O mundo se despedaça

O mundo se despedaça Chinua Achebe
Chinua Achebe
Chinua Achebe




Resenhas - O Mundo se Despedaça


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Christian.Tharlen 19/08/2022

Chinua o Pai, Emecheta a Mãe e Chimamanda a filha.
Chinua tem uma escrita que pode submeter de inicio ao leitor escritoras como Buchi Emecheta ou até mesmo a mais popularizada Chimamanda.
No entanto seu texto é mais polido, tem sensibilidade e ritmo de reviravoltas que me lembraram mais o estilo da Buchi Emecheta ( Que eu particularmente amo).
O bonito dessa história de Chinua é a forma como ele descreve a cultura e tradição, ainda que para a gente soe como algo as vezes terrível a pergunta fica:
Quais são as vantagens e desvatagens do trabalho cristão em pessoas de outras culturas e religião?
Essa é uma história fluída, sensível, direta e feita com personagens cativantes e verdadeiros.
Tenho certeza que entrará para uma das melhores leituras do ano!
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Laura.Radicchi 06/07/2020

Terminei de ler o livro e só conseguia pensar em dois livros canônes da antropologia ambos escritos pelo antropólogo inglês Evans-pritchard. Os Nuer e Bruxaria,Oráculo e Magia entre os Azande. Em ambos os livros o antropólogo faz uma etnografia de tribos africanas, em uma ele demonstra a importância do gado para os nuer e como a vida tribal gira em torno da criação de gado. E no outro a descrição dos rituais religiosos dos Azande. Bom mas porque o livro do mês de outubro me fez lembrar destes dois livros, por dois motivos: primeiro pelo fato de como se deu o contato entre os homens brancos e as tribos africanas, acredito que Pritchard chegou as tribos quase da mesma maneira como o autor descreve a chegada do homem branco a tribo de Umuófia. E a maneira como o antropologo descreve os costumes, de maneira primitiva assim como o missionário via os personagens do livro como seres tribais e animalescos, vivendo em uma sociedade anarquica e pagã.
Confesso que este livro foi difícil de ler, porque eu sentia que a história nao se desenvolvia, mas a partir da segunda parte, quando o autor começa a construir o terreno para a ruptura dos costumes tribais e a chegada do colonizador branca. Enfim é um livro que me tirou muito da minha zona de conforto.
Fernanda1943 26/07/2020minha estante
Senti o mesmo que você. A primeira parte do livro retrata apenas a vida, os costumes e a fins do povo de Umofia. É bem legal de ver, mas não há um conflito e se torna meio parado. Com a chegada do homem branco parece que se torna mais fluida.




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Letícia Motta 05/08/2020

O MUNDO SE DESPEDAÇA
Okonkowo que tem narrada sua vida como personagem principal, me emocionou do início ao fim com toda a sua luta para defender sua cultura, sua família (por mais que não pareça) e a sua história.

É um livro que nos transporta para outra realidade e nos permite conhecer outras culturas de uma forma tão realista que impressiona. A narrativa é muito poderosa e carregada de detalhes da cultura local nigeriana, repleta de patriarcado e crenças espiritualistas presentes a todo momento, nos permite entender as aldeias e como tudo funciona até o momento em que homens brancos chegam querendo colonizá-las e praticar o cristianismo.

Uma obra que nos ensina, nos acrescenta e ao meu ver é necessária. As primeiras páginas são apenas do vocabulário para ajudar na leitura porque o autor (e tradutor também) respeitou a língua e as gírias locais, essa é uma leitura que nos traz conhecimento e foi escrita de uma forma tão leve que é difícil largar o livro.


site: ei, tenho um bookstagram agora! me acompanha por lá ♡ https://www.instagram.com/mottabooks
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Michel Pinto Costa 25/01/2020

Mudanças para o bem e para o mal
Trata-se de um livro excelente.
Cancelei minha assinatura na TAG por ter me decepcionado com alguns livros enviados e para ter mais liberdade e tempo de leitura em outras obras.
O último que recebi foi esse e ele é o que se espera da TAG Curadoria.
Um livro que descreve a cultura de um povo (o que choca muitas vezes) e sua transformação.
Criei bastante empatia pelo personagem principal e minha experiência de imersão no ambiente foi satisfatória.
Indico a leitura desta obra.
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Sté.Souza 27/06/2021

Aprendi muito com esse livro, sobre os ovos e seus costumes. A escrita de Chinua é muito fluida, comecei ontem e acabei hoje de tão boa que era, esse livro fez eu refletir sobre muitas coisas das quais eu jamais pensaria há uns 4 anos. É bom saber que agora e após ler esse livro, eu evolui.
Recomendo a todos.
Sté.Souza 27/06/2021minha estante
Meu corretor me ferrou, onde lê-se "ovos", na verdade é "ibos"




Pati 21/01/2021

O mundo se despedaça ao cair dos homens
Todo livro de um novo autor sinto a mesma coisa: dificuldade em entender o tempo da narrativa, os recursos, a linguagem, o tema, a voz. E então sempre (ou quase sempre) acaba acontecendo outra coisa habitual: eu sou capturada pela atmosfera, pelos personagens, pelo tom da história, pela  escrita, e acabo entregue à obra e autor. Este livro é a prova cabal desta minha teoria. Eu comecei a ler com bastante estranheza aos fatos, a narrativa me parecia lenta, os personagens tinham personalidades difíceis de entender. E então tudo começa a ficar mais interessante, quando os própios personagens tomam conta de si, se questionam, se mostram multifacetados. Eis que mais ao final do livro, o grande diamante se esconde: o autor propõe inúmeras questões, usando unicamente a visão dos seus personagens, sem uma voz moralizante, mas sim uma voz viva, que se ouve saindo da própria boca dos homens e mulheres que acompanhamos. O autor ainda retoma diversas frases do início do livro, provoca a empatia do leitor e finaliza a história com uma cena gigante, além de uma questão pontual, estudada por diversos pesquisadores atualmente, sintetizada em uma simples afirmação muito bem escrita em um parágrafo. Ler esse livro foi uma experiência transformadora. O mundo realmente caí aos pedaços ao nosso redor. Quem vai chorar, quem vai se levantar contra isso, quem vai fugir?
Alê | @alexandrejjr 20/03/2022minha estante
Belíssimo comentário sobre o livro, Pati! Obrigado por compartilhar.




Ingrid.Pardinho 04/06/2021

Impactante
Eu descreveria a escrita de Chinua Achebe nas segunda e terceira parte do livro como "cortante", pois a narrativa é bruscamente modificada pelos conflitos trazidos pelos homens brancos. É um livro incrível por trazer o ponto de vista dos nativos de clãs africanos destruídos pela colonização. Olhando para o título, O mundo se despedaça, o verbo no presente indica que a destruição das culturas dos povos africanos ainda não acabou. O livro é maravilhoso do início ao fim.
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Tamires384 20/07/2020

O Mundo Se Despedaça
Acho o livro de suma importância pois nos faz entrar dentro da vida cotidiano dos personagens e apreciar os rituais, as vestes, a comida e as tradições do seu dia a dias nas tribos da antiga Nigéria
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Ferferferfer 21/08/2023

Um grande sapo branco
A história se desenrola, na maior parte do tempo, na história de Okonkwo e sua vida dentro do clã. Somos apresentados a um homem que conquista tudo o que tem por sua postura de guerreiro, inclusive seus casamentos e a boa-sorte nas plantações. Ao mesmo tempo, essa figura se contrasta com a de Unoka, seu pai, que representa tudo o que Okonkwo repudia. É muito interessante pensar que Unoka, apesar de seus defeitos perante ao que a sociedade da época esperava, demonstrava ternura com seus familiares, algo que seu filho jamais foi capaz de fazer. Existe uma trama na relação pai-filho que resulta na personalidade combativa de Okonkwo, que não permite ser uma “mulher” – durante a narrativa, sabemos que os sentimentos são de domínio das mulheres, e qualquer demonstração que não a fúria, era considerada como algo fraco. Já se imagina, então, um pouco de sua relação com suas mulheres e com seus filhos.
No mundo despedaçado de Okonkwo, Achebe não tira o peso das decisões de seu protagonista. A todo momento nós sabemos que se ele infringir os contratos sociais e religiosos do clã, a punição viria dessas duas esferas. Okonkwo, então, precisa se exilar, precisa distanciar-se do modo de vida que venerava e fazia parte, e é neste momento em que o processo de destruição da cultura igbo se inicia. O principal agente da destruição é o homem branco, e não somente a figura humana, mas os ditos costumes e modo de viver eurocêntricos. O sapo, como bem dito por toda a sabedoria nigeriana, sempre traz más notícias. A mensagem é explícita, e não busca defender as ações violentas da etnia igbo. Achebe se distancia dessa dicotomia, de bem e mal, do certo e errado, a saber que os diferentes povos apresentarão modos distintos de viver a vida.
A submissão aos modos de viver de pessoas brancas vai ditar o ápice dessa trama que, com certeza, vale muito a leitura.
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Vicente Moragas 21/06/2020

Em pedaços
Aos poucos. Em pedaços, constrói-se a história da tribo nigeriana e de um dos seus principais líderes. Os reveses da cultura e da chegada do homem branco colocam em cheque o que o chi do protagonista guarda pra si. Livro interessantíssimo!
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Márlon 19/01/2021

Quanto de aniquilação e destruição o homem branco provocou em nome da civilização? ?O mundo se despedaça? trata destes encontros nefastos que a história insiste em contar de modo deturpado e cínico apenas pelo lado do colonizador. Os apagamentos, as injustiças, os falsos acordos, entre tantas outras injúrias, ficaram todas subentendidas e foram disfarçadas de salvação neste processo.
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Ina 08/08/2022

Esse livro mostra como a imposição da religião, a falta de empatia em querer conhecer outro tipo de cultura, o preconceito com diferentes tipos de costumes destruiu parte das tribos da Nigéria.
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Elizabeth 10/08/2022

Clássico da literatura africana
O mundo se despedaça é uma obra anticolonialista, escrita pelo autor nigeriano Chinua Achebe. O livro se divide em três partes onde na primeira somos inseridos na cultura local, na segunda já começamos a acompanhar a chegada dos ingleses (do homem branco) e os impactos culturais e sociais que essa vinda trará. Já na terceira vemos de fato o que se pode chamar das primeiras consequências que o imperialismo inglês provocou naquele povo.
É uma obra de leitura fluida, embora possa ser difícil no início pela questão da diferença cultural.
Livro importantíssimo, publicado quando a Nigeria ainda lutava por independência.
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Tati Vizú 04/08/2020

Emocionante
Um dos livros mais marcantes que li neste ano. A narrativa nos transporta no tempo e espaço, fazendo com que conheçamos os costumes do povo em foco. Além disso nos faz refletir sobre os processos de colonização realizados por povos ditos "civilizados".
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