A montanha mágica

A montanha mágica Thomas Mann




Resenhas - A Montanha Mágica


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Daniel 18/09/2022

Não é bravata.
Eu achava que era bravateiro o indivíduo que com muito brio enchia a boca pra ostentar a leitura desse livro. Me enganei feio. Ele é sensacional. Daqueles que não esquecemos os personagens ou os conflitos. Tenho que ser honesto e assumir que tive de insistir na leitura, pois lá pelas tantas "aquela uma" também me partiu o coração; mas a superação valeu a pena e terminei esse primor de livro.
E ainda teve um bônus: finalmente perdi o medo de calhamaços!
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GilbertoOrtegaJr 25/10/2015

A montanha mágica – Thomas Mann
Eu, normalmente, não costumo ler muitos livros clássicos, mas estou tentando ler mais livros deste estilo para melhorar minha formação como leitor. Em geral as pessoas acreditam que livros clássicos são sempre muito densos, com muitas páginas e escritos há muitos anos. Todos estes critérios são atendidos pelo livro A montanha mágica, mas, mesmo assim, o livro não é chato de forma alguma, pelo contrário é muitíssimo interessante, seja como obra de arte seja como diversão.

O livro conta a história do jovem alemão Hans Castorp que vai visitar seu primo Joachim, este por sua vez está em um sanatório localizado no topo de uma montanha da Suíça. Na visita Hans Castorp pretendia ficar por apenas três semanas, mas de alguma forma ele passa a ficar lá por tempo indefinido. Ressaltarei abaixo alguns aspectos que achei interessante neste livro;

A montanha: localizada na Suíça preferi aqui falar sobre a montanha do que do sanatório, pois é ela que cria todo o tom que dominará as primeiras páginas do livro e mostrará o estranhamento que Hans Castorp teve nos seus primeiros momento no sanatório. Ali no topo desta montanha existe um modo de vida, social e cultural, totalmente diferente das quais as outras pessoas estão acostumadas, passando por um clima único e outras peculiaridades.

A magia: O termo magia aqui foi usado por mim como um eufemismo para um dos elementos presente neste livro, que é um constante tom de irrealidade que domina a obra desde quando se fala na contagem do tempo nesta montanha, ou, por exemplo, no momento em que Hans Castorp participa de uma sessão espírita, e até mesmo quando ele se deleita com o novo toca discos.

O humor: Justamente para que tudo o que ali não seja levado demasiadamente a sério é que o jovem Castorp passa a ter um senso de humor incomum, para que consiga encarar momentos como uma paciente que produz sons com seu pulmão após uma operação, ou um tipo de competição interna de quem está com mais febre entre outros, sem deixar nunca de avaliar as coisas com uma veia humorística muito elegante.

O choque de mentalidades: Para muitas pessoas os constantes diálogos filosóficos (ou o termo mais adequado seria debates?) protagonizados por Naphta, que é conservador, veio de uma família judaica, mas acaba não tendo chance de subir na carreira na igreja por ter uma saúde frágil, é isso um dos motivos que fazem com que ele seja profundamente revoltado, a favor de conflitos e radical. Setembrini ao contrário é profundamente humanista, e por isso tem grande otimismo é muito mais pacífico. Para muitos eles podem serem vistos como os valores que entram em choque na primeira guerra mundial de um lado a democracia, o moderno e progresso, do outro o totalitarismo, a tradição. É destes mesmos embates que eu menos gostei na trama, uma vez que nem o próprio Hans Castorp e seu primo Joachim encaram estes discursos com grande seriedade.

A doença: Outro tema forte na trama é a doença, mais especificamente a tuberculose que era um mal muito comum naquela época, sendo inclusive um tipo de troféu por alguns artistas mais românticos, e durante muitos anos sem ter uma cura ou tratamento que acabasse com ela de forma certeira.

Além de tudo isso Hans Castorp ainda acaba se apaixonando pela personagem Clavdia Chauchat, que senta na messa dos russos distintos, mas esta paixão demora a evoluir para o campo das ações, chegando ao cúmulo de na primeira metade do livro não tem nem cinco momentos em que eles se falam diretamente. Porém isso acaba mudando quando após deixar o sanatório ela retorna para ele após alguns meses junto a seu marido Peperrkorn. E este trio formara um dos grupos mais interessantes do livro, assim como é a relação de Hans com seu primo.

É por esta infinidade de temas, e pela escrita elegante do autor que recomendo muito aos interessados que não percam tempo e escalem está montanha, o que se pode ver no seu topo é mágico e inigualável sendo com razão um dos livros mais importantes da literatura mundial.

É por esta infinidade de temas, e pela escrita elegante do autor que recomendo muito aos interessados que não percam tempo e escalem está montanha, o que se pode ver no seu topo é mágico e inigualável sendo com razão um dos livros mais importantes da literatura mundial.

site: https://lerateaexaustao.wordpress.com/2015/10/26/a-montanha-magica-thomas-mann/
Ladyce 26/10/2015minha estante
Adorei a sua resenha. Deixei uma notinha lá no blog. Cada vez melhor, cada vez mais sofisticado no pensar. Parabéns.


Renata CCS 27/10/2015minha estante
Cativante a sua resenha! Gostei muito.


Leonardo 13/11/2015minha estante
Sua resenha consegue ser leve e ter conteúdo ao mesmo tempo. Essas são qualidades difíceis em um texto longo, onde prolixidade é a tendência. Parabéns!


Juliana 05/10/2016minha estante
Bela resenha!




Shirley.Peixe 24/08/2021

É realmente uma grande escalada...
É um livro riquíssimo, propositalmente maçante (em vários momentos), com personagens de complexidades diversas, e muitas reflexões.
Somos tão espectadores quanto o próprio Hans e vamos crescendo junto com ele também. Nós participamos do livro ao sentirmos, de certa maneira, a vida daquele lugar. E como a questão temporal faz sentido, até pra gente (porque é uma vida nas mais de 800 páginas de leitura).
Esta leitura é de fato uma experiência e trás uma mistura de sensações a cada etapa. Espero no futuro relê-lo, e já com outra mentalidade e mais conhecimentos, absorver ainda mais desta obra desafiadora.
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Lara Moreira 29/03/2020

Grande Escalada
(Mann, Thomas. A Montanha Mágica. Cia das Letras. 856 páginas. ) .
.
Conhecemos Hans Castorp, um engenheiro naval que vai visitar seu primo Joachim acometido pela tuberculose em Davos, no sanatório Berghof, em 1907. Ele chega com o objetivo de passar 3 semanas, pois tinha acabado de ser contratado pra uma empresa e prolonga sua estadia após o decorrer das semanas no sanatório. Um livro com debates incríveis sobre a vida, a morte e a ciência em si: com descrições precisas de procedimentos médicos (fisiologia, semiologia e anatomia marcam presença em aulas magníficas nos discursos) e algumas reflexões sobre a origem da matéria, sem deixar o texto tedioso, ainda que listando muitas referências. Aprendi a apreciar os cenários montanhosos belíssimos construído por Thomas Mann, além de vivenciar os costumes da vida no sanatório: pessoas que chegam temporariamente, pacientes que vai embora após a melhora e pacientes que deixam boas lembranças no destino de Hans. Como não ter um misto de amor e ódio por Sttembrini, com seus discursos metódicos e filosóficos - sempre questionador- acaba nos deixando reflexivos também. Algumas passagens misturam o passado de Hans com seu presente, mostram sua infância e alguns personagens que fazem pontes com duas personalidade até aquele momento, e claro, conversam sobre a vida do escritor também, em algumas brechas (propositais, talvez?); Gostaria de conhecer a senhora Chauchat, uma mulher a frente de seu tempo: sedutora e independente ❤️
Impossível não rir dos pensamentos de Hans, em seus conflitos internos e suas timidez em tomar decisões (as vezes dava vontade de sentar e conversar com ele, quem sabe dar uns tapas mesmo); A morte também ganha um trecho bem importante no livro, sobre como cada cultura lida com essa passagem, sobre como nos despedimos de quem amamos. .
No mais, não vou adentrar para não gerar spoilers, apenas SUPER indico essa subida, pois tenho certeza que no topo você será uma pessoa diferente.🏔✨
(OBS: Ainda me pego rindo da obsessão por aferir a temperatura e a habilidade de Joachim em dobrar os lençóis?)
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Ediane.Siqueira 19/07/2021

Que livro
Gostaria de escrever o que a maioria das pessoas escreve sobre esse livro, que ele é maravilhoso, mas essa não é a minha humilde opinião, infelizmente.
Capítulos intermináveis e cansativos que na marioria das vezes me trouxeram tédio. Mann é um talento, com toda certeza, e o capítulo Neve é incrível, sim e muito, o final de algum modo já fazia sentido desde o meio do livro.
Ahh Mann recomenda duas leituras?? Pode ser que algum dia eu faça isso para quem sabe absorver a essência que o livro oferece..
Para quem acha que esse é o livro da vida e eu não entendi nada, me perdoe!!
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Italo 23/10/2022

“O interesse pela doença e pela morte é apenas outra expressão do interesse pela vida”
O tempo é o tema central deste livro, e é curiosíssimo como ele é distorcido durante a leitura: embora eu tenha tomado bem uns dez dias para lê-lo, não percebi o tempo passar e, quase como num instante, ele se acabou. Thomas Mann começa a escrever A montanha mágica em 1912, mas só a termina em 1924, e o enredo encerra a época e a cultura europeia pré-1a guerra sob um olhar que parte do pós-guerra: no sanatório de elite onde Hans Castorp está, acompanhamos através de contrações e dilatações do tempo as contradições europeias, as prostrações do corpo, o ingênuo senso progressista, o início da intensificação do antissemitismo, a consolidação do capitalismo moderno e, claro, a morte. Há três momentos muito marcantes neste livro, a meu ver, e penso neles frequentemente. A tradução de Herbert Caro está excelente, aliás!
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Gabriel Farias Martins 01/07/2021

Que livro mágico.
Foram meses lendo, devagar e sem preocupação. Como a própria estadia do Hans no sanatório berghof, tantas pessoas passaram, algumas marcaram mais do que outras, mas cada presença foi ilustre.
A obra reflete tão bem como é possível que o tempo passe por nós, sem que nos demos conta dele.
Enfermidade e vida são estreitamente ligados.. toda a atmosfera é mágica e até as ações mais sutis, são belas.
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Edilene Freitas 10/07/2021

Subir essa montanha com Hans Castorp não foi fácil, mas foi um grande aprendizado. Ver o desenvolvimento do protagonista enquanto ele travava relações com os demais internos do sanatório foi bem interessante, apesar dos longos capítulos de reflexões filosóficas que acabam deixando o livro meio monótono. Mas, acredito que a intenção do autor era essa mesma, tendo em vista que o tempo da história não se propõe a passar com rapidez em determinadas partes. Com perseverança é possível concluir o livro e ao final fica a pergunta: todo aprendizado valeu a pena? Ou tudo foi em vão?
Nati 10/07/2021minha estante
Eis a questão...




Marcio 18/01/2022

Elogiado por todos
Não foi fácil essa leitura, do meu ponto de vista, de início muito parado, riqueza de detalhes cansativa... tive impressão de leitura menos arrastada por volta das páginas 350, acho que não tenho cultura suficiente para apreciar esta obra, apesar de muito bem escrita a história não me empolgou.
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Gabriel.Tesser 29/08/2020

Sentido
Subir a montanha, descer a montanha. A mágica, a realidade, a certeza e incerteza que Thomas Mann tece dentro dessas 830 páginas; do amor, da lógica, da morte e da vida pelas personagens que acrescentam sentido a cada leitor. Diálogos que perpassam ao (verbo intransitivo, isso mesmo!) espírito, flertam com a alma, estendem a corda que atravessa o abismo e brinca com a vida e morte no emaranhado de emoções que poucos livros trazem.
Poucos sabem como é difícil subir uma montanha íngrime, alta, cheia de passagens vertiginosas, de obstáculos impossíveis que só os obstinados transpassam. Assim é esse livro A Montanha Mágica. Assim é a vida.
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Renatav 03/09/2023

O livro tem passagens incríveis, fantásticas, que por sinal deixei marcadas para não perder. Maaas, é bem denso e em vários momentos muito cansativo! Nunca tinha lido nada de Thomas Mann, então valeu a longa experiência, mas pensarei 2x antes de embarcar em um próximo livro do autor.
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Bielzin 06/07/2022

Foi uma baita escalada
Calhamaços...calhamaços...

Admitir que o livro realmente parece maior do que é. Em alguns momentos até fiquei entediado pela vagarosidade dos acontecimentos ou então a falta de agente impulsinador da história. Mas o próprio livro explica nos monólogos que surgem sobre a natureza do tempo, a forma que ele atua em diferentes coisas.
E os detalhes são muitos, sobre tudo que for possível. Ok, isso não é uma coisa ruim, o intuito era levar o leitor a se sentir parte do Sanatório, de igual comum aos seus pacientes, o que funciona porque o livro é bastante imersivo nisso.
Porém o ponto forte do livro são os diálogos. Principalmente os do Sr. Settembrini e depois os de Naphta. São eles que falam sobre o humanismo, sobre as coisas do mundo. Sobre como Berghof é diferente da planície, e de fato é, ali é um mundo separado do resto do mundo.

Só que nesse emaranhado de personagens que tinha, eu sentia que alguns deveriam ter um melhor aprofundamento.
Mas de resto, foi realmente algo mágico.
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Tiago Fachiano 15/05/2021

Tempo na vida
Este livro do Thomas Mann fala de tantos assuntos que é difícil escolher o tema principal. Podemos dizer que o assunto básico é o transcorrer do tempo na vida. O tempo que é marcado pelo movimento é uma das poucas medidas imutaveis da ciência. É comprovado cientificamente que podemos voltar micro segundos no tempo, dependendo de diferentes pressões atmosféricas, mas é impossível mudar nossas ações que transcorreram no tempo passado. O herói principal da jornada se chama Hans Castorp. Um jovem alemão que vai fazer uma visita a um primo que está instalado no alto da montanha em um sanatório (antigamente sanatórios eram usados para cuidar doenças respiratórias). Ele vai para essa visita com proposito de ficar por 2 semanas, mas lá ele percebe que tudo tem um tempo diferente e que sua estadia vai se prolongar e muito. Ele vive por muitas situações nesse caminho e inclusive encontra um grande amor. A grande questão do livro é realmente os acontecimentos versus o tempo. O quanto isso é importante em nossas vidas.

Outro fator interessantíssimo do livro são as discussões entre dois amigos do Hans. O Sr Naphta e Setembrini. Naphta é um Jesuíta com aversão a evolução da humanidade e apaixonado pela Idade Média, enquanto Setembrini é um humanista progressista e liberal. Uma discussão (dentre dezenas) me chamou a atenção e foi sobre o comunismo. Setembrini faz uma comparação fantástica entre comunismo e a igreja jesuita, onde ambos abominam as riquezas, mas seus líderes vivem em prol da luxúria. Cada discussão de ambos são ricas em conhecimento e história europeia.
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marcosm 26/04/2021

A montanha mágia
Não sei como avaliar este livro.
Gostei bastante e acho que consigo entender porque se tornou um clássico. A prosa do Mann é cativante e ele consegue prender o leitor mesmo sem muita coisa acontencendo e com o protagonista sendo, segundo o próprio narrador, medíocre.
Surpreendeu-me muito como trata de assuntos diversos, de biologia à maçonaria e tem uma parte que lembra até um filme de terror. Eu comentei com amigos que é um livro 'sobre tudo', porque não tem uma trama propriamente dita, mas o Mann usa a permanência do Hans Castorp no sanatório Berghof para discorrer e filosofar sobre o tempo, a vida, o amor e outro temas mais. Chamam atenção os personagens 'secundários', Settembrini e seu nêmesis Naphta, o calado Joachim, Clawdia, e o deslumbrante Peeperkorn.
Léo Queiroz 15/04/2022minha estante
Simplesmente apaixonante e de uma magnitude ímpar! Fenomenal!




Kiko 20/07/2020

Excelente!
Quem ainda não subiu essa montanha, deveria tentar, ao menos uma vez na vida...Recomendo!
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