Lívia 01/06/2023Sei nem o que dizerA história é realmente emocional. A cena principal, que dá início ao plot e enredo do livro, já é uma situação comum e propícia de acontecer: "você está andando na frente ou atrás de alguém e presumir, automaticamente, que essa está lhe acompanhando. Quantas vezes isso já aconteceu comigo e um amigo ou parente meu?!
Conforme vamos descobrindo os percalços e o passado que levaram cada um dos personagens dessa história, você já percebe de quem vem, recebe e reconhece o amor/carinho/afeto nesta família. Os pais são retratados como "mamãe" e "pai". Dai já se percebe quem é mais presente (pode se dizer assim) no dia a dia desses indivíduos e que também é o pilar que faz funcionar tudo isso.
Vi que a autora preferiu retratar a história na perspectiva de quatro pessoas, mas queira ter a visão de todos, para ser sincera. Porém, no livro mesmo, meio que temos o pensamento de todos *menos do filho do meio, cadê ele?* A estrutura de contar a história por perspectivas dos personagens me lembrou muito um livro "A vegetariana". (dps quero ler esse).
O livro todo é, ao mesmo tempo, uma descoberta e um lembrete do quem era a mãe deles. E um pouco do meio para o final é aquele velho clichê do: "agora vai ser diferente", "farei tudo por ela". E o que mais angustia nessa história é o desfecho para o resto da família. Eles estão angustiados e você, já sabendo o que aconteceu, também fica angustiada com eles.
Gente, quando finalmente diz o que aconteceu com a mãe, meu coração se partiu. Tem outra coisa que me chamou de cara a atenção é que a retratação de mães asiáticas, principalmente, em séries (os famosos doramas) é sempre uma dualidade: ou ela é a megera das megeras ou ela é a encarnação do pão amassado pelo diabo kkkkkkk. Aqui acontece a segunda comparação que eu fiz, mas tem o diferencial que não conta só uma ficção, era a realidade de muitas mulheres asiáticas naquela época.
Enfim, amei demais o livro e ainda bem que achei um exemplar dele kkk