Resenhas - Grande Sertão: Veredas

Mc Brendinha Carvalhão 28/08/2022

Diadorim... Nome lindíssimo
Tentei ler uma outra vez e não consegui. Dessa vez fui aos poucos, segui o cronograma de uma leitura conjunta antiga do canal Ler antes de morrer e finalmente consegui. Foi difícil, principalmente as primeiras páginas, acho que não entendi tudo, muitas vezes ficava confusa na leitura, mas segui e garanto que valeu a pena, recomendo muitíssimo. Perfeito. Quero reler daqui um tempo. Esse é pra levar pra vida.

Jéssica 28/08/2022

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De uma coisa tenho certeza: ?Grande Sertão: Veredas? é um monumento da literatura brasileira.

João Guimarães Rosa abre as portas do sertão para o leitor EN(can)TRAR.

? Entrar, em primeiro momento, é espanto no desconhecido. Mas devagar, e sem que se perceba de pronto, tudo vai clareando; se tornando entendido; se mostrando tudo de mais bonito.

A lado de Riobaldo a Linguagem é personagem central deste romance; engrandece toda o universo; tem duplo poder no tempo: o de espantar o leitor em primeiro momento e o de transformá-lo para todo o sempre.

Eu disse que Guimarães Rosa abre o sertão pra toda a gente que se arrisca a ler este romance. Porém, ele nunca mais o fecha? ?Grande sertão: veredas? fica infinito na gente ?

Veri 22/08/2022

Maravilhoso Grande Sertão!
Dizem que este livro tem dois tipos de leitores: os que amam e os que abandonam antes de amar.

É verdade que as primeiras páginas são difíceis, tem muita (mas MUITA) palavra que a gente não entende e no começo trava.

Mas é só entrar no ritmo, ouvir a voz, e focar na estória.

Uma estória de coragem e medo, de amor e ódio, de não entender onde está o bem e onde está o mal. Mas acima de tudo uma estória sobre uma parte esquecida do nosso Brasil.

Tocante, meu livro terminou cheio de frases e anotações. Aprendi e me inspirei todos os dias por quase 1 mês e quero ver o que vou fazer amanhã sem Riobaldo e Diadorim?

Ana Luiza 21/08/2022

Disponível em @anawithcoffee
"Nonada. O diabo não há! É o que eu digo, se
for... Existe é homem humano. Travessia.?

Minha primeira incursão ao nosso "Fausto Brasileiro? em uma imensa travessia pelo sertão, acompanhei Riobaldo, nosso professor.

Um relato de muitos amores, dores e incertezas, o medo e a coragem sempre lado a lado, enquanto ouvimos e sentimos uma história há muito vivida.

Riobaldo, professor e jagunço, narra sua trajetória de vida a um "doutor" da cidade. Precisou de três dias para o relato, com detalhes de guerra, amizades, amores e sua espécie de pacto com o diabo.
Pacto este, que nem eu, você, ou o próprio Riobaldo temos certeza de que realmente aconteceu.

Dos muitos jagunços, além de nosso professor,
conheceremos sua grande paixão: Diadorim. Dono dos
olhos, coração, ouvidos e obediências de Riobaldo. Um
?amor torto?, longa travessia.

Preciso dizer que nada havia me preparado para o final
desta história. Um livro lindo, assim como triste, de todo o coração.

Tenho absoluta certeza de que esta foi apenas a minha
primeira experiência com Grande Sertão Veredas, e de que ele ainda tem muito mais a oferecer. Mas, me sinto
extremamente feliz por tê-lo vivido.

samuca 19/08/2022

Um livro pra toda vida
Comecei a ler perdido entre as palavras e a linguagem da obra, quis compreender de primeira invés de sentir. Fiz errado. É preciso ir aos poucos, deixar que a grandeza da história tome conta, só assim as estranhezas dessa narrativa vão diminuindo e o enredo vai tomando conta da gente que chega em um ponto que é difícil parar de ler.
Um marco na vida, sinto que nunca vou ler algo tão grandioso, que mesmo sem compreender a totalidade da obra, sigo fascinado pelos caminhos narrados, nessa mistura de sentimentos em que o percorrem a vida dos personagens. O amor, ódio, paixão e medo se misturam, vão e vem durante as veredas que os jagunços passam.
Um livro que tem tanto a ensinar, que irei revisitar e reler para matar a sede nesse mar de água doce doce de sabedoria. São tantos momentos marcantes ao longo dessa jornada em que parei e fui pensar nas palavras posta, em seu significado, fascinado pela grandiosidade.

Adriana1161 17/08/2022

Obra-prima
Livros com personagens inesquecíveis e frases marcantes, sem ser, absolutamente, clichês!
Escrito em 1956, faz parte do Modernismo.
Uma história de amor, uma poesia. Uma travessia do sertão!
Tem uma passagem de tempo não linear e uma linguagem pitoresca.
Fala muito sobre a vida dos jagunços, mais do que sobre o sertão.
Pacto fáustico.
Achei o nome de alguns jagunços tão bonitinhos, tão singelos!
"Viver é muito perigoso"
Personagens: Riobaldo/Tatarana, Reinaldo/Diadorim, Hermógenes, Joca Ramiro, Medeiros Vaz, Zé Bebelo, Otacília, padrinho Selorico Mendes, compadre Quelemém, Fafafa
Local: Sertão do Norte de Minas Gerais/ Goiás/ Bahia- 1889/1930
@driperini

Monica.Fusco 06/08/2022

Grande Sertão: Veredas
Livro com uma linguagem bem peculiar e regional e que representa bem os sertões e seu povo no Brasil!!

Daniela707 21/07/2022

só deixando uma resenha rápida aqui. o livro é bom, vale a pena, o início é meio confuso, mas depois vc pega o ritmo, final ótimo

Giordano.Sereno 18/07/2022

Bonito e confuso
A arte é linda e o livro em si muito bem executado. Mas achei o texto muito confuso. Tanto que demorei bastante para ler. Vou ler o romance e depois reler o quadrinho. Talvez mude de opinião.
Por ser uma história muito conhecida, inclusive com adaptação para televisão, já sabia o final. Mas não acho que isso tenha atrapalhado. Saber como acontece é muito mais importante do que saber o que acontece.

Brina 18/07/2022

?????
O DIADORIM ERA A "MULAN"...
MEU DEUS
ISSO EXPLODIU MINHA CABEÇA

eu ja desconfiava que ele iria morrer, mas jamais suspeitei da sua transexualidade... jamais
Agora tudo faz sentido

Que livro foda viu
Sem palavras

Ana C 17/07/2022

Um livro que vale muuuito a pena!!
O livro é maravilhoso!!! Muito profundo e humano, além de deixar claro vários traços da cultura brasileira nordestina. Leva a uma reflexão sobre nós mesmos.
O enredo é muito envolvente e bem construído, te levando a juntar pequenos pedaços para formar um todo que no fim faz muito sentido. É possível perceber a genialidade do autor.
A história e o envolvimento entre as personagens é muito linda e verdadeira, fazendo com que o leitor se identifique com várias passagens. As personagens são muito humanas e reais..
Embora no começo a linguagem pareça um pouco complicada, aos poucos vai se tornando mais natural e, sinceramente, o jeito como o livro foi escrito é uma das coisas que eu mais amei.
Recomendo muito para quem tem interesse em livros nacionais e gosta de leituras que abalam o nosso mundinho interior!! ?

Alemão 16/07/2022

Grande sertão veredas
Com certeza um dos melhores livros da literatura brasileira!!! João Guimarães Rosa consegue descrever os personagens com rara beleza!!! A história é belíssima!!! Super indico a todos!!!

Ronaldo 07/07/2022

JGR é um gênio
Não há o que dizer. Gênio. Genial. Mestre. Incrível. Fantástico.

Melhor do que tudo que já li. Se Deus existe, essa é uma das provas.

Joao.Alessandre 06/07/2022

Desafio ou necessidade?
O que dizer de Grande Sertão Veredas? Desafio na leitura equivalente ao embate dos protagonistas? Jagunços, latifundiários, povo humilde fundidos a uma natureza selvagem, inóspita e radiante? Narrativa bruta refletindo conflitos regionais e preocupações universais? Talvez tudo isso e com certeza muito mais. Durante três meses lutei arduamente com o texto rosiano. Foi um conflito ímpar. Houve dias em que dois parágrafos foram suficientes pra jogar o livro pro lado ... outros em que as páginas fluíram imperceptíveis. Ao fim surpresa e  sensação de euforia foram avassaladoras. Por mais que "enredo" e  conclusão sejam lugares-comuns, as páginas derradeiras impregnaram sentimentos que apenas esse calibre de literatura alcança. De desafio Guimarães Rosa passou a ser necessidade.

Fabio.Nunes 17/06/2022

Leia como um boi
Certa vez Guimarães Rosa escreveu: "meus livros não são feitos para cavalos, que vivem comendo a vida toda, desbragadamente. São livros para bois. Primeiro o boi engole, depois regurgita para mastigar devagar e só engole de vez em quando tudo está bem ruminado. Essa comida vai servir, depois de tudo, para fecundar a terra."

Esse livro fala de um Brasil pouco conhecido, o Brasil dos caboclos sertanejos.
Narrado em primeira pessoa, pelo cangaceiro Riobaldo, o que se lê é uma linguagem quase nova. Português de um Brasil que fala diferente, sem deixar de se entender.
Não vou falar mais sobre a obra, por que isso pode quebrar o encanto da leitura.
Tendo demorado bastante nessa obra eu entendo o que o autor quis dizer quando afirma que ela precisa ser ruminada.
Terei de revisitá-la no futuro para absorver como boi o que, como cavalo, não consegui.

A inovação linguística é o que faz a leitura ser mais demorada, mas ao mesmo tempo é o que faz a narrativa ser tão real.

Leia com calma.
Leia como um boi, mas jamais seja gado.