Niketche

Niketche Paulina Chiziane




Resenhas - Niketche


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Jubs Bastos 11/09/2023

Simples resenha.
Apenas necessário, me fez abrir os olhos, sair da minha bolha social. Pude aprender mais sobre história e política através dessa história. Livro que indico não apenas as mulheres, mas também aos homens.
Alê | @alexandrejjr 19/09/2023minha estante
Especialmente aos homens, Júlia!




Mari 11/09/2023

Segunda vertente de literatura moçambicana que leio, sou apaixonada em Mia Couto, e com Paulina não foi diferente!
A história; uma mulher se incomoda com a constante ausência do marido em casa e vai atrás de uma possível amante. Não só uma, encontra quatro, e suas famílias. Em meio a uma luta de ego, abandono, coragem, frieza, submissão, tradição, traição e tantas crises, decide-se: casarão as cinco.
Um livro sobre a delimitação do papel do homem e da mulher no casamento, sobre a moral e a vontade como dois lados da mesma moeda. Sobre a poligamia como instituição sul-africana e a inversão de papéis dessa inimizade culturalmente forçada, sobre a qual Paulina escreveu lindamente, de um jeito místico, quase mágico. O significado de Niketche aqui; ?aquilo que imobiliza o corpo, e faz a alma voar?, é muito mais sobre o corpo da mulher, mas a alma do homem. Independente da minha opinião, não sobre esse ponto específico, mas sobre tantos abordados, um livro faz o papel de livro quando provoca o caminho que a nossa subconsciência já faz. Os temas não vividos, logo impensáveis e indiscutíveis, já estão dentro da gente, o livro só os resgata. E é inevitável que a nossa consciência caminhe para o lugar de Niketche.
Procurando, aleatoriamente, algo que marquei, encontrei: ?Aos meus olhos floresce o poder do amor proibido. Todo este fausto me cheira a falso, tão falso como o amor que construiu este lar.?
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bela 04/09/2023

Muito diferente
Admito que eu jamais leria esse livro se não fosse leitura obrigatória de vestibular, mas é legal saber da multiplicidade cultural num país só.

a gente acha que por compartilhar a mesma língua (em maioria) Moçambique é parecido com o Brasil, e descobri lendo esse livro que tem uma grande diferença na porção norte e sul do território (tanto religiosa quanto a educação financeira e patriarcal)
bem diferente do que eu imaginava, e esse livro evidencia as proporções de homem e mulher numa cultura de poligamia. a obra traz questões como preconceito racial, étnico cultural, machismo, desigualdade social, subordinação ao patriarcado, intolerância religiosa...

a passagem que mais me marcou na obra foi já próximo ao fim do livro, quando as esposas tentam mudar de vida e decidem abandonar o homem que as despreza, agride e inferioriza
tony (o marido adepto a poligamia) diz pra sua primeira esposa: ..."nunca maltratei a Lu (terceira esposa que consumou outro casamento), bati nela algumas vezes, apenas para manifestar meu carinho. também te bati algumas vezes, mas tu estás aí, não me abandonaste para lugar nenhum. As mulheres antigas são melhores que as de hoje, que se espantam por um simples açoite"
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Juhhhhh.08 26/08/2023

Esse é um dos livros mais lindos e mais reais que eu já li. A trajetória da Rami, a relação dela com as "rivais" e as reflexões que ela vai fazendo ao longo do livro são realmente de tocar lá no fundo do coração. Eu acho que todas as mulheres do mundo deveriam ler esse livro. Infelizmente essa é a realidade de muitas mulheres pelo mundo e a autora consegue colocar muito bem o que a Rami quer (ser livre e amada) e ao mesmo tempo o que ela pode fazer (suportar as canalhices do Tony). Ao mesmo tempo também vai contando bastante sobre as diferentes culturas que existem em Moçambique e a influência da colonização e como isso tudo se relaciona com a vivência de uma mulher. Além das amantes, com cada uma tendo uma cultura, uma vivência e uma história diferente e como isso ensina ao leitor sobre o que é ser mulher. Esse é um livro super lindo, delicado e ao mesmo tempo forte, sério, eu fiquei apaixonada.
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Tati 20/08/2023

Leitura lenta
Um livro muito bom e rico. A leitura é lenta, com ideias repetidas, mas ainda assim vale a pena demais.
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Duda 20/08/2023

"Mulher é ciclo da natureza. Perfeito. Completo"
Acompanhar a Rami nessa história foi muito comovente, tudo que ela passou foi muito difícil e tanto o Tony que era péssimo, podre, horrível, quanto a sociedade que ela vivia eram um verdadeiro pesadelo, um inferno de verdade. Apesar de tudo, o livro tem passagens muito lindas e passa vários ensinamentos sobre como é difícil ser mulher em qualquer sociedade e em qualquer momento da vida, salvei muitos quotes e gostei como a Rami foi narrando tudo, ela merece um abração. Fui comentando essa história com a minha mãe e ela foi se indignando comigo também kkkkkkkkkkm acontece cada coisa. Gostei do final, foi do jeito que eu queria!

Homens como o Tony não merecem mulheres como a Rami! (e como a Lú, a Ju, ou a Mauá ou ainda a Saly)


"Mulher é ciclo da natureza. Perfeito. Completo. No verão ela é sombra frondosa para repousar o cansaço dos grandes guerreiros. No inverno ela emana, do seu corpo, calor imenso, que cobre a terra inteira. Na primavera, ela é a flor de todas as cores que alegra a natureza. No outono, é a semente que se esconde, anunciando primaveras vindouras. O coração do universo inteiro palpita no ventre de uma mulher. Toda a mulher é terra, que se pisa, que se escava, que se semeia."
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Anna 18/08/2023

Niketche
""Homem é azagaia. Ponta de lança. Homem é uma linha reta sem fim. Homem é uma bala acesa ferindo o espaço na conquista do mundo. As retas unem o céu e o chão até o fim do horizonte. Deixa que o homem seja o fim, porque tu és princípio.
Mulheré linha curva. Curvos são os movimentos do sol e da lua. Curvo é o movimento da colher de pau na panela de barro. Curva é a posição de repouso. Já reparaste que todos os animais se curvam ao dormir? Nós, mulheres, somos um rio de curvas superficiais e profundas em casa palmo do corpo. As curvas mexem as coisas em círculo. Homem e mulher se unem numa só curva no serpentear das caminhos. Curvos são os lábios e o beijos. Curvo é o útero. Ovo. Abóbada celeste. As curvas encerram todos os segredos do mundo.""
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vxsun 15/08/2023

Niketche
Li o livro como um trabalho de escola, mas me surpreendeu e gostei bastante.
O livro trata de assuntos importantes além de ser escrito pela Paulina, a primeira mulher a publicar um livro em Moçambique. Ele nos mostra um pouco sobre a cultura moçambicana e a sua sociedade.
A história é bem interessante com muitas reviravoltas, brigas, união?
É legal a maneira como a Rami, protagonista, evolui durante a trama e também como as suas ações e pensamentos mudam não só sua própria vida mas a de suas amigas também,suas reflexões nos faz também refletir.
O final não foi como eu esperava e ficou meio em aberto.
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Sushizinha 15/08/2023

"Ter é efemeridade, eterna ilusão de possuir o intangível."
Esse livro foi uma grande surpresa para mim. Li somente por estar na lista de obras obrigatórias do vestibular, mas ainda bem que ele estava na coletânea, pois foi uma ótima experiência. Terminei essa leitura apaixonada pela escrita de Paulina Chizae, carregada de poeticidade e emoções embaladas em metáforas. Falando em emoções, esse livro conseguiu despertar os mais conflitantes sentimentos em mim e permaneço em confusão mesmo já tendo terminado a leitura. Uma obra crítica e sentimental, que nos leva a refletir sobre a condição da mulher na sociedade e a sua luta tanto externa quanto interna.

"Danço sobre a vida e a morte. Danço sobre a tristeza e a solidão. Piso para o fundo da terra todos os males que me torturam. A dança liberta a mente das preocupações do momento. A dança é uma prece. Na dança celebro a vida enquanto aguardo a morte. Por que é que não danças?"
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Maria 13/08/2023

Admito que esse não é o tipo de livro que eu gosto de ler normalmente, mas não é um livro ruim. Ao decorrer da história desse lar polígamo as mulheres inicialmente fracas e que vivam a fim de servir o seu marido Tonny passaram a ganhar mais espaço e destaque, elas viraram protagonistas da sua própria vida e passaram a fazer escolhas por si.
Enquanto Tonny se negava a aceitar que sua influência estava terminando e fingia que tudo ia bem, suas mulheres tomaram um novo rumo e no final ele teve o que merecia.
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luisalou 10/08/2023

Livro maravilhoso!
?Niketche. A dança do sol e da lua, dança do vento e da chuva, dança da criação. Uma dança que mexe, que aquece. Que imobiliza o corpo e faz a alma voar. As raparigas aparecem de tangas e missangas. Movem o corpo com arte saudando o despertar de todas as primaveras. Ao primeiro toque do tambor, cada um sorri, celebrando o mistério da vida ao sabor do niketche. Os velhos recordam o amor que passou, a paixão que se viveu e se perdeu.
As mulheres desamadas reencontram no espaço o príncipe encantado com quem cavalgam de mãos dadas no dorso da lua.
Nos jovens desperta a urgência de amar, porque o niketche é sensualidade perfeita, rainha de toda a sensualidade. Quando a dança termina, podem ouvir-se entre os assistentes suspiros de quem desperta de um sonho bom.?
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Rimylles.Silva 04/08/2023

Poligamia em Moçambique
Nesse livro, Paulina Chiziane nos revela a condição da mulher na sociedade moçambicana. É impressionante tudo que elas precisam suportar por causa de tradições culturais, mas Rami não baixa a cabeça e consegue dar a volta por cima e ainda auxiliar as outras quatro esposas do marido Tony.
As metáforas são sensacionais!
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Gigi 03/08/2023

Paulina Chiziane nos encanta com sua escrita
Confesso que me faltam palavras para dizer o quanto "Niketche" mexeu comigo. Definitivamente não se resume a uma obra obrigatória para o vestibular, embora a Unicamp tenha acertado e muito ao divulgar essa narrativa tão bela.
Rami nos mostra que, de fato, ser mulher é praticamente impossível, ainda mais em meio às tradições e cultura de seu povo. No entanto, apesar de todas as dificuldades, essa luta diária nos dá força e um vigor tremendos.
Somos Rami, somos Ju, somos Lu, somos Saly, e também somos Mauá. Nós somos oceanos profundos e infindos, carregando a força das marés.

Obrigada, Paulina, por tamanha obra.
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Alyne 03/08/2023

Inquietante
Rami se vê no espelho e no espelho sou eu!

Uma leitura que precisa de mtas pausas para digerir, tragar, aceitar que o que se lê é o que se passa na vida de todas nós mulheres em tantos aspectos.

A escrita acho prolixa, mas a história é cirúrgica!

Leia.
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luiza 03/08/2023

Li para o vestibular da uel, não era nada do que esperava, me impressionou MUITO. mesmo gostando da narrativa foi um livro difícil de se ler por causa da tão dolorosa história e a condição que essas mulheres foram submetidas.
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