Bartleby, o escriturário

Bartleby, o escriturário Herman Melville




Resenhas - Bartleby, o escriturário


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Marcelo550 15/10/2023

Não empolga tanto
Em 80 páginas o autor de Moby Dick nos conta a história de um homem que faz todos ficarem estarrecidos com a simples decisão de não exercer a função para a qual foi contratado, a de escrivão num escritório de advocacia. Noutras resenhas fala-se na história do estranho, do diferente, chegando a comparar ao enredo do absurdo de A metamorfose do Kafka, entretanto vejo muito mais como a história na qual um advogado - o narrador da história - sempre encontra em seu funcionário Bartleby algo que reconsidere a sua demissão. Essa característica de sempre ver alguma habilidade minimamente útil em meio a todas as outras inaptidões dos seus empregados é talvez o grande motor da história, e Bartleby parece testar até onde a boa vontade do advogado vai.

Dito isso, creio não se tratar de uma obra da mesma envergadura de Moby Dick, definitivamente não é. E possivelmente numa releitura a história ganhará outros significados, quer dizer, não sei se Herman Melville queria dizer algo interessante nessa obra ou apenas algo mais simples de se pensar. Acredito que vale a leitura.
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luizashelf 01/10/2023

Bizarro
Eu nunca devorei um livro tão rápido assim (em uma hora).
Sério que personagem insolente kkk. O fato do chefe dele querer se livrar dele e ter pena dele ao mesmo tempo, me deixa com pensamentos conflituosos acerca da minha paciência quando se trata de outras pessoas. Mas, o que me pega mais nesse livro é que ele não tem as respostas. Ele me prendeu tanto e na hora da revelação foi extremamente broxante!!
Entretanto, eu gostei muito do livro, se o final tivesse respostas concretas seria cinco estrelas.
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Zabella 27/09/2023

Prefiro não dizer
?O que vi naquela manhã me convenceu de que o escrevente era vítima de um distúrbio inato e incurável. Podia dar esmolas ao seu corpo; mas o que lhe doía não era o corpo; era a alma que sofria, e sua alma eu não conseguia atingir.?
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Bruno 27/09/2023

A melancolia retratada de forma sublime.
Poderia dizer que este livro trata de maneira única e singular a depressão, na época chamada de "melancolia".

Mas...

PREFIRO NÃO.
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Ana Luiza 24/09/2023

Bartleby
Uma das muitas histórias de Wall Street, mas a única sobre Bartleby.

Pouco se fala sobre os copistas, de modo geral, nunca houve tempo para dedicar importância a simples escriturários, mas seria uma lástima permitir que figura semelhante não tivesse sua história, ainda que incompleta, narrada.

Em um pequeno escritório, onde há outros dois funcionários excêntricos, encontramos Bartleby que, de certa forma, é um complemento/oposto em produtividade e essência. De modo geral, um ótimo copista, até ? não ser mais.

Bartleby simplesmente ?preferia não?. Preferia não atender mais aos pedidos do chefe. Preferia não mais ser um copista, assim como preferia não se mover de si mesmo.

Um intervalo entre o ser e o não ser, um verdadeiro estado de suspensão entre o ?depois do que não é mais? e ?antes do que ainda não é?.

É curioso observar sua profissão anterior: um cargo junto aos correios, responsável pelas cartas mortas. Porém, não é estranho observar que ele, Batleby, acaba se tornando uma delas.
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Anderson 16/09/2023

Esta pequena novela é, sem dúvida, muito inquietante. O desfecho que tenta, de certo modo, explicar o comportamento de Bartleby não chega a satisfazer. O que nos interessa mesmo são os conflitos internos daquele estado inerte e depressivo do protagonista. O que nos incomoda é a sensação de distanciamento a que nós leitores somos mantidos de Bartleby.
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Rodrigo1001 12/09/2023

Acho melhor não colocar um título
Excêntrico ao extremo, termino a leitura em completa incredulidade, com a cabeça em ebulição!

Bartleby, o personagem principal, é um enigma: não o desvendamos nem após a leitura de todo o livro, já que o conhecemos apenas pelo olhar do narrador.

E é um alívio não tê-lo desvendado. Do contrário, talvez tivesse me tranformado em um bloco de pedra... ou em uma estátua de sal!

A própria edição do livro pela editora Ubu é surreal: deve-se descosturar a capa e cortar as folhas. Ao abrir o livro, quase liguei para o meu livreiro, crente de que a minha edição tinha algum problema, já que tudo o que eu via eram páginas e mais páginas com a imagem de um muro.

Me tomou algum tempo até atinar e utilizar o marcador de páginas de acetato que vem com o livro - propositadamente mais afiado do que um marcador de páginas comum - para, literalmente, cortar as páginas e então revelar o conteúdo.

Ou seja, o leitor de "Bartleby, o Escrivão" terá de cortar 20 vezes a lateral das páginas para ter acesso ao texto completo!

Sim, é como se o livro resistisse a ser lido, personificando a opacidade do personagem Bartleby e sua negação a ser entendido pelo narrador, pelo leitor.

Fiquei atônito... fiquei maravilhado.

Não há personagem na literatura mundial tão absurdo quanto Bartleby; creio ser seguro afirmá-lo.

Enfim, totalmente incrédulo, paro por aqui. Acho melhor não continuar.

Leva 5 estrelas pela genialidade e esquisitisse.
edu basílio 12/09/2023minha estante
curiosidade em ebulição aqui ! ^^




Icaro 10/09/2023

Imperdível
Despretensiosamente navegando pelo Kindle Unlimited achei essa edição bilíngue da Editora Autêntica escrito pelo autor de Moby Dick.

Presente nas listas de melhores livros de todos os tempos, a história serve até hoje como ponto de análise para grandes filósofos como Giorgio Agamben.

Escrito de forma direta, relata a história de Bartleby, um copista que passa por uma transformação em seu modo de ser, deixando de ser uma pessoa ativa para um ?homo sacer? sem direitos, sem relevância, sem nada que o faça efetivamente existir.

Imperdível!
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Jacy.Antunes 08/09/2023

O Demônio do Meio Dia
O dono de um cartório de notas em Nova York tem uma equipe que conta com Turkey , 60 anos , que era alcoólatra e Nippers, 25 anos que tinha problemas digestivos.
A eles se junta, Bartleby , idade ignorada, mas excelente funcionário. Um dia ele entra em depressão e se recusa cada vez mais a fazer pequenas tarefas com a frase "prefiro não fazer."
Durante as quase 80 páginas do conto o dono do cartório tenta ajudar Bartleby sem sucesso.
Em O Demônio do Meio Dia Andrew Salomon escreve sobre os impactos da depressão na produtividade do trabalho , pois com o avanço da doença, fica impossível fazer qualquer tarefa simples.

Com o uso dos antidepressivos e terapia, Andrew Salomon conseguiu no seculo XXI controlar a doença. Bartleby no século XIX na infelizmente não conseguiu.
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Pisi14 25/08/2023

Bartleby, o estranho
Quando um funcionário se recusa a cumprir ordens, um escritório fica paralisado pelo comportamento estranho e excêntrico de uma pessoa que diz não a tudo

Divertido, irônico e com um final surpreendente, Bartleby é uma leitura rápida e agradável
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Artemis 24/08/2023

"Preferia não fazê-lo"
A passividade mórbida e serena de Bartleby a princípio intriga e as vezes até a assimilamos como um gesto de rebeldia,mas acontece que esse mediano escrivão leva a sua temática frase "preferia não fazê-lo" ao limite das circunstâncias,nos fazendo questionar e ficar até mesmo perturbados pela sua inércia,o autor constrói esse aspecto sufocante e morno de maneira excepcional,mostrando um lado incrível e versátil do mesmo escritor que tornou Moby Dick um clássico,gostei muito da obra.
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Mari 08/08/2023

Bertleby: o escrevente
Durante toda a história, o narrador contou as suas experiências vividas em seu trabalho com os seus funcionários, mas voltado para um específico que chamou muito a sua atenção, o Bartleby.
Sugundo ele Bartleby era um homem muito pálido, magro, singularmente sereno, muito qualificado e estranho. No início, ele fazia uma quantidade extraordinária de cópias, como trabalhava como escrevente, mas com o tempo, ele percebeu que Bartleby apenas respondia aos seus comandos e ordens com "Preferia não", o que o deixava bastante nervoso, mas também o comovia, mas não o suficiente para impedir que demitesse ele, já que o Bartleby não seria mais tão útil.
Depois de algum tempo Bartleby foi preso por se recusar a sair do local onde era o escritório, e na prisão ele se recusava a comer, o que faz com que, com o tempo, ele acabasse morrendo.

Bartleby: o escrevente é um livro um pouco complexo, por assim dizer, se tratando de um livro bastante formal e onde foram usadas bastante palavras difíceis na obra.

Eu gostei bastante pro deu livro que te faz refletir sobre a vida, porque mesmo Bartleby tendo muitas oportunidades, podendo escolher receber uma comida melhor, por exemplo, ele apenas recusa, e o fato dele recusar absolutamente tudo, so usando de uma frase para se comunicar foi bem angustiante muitas vezes. Além de nós fazer sentir pena e compaixão por Bartleby.

E por ser um livro que traz esse sentimento de angústia a tona, já que vc não entende o porque de Bartleby não querer fazer nada, faça com que muitas pessoas não tenham gostado.

Eu tivi pontos de vista sobre o que poderia estar acontecendo com ele, mas eu resolvi acreditar que Bartleby estava muito cansado da sua vida, não conseguindo mais ter forças para lutar e continuar vivendo, perdeu a sua motivação de forma a não ligar mais para coisas como o deu trabalho, sua casa, sua comida e tudo, ele apenas desistiu de tudo, até mesmo sa própria vida, não vendo mais razão nisso.

Acredito que cada um tenha tido a sua interpretação sobre a obra, sendo nenhuma errada, até porque o intuito do livro é esse, fazer você refletir sobre como você se vê nessa obra, como você se enxerga na vida. Não seria mais fácil apenas desistir de tudo? Do que adianta lutar? Será que todos nós não somos um pouco como Bartleby?
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Lucas1429 04/08/2023

O escrivão fantasma
Novela curta, quase um conto moral, que apresenta a narrativa de um funcionário desprovido da intencionalidade em exercer suas funções laborais no serviço.

Vislumbrado pelo chefe (também narrador), Bartleby funciona como epítome da carga do sistema do capital. Em um cenário que granjeia a ambição e a subserviência do proletário à mecanização do trabalho, melville, que anos antes redigira em "Moby Dick" o desenvolvimento de um processo obsessivo, faz seu personagem -modelo, à contramão daquele material, normalizar a estranheza da abdicação do excesso de seu ofício.

Bartleby a princípio será incompreendido pelo leitor e seus convivas do texto; pelo patrão, que enxerga no imperativo de seu servidor uma ameaça como um panfleto de autocomiseração. O que foi premeditado mesmo é a verdadeira exaustão do corporativismo.
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CharlesSouto 22/07/2023

Num só fôlego.
... não tendo coragem para Moby Dick fui de Bartleby, o escrivão.
Há quem diga se tratar de um livro de protesto com um ?Preferia não fazê-lo? avassalador. Eu já vejo com uma obra que relata em segunda voz uma profunda desesperança e abandono de si.
Leia! Ou faça o mais recomendado e prefira, também, não.
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