O mundo se despedaça

O mundo se despedaça Chinua Achebe
Chinua Achebe
Chinua Achebe




Resenhas - O Mundo se Despedaça


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Bookster Pedro Pacifico 23/08/2021

O mundo se despedaça, de Chinua Achebe
Ainda não muito conhecido no Brasil, o autor nigeriano Chinua Achebe é considerado como um dos maiores autores do século XX. Em “O mundo se despedaça”, o autor nos leva para uma Nigéria pré-independência e, mais especificamente, para o centro da vida tribal da etnia ibo.

O personagem principal é Okonkwo, um guerreiro que tenta enfrentar a ação dos missionários brancos e europeus, com o principal objetivo de manter as tradições e valores das tribos africanas da região. É, portanto, uma denúncia sobre as trágicas consequências que o imperialismo europeu trouxe para o continente africano, tendo desconsiderado todas as particularidades dos diversos povos ali presentes e a cultura sobre a qual viviam.

O que se despedaça, então, é justamente o mundo em que Okonkwo nasceu e formou a sua família. O único mundo que até então e que, de uma hora para outra, passam a tentar mostrá-lo como errado e menos civilizado. Como entender que a religião que sempre acreditou não poderia ser mais cultuada, devendo o nativo ter que abandonar seus deuses e aprender uma nova fé, como se isso fosse possível.

Gostei bastante da leitura, mesmo não tendo conseguido me envolver tanto com a historia do protagonista. Na minha opinião, o mais interessante da obra é como o autor consegue nos apresentar a organização da sociedade ibo e como os crenças e rituais eram um suporte fundamental de seu povo. É inevitável ser impactado pelo choque cultural, inclusive considerando como algumas dessas crenças vão contra princípios que atualmente entendemos como indispensáveis. Mas esse é um dos aspectos mais interessantes da literatura: nos colocar em confronto com nossas próprias opiniões e conceitos.

Diante disso, termino com apenas um pedido: por mais publicações no Brasil da tão diversa literatura africana!

PS: A capa do livro que você encontra para comprar no mercado é diferente, então não tente buscar essa mesma edição que a minha!

Nota 9/10

site: http://instagram.com/book.ster
Bruna.Valentim 02/09/2021minha estante
Graças a sua resenha, já o coloquei em minhas leituras futuras!
Muito obrigada




Antonio Gonçalves 05/01/2022

Intrigante e cultural.
O mundo se despedaça é um livro que expõe e demarca uma parte da cultura ancestral de uma parte específica da África. Toda essa ancestralidade é permeada através do personagem principal Okonkwo, que ao decorrer da leitura nota-se à sua bravura, sua persistência em manter a hierarquia de seu povo, suas incertezas e indignações. É uma narrativa bem profunda em que notamos uma outra perspectiva de uma mesma África, com alguns incômodos, violências e opressões. Nesse sentindo, Chinua Achebe em sua escrita bem detalhada com provérbios que elucidam à tradição, e cheio de retornos que deixa a leitura fluida, levando-nos de encontro ao questionamento de algo inquestionável, algo para ser sentido em cada capítulo desse livro, o quanto que a colonização destrói uma cultura pautada nos afetos com seus deuses. Em suma, a resistência de Okonkwo em meio as adversidades, no que diz respeito a defender e impor justiça, e dentro de uma realidade na qual a violência impera ganhando destaque, é admirável, porém, visceral para os dias atuais.
Márlon 07/01/2022minha estante
?

Muito bom!




Nado 05/12/2020

Gostei da obra. É bem rico nos detalhes de uma cultura que foi se esfarelando com o tempo e a civilização imperialista. Mas alguns elementos da narração não funcionaram pra mim.
Recomendo a leitura.
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Layla.Ribeiro 21/01/2022

Que surpresa essa leitura, uma narrativa muito boa, história diferente que nos mostra como era os clãs africanos antes da colonização branca, conhecemos a sua cultura, religião e sociedade, diferentemente do que estou acostumada com a literatura nigeriana das tribos iorubas e hauças, essa história se passa pelos ibos, a qual eu tinha poucas referências e aprendi muita coisa. Eu amo conhecer novas culturas e por isso para mim a leitura foi muito boa, apesar de conhecer a história de colonização africana pelos europeus, esse me livro me despertou uma raiva tão grande por eles que respirei fundo. Gostei muito de conhecer um novo autor que eu julgava ser contemporâneo e tomei um susto ao saber a data de publicação desse livro e que o autor não está mais entre nós, triste que escritores como o Chinua ainda são poucos conhecidos. Agora que descobri que faz parte de uma trilogia, com certeza irei ler os outros livros.
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Mayara945 18/08/2020

O declínio de uma sociedade
Okonkwo é um homem respeitado em sua tribo Igbo, que busca não seguir os passos de seu pai: um homem considerado preguiçoso, sem nenhum prestígio no meio de seu povo (na linguagem Igbo, uma mulher). Aprendemos sobre o cotidiano desse povo tão diferente do nosso e seus costumes, mas conflitantes ainda com aquilo que vivemos no Ocidente. Mulheres que tem filhos gêmeos são obrigadas a abandoná-los na Floresta Maldita para morrer, pois são considerados espíritos maus; corpos de crianças abortadas são mutilados para inibi-los de retornar ao ventre da mãe e causar mais sofrimento a família; nas guerras entre as tribos, cabeças humanas são troféus que conferem honra ao guerreiro e sua família... Nesse contexto, Okonkwo lidera sua família de três esposas e onze filhos com mãos de ferro, disposto a alcançar prestígio e o respeito do seu povo.
Todavia, se depara com algo que seus antepassados consideravam uma lenda: o homem branco. Toda a estrutura dessa civilização se despedaça, com a chegada dos missionários que rotulam a religião e costumes do povo Igbo como pagãos e desafiam seus deuses, declarando-os falsos. Assim, impõe seus próprios costumes e leis aquele povo considerado bárbaro.
Okonkwo vê todo seu sonho se fragmentar e não entende como seu povo aceita de forma submissa a cultura imposta pelo estrangeiro.
É um enredo fantástico, cheio de histórias de uma cultura tão rica e diferente. É aquele tipo de livro que nos causa reflexão do começo ao fim...
Mayara945 21/08/2020minha estante
**opressão imposta
(Erro do corretor rsrs)




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@gustavoplatini 05/08/2020

Maravilhoso
O livro retrata o vida de Okonkwo, um guerreiro de etnia ibo. Okonkwo vê toda a estrutural social da sua tribo que perdurava séculos ser ameaçada após a chegada de missionários brancos, apesar dessa ameaça ele não assiste essas mudanças passivamente, e tenta salvar o seu povo da influência cristã/europeia. Livro marcante, que ajuda a entender um pouco o doloroso processo de colonização. A narrativa é muito boa, fez com que eu me transportasse para a época em questão, a leitura é rápida e prazerosa.
4,5 estrelas
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Camilla11 28/05/2021

Pesado!
Ter planos e ver eles se despedaçando por circunstâncias alheias. Por diversas questões não me sintonizei com o protagonista mas mesmo assim adorei a narrativa. Quero e muito ler os outros livros da série.
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Marcio Claver 22/02/2022

O mundo se despedaça
Primeiro romance de Achebe, a obra foi lançada em 1958, dois anos antes da independência da Nigéria e é considerado um dos livros mais importantes da literatura africana do século XX e tido como fundador da moderna literatura nigeriana.
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Flavia.Borges 07/09/2020

Leitura sensível de uma sociedade que, em suas tradições rígidas, é possível notar múltiplas contradições. Fato esse que abre portas para questionamentos, passíveis de serem respondidas pelo estrangeiro, com suas crenças e justiças.
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Gisele567 22/03/2020

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"O mundo é infinito, e aquilo que é bom para uma pessoa pode ser abomínavel para outra" pg 161
Este escritor é sensacional, sua escrita tem muita qualidade.
Essa obra é um mergulho na cultura ibo, seu sistema social, religioso, sua coletividade e sua vivência até a chegada da cultura europeia quando realmente o povo mostra sua força.
Recomendo a leitura para ampliar conhecimentos culturais nigerianos.
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Fabi 06/04/2023

Eu não costumo ler orelhas, nem sinopses e para mim foi muito surpreendente o rumo que a narrativa tomou. Surpresa positiva.

É um livro de história, da Nigéria pré-independência, cujo olhar me parece bem honesto sobre o sentimento e impacto que a vinda do homem branco causou na aldeia em que viviam os personagens principais.

O início conta sobre costumes, crenças e a vida na aldeia, com foco em uma das famílias residentes lá. Depois é que aparece o homem branco e se dá todo o desenrolar do colonialismo que bem conhecemos.
Felipe Sader 06/04/2023minha estante
Esse livro é ótimo. Me impactou bastante.


Fabi 06/04/2023minha estante
Me impactou também, Felipe




Thayná 25/01/2021

Esse livro é maravilhoso! Nos conecta ao passo que demonstra como o eurocentrismo destruiu nossas origens e foi utilizado para colocar os povos indígenas uns contra os outros usando artifícios como a religião. No final do dia, existe mesmo um conceito único de civilização?

Super interessante e com várias reflexões extremamente válidas, ao mesmo tempo que mantém uma leitura leve e fluida.
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Felipe 03/03/2021

Achebe nos mostra a sociedade ibo, um pouco antes do contato com os colonizadores europeus. Nos mostra suas crenças, costumes, hierarquias e também suas injustiças (por que não?). Acima de tudo, o que mais gostei foram as metáforas usadas para descrever situações do dia-a- dia, e sempre se utilizando de comportamentos de animais. Mas é um livro que tem muitos momentos de tensão, não sendo fácil de digerir várias passagens.

"Como é que ele pode entender, se nem sequer fala nossa língua? Mas declara que nossos costumes são ruins; e nossos próprios irmãos, que adotaram a religião dele, também declaram que nossos costumes não prestam. De que maneira você pensa que poderemos lutar, se nossos próprios irmãos se voltaram contra nós? O homem branco é muito esperto. Chegou calma e pacificamente com sua religião. Nós achamos graça nas bobagens deles e permitimos que ficasse em nossa terra. Agora, ele conquistou até nossos irmãos, e o nosso clã já não pode atuar como tal. Ele cortou com uma faca o que nos mantinha unidos, e nós nos despedaçamos."
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