A Utopia

A Utopia Thomas More




Resenhas - Utopia


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Kamilla 02/06/2022

Tem um pouco de distopia nessa utopia
Finalmente li o livro que deu origem a ideia de uma sociedade perfeita vivendo sobre a terra. Pela descrição das normas e dos valores da ilha consegui ver que Thomas More era um homem com uma missão. O livro é um ataque aos privilégios e ao ócio da nobreza da época, a corrupção do clero e a toda a burocracia que era praticada na corte real.

O autor então combate esses males da sua época idealizando uma sociedade igualitária, não contaminada por ideias de nobreza, realeza, acumulo de capital e classes sociais.

Mas o que eu pude enxergar é uma sociedade extremamente engessada, com pouco espaço para o desenvolvimento da individualidade e das diferenças, que são a característica mais prevalente da raça humana. Mesmo em uma comunidade fechada, que compartilhe os mesmos hábitos e costumes, pessoas ainda terão ideias e projetos diferentes, vão querer se dedicar a coisas diferentes e vão alcançar resultados diferentes.

A ilha não precisaria ter uma população extremamente pacífica, e sim uma população extremamente obediente. A sociedade idealizada por More não abre muito espaço para mobilidade e independência, e segue regras de hierarquia rígidas e pouco práticas. A interferência do estado utópico na fida familiar chega a ser bizarra e o nível de doutrinação na formação do cidadão utópico é sufocante.

Sem contar que a ilha também estabelece comportamentos problemáticos, como loby político, colonialismo, guerras e escravidão. Sem contar o machismo - mas eu já esperava isso pela época em que o livro foi escrito.

Foi bom me familiarizar com um clássico tão famoso, mas a ilha de Utopia definitivamente não é o lugar onde eu gostaria de morar.
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DeniseSC 24/05/2020

A sociedade perfeita... Ou não
Ótimo para pensar os erros na sociedade, que em 1500 já estavam presentes na vida das pessoas.
Mas ao meu ver a sociedade não é tão perfeita assim, para os padrões medievais talvez... Mas hoje nem tanto
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Kenyafdn 08/05/2021

Clássico que dá nome ao estilo narrativo.
Como introdução a esta resenha, torno minhas as últimas palavras deste livro:

?... se de um lado não posso concordar com tudo o que disse este homem, aliás incontestavelmente muito sábio e muito hábil nos negócios humanos, de outro lado confesso sem dificuldade que há entre os utopianos uma quantidade de coisas que eu aspiro ver estabelecidas em nossas cidades. Aspiro, mais do que espero.?

Repito: ?ASPIRO, mais do que ESPERO?. Porque sabemos que já tentaram. E o que deveria ser o Socialismo Utópico, se transformou no Comunismo, matando milhões de fome e degradação em campos de trabalhos forçados nos chamados ?Gulags?.

Para finalizar, no papel, o ideal é lindo, porém na prática é preciso levar em consideração o fator primordial chamado: ?homem?, egoísta por natureza que abandona qualquer ideal quando vislumbra o poder de decidir o destino de outros, e suas mãos. De certo, que o sistema capitalista vigente de hoje, por exemplo, tem suas falhas, assim como todos os outros por qual a humanidade já passou, porém não acho que já existiu ou existirá um como em Utopiar, pois sempre haverá o orgulho e a vaidade de algumas frutas podres (Hitler, Stálin, Trump [rsrs] etc.) para corrompê-lo.
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Lucas 19/04/2021

Uma sociedade ideal
Trata-se de uma elaboração de uma sociedade ideal, muito provavelmente inspirada nas filosofias clássicas, juntamente com o resultado das navegações que resultaram no achamento da américa por parte dos europeus.

Se tivéssemos uma pequena porção do que os habitantes dessa ilha possui, certamente faríamos um mundo melhor, com menos egoísmos e menor desigualdade entre os seres humanos.
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Maiara 13/04/2021

Admirável
Só não dou 5 estrelas pois há certo machismo enraizado na sociedade de Utopia. Ademais, todas as outras "soluções" propostas na obra me parecem razoáveis para serem aplicadas em qualquer sociedade do globo. Thomas Morus foi bem assertivo no cerne problemático de nossas sociedades capitalistas. A surpresa é ele ter escrito Utopia há mais de 400 anos.
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Paula.Mello 05/05/2020

Utopia
Uma fábula de um mundo perfeito e imaginável aonde todos os seres são iguais !
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Dani 22/07/2021

A utopia é relativa para tempo e sociedade.
Certamente quando eu pensava na palavra utopia, de uma sociedade ideal, não pensava em um lugar com escravidão, machismo, e muito menos um lugar que consegue viver isolado no próprio mundinho praticamente ignorando os problemas externos e só intervindo em casos de guerra, a qual fazem uso pra ganhar poder sobre as outras nações fora de Utopia. Também me incomodei muito com a falta de relações, familiares, de ofício. Nada em utopia considera os sentimentos das pessoas, a sociedade funciona de maneira prática, tirando toda a individualidade e esperando comportamento robótico dos cidadãos, sem criar laços afetivos pois podem ser remanejados de acordo com a necessidade geral.

É um livro de leitura necessária pra refletirmos o começo dos ideais socialistas e que o dinheiro só tem o valor fictício que colocamos nele, mas o que mais me chamou atenção foi o quão medieval e distópico a utopia me pareceu, obviamente que devido ao período que foi escrito muitas coisas ?ideais? na época mudariam, mas pra mim foi realmente um balde de água fria.

Enfim não é um livro ?legal? de ler de forma alguma, porem é muito importante pra refletir que a Utopia é inatingível pois pra cada período e cada conjunto de valores tomado, ela muda. É impossível uma sociedade funcional agradar a todos sem impor preceitos de uma forma que os impeça de questiona-los.
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Magda14 18/04/2020

Olha, apesar de pequeno, pense num livro complicado de ler! Não por conta da linguagem, que mesmo conservando alguns arcaísmos, consegue passar a mensagem. O que me incomodou na obra é que, justamente por conta desses arcaísmos, a leitura foi um pouco enfadonha. Várias vezes eu tive que me concentrar para não cair no sono, mesmo quando lia de dia. Por conta disso, levei muito mais tempo para terminar de ler uma quantidade de páginas que, normalmente, leria em um dia.
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Ray 06/11/2022

Gosto do jeito de pensar dos utopianos.. é o que deveria ser óbvio mas acabou sendo subvertido pela sociedade atual.
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Marcus Klinger 02/08/2020

interessante
o livro precisa ser lido com os olhos para o século dezesseis, visto que muitas concepções e preconceitos foram quebrados nesses mais de quinhentos anos que a obra original foi escrita
apesar de trazer aspectos que já não condizem mais com a realidade e se contradizer em alguma pontos (o que particularmente me incomodou muito), o livro traz reflexões muito importantes acerca de temas como: sociedade, justiça, felicidade e morte; por conta disso, vale a pena deixar de lado os poucos momentos em que o livro decepciona para aproveitar de uma boa leitura e grandes reflexões
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Gustavo.Martins 20/07/2021

Vermelho
Me repetindo aqui. Utopia é de fato uma versão utópica de si mesmo, é um vetor dos valores comunistas antes da versão prática e menos feliz da união soviética ou atual China. É interessante ver como a comunidade e o ser humano são valorizados.
O livro é uma descrição dessa ilha ideal, seu governo, costumes e crenças, não tem uma narrativa em si, um acontecimento ou uma ação que vai se desenrolando... não me incomodei com isso, mas vale a pena avisar.
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Ale 20/02/2022

Resenha Utopia
Uma das minhas leituras de fevereiro e é leitura coletiva com o pessoal do Lendo Clássicos. Que livro sensacional, acho que todo jurista deveria ler...

O livro foi escrito em 1516, as transformações sociais, econômicas "bombando", então devemos imaginar esse contexto, a época em que foi escrito para entender melhor essa história, embora seja um livro com poucas páginas, não é uma leitura fácil...Desagradável em alguns momentos, com certeza surgirão várias reflexões...

Esta claro (pelo menos para mim) que o livro é uma critica ao regime politico da época (mas, podemos encarar como uma critica ao nosso sistema também)

Na história vamos ter um dialogo entre Rafael e outro personagem onde irão travar discussões calorosas sobre religião, pena de morte, politica, riqueza, pobreza...

Rafael foi ou é (não me lembro agora), morador de uma cidade chamada Utopia onde o senso de justiça prevalece...

Lá todos vestem-se iguais, comem a mesma comida, não existe dinheiro mas sim um mercadão onde tem de tudo e você pode pegar o que for necessários, só não pode ter desperdício...

Cada capitulo do livro Rafael fala sobre um determinado núcleo da cidade...

"Um governante que vive solitariamente no luxo e nos prazeres, enquanto à sua volta todos vivem em meio ao sofrimento e lamentações, estará atuando antes como carcereiro do que como um rei. Tal como um médico incapaz, que não sabe tratar de um mal senão por um mal maior, o soberano que só sabe governar seus súditos privando-os de todas as comodidades da existência, reconhece abertamente que é incapaz de comandar homens livres..."
Utópico???

E você Tá Lendo?

site: https://blogtalendo.blogspot.com
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Paty 18/11/2013

O que realmente pretendia More, ao escrever esta obra?
Ninguém sabe, não sabemos se é uma sátira, ou se é realmente, um desejo de sua parte, em transformar a sociedade daquela época de pré-capitalista para comunista.

Utopia não é apenas uma crítica despretensiosa mas, quando se considera a firmeza do autor na fé, tem-se a impressão contrária, de que ele realmente acreditava em uma reforma social cristã.

More não era apenas um bom escritor como um bom "ideologista" e político.
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Joao.Magalhaes 21/04/2020

O ideal imperfeito
Livro difícil de se ler, pois boa parte é um monólogo.

A obra representa um marco, principalmente para as doutrinas socialistas. É um diálogo entre alguns personagens, mas a partir do primeiro terço do livro, se transforma num monólogo de Rafael, o teorizador da Utopia.

Alguns trechos retirados do livro:
"A riqueza e a liberdade conduzem à insubordinação e ao desprezo da autoridade; o homem livre e rico suporta com impaciência um governo injusto e despótico."

"Aprendei a dizer a verdade com propriedade e a propósito; e, se vossos esforços não puderem servir para efetuar o bem, que sirvam ao menos para diminuir a intensidade do mal; porque, tudo só será bom e perfeito, quando os próprios homens forem bons e perfeitos; e até lá, os séculos passarão."

"Eis o que invencivelmente me persuade que o único meio de distribuir os bens com igualdade e justiça, e de fazer a felicidade do gênero, é a abolição da propriedade. Enquanto o direito de propriedade for o fundamento do edifício social, a esse mais numerosa e mais estimável não terá por quinhão senão miséria, tormentos e desesperos."

"Porque o que acrescentais ao haver de um indivíduo tirais ao de seu vizinho."

"Entre os regulamentos do senado, o seguinte merece ser assinalado. Quando uma proposta é feita, é proibido discuti-la no mesmo dia; a discussão é transferida à sessão seguinte.
Dessa maneira ninguém fica exposto a desembuchar levianamente as primeiras coisas que lhe passem pela cabeça, e a defender, em seguida, a sua opinião antes do que o bem geral;"

"As roupas têm a mesma forma para todos os habitantes da ilha..."

"Mas, dizem, a fortuna pode traí-lo e a lei (que tanto quanto a sorte precipita frequentemente o homem do pináculo ao lodo) pode arrancar-lhe o dinheiro, fazendo-o passar às mãos do mais ignóbil de seus lacaios. Então, este mesmo rico se sentirá feliz em passar também, na companhia de seu dinheiro, a serviço de seu antigo criado."

Sobre eutanásia: "os que se deixam persuadir [pelo discurso de um sacerdote] põem fim a seus dias pela abstinência voluntária ou são adormecidos por meio de um narcótico mortal, e morrem sem se aperceber..."

"Os maridos castigam suas mulheres; os pais, seus filhos; a menos que a gravidade do delito exija uma reparação pública."

"As leis são em muito pequeno número e não obstante bastam às instituições. O que os utopianos desaprovam especialmente nos outros povos é a quantidade infinita de volumes, leis e comentários, que, apesar não são suficientes para garantir a ordem pública. Consideram como injustiça suprema enlear os homens numa infinidade de leis, tão numerosas que se torna impossível conhecê-las todas, ou tão obscuras que é impossível compreendê-las."

"Os utopianos pensam que é preferível que cada um defenda sua causa e confie diretamente ao juiz o que teria a dizer a um advogado. Desta maneira há menos ambiguidade e rodeio e a verdade se descobre mais facilmente. As partes expõem seu negócio simplesmente, pois não há advogados para ensinar-lhes as mil artimanhas da chicana.
O juiz examina e pesa as razões de cada um com bom senso e boa fé; defende a ingenuidade do homem simples contra as calúnias do velhaco."

Mesmo sendo uma "Utopia", não deixa de ser uma sociedade com muitas falhas descritas pelo próprio autor, quando analisadas hoje. Apesar das inúmeras falhas, a sociedade descrita no livro não seria impossível, mas somente numa ilha, tal como é apresentada, isolada do resto do mundo. Outro ponto não abordado é a figura do príncipe, que segue existindo na Utopia. Não haveria nenhum conflito pelo poder?

Enfim, são muitas questões que dificilmente podem ser respondidas por se tratar de um mundo ideal, muito longe da realidade, mas que, acredito eu, poderia ser simulado em pequenas experiências, em ambiente controlado, e com algum investimento inicial.
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