Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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Dani Pontes 12/04/2022

Desafio conquistado
Um livro difícil que me desafiou do começo ao fim. Sem pausas ou capítulos era difícil saber onde parar de ler e, ao mesmo tpo, não conseguia ler mais de 5 páginas por vez.
No final gostei mto de ter lido e fiquei encantada com a grandeza do autor!!
Cris 13/04/2022minha estante
É pra bater palmas pra quem completa o desafio ??


Rafaella 13/04/2022minha estante
Acho que em algum dia eu cheguei a ler umas 20 páginas, mas em outros parecia que 2 páginas continham uma vida inteira.


Dani Pontes 14/04/2022minha estante
Exatamente isso Rafaella!!!




Tiago Fachiano 12/04/2022

Favorito da literatura brasileira
Que livro fantástico e formidável. Guimarães Rosa traz a tona uma "nova língua" que pega de supetão todos os letrados da academia. Como um início difícil para entender a linguagem, mas com o tempo flui como as águas tranquilas navegadas por Riobaldo e seu amigo Diadorim.

O livro traz uma história de um cangaceiro, o Riobaldo e seus amores pela vida. Entre seus amores estao as mulheres, as lutas e os passeios pelo Chapadão. Uma história comovente e surpreendente. Como uma mística Faustiana e encantos das novelas românticas, o autor traz um enredo repleto de idas e vindas. A vida como ela realmente é: Incerta.

Esse livro me faz pensar sobre o amor. Amor romântico e entre amigos. Alguns criaram uma narrativa recente q o amor é uma simples escolha. Uma narrativa realista para algo além da alma. Uma narrativa de quem nunca amou... O livro traz a tona o amor vivido na pele e sentido entre todos os momentos da vida.
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Tatiana 05/04/2022

Preciosidade
Simplesmente uma obra prima!!Guimaraes Rosa "proseia" com o leitor como se tivesse sentada no banquinho de um sítio qualquer.A linguistica inovadora e fantastica dão o toque especial na história do jagunço Riobaldo.Excelente!
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Ludmila 05/04/2022

Simplesmente maravilhoso! A maior atenção durante a leitura deve ser na linguagem, às vezes fica difícil de entender. Mas como eu estava ouvindo em audiobook (tem gratuito no youtube), acabei passando bem por essas dificuldades.
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Henry.Alves 05/04/2022

Quando você está lendo um livro e para no meio do parágrafo, não de uma forma proposital ou planejada, você simplesmente para no meio do parágrafo por simples extinto, seu peito se debate entre os ossos e outros órgão, uma eletricidade percorre seu corpo até causar uma explosão nas suas entranhas, e lá no fundo você sabe que sua alma entraria em overdose caso não tivesse feito aquela maldita e eufórica pausa. É como quando você está apaixonado pela primeira vez por alguém, e esse tal alguém aparenta de um jeito incerto corresponder, e lá dentro você sente vespas e borboletas no estômago... você começa a ler pausadamente, lentamente pois o êxtase que aquelas páginas causam é quase insuportável e me atrevo até dizer que um tanto doloroso. foi exatamente assim que me senti lendo esse livro.
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@thereader2408 04/04/2022

Uma ode á lingua brasileira
Em 1908 morria Machado de Assis, uma lástima com certeza, mas dependendo do que você acredita, Deus, Deusa, destino, força da natureza, leis da física, coincidência... nós fomos compensados, pois nesse mesmo ano nascia João Guimarães Rosa, poeta, contista e reinventor da nossa língua, que com um único romance marcou profundamente a nossa literatura.

Uma das principais características de "Grande Sertão: Veredas" é a linguagem, e como ela é usada com maestria por Rosa, e talvez por esse mesmo motivo o livro seja intransponível para alguns, principalmente na primeira leitura. O romance é ambientado em algum lugar do sertão mineiro, goiano e baiano no início do século XX, o nosso país ainda estava em formação e a linguagem do romance representa o povo brasileiro.

Este é um livro que demanta muita atenção, paciência e persistência, pois a dificuldade de leitura é um fato, mas quando você consegue transpor as dificuldades da narrativa e enxerga o universo metafísico criado pelo Rosa verá que que o livro e uma bela travessia e precisa ser relido em diferentes fases da vida. É um livro que requer maturidade, um pouco de experiência literária, boa vontade e gosto por desafios.

Grande Sertões é narrado em primeira pessoa em um tipo de monólogo onde um narrador envelhecido, Riobaldo, através de fragmentos de sua memória tenta reviver sua trajetória contando sua vida para um visitante letrado. Há algumas teorias que esse moço poderia ser o próprio Guimarães Rosa. Além de importantes temas como politica, sociologia, mitologia, filosofia e metafísica, há dois grandes pontos centrais que permeiam a trama inteira: O pacto fáustico e o amor entre dois jagunços, Riobaldo e Diadorim.

Grande Sertões é um livro sobre ética, justiça e uma das histórias de amor mais doloridas da literatura brasileira em uma perspectiva altamente filosófica narrada por um ex-jagunço. O livro cresce na medida que avançamos com as páginas e o romance se abre como uma travessia em um rio perigoso, assim como a vida. Viver é difícil e perigoso, mas pode ser maravilhoso para os que tem coragem de conhecer a terceira margem do rio.

@thereader2408
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Jonathas dos Santos Benvindo 03/04/2022

Achei um livro surpreendente pela forma como foi escrita, e por isso mesmo um tanto cansativo. Mas gostei muito do personagem que narra a história, a gente se sente perto dele.
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Rafaella 27/03/2022

A vida é assim...
Redundante dizer que este livro é uma obra-prima. Que sorte a nossa de poder ler no idioma original e capturar toda a genialidade dos neologismos de Guimarães Rosa. Quanta sagacidade em deixar o texto corrido, sem divisão de capítulos, uma longa conversa que durou dias e é um vai-e-volta na linha do tempo. Uma história de amor épica, uma declaração de brasilidade.
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Emanuel Xampy Fontinhas 23/03/2022

Vou começar dizendo que sim, reconheço o valor e a importância da obra e não discuto seus méritos. Minha resenha tem a ver apenas com a minha percepção pessoal, minha própria conexão com a obra e, sinceramente, não houve muita. Gostei muito da sensibilidade da história de Riobaldo e Diadorim e da forma como os dissabores da vida no sertão foram retratadas, porém é uma leitura muito hermética e vagarosa, o ritmo acompanhou o cavalgar na anca de uma montaria pelo solo árido do sertão e pra mim foi penoso terminar. A escolha por utilizar um linguajar mimetizando a fala do povo do sertão me incomoda, não simpatizo muito com autores da classe dominante que usam desse artifício, acho inclusive bastante elitista. Enfim, um bom livro, mas não se conecta com meu gosto pessoal.
Mayky 15/03/2024minha estante
É um artifício usado para dar verossimilhança ao discurso do personagem, a fim de se aproximar ao máximo do discurso real. Dizer que autores de classes dominantes são elitistas ao usarem essa técnica é enxergar a criação literária de uma forma muito simplista e reducionista, porque o conceito de lugar de fala não se sustenta e não cabe na literatura, que é um espaço de liberdade e alteridade. Carla Madeira, Itamar Vieira Junior, Jefferson Tenório e Chimamanda Adichie já falaram sobre como esse termo é incabível na criação literária, aliás. Só procurar na internet que você encontra textos e vídeos deles sobre o assunto.




Amanda 13/03/2022

Minha travessia pela travessia de Riobaldo
?Será que amereci só por metade? Com meus molhados olhos não olhei bem.?

Aos 15 anos li a primeira página de Grande Sertão pela primeira vez. A linguagem me barrou. Fechei o livro e o guardei para o momento em que estivesse capacitada. Hoje, dia 13 de março do ano do centenário do Modernismo brasileiro, terminei Grande Sertão com cinco anos a mais e com uma certeza: mesmo que eu tivesse passado pela dificuldade da linguagem, não teria entendido esse livro além da eletricidade da guerra jagunça. Para ler Grande Sertão é preciso sensibilidade.

Riobaldo conta a história de como virou líder dos jagunços, amou Diadorim e derrotou Hermógenes. Diadorim não era um jagunço macho, mas ?Maria Deodorina da Fé Bettancourt Marins - que nasceu para o dever de guerrear e nunca ter medo, e mais para muito amar, sem gozo de amor?, pena que Riobaldo estava cego para isso. Riobaldo não vive o grande amor da sua vida, um amor cândido, porque dois guerreiros não podem se amar assim, em meio a tanto vigor, a tanta violência masculina. Ao fim, dá vontade de voltar para o início e implorar ao Riobaldo que se declare e descubra a verdadeira natureza da sua amada. Como viver um vida inteira a um passo do amor e descobrir que poderia o ter experienciado, mas acreditava que não? É desesperador pensar na possibilidade de fazer nossa travessia de maneira tão chula, a única travessia possível no grande sertão que é a vida.

No meio disso, ele também conta que fez um pacto com o Diabo. Riobaldo é um dos personagens mais puros, amorosos e delicados que já li. Ele não é um herói, porque para isso é preciso coragem para fazer coisas que não são tão boas, ele é só um mocinho mesmo. Tão sensível, ele percebe a aura das pessoas, sabe quem é bom e quem é mau. Tão bondoso, ele se sente um estrangeiro no meio da violência dos jagunços. Como pode Riobaldo ser pactário? Isso o angústia tanto que já velho ele ainda pensa nisso e vai atrás de quem é - ou parece ser - mais capacitado do que ele para perguntar se sua alma está realmente condenada. Riobaldo se esconde na ideia da não existência do Diabo, mas Deus é um fato para ele.

Afirmo que Grande Sertão é o maior romance da literatura brasileira e o romance mais humano já lido por mim. Infelizmente não tenho capacidades para demonstrar o quão minuciosa é a análise da alma humana feita nesse livro, que vai muito além de uma guerra por liderança ou de um amor carnal. Diadorim é um símbolo, quase uma santidade dentro da história. E só penso no privilégio que é ter como primeira língua o português. Em nenhuma outra língua é possível viver a experiência plena de Grande Sertão, e suas traduções são quase uma heresia, por mais bem feitas que possam ser. Esse livro compõe minha vida, que coisa linda.
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Felipe1503 10/03/2022

Um quadro brasileiro
É consenso que Grande Sertão: Veredas é uma obra de arte, praticamente um quadro que retrata a face do sertão e o cerrado. Li esse livro depois da minha mudança para Goiás, o que me fez sentir dentro da história, quase parte da jagunçada de Tatarana e Diadorim.
Não vale a pena abandonar esse livro.
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amarogusta 07/03/2022

viver é muito perigoso
Não acho que seja minimamente justo reduzir em tão poucas legíveis palavras a grandiosidade dessa obra. Recolocar este livro na prateleira fez meus olhos suarem, de verdade.

Eu poderia, facilmente falar sobre meu infinito apreço pro diadorim, segundo o conhecemos através dos olhos apaixonados de riobaldo, no entanto, este é questionável de confiança e crença. Que não se deve acreditar cegamente nos narradores em primeira pessoa por todos é sabido, mas há uma honestidade tão madura no homem cansado e idoso que conta sua história que me sinto um tanto culpado por duvidar de suas andanças.

A linguagem, apesar de ser, sim, uma barreira no entendimento e associação dessa obra, é também um retrato históricoe e unicamente cultural de um povo em uma época, cuja validade é indiscutível não somente pela seu valor comunicativo mas também como elemento de crítica e desafio aos ignorantes protetores únicos da norma culta. Tal barreira me foi dificultosa até as primeiras cento e cinquenta páginas do livro, depois disso era só deixar rolar uma livre, e um pouco óbvia, associação.

O “amor torto” de riobaldo é mais que poesia, assim como suas crenças, apesar de confusas, são pura filosofia. A questão do pacto fáustico aqui foi extremamente bem trabalhada, no devido ponto de o autor não nos entregar uma resposta e deixar sempre aberto à interpretação e dúvida do leitor sobre sua validade ou real existência.

Ler esse livro foi uma travessia, completa. Mas meus olhos não podiam mirar à todos os cantos ao mesmo tempo. Estou apaixonado pelo pouco que pude vislumbrar aqui, mal posso esperar para descobrir o que agora me é incompreensível ou imperceptível.
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Robson.Vilar 25/02/2022

Grande sertão veredas
Um dos melhores livros que já li, uma das leituras mais difíceis também, depois de muitas páginas você começa a se adaptar a linguagem, mas chegar ao final é uma verdadeira travessia, com todas as muitas experiências possíveis de experimentar ao longo de uma grande jornada...
Inesquecível.
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Milena.Berbel 13/02/2022

Arrebatada
Termino aqui a travessia, e se minha capacidade de discorrer sobre este livro restou altamente comprometida pela "estupefação " em que estou, só me resta pegar emprestadas as palavras de Clarice Lispector a respeito da obra, que não poderiam ser mais fiéis ao que eu estou sentindo agora:
"Genial! Que outro nome dar? Esse mesmo."
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É isso.
Van Apocalipse 21/05/2022minha estante
Esse livro é um monumento!




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