Bartleby, o escriturário

Bartleby, o escriturário Herman Melville




Resenhas - Bartleby, o escriturário


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Laura2117 27/12/2023

Personagem chatinho, porém, sem filtro algum, o que faz dele muito especial e incrível, com certeza Bartleby não é do mundo dos típicos!
E é linda a forma com que seu instrutor percebe e tenta ajudá-lo.
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Marto 26/12/2023

?Prefiro não?
Mais uma grata surpresa em 2023. Bartleby incomoda e enfurece, talvez nos incomoda por ser uma aniquilação de nossas vontades ou quem sabe a coragem de fazer aquilo que talvez seja de fato nosso desejo: se recusar. Acredito que os sentimentos em relação ao personagem estão fortemente vinculado ao tipo de espírito daquele que ler essa pequena história, e esses sentimentos não tem tanta linearidade quanto se espera de uma novela curta, indo da maior irritação com seu silêncio e recusa injustificada, a empatia por sua condição de subalterno e aniquilação vital que representa. Sem dúvida levarei essa história como referência em minha vida, sua pulsão de inanimação é algo que me fez refletir muito e que com certeza será fruto de muitos diálogos nas minhas futuras sessões de análise.
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Alle_Marques 24/12/2023

Ah, Bartleby! Ah, humanidade!
...
[...] Em resposta a um anúncio, um jovem que não se mexia surgiu, numa manhã, na entrada de meu escritório — como era verão, a porta encontrava-se aberta. Ainda hoje sou capaz de visualizá-lo — palidamente limpo, tristemente respeitável incuravelmente pobre! Era Bartleby. [...]
...
É um bom exemplo de que para uma história ser profunda e intrigante, não é necessário que seja grande ou cheia de reviravoltas.

É uma narrativa curta e simbólica, fechada em si mesma, onde quase nada acontece na história e os personagens e suas ações são difíceis de entender, para alguns pode parecer chato e tedioso, a falta de ação pode pesar bastante, mas Melville é fiel a sua proposta, ele faz sua crítica, transmite cada pequena estranheza e desconforto, e nos deixa sem ação igual o narrador, mas com a cabeça igualmente cheia.

Bartleby pode não ser o sujeito mais fácil de compreender, e suas negativas muito menos, mas consegui simpatizar facilmente com ele, suas ações nos deixam incrivelmente desconfortáveis e ele é ainda mais apático e indiferente quanto imaginei, mas parando pra pensar, ele não faz nada demais, ele apenas está negando um trabalho que não é seu, Bartleby é apenas um trabalhador comum, que se torna excêntrico por ter a coragem de dizer “Não” para seu chefe.

Agora, o porquê de tal negativa? Não sabemos e é aí que Melville entrega o ponto alto de sua obra. O autor não se limita a entregar respostas mastigadas, mas propor reflexões: O que será que o mundo fez a Bartleby? O que aconteceu a esse homem para ele se tornar tão inexpressivo assim? Quais são seus motivos? Por que essa recusa em fazer mais do que o necessário? Ele está errado? Está certo?

Talvez tudo seja sobre revolta ou conformidade, talvez seja a forma que ele encontrou para fugir da alienação ou manter a dignidade, talvez seja um pedido de ajuda ou uma tentativa desesperada de ter o controle da própria vida, talvez uma tentativa inconsciente de preservar sua identidade em um mundo tão padronizado, talvez tudo seja uma grande critica a sociedade, ao trabalho, a exploração ou o tradicionalismo, coisas essas que tanto afetam aqueles que, igual Bartleby, são, pensam ou agem “diferente”, os que não se encaixam, talvez seja um grito de socorro, ou talvez seja tudo sobre a solidão humana, o vazio existencial, a depressão, a melancolia, o individualidade, o egoísmo, o mais profundo sofrimento ou sobre o que fazer quando nada mais do que fazemos parecer fazer sentido.

Podemos terminar pensativos e confusos, talvez levemente decepcionados, mas ao menos temos a satisfação de poder, cada um, interpretar como bem entende.
...
“Eu poderia oferecer compaixão a seu corpo, mas não era seu corpo que lhe doía; era sua alma que sofria, e a sua alma eu não conseguia alcançar.”
...
15° Livro de 2023, 21ª Resenha de 2023
Desafio Skoob 2023
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Bianca577 19/12/2023

Intrigante
Amei muito. Eu fiquei muito intrigada ate o fim com esse personagem completamente apático e maluco, como pode um ser humano desses? Fiquej presa ate o fim
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hagabrielah 05/12/2023

Adorei
Em "Bartleby, o escrivão", Herman Melville tece uma narrativa cativante por meio do olhar de um advogado que compartilha a história intrigante de seu peculiar empregado, Bartleby. A trama, embora curta, mergulha nas complexidades da condição humana, explorando temas como a monotonia do trabalho e as escolhas que definem nossas vidas.
A habilidade de Melville em injetar humor na densidade da história é notável, proporcionando uma leitura reflexiva e envolvente. A resposta enigmática de Bartleby, "prefiro não fazer", ressoa como um eco da nossa própria resistência à conformidade. "Bartleby, o escrivão" é uma obra que, embora breve, deixa uma marca duradoura, convidando os leitores a refletirem sobre as escolhas, a solidão e as peculiaridades da existência. Recomendo esta noveleta a quem busca uma leitura instigante e impactante.
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Juliane4 01/12/2023

Bartleby, o Escriturário é uma obra curta, mas profundamente simbólica. A recusa de Bartleby em conformar-se às normas sociais e seu comportamento enigmático tornam-se um ponto central para a reflexão sobre a alienação, a burocracia e a solidão na sociedade.
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Salim 01/12/2023

Pequeno grande livro
Um grande vazio existencial, simples desobediência civil ou uma depressão incapacitante?

O conto apresenta um funcionário que, de uma hora pra outra, para de atender aos pedidos de seu patrão.

É uma daquelas histórias que, mesmo após a leitura da última linha, você ainda continua pensando nela e em seus (diversos) possíveis significados.

Um pequeno grande livro, que recomendo imensamente.
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bluesbird 30/11/2023

Curto e genial
Bartleby é um novo empregado que tem coragem de dizer não ao seu superior. A partir disso um cenário meio surreal se instala para que ele sedimente sua negativa na mente daquele: "eu preferiria não" .

Na minha leitura eu vejo como uma ótima crítica ao mundo burocrático, ao mundo do trabalho no mundo capitalista e uma ode à liberdade de dizer não a quem acha que pode nos possuir.

Também é meio que uma defesa do direito ao desaparecimento?
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Alessandro117 26/11/2023

O que pensar desse escrivão
Nunca pensei que o Herman poderia me instigar tanto assim, depois de Moby Dick é claro. Nessa noveleta, você sempre quer entender o que acontecerá com esse esquisito escrivão e não conseguirá largar até entender tudo direitinho.
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Ramon98 20/11/2023

Aprender a dizer não sem se explicar
Livros que retratam o absurdo muitas vezes necessitam de interpretações absurdas. Para minha sorte como leitor, não foi por acaso que fui levado a essa leitura, mas por meio de outra, no caso a obra "Sociedade do Cansaço" de Byung-Chul Han, que explicita a exposição na sociedade e no mundo do trabalho a uma alta carga de estímulos, em sua maioria positivos. Positivos no sentido de dar respostas positivas, concordância, aceitação, sempre o "sim" para alguma demanda ou convite. É nesse sentido que acredito que a obra de Herman Melville pode ter o seu devido valor em um personagem absurdo como Bartleby, aquele que se nega, que diz não, que renuncia o fazer, que nega o convite.

Em um mundo que nos estimula o tempo todo a fazer algo, a recusa, à renúncia e o não fazer no caso de Bartleby podem parecer a princípio uma loucura. Porém, quando utilizados com uma certa sensatez, esses atos podem representar um momento de lucidez. Essa é a maior lição dessa obra: a negatividade é necessária. Como diz Byung-Chul Han, ela é uma forma de desconstruir e transgredir a lógica da sociedade de desempenho e da positividade compulsiva.
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Tiago343 01/11/2023

Prefiro não fazer resenha.
?Bartleby, o Escrivão?, de Herman Melville, é uma obra que desafia as convenções da literatura e da sociedade.

A coragem do protagonista em dizer ?não? é uma das características mais marcantes do livro. Bartleby, com sua recusa constante e inabalável, personifica a resistência à conformidade e à exploração. Sua afirmação ?Prefiro não fazer? torna-se um leitmotiv poderoso ao longo da obra.

Bartleby é um personagem que desafia as normas estabelecidas, recusando-se a ser reduzido a uma mera engrenagem na máquina burocrática3. Sua coragem em dizer ?não? é vista como uma rejeição à sua condição de máquina e uma afirmação de sua humanidade.

Queria eu ter a coragem de dizer não, quando claramente não quero algo, mas pela convenção social da fraternidade e vontante de ser útil digo sim. Dizer não ao meu chefe, ao garçom, a venda casada da pipoca no cinema, dizer não a obrigação imposta.
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Anderson668 29/10/2023

Atemporal
"Bartleby, o Escrivão" de Herman Melville, uma leitura breve, porém intrigante e impactante em todos os aspectos. Este livro cativante mergulha os leitores em um estranhamento único, à medida que a história do silencioso escrivão, Bartleby, se desenrola.

A habilidade de Bartleby em desestabilizar a sociedade com uma simples negação, o "não", é notável. Melville cria uma narrativa onde o poder da palavra adquire uma dimensão incomum, perturbando estruturas sociais e provocando interpretações variadas e infundadas por parte dos personagens.

O contexto histórico e social, especialmente na abordagem do capitalismo, oferece uma perspectiva diferenciada, incentivando reflexões sobre as estruturas da sociedade e a assimilação individual na máquina capitalista. A análise psicanalítica aprofunda ainda mais a complexidade da obra, convidando os leitores a questionarem seu papel nesse sistema.

Acredito firmemente que "Bartleby, o Escrivão" deveria ser leitura obrigatória, essencial para debates sociais e intercâmbios de ideias entre grupos. A beleza desta obra é que, mesmo sendo breve, oferece uma riqueza de interpretações que evoluem com as diferentes fases da vida. É um livro atemporal, pronto para ser redescoberto e apreciado em cada estágio da jornada pessoal.
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Pamela565 25/10/2023

Prefiro ???
Somos inclinados a dizer sim quando preferimos dizer não. Nossa vida vai passando e vamos fazendo coisas que os outros/a sociedade, preferem que a gente faça mas e a gente??? Na era da internet, é vc que escolhe o que vai ler, assistir, ver??? A verdade é que pouco temos escolhas...
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