Otelo

Otelo William Shakespeare




Resenhas - Otelo


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Daniel 06/03/2018

Um clássico (tristemente) atual
A trama conta a trágica história de Otelo, um nobre mouro (termo pelo qual os cristãos da Idade Média chamavam os muçulmanos donorte da África) e sua bela esposa Desdemona, filha de um senador veneziano.

Por ser uma obra de Shakespeare, Otelo é aberta à diversas interpretações. A crítica contemporânea destaca o papel social da obra, como o embate entre Otelo e a nobreza veneziana, que o despreza por sua raça mas o admite em seu meio por necessitar de suas habilidades militares, e o feminicidio de Desdemona, retrato fiel da situação de submissão a que eram subordinadas as mulheres naquela época.
Otelo é ainda uma das primeiras obras a retratar o racismo, que é inclusive um dos fatores que levam à tragédia final. É o sentimento de inferioridade de Otelo, pelo fato de ser negro, que faz com que ele desconfie da fidelidade de Desdemona, por acreditar que ela poderia querer troca - lo por alguém mais jovem e mais bonito.

Iago, de longe uma das personagens mais desprezíveis da história do teatro, é quem conduz todas as intrigas da peça. Ambicioso, falso e individualista, odeia Otelo e não admite de ter de se subordinar a um general negro, fazendo de tudo para derrubá - lo, inclusive levando - o a acreditar numa falsa traição por parte de Desdemona, fato que leva a consequências trágicas.

Otelo tornou - se o arquétipo do homem possessivo, machista e ciumento, incapaz de enxergar a realidade além de suas frágeis convicções. A construção psicológica da personagem, tal como em Hamlet e Macbeth, demonstra a habilidade de Shakespeare para criar personagens intensos, com diversas camadas, que se aprofundam ao longo do desenlace da trama.
Apesar de não ser uma tradução perfeita (a tradutora omitiu os versos originais e preferiu transcreve-los em prosa) é possível sentir ainda todo o vigor da retórica shakespeariana, com seus diálogos memoráveis e monólogos de forte intensidade subjetiva.
Super recomendo!
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Darllan.Senna 27/06/2018

Arrebatador!
Existem horas em que informações objetivas sobre determinado objeto acabam por destruir toda a mensagem. Se tratando de Shakespeare, a subjetividade deve ser a régua mais precisa para esta crítica. Embora não tenha lido exatamente esta versão de uma coisa asseguro, este livro é genial. Esta obra conversa com o público ao revelar em cada personagem um traço da natureza humana. Da coragem e do ímpeto exclusivamente emocional de Otelo, da pureza e inocência de Desdémona , e sobretudo da genialidade maquiavélica de Iago. Todos esses personagens perfuram nossa alma e mostram que de alguma a linguagem da alma humana é universal e atemporal. Somos o duelo entre a razão e a loucura, a honestidade e a inveja, a confiança e o ciúme. Em todas as circunstâncias quem nos governa? O que nos governa? Somos donos de nós mesmos ou reféns das circunstâncias e de nossos instintos?
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mille 07/05/2021

Gostei
Foi muito interessante ver como o que é "amor" se transforma em um ódio por um ciúme gerado do nada, simples invenções, meros detalhes viram uma prova concreta de que a traição ocorreu.
O ponto do livro que mais me chamou atenção foi como Otelo pôde acreditar facilmente em Iago, assim como todos os outros que foram por ele enganados, e nem sequer ter levado em consideração a opinião de outras pessoas. Quando consideramos o que acreditamos verdade, não interessa a opinião de ninguém, mesmo que esteja correta.
No fim é uma tragédia só, como sempre, mas gostei.
Pra deixar registrado que a minha personagem preferida foi a Emília.
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Maria Luise | @bookhead_ 05/01/2019

Muito mais do que só uma traição!
Otelo, um coronel de Veneza apaixona-se por Desdêmona, uma aristocrata luisiana e acabam se casando escondidos. Após resolverem tudo com o pai da moça, o casal têm a falsa esperança de que nada mais o separariam.

Porém, Iago com raiva de Otelo, por não ter sido promovido à tenente, e inveja de Cássio por ter sido o escolhido, resolve planejar sua vingança. À partir disso, Iago começa a plantar ideias na cabeça de Otelo, dizendo que este estava sendo traído por seu amigo.

Com um jeito manipulador, despreocupado e, às vezes, cômico de falar, Iago consegue fazer com que o coronel acredite em sua mentira. Além disso, Otelo que era negro, imigrante e com um complexo de inferioridade aguçado acaba achando que Desdêmona amaria Cássio justamente por sua cor e inteligência. ??
?????????
Um ponto a se observar é que os valores culturais entre Otelo e os outros são diferentes, levando esse a não acreditar que pudesse ser mentira ou que um homem inventaria tal estória, além de ser considerado um bruto perto de seus companheiros.

É interessante perceber que em várias passagens Otelo e Iago possuem conversas em forma de espelho, no estilo do método socrático, onde Iago reforça ainda mais as dúvidas e incertezas do outro.

Essa peça é muito mais do que apenas traição, mas abrange também as incertezas que carregamos dentro de nós e que tentamos supri-las nos outros. Uma curiosidade- que já é conhecida por muitos- é que há uma intertextualidade entre Otelo e Dom Casmurro, e vale a pena prestar atenção na leitura desses dois clássicos!

Amei essa peça e todos os personagens que Shakespeare criou, principalmente Iago, que até agora foi meu vilão preferido!
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Bruno 02/06/2021

Li por recomendação de Dom Casmurro
Minha intenção era ler Dom Casmurro, porém, tão logo iniciei a leitura do prefácio, deparei-me com várias alusões à obra de Shakespeare. À semelhança de suas outras obras, trata de diversos temas universais, como a virtude e os vícios, sempre de uma forma muito bela e dramática. O cerne da peça, no entanto, parece ser o ciúme, que entremeia grande parte de seus eventos decisivos e é retratado como o sentimento perverso e crudelíssimo que realmente é.
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Giovana.Pazzetti 15/06/2022

Primeiro livro que li de Shakespeare
Otelo é um texto teatral interessante, por tratar de um casamento inter-racial em uma sociedade extremamente racista e ser um bom texto para analisar muitas questões psicológicas (é como se o livro falasse o quanto um homem honesto consegue se tornar alguém completamente amargurado por conta de um sentimento, que no fim, não tem causa concreta, é construído, em tão pouco tempo).

Conseguimos ver um Otelo, ao longo da narrativa, completamente diferente do início do texto. No ato III, principalmente, sedento por provas e completamente cego (no sentido figurado da palavra), Otelo aceitou qualquer tipo de prova que comprovasse uma possível traição, até mesmo que apenas falada por Iago, nada concreto, sem pensar em nada, apenas com raiva, de uma construção que foi feita única e exclusivamente em sua cabeça (apenas com o empurrãozinho de Iago, que aliás, era incrível na manipulação, ficava besta de ver).

"Mas os ciumentos não atendem a isso; não precisam de causa para o ciúme: têm ciúme, nada mais. O ciúme é monstro que se gera em si mesmo e de si nasce."

Uma frase de Emilia para Desdêmona que reflete muito a ideia de que o ciúme nasce na pessoa, ele não tem causa. Justamente porque, na situação, Otelo não tinha nenhuma prova concreta, ele apenas admitiu algo que fazia sentido para ele e fez com que isso se tornasse uma verdade absoluta, em uma situação onde, qualquer outra coisa que aconteça fora do esperado, alimentará ainda mais esse sentimento, que nasceu nele e na cabeça dele.

??SPOILER??

Mano, a morte da Desdêmona??? MEU DEUS??? O Otelo literalmente matou ela porque criou uma construção na cabeça dele e acreditava fielmente ser verdade, tanto que ele tava aceitando provas ridículas como verdadeiras, e simplesmente matou?? Tão fácil assim?? Em choque até agora com o que a mente humana é capaz de fazer, sinceramente

Avisando que li para a escola, só estou fazendo essa resenha para o skoob contar como livro lido no desafio (dei essa nota mais pela linguagem bem arrastada, mas a construção é interessante)
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Ana 29/07/2022

Otello
Um livro perfeitamente escrito, sendo capaz de te cativar desde a primeira cena até a frase final. Shakespeare conseguiu trazer a importância de valores como a confiança, sobretudo no matrimônio, e as consequências de sua carência, fator que desencadeou no ocorrido ao final do livro: uma sequência de ações inesperadas do personagem principal, o Otello, tanto para os leitores como para os próprios participantes da história. Definitivamente irá entrar para os meus favoritos!!
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Miris 15/04/2019

Desconcertante
Shakespeare narra de forma teatral a história do mouro Otelo com sua Desdêmona. Uma história de amor e ciúmes, de jogos e trapaças ( do lado de Iago) e é claro da trágico fim do casal. Chego a conclusão que o ciúmes cego e exagerado mata a alma e a consciência de qualquer um que prove um pouco que só, de tal sentimento.
nandoescreve 16/04/2019minha estante
Foi a primeira vez que li Shakespeare na vida. Estou extremamente encantado!




Tatiane 05/09/2021

De leitura rápida, essa adaptação, embora tenha ilustrações belíssimas, conta-nos a história resumidamente, sem nenhum traço do gênero textual Teatro. Nesse sentido, considero a proposta muito aquém do que poderia ser.
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Janaina Bessoni 13/01/2020

Otelotolo
Formei a idéia, antes de ler a peça, de que Otelo era um homem paranoico criando ilusões sobre a infidelidade de sua esposa. Na verdade é um homem que se deixa envenenar pela intriga de um ?amigo? sem questionar. Iago, que pra mim é o principal personagem da história, tece a teia e Otelo cai fácil demais. Gostei da personagem Emilia, esposa de Iago. Uma amiga fiel, apesar de ter sido usada pelo marido.Lamentável uma história escrita por volta de 1603 ser ainda tão atual.
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Marcos 17/09/2021

Qual sentimento humano te domina?
Creio que essa obra debate os pecados capitais através da inveja e ganância de Iago, o orgulho e ira de Otelo, a luxúria ou falsa luxúria de Desdêmona, a gula de Cássio e vai além. A preguiça, talvez, poderia ser associada aos próprios personagens que se tornaram vítimas de Iago ao terceirizar para ele ações que poderiam ser feitos por eles mesmos e que os vitimou ao bel-prazer desse vilão. Mas, claro, o foco não são os sete pecados mas, assim como os sete, a discussão sobre as fraquezas humanas. Iago é vítima de seu próprio ciúme e desejo de vingança e, fazendo uso destes, envenena Otelo contra Cássio e Desdêmona. Além de trazer esses pontos, ainda tece reflexões sobre o ciúme, a castidade, a mentira, a honra, etc. É simplesmente singular e único como essa obra trás tanto a se pensar em tão poucas páginas. Shakespeare é único!
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Yasu 11/12/2022

As mentiras perturbam a mente
"Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo."
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Tarci 08/03/2020

Perfeito
trata-se de um livro muito realista, e nele tiramos a conclusão de que não se pode confiar tanto nas pessoas. Mais uma obra impecável da dramaturgia de Shakespeare
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Veh 06/04/2020

OTELO É NEGRO
Uma adaptação de um clássico de Shakespeare, "Otelo" gira em torno da vingança de Iago, que ao não ser escolhido para ser tenente pelo coronel Otelo, planeja uma vingança contra este, sua esposa Desdêmona e Cássio, o escolhido. Não sei se essa adaptação se difere muito da obra original, mas é muito bem feita e direta. E fiquei surpresa ao saber que Otelo é NEGRO. Parabéns Shakespeare pela representatividade.
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João Lucas 27/04/2020

Otelo é uma obra foda. Shakespeare misturou preconceito com vingança, ciúme e assassinato e nos entregou uma história repleta de reviravoltas. E digo mais: Iago é um dos maiores vilões da história da literatura.
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