Resenhas - O Seminarista

Luana 03/08/2023

O padre que não queria ser padre
Li esse livro por causa do colégio, mas despertou um interesse genuíno em mim, me cativando a saber o que aconteceria com os personagens.
Dessa forma, não achei uma história ruim, é até boa. O que atrapalha mesmo é a gramática, por se tratar de um livro antigo, a linguagem é bem complexa e se quiser entender cada palavra, vai precisar deixar um dicionário do lado.
A ideia principal, o foco no "romance" dos protagonistas e a mensagem (que, por sinal, é bem atual) por trás de tudo é ótima. O autor gosta de detalhar cada mínimo detalhe minuciosamente, e isso não me agrada muito.
O final me quebrou de uma forma que eu não imaginava (Guimarães Rosa, por que você fez isso?!). E as últimas páginas são emocionantes, todo o clima e tensão aqui foram cirúrgicos.
Precisa de paciência pra ler, mas se você estiver disposto, acredito que valerá a pena.
Um beijo, amigos! ?

Jane59 14/07/2023

Margarida e Eugênio
Romance nacional do século XIX, sinceramente não esperava por esse desfecho. Como era forte a imposição dos pais referente "vocação" o que os filhos deveria ser/ fazer. Gostei da leitura, achei difícil entender várias palavras. Um ótimo desafio.

Mariii 07/07/2023

Leitura rápida
Segundo clássico que leio mais rápido na vida, tô adorando o fato de a leitura estar fluindo com romances do século XIX! Achei realmente diferenciado, os protagonistas são personagens bem ingênuos, o que dá um certo humor à narrativa, sem contar com a crítica a diversas instituições dessa época, com ênfase nas religiosas e o celibato clerical, que é o diferencial da obra. Mesmo sabendo do fim trágico, gostei bastante da leitura. Os capítulos são curtos e bem divididos, o que também ajuda muito na compreensão.

portgasfav 23/06/2023

é, até que eu gostei. a leitura não fluiu muito bem mas a história do livro é interessante. critica o celibato e outros temas, enfim, gostei

Luiz1240 19/06/2023

Uma crítica ao celibato
Em "O Seminarista" temos uma obra completamente romântica, com melosidades e exageros ao extremo. Mas, neste livro temos um diferencial, a crítica à igreja católica. O fato de que o autor escreveu um livro com altas críticas ao celibato clerical no ano de 1872 é um marco gigante e de uma coragem sem tamanho. O amor de Eugênio e Margarida é proibido pelos pais de Eugênio e pelos padres que comandam o seminário. Com o final extremamente trágico, este livro se consagra como uma das obras mais importantes da escola romântica brasileira.

Ana Lu 07/06/2023

Gostei não , tava na esperança de ser uma grafem história de amor mas é um caso trágico , terminei de ler pq tenho para vestibular mas não gostei muito bom

Thannyth 26/05/2023

Livro bom
O livro O Seminarista foi o primeiro que li de uma forma diferente, através da narrativa da Marta, uma mulher maravilhosa que criou um grupo no whats para ler livros e levar o acesso a quem tem dificuldades. Aqui deixo explícito meu carinho e gratidão, e se você quiser participar é só mandar uma mensagem pra ela.

Também foi um dos poucos clássicos que li. No começo não me engatei muito na história, mas conforme os acontecimentos foram passando me peguei presa nos personagens, em suas angústias, desejos e amores. Impossível não se emocionar.

Eu, escritora, fiquei particularmente sentida com a cena das poesias do nosso nobre seminarista.

Nessas páginas acompanhamos a história de dois amigos de infância que, apesar de seus afetos, são separados pela vida e pelos sonhos de seus pais, que insistem em desaguar seus anseios no futuro dos filhos.

Sofremos junto com a Eugenio que precisa se negar para seguir uma vida sacra, assim como Margarida que se apaga por não ter ao seu lado quem realmente ama.

O livro retrata de forma sutil como é delicado e perigoso a imposição que os pais têm na vida dos seus filhos quando não entendem que estes são indivíduos livres e não uma extensão sua. Acompanhamos também a d3pre3ssão que se esconde em sorrisos forçados, o calar da criatividade, a opressão da própria 1greja e os anseios de um amor proibido.

Apesar de ser leve, não é um livro para quem não tiver estrutura para lidar com esses gatilhos.

Quanto ao final eu realmente fiquei surpresa, pois foi uma mistura de Romeu e Julieta mais destruidora que já li.

Recomendo com precaução.

giu 12/04/2023

Romeu e Julieta nacional
Fui com muito preconceito por ser uma leitura obrigatória de vestibular tradicional mas, na verdade, foi uma surpresa maravilhosa, eu amei!!

Um clássico ultrarromântico do jeitinho que tem que ser: trágico e sofredor.

A história gira em torno da dualidade barroca: o amor divino e o carnal, com forte crítica ao celibato, a hipocrisia cristã e aos valores tradicionais familiares.

sasa 16/03/2023

É um livro bom, com um final razoável que pelo menos para mim, não foi o que eu esperava e muito menos o que eu queria. É rico em vocabulário, o que é muito bom, mas a história em si não apresenta nada de tão extraordinário que o diferencie de romances comuns que encontramos por aí. É um livro bom de se ler quando se tem tempo livre.

Madu Suewertd 07/03/2023

Romeu e Julieta Brasileiro
Título: O Seminarista
Autor: Bernardo Guimarães
Nota: ?????

Mais um da saga : obrigada Uel por me fazer ler ele

As únicas coisas que me passavam na cabeça quando li foi odio dos pais do Eugênio, ele já tinha dito que não queria ser padre e mesmo assim o seminário é os pais o obrigaram

Esse livro é a personificação da frase
" almas gêmeas são predestinadas a se conhecerem, não ficarem juntas"

O final dele me fez perceber o quão miserável a vida pode ser, tudo por conta de uma cobra
Achei fofinho ela realmente ter se mantido virgem até a m9rt3

luiza 01/03/2023

Depois de um tempo a gente de acostuma com os finais infelizes dos clássicos brasileiros, mas coitadinha da margarida

Ana R. Rodrigues 19/02/2023

Ambição e fanatismo alheios acabaram com futuro de jovem apaixonado
"Dir-se-ia que o devotismo austero [...] abafa e comprime com suas asas lôbregas e geladas naquelas almas tenras todas as manifestações espontâneas do espírito, todos os vôos da imaginação, todas as expansões afetuosas do coração."

Não é de hoje que o fanatismo religioso interfere nos sonhos e relacionamentos das pessoas que ousam desafiá-lo. Eugênio teve seu amor inocente de infância demonizado por pura ignorância e ambição dos adultos, que viam nele nada mais do que uma propícia adição ao Clero da Igreja Católica. Do mesmo jeito, a figura de Margarida foi distorcida para a surpresa de zero pessoas como sendo a maior tentação pela qual o protagonista poderia passar: a mulher que "induz o homem ao pecado". Não é uma crítica ferrenha como talvez possa-se esperar, mas o drama entre esses dois corações apaixonados é uma forma acessível de levar esse questionamento ao público.

Recebi este livro no meu último aniversário e não esperava gostar tanto de um clássico! Talvez seja por conta do meu gosto por diferentes formas de críticar a Igreja. Também estou me reconectando com obras clássicas nacionais, então super recomendaria para quem estiver na mesma jornada que eu. A linguagem pode ter o rebuscamento típico da época, mas não é um bicho de sete cabeças - e ainda temos amostras do linguajar interiorano, bem como crenças e costumes locais.

Nathi 27/12/2022

ótimo para os sofredores
Para ser MUITO sincera, se este livro não estivesse na lista dos requeridos para a prova da faculdade que quero entrar, nunca nem teria se passado pela minha cabeça pegar ele na mão.

Mas, por incrível que pareça, a estória me envolveu do início ao fim e fiquei impressionada por ter gostado tanto.

Fica bem claro depois de um certo ponto que o livro não se trata só do romance do pobre Eugênio e da doce Margarida, é uma crítica direta a instituição cristã da época e, ironicamente, com problemas que permanece contemporâneo. Não sei nem se é baseada em algum fato real, ou se é inspirada em algo semelhante, mas isso pode facilmente ter acontecido com mais de um pessoa e, por esse motivo, se torna algo triste e reflexivo de se ler.

Gostei muito de como Bernardo Guimarães descreveu a tortura sentimental de Eugênio, ligando com sua devoção ao Amor e Religião. Você consegue sofrer, sofrer, sofrer e sofrer mais um pouco junto com ele. Me lembrou um pouco do que passei lendo "O morro dos ventos uivantes" da Emily Brontë.

E, como esperado, não teve nenhum final feliz para o casal. Eles estão fadados a fracassar desde o início, é nítido, e o meu espírito vingativo desejava a todo momento entrar dentro do livro, dar um tapa na cara do Eugênio (para ele acordar para vida) e trucidar os pais fanáticos dele aos socos e berros (porque são uns ordinários).

Mas fora isso, muito bom! Recomendo principalmente pera pessoas que gostam de livros onde se entende um pouco de como funcionava a vida anos atrás, com um pouco de crítica social e um drama amoroso clássico.

Andreia 11/12/2022

Um amor sofrido
O livro trata de como os pais podem impor aos filhos os próprios sonhos, em uma época em que os filhos tinham grande obediência aos pais. Eugênio e Margarida crescem juntos e se tornam inseparáveis desde sempre e, no decorrer do livro vamos vendo a perda da ingenuidade, a tristeza, a luta interna de uma pessoa contra tudo o que sente, tudo sobre o ponto de vista de um narrador que está contando a história e dando palpites e a vezes conversando com o leitor. Eu amei o livro, o Eugênio é um personagem maravilhoso, mas que não suportou a morte da pessoa que mais amava. O final foi muito triste, mas acredito que é um final certo para esse livro maravilhoso.

Rafa.Dulce 02/12/2022

Amor x religião
Mais um livro clássico e bastante típico do Romantismo brasileiro... O final, como quase todos, não é feliz e tem a eterna dualidade entre amor e religião. É um bom livro, apesar de ser mais do mesmo...