O mundo se despedaça

O mundo se despedaça Chinua Achebe
Chinua Achebe
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Resenhas - O Mundo se Despedaça


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Aletheia (@almaletrada) 30/06/2021

Ler sobre outras culturas sempre causa algum desconforto.
?O homem branco cortou o que nos mantinha unidos e nos despedaçamos?.

Conhecer um pouco da cultura africana, suas práticas, costumes, tradições e religião, nos envolve em temas muitas vezes espinhosos à nossa cultura, como a poligamia, a violência contra a mulher, o abandono dos gêmeos para morrer, entre outros.

Nessa obra, conhecemos uma tribo nigeriana da etnia ibo, sob a perspectiva do guerreiro Okonkwo. Passamos então a entender como se organiza econômica, política e culturalmente esse povo. Pôde-se ver também a importância da cultura do inhame, que também é alimentação presente em alguns locais do nordeste.

Com o passar dos anos inicia-se um contato do homem branco com a cultura africana e aqui, não se deixa de pensar na realidade dos nossos próprios nativos: os índios. Através do imperialismo e colonialismo, o homem branco conseguiu estender os seus tentáculos e mitigar práticas culturais e religiosas que fossem divergentes da forma de pensar eurocentrista.

É triste pensar em quantas culturas foram despedaçadas pela ignorância do homem branco.
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Sté.Souza 27/06/2021

Aprendi muito com esse livro, sobre os ovos e seus costumes. A escrita de Chinua é muito fluida, comecei ontem e acabei hoje de tão boa que era, esse livro fez eu refletir sobre muitas coisas das quais eu jamais pensaria há uns 4 anos. É bom saber que agora e após ler esse livro, eu evolui.
Recomendo a todos.
Sté.Souza 27/06/2021minha estante
Meu corretor me ferrou, onde lê-se "ovos", na verdade é "ibos"




Lari 23/06/2021

Literatura africana
É incrível entrar em contato com uma cultura completamente diferente da sua. Me encantei com esse livro desde as primeiras páginas, ele retrata alguns costumes de tribos africanas de uma forma impecável e interessantíssima e como o homem branco destruiu toda uma cultura.
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helena 22/06/2021

Termino "O mundo se despedaça" me sentindo despedaçada também.

A construção deste livro é incrível. Chinua Achebe te transporta pra dentro da sociedade de Umuófia, descrevendo por mais da metade do livro o cotidiano do povo Ibo, através da família de Okonkwo, um guerreiro da região. Uma cultura tão diferente, ao mesmo tempo tão parecida com a nossa.

O neocolonialismo inglês chega à Umuófia de forma "mansa", travestido de missão católica, que sutilmente vai despedaçando tudo que existia a séculos. Acabando com a irmandade, desrespeitando os ancestrais, deslegitimando os deuses, tudo isso enquanto vão instaurando sua política, sua educação, sua justiça e sua economia.

Que bom que Achebe existe pra registrar o horror que foi e continua sendo o colonialismo. Que essa mazela nunca seja esquecida e que a Europa seja cobrada pela história.
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Lu F. 10/06/2021

??O homem branco é muito esperto. Chegou calma e pacificamente com sua religião. Nós achamos graça nas bobagens deles e permitimos que ficasse em nossa terra. Agora, ele conquistou até nossos irmãos, e o nosso clã já não pode atuar como tal. Ele cortou com uma faca o que nos mantinha unidos, e nós nos despedaçamos.??

Que livro sensacional. O autor faz um trabalho excelente ao construir o universo, os personagens e os seus costumes. Um livro tão forte e tão triste, sobre de fato um mundo que se despedaçou por causa do imperialismo e do colonialismo, duas das maiores desgraças da humanidade.
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Vitoria Akemi 07/06/2021

Ótimo livro.
Gostei da experiência de ler este livro, com ele entendi melhor as relações e a forma como eram organizadas as tribos africanas antes da colonização e dominação cultural, militar e política na Nigéria.
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Ingrid.Pardinho 04/06/2021

Impactante
Eu descreveria a escrita de Chinua Achebe nas segunda e terceira parte do livro como "cortante", pois a narrativa é bruscamente modificada pelos conflitos trazidos pelos homens brancos. É um livro incrível por trazer o ponto de vista dos nativos de clãs africanos destruídos pela colonização. Olhando para o título, O mundo se despedaça, o verbo no presente indica que a destruição das culturas dos povos africanos ainda não acabou. O livro é maravilhoso do início ao fim.
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Camilla11 28/05/2021

Pesado!
Ter planos e ver eles se despedaçando por circunstâncias alheias. Por diversas questões não me sintonizei com o protagonista mas mesmo assim adorei a narrativa. Quero e muito ler os outros livros da série.
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AndressaSrta.LerLivros 25/05/2021

"[...] e nós nos despedaçamos."
A perspectiva desse livro foi totalmente nova para mim. Estava acostumada a ver o homem branco falando sobre sua chegada à África, mas essa foi minha primeira experiência com o oposto.
Ver como são os costumes da tribo sem ter o olhar colonizador foi difícil no início, mas com o decorrer da leitura você vai compreendendo que é a forma que aquela sociedade funciona. Da mesma forma que os costumes deles me foi estranho, os meus também seriam para eles. Assim como foi a chegada dos homens brancos na aldeia.
Narrando a história de vida do grande guerreiro do clã, chamado de Okonkwo, vemos com a chegada do homem branco faz toda uma sociedade e religião de séculos se despedaçar, trazendo como alternativa um forma de vida mais justa do ponto de vida colonial. Quem deu esse poder aos brancos?!
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Fabricio.Oliveira 16/05/2021

Os horrores da colonização.
Imaginar que os povos primitivos viviam num mundo edemico é ser purista demais. A violência, como nosso tempo entende, é parte desse mundo e dos costumes de povos tribais em qualquer parte do mundo.
Contudo, o que a colonização faz, dentre todos os horrores, é a completa animalização das populações tribais. O não reconhecimento de qualquer traço de humanidade, aliás, o conceito de humano sempre foi muito seletivo. Humano é quem pertence a algum meio "civilizado", e civilizado, durante grande parte da história, era somente o homem branco.
Esse livro consegue criar um envolvimento muito legal, apesar da crueza das descrições dos costumes tribais, particularmente, despertou uma empatia maior com o mundo do personagem principal e sua lógica do que com a do colonizador. Ele consegue despertar a atenção do leitor para a complexidade do tema sem ser panfletário ou cansativo demais.
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Bárbara 13/05/2021

O mundo se despedaça
Esse livro deveria ser leitura obrigatória nas escolas, concursos e até pra tirar carteira de identidade

É importante entender a força que os nativos tem, e quão medíocres e castradores são os colonizadores
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Amanda 11/05/2021

Mais que ficção | @paginasclassicas
Tratando da Nigéria quando os colonizadores ingleses começavam a dominar a região, O mundo se despedaça nos mostra o cotidiano em uma aldeia ibo, povo tradicional da região. Aos poucos compreendemos costumes e somos capazes de compreender a grande força da tradição dos antigos.
Mas estar observando de dentro a vida nessa aldeia também nos coloca perigosamente próximos ao perigo que começa a sondar o local: o homem branco e suas leis.
À medida que acompanhamos o processo de manipulação e destruição da cultura local, a angústia e desespero começam a crescer dentro de nós.
Porque, ao mesmo tempo em que as personagens criadas por Chinua Achebe não são reais, suas histórias não são nada além de verdadeiras.
A colonização africana foi responsável pelo massacre de diversos povos e feita por homens que pregavam em nome da “civilização”, e na Nigéria não foi diferente; a cultura ibo foi massacrada e dominada pela europeia - hoje, apesar do ibo ser uma língua conhecida, o idioma oficial do país é o inglês.
“Presenciar” a lenta corrosão que atinge os ibos é doloroso, mas, ao mesmo tempo, nos ajuda a compreender as armas - literais e figurativas - usadas pelos colonizadores para dominar povos fortes e numerosos que não receavam a guerra.
De um modo geral, o romance de Chinua Achebe nos emociona e escancara os absurdos de um processo genocida que até hoje deixa suas marcas naqueles que tiveram suas origens inferiorizadas e despedaçadas.
Essa é uma história complexa e necessária que precisa ser digerida em todas as suas dimensões. seu autor nos guia através de uma escrita firme e focada no tempo; a passagem dos anos é demarcada perfeitamente não apenas pelas mudanças das paisagens, mas também pelas relações estabelecidas entre as personagens.
O mundo se despedaça é um daqueles livros fundamentais para quem quer conhecer a literatura africana e expandir seus pontos de vista sobre culturas, religiões e, principalmente, sobre lutas.

site: instagram.com/paginasclassicas
Alê | @alexandrejjr 20/03/2022minha estante
Excelente texto, Amanda! Obrigado por compartilhar a tua experiência. Eu lerei este ano a trilogia africana, então estou com altas expectativas!




Lais.Lagreca 10/05/2021

Um daqueles livros que nos ajuda a ser melhor no mundo!
Chinua Achebe é considerado o pai da literatura nigeriana moderna.

Neste livro: “O mundo se despedaça”, vemos uma Nigéria (na verdade, é um lugar que ainda não era a Nigéria, tendo em vista que era no período pré-colonial) que não é a que nos chega quando pensamos na literatura produzida pelo colonizador. Vemos povos com constituição social complexa, com valores culturais, por vezes, diferentes dos nossos que se organizam, se desenvolvem e se enxergam como pertencentes a um lugar que faz sentido para eles.
Com a chegada dos brancos colonizadores, muitas das crenças, da forma de organização social, são, aos poucos, mas nem tão aos poucos assim, colocadas de lado, colocadas como inferiores, sem sentido...

Chinua Achebe não romantiza seu povo, na medida em que, como leitora, consegui perceber a complexidade das formas de organização social, não concordei com tudo (o próprio personagem principal tem condutas violentas, sexistas etc.), mas esse é o meu olhar todo influenciado por um tempo histórico (em que avançamos nas discussões de vários assuntos) e por um lugar social (entram aqui influências tantas...).

A narrativa é conduzida de uma forma que o título vai se mostrando cada vez mais coerente...

Ao final da leitura, não é possível não nos questionarmos a respeito de várias informações que nos chegaram através de livros escritos pelos colonizadores, os quais contribuíram para justificar um olhar superior sobre povos que se constituíam de forma diferente da nossa, que tinham crenças diferentes das nossas, que tinham cor de pele diferente da nossa... entende?

O discurso legitima, o discurso cria “verdades”...
E esse livro nos mostra muito isto: como que algo tão complexo pode ser descrito como bárbaro e, assim, servir como uma certa “licença” para explorar, violentar e exterminar?
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AleixoItalo 05/05/2021

Figurando em listas de melhores romances do século XX e de melhores romances africanos, 'O Mundo se Despedaça' é um clássico fundamental para quem quer conhecer um pouco da literatura da África.

Aqui vemos a história de Okonkwo, cidadão e guerreiro Ibo de ambição implacável, que começa a ver sua cultura ruir com a chegada do homem branco.

Penso que a maior contribuição da literatura é dar voz aos povos, é o que compõe a literatura clássica, textos que trazem a tona os costumes, anseios e a identidade das mais diversas culturas da Terra.

Aqui vemos o dia a dia de uma tribo Ibo (etnia ancestral na Nigéria) em seus costumes imaculados pela presença dos colonizadores. Ritos, crenças, festejos, culinária, arte, guerra e as ambições daquele povo em seu mais puro estado. Segue à isso a chegada dos brancos e sua nova religião, que não surge como demônios vindos do mar, mas como um choque de cultura, repleto de estranhezas onde uma cultura vai pouco a pouco sobrepujando outra.

É inebriante a sensação de conhecer novas culturas, se Mia Couto nos apresenta uma África mágica e contemporânea, Achebe vem com uma África ancestral e selvagem, mostrando o dia a dia dos habitantes desse continente tão diverso e fascinante.

'O Mundo se Despedaça' tem um quê de literatura regionalista brasileira, focando em personagens bem construídos para mostrar um estilo de vida tradicional e é com extrema prazer que passo a conhecer mais um cantinho minúsculo da África e mais uma peça dessa maravilha caótica que é a civilização humana!
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