessante da sociedade nigeriana em uma época na qual só se conhecia a visão do colonizador. Impressiona também o choque cultural com as tradições de outro país, outro povo, e a deterioração da identidade desse povo com a colonização. Como não haver confronto diante das tentativas de dominação e anulação de seus valores, seus rituais, suas tradições?
comentários(0)comente



Ramon.Jung 16/04/2021

Ibolândia, mas também Brasil, mas também América Latina,
'O Mundo se Despedaça' é um retrato de um processo de colonização visto de dentro de uma aldeia, com seus problemas, sua vida, que já presencia seus desafios e contradições e que, em determinado momento sofre com a invasão do colonizador branco, que de forma imprudente, suja e ao mesmo tempo sutil, acaba controlando e despedaçando todo um mundo cultural que é alheio aos quereres, viveres e fazeres eurocentricos. Além da colonização, é um etnicídio e epistemicidio visto de dentro, pela lente dos nativos.

Obs.: a introdução, que não é feita pelo autor do livro, não é boa, no meu ponto de vista. Além de ter uma estrutura pesada que não se parece com o estilo fluído e dinâmico de Chinua Achebe, a introdução é cheia de spoilers. Inacreditável como conseguiu em poucas páginas atrapalhar todas as surpresas da história. Uma pena. Estragou muito o impacto real do livro.



[...] 'De que maneira você pensa que poderemos lutar, se nossos próprios irmãos se voltaram contra nós?

O homem branco é muito esperto. Chegou calma e pacificamente com sua religião. Nós achamos graça nas bobagens deles e permitimos que ficassem em nossa terra.

Agora, ele conquistou até nossos irmãos, e o nosso clã já não pode atuar como tal. Ele cortou como uma faca o que nos mantinha unidos, e nós nos despedaçamos'.
comentários(0)comente



Carlos.Vergueiro 28/03/2021

RELEITURA NECESSÁRIA
Há 12 anos li este livro quando foi lançado pela Companhia das Letras. Na época, poucos escritores negros africanos estavam traduzidos no Brasil. Contudo, após ler nomes como Chimamanda, Chiziane,Thiog'o, Mukassonga, Ungulani, Emecheta, entre outrxs grandes autoras e autores, ainda considero Chinua Achebe o melhor e o "Mundo se Despedaça" uma Obra-prima de leitura obrigatória para quem quer conhecer as literaturas africanas.

Contando a história de uma aldeia Ibo em Umuofia (Atual Nigéria)no século XIX, Achebe consegue falar de tradição étnica de maneira crítica por meio do guerreiro Okonkwo. Destemido e ao mesmo tempo intempestivo, acaba levando seu clã (Família) e sua aldeia a uma crise que culmina em seu exílio. Não é spoiler até aqui, pois isso consta na orelha do livro. O livro ganha contornos épicos na segunda parte quando alguns eventos começam a ocorrer (Fatos históricos, aliás). A maldição e o desrespeito a costumes se juntam a chegada de missionários brancos na aldeia (O maior exemplo é a símbologia distinta da Jiboia), gerando uma crise moral sem precedentes. O que queriam? Conversão? Terras? Guerras? Poder? A história da nova forma de colonização europeia no século XIX e todas as suas artimanhas é narrada com maestria até o final do livro "Ele cortou com uma faca o que nos mantinha unidos, e nós nos despedaçamos." (p. 198)
comentários(0)comente



Milena300 16/03/2021

4?
"O mundo se despedaça" é o primeiro livro de uma trilogia. É bem leve e fluído de ler.
Aqui você acompanha a vida de Okonkwo até uns primeiros momentos da chegada do "homem branco". Aos poucos os habitantes de Umófia vão convivendo com os novos costumes dos colonizadores, que se mostram fracos e bastantes tolerantes inicialmente, e vão aderindo à sua religião. Alguns ainda são muito resistentes, os mais velhos principalmente.
Porém, todos irão sofrer as consequências.

É um livro, apesar de curto, rico em cultura, mitos e provérbios como a maioria dos livros africanos costumam nos trazer. E tambem muitos nomes de personagens difíceis e impronunciáveis kkk

Os capítulos são curtos e todos fazem você ter vontade de ler o próximo. Vale a pena a leitura.
comentários(0)comente



Vanessa Cardamone 07/03/2021

Viagem à Nigéria
Um livro de imensa riqueza cultural "O Mundo se Despedaça" trata da desintegração dessa cultura com a chegada do branco colonizador. O conflito é sentido principalmente por Okonkwo, o mais bravo guerreiro do clã, que vê sua tribo se desmantelar com a instauração de uma igreja pelos missionário britânicos, com a instauração de leis e a utilização de polícia.

Ao longo da narrativa somos apresentados à religião, histórias, contos, comida e festas da etnia igbo da Nigéria é uma viagem completa e imersiva na cultura desse país. Recomendo muito a leitura para expandir os horizontes.
comentários(0)comente



Paloma 05/03/2021

Esqueci de comentar esse! Leitura incrível! Interessante como a estrutura do livro reverbera na própria história. 90% da narrativa é conhecendo uma cultura, a vida de um povo, com suas idiossincrasias, desmonta o quanto leva tempo para tudo isso ser construído. E os restantes 10% acompanhamos como um modo de vida poder ser destruído muito rapidamente.
Alê | @alexandrejjr 20/03/2022minha estante
Realmente interessante o modo como ele pensou a estrutura do livro e aplicou isso na linguagem, Paloma. Lerei ainda neste primeiro semestre de 2022. Aliás, eu vou ler neste ano a trilogia africana inteira. Altas expectativas!!


Paloma 21/03/2022minha estante
Sim! Quero muito ler os outros volumes da trilogia ??




Sandra Silva 05/03/2021

Um outro olhar...
Pai da literatura nigeriana, Chinua Achebe traz em ?O mundo se despedaça? uma dura crítica ao processo de colonização da África.
Com um escrita fácil e envolvente, ele nos apresenta Okwonkwo, um homem respeitado por seu clã, que teve como exemplo um pai preguiçoso, e por isso desde cedo buscou ser sempre o seu oposto, trabalhando arduamente, tornando-se um guerreiro extremamente respeitado pelos demais, temido em toda a região.
Por meio da história do protagonista, Achebe apresenta ao leitor os costumes, crenças tradições da cultura do povo ibo, que vivia no sudeste da Nigéria, as margens do rio Níger. Com achegada do homem branco, Okwonkwo começa a ver aos poucos a ruína de sua tribo.
A gente cresce aprendendo sobre colonização sobre a ótica do colonizador. Então, quando nos deparamos com o contrário, percebemos o quão ardiloso e cruel foi esse episódio da história, e que, infelizmente, tem resquícios até hoje.
comentários(0)comente



Felipe 03/03/2021

Achebe nos mostra a sociedade ibo, um pouco antes do contato com os colonizadores europeus. Nos mostra suas crenças, costumes, hierarquias e também suas injustiças (por que não?). Acima de tudo, o que mais gostei foram as metáforas usadas para descrever situações do dia-a- dia, e sempre se utilizando de comportamentos de animais. Mas é um livro que tem muitos momentos de tensão, não sendo fácil de digerir várias passagens.

"Como é que ele pode entender, se nem sequer fala nossa língua? Mas declara que nossos costumes são ruins; e nossos próprios irmãos, que adotaram a religião dele, também declaram que nossos costumes não prestam. De que maneira você pensa que poderemos lutar, se nossos próprios irmãos se voltaram contra nós? O homem branco é muito esperto. Chegou calma e pacificamente com sua religião. Nós achamos graça nas bobagens deles e permitimos que ficasse em nossa terra. Agora, ele conquistou até nossos irmãos, e o nosso clã já não pode atuar como tal. Ele cortou com uma faca o que nos mantinha unidos, e nós nos despedaçamos."
comentários(0)comente



Fabiana.Amorim 09/02/2021

Fantástico!
Este livro foi uma das obras africanas mais incríveis que já li. E é considerada, de fato, uma das mais importantes. Chocante é a principal palavra que me vêm à cabeça. Essencial também. Perdi o fôlego ao terminá-la. Lembrei das aulas de sociologia na faculdade e do conceito de alteridade, de conhecer e respeitar o que é peculiar ao outro, à outra cultura, o que é diferente.


O que vemos nesta obra é a destruição e o desrespeito à cultura e as tradições africanas de um Nigéria pré-colonial. De como a chegada do homem branco europeu e da sua igreja devastaram o seu povo.


Realmente, a cultura primitiva choca e causa estranheza. Mas se observamos as nossas próprias falhas e ações como civilização não temos direito algum de julgar ninguém. Cometemos erros demais, também, em nome das nossas crenças. 


É um livro catártico. Não se passa por um livro africano sem mudar a sua visão sobre as relações de poder e a sua ação devastadora.


Chinua Achebe, que grande contribuição ele deu para a história da humanidade. E como escreve bem!


Conhecer o outro é respeitar.  Leiam.
comentários(0)comente



Bruna 03/02/2021

Adentrando na cultura Igbo
Um livro curto que faz parte de uma trilogia, a qual narra a história do guerreiro amargurado Okonkwo, que é da tribo Igbo (localizada no sudeste nigeriano). Seu vilarejo se vê, aos poucos e sistematicamente, se desintegrando sob a chegada e domínio do homem branco (britânicos), com seus costumes e cultura. Não há apenas um choque cultural, mas uma destruição do outro, daquela que ao avançarmos a leitura, vamos nos dando conta que ela não foi rápida, pior, ela foi se "chegando", mostrando inofensiva e, por isso, se espalhou de forma tão enraizada.
Okonkwo, o personagem central, é um homem marcado pela história do seu pai, que vai pautar todas suas atitudes mesmo na fase adulta, e de certa forma terá influência na vida dos demais personagens retratados.

Eu amei a leitura, porque me fez entender ainda mais desta cultura e, principalmente, fazer paralelos com a nossa cultura e com o processo de colonização daqui. Foi um ótimo complemento a leitura anterior, Americanah, que também fala da cultura Nigeriana, mas agora já integrada a britânica e, também, americana.

Vale a leitura, não só deste livro, mas dos demais da trilogia para ter o panorama completo (aliás, é o que eu farei =) )
comentários(0)comente



Gisa 01/02/2021

O autor nos leva para conhecer um povo, sem nenhum viés de julgamento apenas nos apresentando aquela sociedade e depois nos guia para o desmoronamento de toda aquela ancestralidade, onde literalmente o mundo se despedaça. Tenho vontade de ler o restante da trilogia.
comentários(0)comente



Aegla.Benevides 31/01/2021

A história pelos olhos do oprimido
O mundo se despedaça é o primeiro livro do #DesafioFacesdaAfrica (lançado pela Bruna, do @empretecendonarrativas), na categoria "Um livro clássico". De fato, essa é a denominação perfeita pra essa história: clássica. No entanto, dificilmente citaríamos ele ao invés de Drácula, por exemplo, ao sermos indagados sobre um exemplo de clássico literário. E por quê?
?
Esse é um livro sobre a história de um povo cuja cultura é desintegrada pela colonização do homem branco. Dividida em três partes, a obra prima de Achebe, escritor nigeriano que serviu de inspiração para muitos nomes da literatura africana, nos apresenta os costumes e o dia-a-dia do povo igbo, na figura principal do guerreiro Okonkwo.
?
O protagonista não foi concebido com a ideia de que "gostássemos" dele, mas é através da sua vida que conhecemos o cotidiano do povo igbo. Os traumas, os hábitos um tanto selvagens, as complexidades e os ideiais de Okonkwo convergem num sentimento final para o leitor que oscila entre o amor e o ódio pelo personagem.
?
Com uma estrutura patriarcal que pode causar um certo incômodo a quem lê, o autor narra com maestria as hierarquias, as crenças e os costumes dos igbos, até a chegada do colonizador europeu e das suas imposições àquele povo. Assim, encerramos o primeiro livro da trilogia de Achebe conhecendo, em uma das únicas vezes, a história pela visão do oprimido.
Alê | @alexandrejjr 20/03/2022minha estante
Devo começar a trilogia africana do Achebe ainda no primeiro semestre deste ano, Aêgla. Altas expectativas!!




305 encontrados | exibindo 151 a 166
11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR