A Utopia

A Utopia Thomas More




Resenhas - Utopia


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Jhoanny Kelly 14/11/2021

Para além dos sonhos, temos a Utopia!
O termo UTOPIA, criado por Thomas More para intitular seu romance filosófico no século XVI, significa, a grosso modo, lugar que não existe na realidade. O livro apresenta uma espécie de ilha-reino imaginária que possui uma estrutura social sem a existência da propriedade privada e livre da intolerância religiosa, onde a razão é o meio que estabelece as condutas sociais e não o autoritarismo do Rei e da Igreja.

O relato de Rafael Hitlodeu, protagonista, nos descreve com detalhes a organização social, política e religiosa dos habitantes da ilha, apresentando também sua cultura e seus costumes. Em Utopia, não há desigualdades no modo de viver. Para se ter uma ideia, as pessoas residem em casas idênticas e vestem-se com roupas também idênticas. A vaidade é desprezada. O bem coletivo é sempre sobreposto ao individual. Não há pobreza nessa sociedade. Graças à divisão do trabalho, todos trabalham somente o necessário para garantir o bem geral. Em seu tempo livre, os utopianos dedicam-se às artes e a leituras edificantes. Não existem tabernas, nem casas de jogos ou de prostituição. Não há vícios. Eles optam por instruir-se e em elevar seu espírito através da meditação e da contemplação da natureza. Acreditam em um Deus e em uma existência além da morte do corpo físico, porém não se obrigam a seguir uma determinada religião.

Apesar de ser uma narrativa ficcional e algo ainda muito distante de ser observado em uma sociedade norteada pelo capitalismo, o enredo nos mostra os reais desejos de Thomas More para a sociedade de sua época. Desejos esses que muitos de nós também temos para os dias atuais. Para concluir a leitura, ele instiga o leitor a ponderar em favor do modo de organização da ilha e nos leva a refletir sobre as diferenças existentes entre as estruturas sociais vigentes em Utopia e as que temos em nossa realidade atual.

Inspirada na República de Platão, a obra versa sobre uma sociedade justa, com um número reduzido de leis e onde as riquezas são igualmente repartidas. A Utopia deve ser lida por todos aqueles que militam em prol de uma sociedade livre das mazelas da injustiça e da desigualdade.
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Fábio Vale 10/12/2020

Chato.
Méritos literários e contexto histórico à parte, o livro é chato. É uma extensa descrição de um país fictício que teria uma sociedade "perfeita". Ainda que, de fato, muitas das coisas elencadas para essa sociedade sejam ainda desejáveis por nós (quase 500 anos e ainda estamos longe de chegar lá), muitas outras são demasiadamente datada ou mesmo absurdas (escravidão, intolerância ao ateísmo, patriarcalismo institucional...).

O livro vale por sua importância histórica, ao ser o (um dos?) primeiro a falar sobre o fim da sociedade privada, abrindo caminho para o desenvolvimento das teorias do comunismo/socialismo, e por ter sido responsável pela cunhagem do termo "utopia".

É chato, mas ao menos não é muito extenso. Está lido.
Fábio Vale 11/12/2020minha estante
*fim da propriedade privada




maria.pic 28/07/2021

resenha de a utopia
Não fez meu estilo de livro mas ainda é um livro maravilhoso que vale mt a pena ler sobre essa "utopia"
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bya 06/07/2020

...
"Em toda a parte onde a propriedade foi um direito individual, onde todas as coisas se medirem pelo dinheiro não poderá jamais organizar em a justiça nem a prosperidade social."
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milton_rocha 16/06/2020

Utopia é diferente do que imaginam
Sempre que ouvimos Utopia pensamos no suprassumo da evolução tanto social quanto política e econômica, mas para que possamos realmente julgar algo como sendo isso devemos saber de onde o termo apareceu.

Na história fica claro que a ilha de Utopia é um paraíso construído através da existência de um Estado autoritário - que se passa como provedor e de decisão suprema, quase que onisciente, talvez uma alusão a um Estado à lá Deus - que consegue tomar decisões de modo melhor que o indivíduo e sabe o melhor modo de gerir social e politicamente.

Entretanto, se o Estado faz isso e possui grandes castas sociais nas quais relega os indivíduos enquanto pessoas para que estes tenham um papel fixo na sociedade e se encontrem com suas almas gêmeas e nunca mais se separem não existe, portanto, a diminuição do indivíduo mais forte possível que se reflete em uma sociedade não livre e dependente completamente de decisões que transcendem a sua decisão? Não é justamente isso que é a ideia de um Deus todo poderoso enquanto entidade que determina da melhor forma o caminho que cada ser humano deve seguir?

Uma leitura recente que me pôs a questionar e completar a minha análise deste livro foi o conto "La Loteria en Babilonia" de Jorge Luis Borges. Não é justamente a aleatoriedade - assim como a apresentada via Loteria - que a vida nos fornece que gera o prazer de existir e simplesmente ser enquanto indivíduo? A necessidade de dominar tudo e tentar entender como todas as coisas se conversam é intrínseca a existência do ser humano e pode dar algum sentido à vida, mas a aleatoriedade e a falta de entendimento do Todo é, justamente, o que faz valer a pena viver.
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Livia 19/04/2020

Livro fascinante! Thomas More expõe as características de um país chamado Utopia, retratando os seus costumes, suas leis, suas religiões, entre outros aspectos. É uma leitura que te faz refletir em diversos momentos. No entanto, como foi escrito em 1546, observa-se um sistema patriarcal e escravocrata. Obviamente não o considero um país ideal, mas certamente é uma ideia encantadora onde a benevolência e empatia imperam. É um livro que quero reler sempre que puder. Vale a leitura e, além disso, aconselho lerem a versão da editora Unb disponível gratuitamente na internet.
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Emanuele 01/08/2020

Boa reflexão
Utopia mesmo... Mas não deixa de ter ideias interessantes, principalmente para um livro escrito no século XVI. Muitas coisas continuam atuais.
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Brenda.Rosa 02/11/2023

Muito bom
Sociedade perfeita?! Utopia ou Distopia?! ?
Você decide! Eu só não me tornaria um Utopiano e viveria na ilha de Utopia por 2 motivos: sou mulher e ateia...

O autor nos leva a uma ilha onde tudo é "ideial", a propriedade é comum, o governo é justo, o trabalho é equitativamente compartilhado, a riqueza é igualmente distribuída, não há fome, dívidas, sem luxo, uma vida simples em que todos vivem em paz e harmonia.

Considerando a época em que foi escrito (1516) e o contexto histórico, apesar da "igualdade de gênero" de Utopia, ainda vemos alguns pensamentos machistas.
E ah, é citado que ateus e céticos que pensam que "o universo é governado não pela providência e sim pelo acaso" é "desprezado por todos como "apático e vadio" não os deixam ocupar cargos públicos e dizem que podem não ser confiáveis em questões morais e políticas.

Queria escrever mais, mas aí vou falar o livro inteiro kkkkkk. Gostei muito, amei o quanto ele me faz refletir sobre a sociedade atualmente, a imaginar como tudo poderia ser, vale a pena acompanhar o autor explicando o funcionamento dessa ilha. A frente do seu tempo ele faz críticas ao regime político DA ÉPOCA mas que poderia muito bem parecer estar criticando à nossa atual.
Pra mim só não foi um leitura tão rápida quanto gostaria devido a sua linguagem rebuscada e muitas frases e palavras à mim desconhecidas, por sorte temos o Kindle já com dicionário pra facilitar ?
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Patricia 02/08/2020

Utopia
Já estudei muito sobre este livro mas nunca tinha lido na íntegra. Acredito que todos deveriam fazer isto, uma vez na vida. O "lugar que não existe" de Moore, que teoricamente deveria ser a sociedade perfeita, está longe de assumir esse posto. Em um lugar onde o dinheiro não existe, todos pensam no bem coletivo e repudiam o luxo e a futilidade. Dão valor ao trabalho, embora trabalhem apenas 6 horas por dia, e se ocupam de profissões "clássicas", inclusive trabalham na agricultura por dois anos de suas vidas, obrigatoriamente.
É uma ideia muito boa na teoria, um lugar onde todos são iguais e não aspiram a serem "melhores" uns que os outros. Há paz e diversas religiões são aceitas sem preconceitos (menos o ateísmo, porque duvidar de Deus significaria que você não temeria a punição divina de suas escolhas então você não seguiria as regras da sociedade - o que não faz sentido, afinal, devo ser temente a um Deus para ser bom? Isso não invalida os atos bons, se os faço por medo de represália e não por vontade própria?)
Todos vivem para o trabalho e o bem estar da sociedade.
Mas.
Está longe de ser uma ideia que funciona. Acreditar que o ser humano é evoluído o suficiente para se contentar em repetir padrões de suas famílias e servir à pátria sem se preocupar com o individualismo é irreal. Tanto em 1515 quanto hoje em dia. Vários sistemas tentaram implementar alguns de seus fundamentos mas sem sucesso absoluto.
Todas as críticas à sociedade da época são pertinentes e muitas ainda se aplicam aos dias atuais mas ainda há vários pontos problemáticos na "sociedade perfeita". As mulheres devem se confessar aos maridos uma vez por mês e saberem que eles são os "chefes de família" e autoridades? E o papel da mulher nessa sociedade era considerado avançado? Todos se vestem iguais e são obrigados a mudar de casas a cada dez anos, não há propriedade, quase ninguém come em suas casas mas sim em refeitórios, onde todos comem o mesmo. Pregam a paz e a vida em sociedade mas a escravidão é praticada.
Parece até um mundo distópico a lá Hunger Games, onde qualquer individualidade é considerada ruim.
É um livro essencial e que abre muitos debates. Não é o local maravilhoso que o personagem Rafael fala com tanto orgulho, há muito a ser melhorado, mas é uma bela crítica à Inglaterra do Século XVI, tanto que só foi publicado lá mais de 15 anos após a morte do autor.
Essencial, necessário, cansativo, denso, típico à época.
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Evelyn 09/02/2024

Li pra escrever meu tcc
Um livro muito interessante pra entender o conceito de ?utopia?. A primeira parte do livro é bem maçante, mas a segunda onde é descrito a ilha de utopia é bem interessante. Tem muita coisa revolucionária pra época, e obviamente muita coisa que já perdeu o prazo de validade nos tempos atuais. Ainda assim, vale a pena a leitura, as críticas às grandes nações são extremamente e assustadoramente atuais.
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Aisha 07/05/2023

Esse livro é um clássico e deve ser considerado mais como um objeto de estudo, então vou avaliá-lo dessa forma, é uma leitura bem atemporal, já que possui diversas críticas a uma república que vivemos nos dias atuais e mostra o desejo de república para More naquele contexto.
contextualizando, o livro mostra no geral uma ilha chamada Utopia e o autor fala sobre a república desse local, é extremamente interessante a sociedade apresentada como "perfeita, justa e igualitária", mas claro que levando em consideração a época (séc.16) há diversos fatos conservadores, entretanto também há diversos fatos bem inteligentes e atuais e por isso essa obra é bastante utilizada em redações (uma dica!).
a obra diz muito sobre o momento em que ela foi escrita, o humanismo e as críticas aos governos absolutistas é perceptível, aos adoradores de filosofia/sociologia, essa obra também vai chamar muita atenção, ele cita várias ideias de pensadores como platão, já que é uma das suas fontes de inspiração .
por fim, acho que vale a pena essa leitura, e minha opinião é que obviamente não é a república perfeita, só é uma república super obediente onde a individualidade não existe praticamente e que no final das contas não daria certo, infelizmente acho improvável que os homens se comportem dessa forma, já que o orgulho, a ambição e o egoísmo são da natureza dos homens, por outro lado, concordo muito com as críticas ao sistema e o modo em que eles se comportam em relação a sociedade, ou seja, toda crítica ao capitalismo é válida, já que ele é a principal causa do porque esse tipo de república apresentada não seria possível.
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silbreiemo 17/07/2022

Filosofia política
Genial! Extremamente a frente do seu tempo. Um livro de filosofia política com uma ficção embalada, mas extremamente denso em suas reflexões e argumentos levantados. Apesar de ser do século XVI é absurdamente atual em muitos níveis, o que é bizarro e triste. Me arrependi de ter demorado tanto pra ler e de ter comprado essa edição (bem ruim!). Vale muito!
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Amanda 23/05/2021

4 estrelas
Thomas More certamente bebeu das águas da Idade Antiga, fonte de Platão, para escrever sobre sua sociedade ideal no século XVI.

Platão também pregou a existência de uma sociedade ideal, governada por reis-filósofos, basicamente, através de um governo autoritário, extremamente controlador, traçando uma análise criteriosa de cada ponto da sociedade, estabelecendo rígidas leis e formas de conduta.

More, por sua vez, idealiza uma república e apresenta sua sociedade ideal (utópica), discutindo, tópico a tópico, vários pontos relevantes à constituição de uma sociedade, analisando, entre outros, além do aspecto religioso, temas como o bem comum, a divisão do trabalho e a propriedade privada (ou, no caso, a ausência dela).

O autor demonstra como seria aplicável uma sociedade sem propriedade privada e sem intolerância religiosa, na qual a razão é o critério para estabelecer condutas sociais e não o autoritarismo do Rei ou da Igreja (em sua época representados por Henrique VIII, chefe de Estado e da Igreja Anglicana inglesa)

Além disto, trabalha a divisão dos bens entre todos, ao invés da concentração das riquezas, por acredite que isso garantiria a abundância.

Ainda, quanto à divisão do trabalho, aponta que todos deveriam trabalhar apenas o necessário para garantir o bem geral.
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Geovana 17/04/2022

Demorei para terminar, mas no fim eu gostei
O livro é muito bom e tem vários ensinamentos deixados para o leitor, a fim de mostrar as verdadeiras riquezas da vida e o que realmente deveria importar para cada um de nós. A única coisa que penso que poderia ser diferente é o desenrolar dos capítulos mais extensos, suas descrições da vida em Utopia acabam deixando a leitura muito exaustiva, mas tirando isso, o livro é perfeito!
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