Cruzando o Caminho do Sol

Cruzando o Caminho do Sol Corban Addison




Resenhas - Cruzando o Caminho do Sol


245 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


sagonTHX 11/12/2012

Poderia ser também cruzando o inferno...
Esse livro, dentre outros, obviamente, foi uma grata surpresa em 2012. Foi, certamente, um dos melhores que li neste ano. Pra ser bem franco, um dos mais apaixonantes e sensíveis que tive a oportunidade de ler nos últimos tempos.

O drama vivido pelas irmãs indianas, Ahalya e Sita é, no mínimo, apavorante. Parafraseando a crença hindu no carma, eu diria que elas pagam os pecados de todas as suas vidas passadas, nesta. Mas o mais interessante é a forma como elas lidam com a situação. Diante da tragédia em si, as irmãs encontro forças uma na outra e lutam pela sobrevivência de forma silenciosa e, aparentemente, resignada.

O livro retrata muito bem a triste realidade a que milhares de mulheres, em todo o mundo, são expostas e sujeitadas ao tráfico humano de escravidão sexual. Uma brutal realidade e uma vergonha execrável. O mais triste nisso tudo é a constatação que o autor nos faz da facilidade com que os criminosos, ou mafiosos (ou crápulas) conseguem agir, driblando as autoridades, inclusive alfandegárias, para traficar mulheres; e, por outro lado, a dificuldade que os órgãos de repressão tem para rastrear, localizar e resgatar essas pobres vítimas. O pior mesmo, é a dificuldade que a justiça tem em manter preso esses indivíduos e de puni-los com justeza.

Cruzando o Caminho do Sol é um livro muito sensível, bonito e dramático. Os esforços do advogado Thomas Clarke para encontrar uma das irmãs, e seu drama particular com a ex-esposa Priya, também é interessante e comovente.

O final do livro é tudo o que esperamos dele ao longo das suas 448 páginas: dramático e comovente.

Sem dúvida alguma, Cruzando o Caminho do Sol é um livro para ser lido e relido e guardado em lugar de destaque na estante. Uma leitura obrigatória para todos aqueles que possuem sensibilidade e apreciam uma ótima leitura.


comentários(0)comente



gabilopeswb 09/06/2021

Perfeito
O livro é simplesmente incrível, conseguindo te entregar suspense, MUITA ação, drama, e até uma pitada de romance.
O autor escreve muito bem, a ambientação é perfeita e você aprende muito sobre a cultura hindu, sobre como é feito o esquema de tráfico de pessoas, etc, os cenários da Índia, Estados Unidos e França são muito bem detalhados mas sem ser cansativo e enjoativo.
No livro existem muitas reviravoltas e apesar de ser uma ficção, nos é mostrada a realidade do tráfico humano de uma forma muito vívida e real.
Livro emocionante, o autor não deixa a desejar em nada, me espanta ele não ser tão conhecido aqui no Brasil e o valor dele está sempre menos de 10 reais, a edição do livro físico em si é bem simples, folhas brancas, letras pequenas, a capa é bem molinha e não tem orelhas, mas a história em si é perfeita, muito bem estruturada, o autor soube como começar e terminar o livro, envolvendo o leitor, recomendo sem pensar 2 vezes, vale muito a pena, entrou nos meus favoritos da vida.
comentários(0)comente



Mah Mac Dowell 03/07/2020

Que livro!
Achei incrível. Muito bom mesmo. Traz uma mensagem super importante é infelizmente discute uma realidade muito triste. Li com o coração apertado e fiquei bem emocionada com o final. Me prendeu a leitura inteira. Super recomendo.
comentários(0)comente



Ynara.Thaina 13/06/2021

Adorei
Este é um livro sensacional que aborda um tema sombrio, assustador e chocante mas que ainda assim conseguiu me trazer esperança. Acho que a parte mais difícil é pensar que histórias assim podem estar acontecendo neste instante.

Amei de paixão a história, ainda assim é uma pena que esta edição deixou um pouco a desejar na tradução, encontrei palavras erradas ou faltando, mas nada que atrapalhasse tanto a leitura até chegar na parte em que faltou um capítulo inteiro (rsrsrsrsrs).

No final, o que importa é que a história compensou os defeitos de edição.
Bia 04/10/2021minha estante
Sério que a edição ficou faltando um capítulo?


Ynara.Thaina 16/12/2021minha estante
O meu comprei de 2? mão, talvez tenha sido um erro de impressão e não todos dessa edição (espero).




Marcia.Lara 22/09/2023

Impactante
?O tráfico vai acabar quando os homens deixarem de comprar mulheres.?
Livro aborda o tráfico humano. Não é explicito, consegue passar o sofrimento das personagens sem apelação, ele exibe a sujeira embaixo do tapete, mas causa comoção em nós.
Leitura fluida, não é cansativa. Serve para alerta com as notícias que ouvimos porem não imaginamos a profundidade real do tráfico humano no mundo.
Recomendo a leitura da Nota do autor.
comentários(0)comente



Nina 02/06/2012

Cruzando o Caminho do Sol - Corban Addison
"Ela sempre se lembraria da irmã. Ela sempre se lembraria da pessoa que ela foi e da Índia que conheceram antes antes de toda aquela loucura. O mundo podia roubar sua liberdade; podia acabar com sua inocência; podia destruir sua família e arrastá-las por caminhos para além de seu entendimento. Mas não podia privá-las de sua memória." (p. 299)

As irmãs Ahalya e Sita Ghai tinham uma vida confortável na Índia. Filhas de uma família abastada, adoradas pelos pais, tinham acesso à todo conforto que que o dinheiro pode dar à duas adolescentes que se preparam para um futuro brilhante. Mas na manhã de Natal, um tsunami destrói seus sonhos. As meninas perdem seus pais, sua casa e toda a segurança do mundo que conhecem.

Kanan se aproxima das meninas e promete ajudá-las a chegar em segurança ao colégio de freiras onde elas estudavam. Mas, ao invés disso, ela as vende para Suchir, dono de um bordel em Mumbai que explora mulheres e crianças. As meninas são mantidas trancafiadas em um sótão imundo e Ahalya é protituída e violentada enquanto Sita assiste a tudo sem poder reagir, apenas esperando o dia em que chegaria sua vez.

Do outro lado do oceano, em Washington, Thomas Clarke também vê seu mundo desmoronar. Advogado em uma grande corporação, ele está trabalhando em um grande caso e seu sucesso será essencial para que ele chegue a sócio. Para atingir seus objetivos ele trabalha incansavelmente, esquecendo-se de sua esposa Priya, que, sozinha, tenta superar a morte da filha do casal, Mohini. Thomas perde o caso e se torna o bode expiatório do escritório, o que o obriga a se afastar para um ano sabático trabalhando em alguma ONG. Ao mesmo tempo, Priya cansada da indiferença de Thomas, volta à Índia para viver com seus pais.

Numa manhã, enquanto tentava decidir o que fazer, Thomas assiste a um sequestro. Uma garotinha de dez anos é levada de sua mãe e a polícia acredita que o objetivo é a exploração sexual, crime muito comum na região. Essa cena mexe muito com Thomas, a garotinha poderia ser Mohini. Por isso ele decide viajar à Índia para trabalhar na Aces, uma instituição que denuncia o tráfico de pessoas, e tentar reatar com sua esposa.

E é aí que a vida dos três personagens vão se cruzar.

Trabalhando na Aces, Thomas participa de uma ação policial que invade o bordel de Suchir e liberta Ahalya, porém Sita não estava mais lá. A menina já tinha sido vendida para Nahim, que a tirou do país. Ahalya é encaminhada para um ashran (orfanato), mas ela está desesperada por notícias da irmã. Em uma visita de Thomas, ela prende uma pulseira em seu pulso e pede para que ele a ajuda a encontrar Sita.

"-Você nunca ouviu falar de uma pulseira rakhi? [...] É uma tradição indiana que remonta há milhares de anos. Uma mulher entrega a um homem uma pulseira para ser amarrada em seu pulso. A pulseira significa que aquele homem é seu irmão. Ele assume o dever de agir em sua defesa." (p. 219)

Começa então uma perseguição alucinante, em que Thomas vai tentar usar todos os meios para encontrar Sita. Ele vai viajar por três continentes e mergulhar numa jornada pelo submundo do tráfico humano e da exploração sexual de crianças para cumprir a promessa que fez à Ahalya.

Cruzando o Caminho do Sol é um livro impressionante, que nos toca por denunciar crimes tão brutais cometidos contra crianças. Ler a transformação de Sita e Ahalya em mulheres é tão sofrido que acredito que vou demorar meses para me esquecer do que li. Humilhação, desespero, angústia, medo - tudo está transcrito ali de uma maneira tão objetiva que acho difícil que alguém não se impressione.

Mas, mais do que os horrores que essas crianças vivem nas mãos de seus exploradores, o pior de tudo e ler o quanto a justiça está atrasado em relação aos bandidos. É tanta burocracia e corrupção que parecia ser impossível que algum dia Thomas conseguisse resgatar alguém. A impressão que dá é que eles estão falando apenas de números e símbolos em um papel, e não da vida de uma criança. É revoltante! Criminosos são soltos por falta de provas e incompetência de policiais, juízes são comprados e acusados ameaçam testemunhas livremente.

E o pior de tudo é nós sabemos que isso ocorre todos os dias em todas as partes do mundo. O tráfico humano é negócio muito lucrativo para que as autoridades se mobilizem em uma ação que traga resultados efetivos. Os maiores envolvidos são pessoas ricas e poderosas, que não são pegas facilmente. Infelizmente, é essa a mensagem que o livro nos traz.

"- Você não está aqui porque eu sinto prazer no comércio sexual. Você está aqui porque existem homens que gostam de pagar por sexo. Eu sou apenas o intermediário. Alguns homens de negócios vendem objetos. Outros vendem conhecimento. Eu vendo fantasias. É tudo a mesma coisa." (p. 394)

Ou seja, mais do que combater o tráfico e a exploração de crianças, seria necessário tratar esses pervertidos que se divertem abusando de crianças.

Mesmo abordando um tema tão pesado que me impressionou tanto, Corban Addison soube tratá-lo na medida certa, sem dramas e sensacionalismos. Ele consegue passar sua mensagem sem apelar para descrições de cenas pesadas, que eu particularmente detesto! (Exemplo: O Caçador de Pipas)
A narrativa em terceira pessoa é ótima, pois dá para acompanhar a visão de todos os personagens e entender melhor todas as reviravoltas que a história dá, e são muitas!

Quanto aos personagens, é impossível não gostar das irmãs Ghai. A força e a resignação que elas demonstram diante do sofrimento é impressionante, principalmente em Ahalya. Thomas em vários momentos é indeciso e meio canalha com Priya e achei que ele não fosse conseguir cumprir sua promessa. Mas ele vai amadurecendo durante as páginas, mais até do que as meninas.

E mais uma resenha enorme!
Mas dessa vez foi inevitável mesmo, pois Cruzando o Caminho do Sol é um daqueles livros que marcam a gente por nos levar a refletir melhor sobre um problema tão grave e tão pouco abordado. Mas do que uma linda história, o livro traz também uma mensagem de alerta que todos deveriam ler.

Resenha postada no meu blog Pronto.Falei!
http://ninattavares.blogspot.com.br/2012/06/cruzando-o-caminho-do-sol-corban.html
André 03/06/2012minha estante
Muito bom!




Josyyy 31/10/2020

Narrativa envolvente
Cruzando o caminho do Sol é duplamente recomendado. Por ser uma história que todos precisamos conhecer, uma realidade que precisa ser reconhecida para então, ser superada. E recomendado pela execução muito bem realizada. Trazendo uma ótima sequência dos fatos. E traz consigo um ritmo bem pontual: não ficamos entediados, mas entendemos bem o que está acontecendo. é um desses livros que após a leitura permanece por um bom tempo passeando pela sua cabeça.

site: https://divadavarzea.blogspot.com/2015/05/resenha-cruzando-o-caminho-do-sol-de.html
comentários(0)comente



miawnam 21/06/2020

Índia e tsunami
Paguei dez reais na livraria Curitiba e meu deus que achado. Óbvio que foi mais um escolhido pela capa e óbvio que me apaixonei pela história. Nele pude perceber como um acontecimento como um acidente natural mudou a vida de duas meninas e como nós mulheres, mesmo sofrendo diversas atrocidades, somos fortes o suficiente para continuar em frente.
comentários(0)comente



RUDY 21/04/2012

Resumo Sinóptico:
“Sita e Ahalya são duas adolescentes de classe média alta que vivem tranquilamente junto de seus familiares, na Índia. Suas vidas tranquilas mudam completamente quando um tsunami destrói a costa leste de seu país, levando com suas ondas a vida dos pais e da avó das meninas. Sozinhas, elas tentam encontrar um modo de recomeçar a vida. Mas elas não devem confiar em qualquer um...

Enquanto isso, do outro lado do mundo, em Washington, D. C., o advogado Thomas Clarke enfrenta uma crise em sua vida pessoal e profissional e decide mudar radicalmente: viaja à Índia para trabalhar em uma ONG que denuncia o tráfico de pessoas e tenta reatar com sua esposa, que o abandonou.

Suas vidas se cruzarão em um cenário exótico, envolto por uma terrível rede internacional de criminosos.

Abrangendo três continentes e duas culturas, Cruzando o Caminho do Sol nos leva a uma inesquecível jornada pelo submundo da escravidão moderna e para dentro dos cantos mais escuros e fortes do coração humano.”

Ahalya e Sita são duas adolescentes da classe média indiana com família e educação bem estruturadas, que vêem seu mundo desabar após um desastre natural. Veem-se sem os pais e a ‘secretária’ da família que as ajudou a criar. Partem em busca do abrigo na Escola de freiras que estudam, entretanto, nem todas as pessoas que as auxiliaram, eram confiáveis e elas acabaram envolvidas com o tráfico de pessoas, drogas e o submundo do crime.
Thomas Clarke é advogado de uma firma conceituada em Washington D.C. e vê sua vida desestruturada após a perda da filha com poucos meses de nascida, a qual não pode acompanhar o crescimento, devido ao seu total envolvimento com o trabalho, fazendo-o sentir-se culpado por não dar atenção devida a esposa e filha. Priya o abandona e retorna para Índia e a família. Em uma dessas coincidências que a vida prepara, tem a oportunidade de ir fazer estágio em uma Ong envolvida com tráfico de mulheres na Índia.
Logo os caminhos de Thomas, Ahalya e Sita vão se cruzar de forma impressionante e intensa.

Para ler a resenha completa e avaliação, visite os blogs e deixe seu comentário:

BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2012/04/resenha-24-cruzando-o-caminho-do-sol.html


BLOG CRL: http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2012/04/cruzando-o-caminho-do-sol-corban.html


site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2012/04/resenha-24-cruzando-o-caminho-do-sol.html
Jessie 21/04/2012minha estante
A historia desse livro parece ser bem interessante so de ler a resenha parece que eu ja esto lendo o livro


Erika 21/04/2012minha estante
aahh, esse livro ta me deixando louca, rsrs..
muito bom..


Michelle 13/02/2023minha estante
que livrooooo




Diih 26/08/2021

Cruzando o Caminho do Sol
Quando me indicaram esse livro, falaram que era muito bom e que eu precisava ler, eu imaginei que se tratava de uma historia de romance com um tema mais leve, engano o meu, sim, o livro e maravilhoso, com uma historia muito triste, quando eu comecei o livro nunca imaginei que a historia tomaria um rumo tão caótico, que vida tiveram essas duas meninas, foi quando eu me toquei que isso é real, e mais real do imaginamos, acontece o tempo todo.

A Historia foi um choque de realidade para mim, quando eu li esse livro eu ainda era muito novinha e ainda vivia dentro da minha bolha de "O Mundo é um lugar lindo e feliz" foi esse livro que estourou a minha bolha.

A Historia e fascinante, te prende do inicio ao fim, você torce o tempo todo pra que tudo de certo, esse foi o primeiro livro que de verdade me fez chorar.
comentários(0)comente



Jackson 31/05/2020

Simplesmente Perfeito
Com uma temática extremamente rica e interessante, Cruzando o Caminho do Sol é um livro super inteligente e bem construído.
comentários(0)comente



Janaina.Granado 17/05/2013

Cruzando o Caminho do Sol
Ao começar a leitura desse livro pensei: por quê não li esse livro antes?

Por causa da novela "Salve Jorge" o tema tráfico de pessoas está em alta, e o livro retrata a história de duas indianas que foram traficadas.

Ahalya com dezessete anos e Sita com quinze anos, duas jovens de família de classe média alta, estudam em colégios bons, o pai sempre fez de tudo por essas meninas, dando a melhor educação, até que uma terrível tragédia acontece levando consigo a família das garotas e seus sonhos.

Elas se vêem sozinhas, sem saber o que fazer e em quem confiar. Nesse nosso mundo não devemos confiar em palavras bonitas e falsas promessas. As meninas são levadas a um bordel e a partir daí começa toda a história de horrores, tristezas, descrenças. As meninas sofrem demais. Um fato que me chamou a atenção foi que por serem indianas, tudo para elas se tratava de "karma", estar passando por aquelas situações era o "karma" da vida delas, e elas não podiam reclamar, apenas aceitar o "karma" da vida.
Foi por pensarem dessa maneira que as duas tiveram forças durante momentos terríveis.

As emoções que eu sentia ao ler eram diversas, vontade de chorar, de matar, raiva, muita raiva, medo, desprezo, e pensar que não é uma história que existe apenas no livro, isso está na vida real e no mundo todo, todos os dias tem garotas sofrendo com o tráfico, um crime que é mantido em silêncio, que ninguém vê ou acredita que exista de fato. Espero que com a novela e com os livros, esse assunto seja mais abordado e combatido, e que as autoridades cheguem cada vez mais perto de acabar com esse crime hediondo, que faz muitas e muitas vítimas.

O livro é contado mesclando as histórias das indianas e também de Thomas, um advogado renomado que trabalha em uma super empresa, mas que está insatisfeito com a vida que leva, por conta de se dedicar demais ao trabalho e a empresa, acabou perdendo sua esposa, ela não aguentou a "barra" de viver praticamente sozinha, era casada mas quase não via seu marido, mesmo o amando muito, ela decidiu voltar para junto de seus pais na Índia.

Muitas coisas aconteceram na vida de Thomas depois que sua esposa o deixou, ele se viu totalmente perdido, até no seu trabalho onde tudo era "perfeito" as coisas começaram a desandar. Ele recebe uma proposta para mudar de ares, tirar férias ou trabalhar em uma ONG.

Resolve aceitar uma dessas propostas, sendo assim ele vai para a Índia em busca de novos ares, e está disposto a reconquistar sua esposa Prya que está na Índia, sendo assim muitas águas vão rolar. Essas duas histórias irão se entrelaçar.

Corban nos faz mergulhar em um romance belo e comovente, nos leva a um mundo desconhecido, a escravidão moderna. Esse livro me surpreendeu, jamais imaginei que pudesse ser tão bom, por se tratar do primeiro romance do autor esperava que fosse algo mais simples, mas não, Corban foi a fundo em sua pesquisa, e ele não nos priva de nada em seu romance, nos conta realmente como as coisas acontecem sem poupar detalhes. Um livro para ler, reler e refletir.

Recomendadíssimo, o melhor livro que li em 2012, e com certeza ficará em minha memória por muito tempo. Difícil esquecer uma história tão bem escrita, onde a felicidade nos parece algo impossível.

Mais Resenhas em : http://livrospuradiversao.blogspot.com.br



comentários(0)comente



Ju 22/01/2013

Cruzando o Caminho do Sol
Cruzando o Caminho do Sol trata de um assunto muito delicado e doloroso: o tráfico de seres humanos. É um livro que mexe com a gente. Eu me senti uma inútil por não estar fazendo nada a esse respeito.

O livro conta a história de Sita e Ahalya, duas irmãs que vivem na Índia, com os pais e a avó. Têm uma vida sossegada, ao lado do mar. Até que um tsunami atinge a região em que vivem. As meninas perdem sua família, mas conseguem entrar em contato com o colégio que frequentam. Lá, estão dispostos a acolhê-las, só que para isso elas precisam chegar até o lugar, que fica em outra cidade. Sem parentes, sem dinheiro, sem amigos, as garotas caminham até a cidade vizinha para tentar conseguir um meio de transporte.

Encontram um conhecido de seu pai, e pedem ajuda a ele. É quando começa o martírio que elas passam. São vendidas pela primeira vez. O que se espera delas? Que se tornem prostitutas (ou beshyas, como são chamadas por lá). A mente das garotas é constantemente trabalhada para que aceitem seu destino, e se resignem com a situação, com falas como as seguintes:

"Não adianta lutar contra o seu carma. Aceite a provação que Deus impôs e talvez você renasça em um lugar melhor."

"O desejo é meu inimigo. O desejo pelo passado, pelo futuro, por um amor, por uma família. Por tudo. Uma beshya tem que se desapegar de todos os sentimentos e aceitar seu carma."

Felizmente as personagens principais são pessoas fortes, que não se esquecem em momento algum de quem são. Fazem o necessário para sobreviver, mas apenas para que possam continuar lutando para um dia reconquistar sua liberdade.

Ela seguiu as instruções da mulher e construiu dentro de si uma blindagem contra o sofrimento. Instintivamente, ela compreendeu que demonstrar fraqueza serviria apenas para promover novos abusos.

O livro passa-se inicialmente da Índia, mas depois o cenário muda, incluindo a América do Norte e a Europa nos acontecimentos. Acompanhei, boquiaberta, a rota do tráfico de seres humanos, e pude conhecer várias facetas dele. Aterrorizante.

"Não quero ser pessimista. A guerra pode ser vencida. Mas não colocando os traficantes atrás das grades. O tráfico vai acabar quando os homens deixarem de comprar mulheres. Até lá, o melhor que podemos fazer é vencer uma batalha de cada vez."

No fim, tudo se resume à velha lei da oferta e da procura. Sem demanda, não há oferta. Mas a procura é grande. Triste fato, mas real.

Acredito que Cruzando o Caminho do Sol não possa ser encarado simplesmente como um livro de ficção. A meu ver, está mais para um documentário do tráfico de seres humanos, embora utilize uma história de fundo para cumprir seu papel. Um livro que tem algumas partes felizes, mas que não traz de forma alguma uma história bonitinha.

Sim, eu sempre soube da existência do problema. Mas nunca com tantos detalhes. Apesar de uma leve mensagem de esperança, o livro é um tanto quanto deprimente. Leia quando estiver bem.

Postada originalmente em: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2012/08/resenha-cruzando-o-caminho-do-sol.html
Leilane 14/02/2013minha estante
Pena que só ganhei o livro no segundo final de semana da Bienal, acabei ficando sem autógrafo e foto com o Corban. Estou muito curiosa para ler, com o pouco de receio em relação a temática, mas acho que será um excelente aprendizado.
Beijo!


Lua 01/03/2013minha estante
Esse tema mexe com qualquer um, deve se ter uma mente muito perversa para fazer isso com outras pessoas. O livro já me chamou atenção pelo tema, e parece ser muito bem escrito, adoraria lê-lo também.


Adriane Rod 01/04/2013minha estante
Eu quero muito ler esse livro, e até coloquei na minha lista de desejados.

Esse assunto do tráfico é muito série e eu quero ter mais conhecimento.

;)

http://pseudonimoliterario.blogspot.com.br/


Thaís 12/04/2013minha estante
Parece bem interessante, não sei se é cansativo mas axo que eu iria gostar! Precisamos cada vez mais saber sobre a nossa realidade e que o mundo n é um conto de fadas!


Baah 14/04/2013minha estante
bem intrigante esse livro, gostei demais do toque misterioso da capa , narrativa boa! um otimo livro


Dani 16/04/2013minha estante
Eu acredito 100% que a história é boa mas acho forte demais pra mim... fico deprimida quando leio algo assim =/




Beatriz Gosmin 18/05/2012

Resenha por Beatriz Gosmin - www.livroseatitudes.com.br
...............

Desde o momento em que assisti ao {booktrailer} deste livro no site da editora onde o autor fazia um relato sobre do que se tratava o livro, me apaixonei. Então fiquei ansiosa para tê-lo em mãos e assim que ele chegou o agarrei e coloquei como primeiro da fila da minha lista de leitura. Tive medo de iniciar a leitura do livro com tanta expectativa, já que geralmente isso causa decepção. Mas isso não aconteceu comigo. Eu não me decepcionei com a história e tudo o que falarei nessa resenha será de coração. Espero conseguir passar para vocês tudo de bom que o livro transmitiu para mim.

Para começar, o livro é narrado em 3ª pessoa pelo ponto de vista de vários personagens, principalmente pelos principais.

O livro já começa com uma situação muito triste onde Ahalya e Sita, duas jovens indianas de 17 e 15 anos respectivamente, perdem toda a sua família em um Tsunami que ocorre em seu país (Índia)causando muitos estragos. Felizmente as duas conseguem sobreviver, agarradas a uma árvore.

Ahalya, a mais velha, imediatamente toma o posto de protetora e assume o comando da situação não se deixando abater pelo momento: tinham que procurar ajuda para chegarem até o colégio St. Mary, onde uma conhecida de lá saberia o que fazer. Mas infelizmente, as duas acabam sendo sequestradas e vendidas para um homem que depois as levam para a grande cidade de Mumbai, e as aprisionam no porão de uma pensão.

" Ela seria como uma mãe para Sita. Faria o sacrifício que fosse necessário para que Sita encontrasse uma nova vida depois que findassem aqueles dias de horror. A existência de sua irmã lhe dava energia.
Ela não podia falhar "

Ali era um prostíbulo e eles as venderiam para homens como objetos.
E na noite em que Ahalya fora comprada pela primeira vez, Sita fora obrigada a ouvir os abusos sofridos pela sua irmã por detrás da porta.

Aquele seria o fim para elas? Seria um carma? Os deuses a haviam deixado?

Do outro lado do mundo nos Estados Unidos, Thomas, um advogado, passava por problemas pessoais: perdera recentemente uma filhinha e sua mulher, Priya, o havia deixado, partindo para seu país de origem: a Índia.
Sufocado de problemas ele acabara se envolvendo com uma colega de trabalho, e também começa a cometer alguns erros nos casos em que atuava em seu emprego.

Então seu superior lhe pede que tire umas férias. Que faça uma viagem, esqueça um pouco o trabalho para se recuperar de tudo o que estava passando.
Então Thomas recebe uma proposta para ir trabalhar por um tempo na Aces, uma associação que tinha como objetivo resgatar garotas vítimas do tráfico humano. Então decidiu que este seria um ótimo jeito de passar suas férias. E também poderia procurar Priya uma vez que ele iria atuar na Índia: o país que mais sofre com o tráfico sexual.



Um tema tão triste e assustador quanto este não poderia ter sido mais bem escrito senão por este autor e desta maneira. Falar sobre o tráfico de seres humanos garotas sem perder o foco inicial e manter uma história equilibrada, deve ser realmente difícil, mas o autor conseguiu.

O livro é bem triste, mas nada tão perturbador quanto o livro Menina Morta-Viva (resenhado). Você fica na expectativa quando algo bom é proposto, quando tudo parece se resolver, e se entristece, sente raiva, quando tudo saí errado.

Ler este livro me fez conhecer mais sobre a Índia e devo dizer que estou fascinada. Apesar de alguns apesares citados no livro (que me aborreceram muito), adorei tudo, os nomes, os lugares, o jeito do povo de lá em si.

O livro é altamente viciante, te agarra e faz você querer ler e ler até chegar ao último ponto final. E quando ele chega, comemora. E uma luz de esperança brota em seu peito ao pensar em tantas outras pessoas que estão passando por algo semelhante, em todo o mundo.

É um livro que vale a pena ser lido simplesmente pela mensagem deixada.

" O mundo podia roubar sua liberdade; podia acabar com a sua inocência; podia destruir sua família e arrastá-las por caminhos para além de seu entendimento. Mas não podia privá-las de sua memoria. Apenas o tempo tem esse poder, e Sita iria resistir a todo custo.
O passado era tudo o que restava para ela. "

> Você pode conferir esta resenha publicada no blog neste endereço:
{ http://livroseatitudes.com.br/2012/05/resenha-sorteio-cruzando-o-caminho-do-sol-corban-addison.html }
comentários(0)comente



@ARaphaDoEqualize 14/10/2012

[RESENHA] Cruzando o Caminho do Sol
RESENHA ESCRITA PARA O BLOG http://equalizedaleitura.blogspot.com.br/ PROIBIDA COPIA TOTAL OU PARCIAL!

Sita e Ahalya vivem com seus pais na Índia. Elas são felizes, sua família é rica e elas vivem muito bem. São amadas e queridas. Mas tudo isso muda quando um tsunami leva embora tudo delas: sua casa, suas roupas, as pessoas que trabalhavam para seus pais... e levam eles também. Perdidas e sem saberem o que fazer, embarcam na tentativa de encontrar um amigo de seu pai que poderia ajuda - las... No entanto, elas não deveriam confiar em qualquer pessoa. No auge de seu desespero, as meninas vem sua inocência ser perdida quando são vendidas para o mercado negro da Índia e separadas. Cada uma vai ter sua dose de sofrimento e revolta. E nunca vão saber se seus destinos se cruzarão novamente.

Do outro lado do mundo conhecemos Thomas Clarke que está com sérios problemas pessoais, tentando reconquistar sua esposa e decaindo no seu trabalho. Quando aparece a oportunidade para trabalhar em uma ONG na Índia que luta contra o tráfico de humanos, vê seu destino se cruzando com os das duas irmãs. E conhece também o lado obscuro das ações humanas.

- Você não está aqui porque eu sinto prazer no comércio sexual. Você está aqui porque existem homens que gostam de pagar por sexo. Eu sou apenas o intermediário. Alguns homens de negócios vendem objetos. Outros vendem conhecimento. Eu vendo fantasias. É tudo a mesma coisa.


OK *respira fundo* Eu chorei com o livro. Sabe aqueles livros que entram para o clube dos únicos, exatamente por serem isso? Então, Cruzando o Caminho do Sol é o típico exemplo. Eu gosto muito desses livros que falam sobre sofrimento e tragédias. Mas ao mesmo tempo eles me chamam a atenção, por que eu conheço uma história diferente e sei quantas pessoas pelo mundo sofrem com aquele mesmo problema. E sempre cresce a vontade gritante de poder fazer alguma coisa para ajudar, pra fazer a diferença. Principalmente se esses problemas forem relacionados a mulheres. E o Corban traz exatamente isso. A temática me lembrou muito de Cidade do Sol do autor Khaled Hosseini. Mulheres que moram em países onde não são respeitadas e que sofrem desde que nascem simplesmente por serem... mulheres. São abusadas, desmerecidas, ignoradas.

O Corban criou uma história forte, emocionante, trágica e muito verdadeira. Quando eu pensava: 'Meu Deus, agora tudo irá se resolver!' sempre dava uma reviravolta na história. Eu li calma, pacientemente, absolvendo cada palavra, cada frase. Sofrendo junto e separadamente com a Sita e Ahalya e querendo lutar ao lado do Thomas. Eu me senti enojada com o que li, impotente, fraca com a narrativa de cenas fortes. Mas quando eu cheguei no final tudo se encaixou tão perfeitamente que eu respirei em alívio e emocionada. Eu sei que uma história ficcional, mas eu parei pra imaginar: quantas pessoas passaram por algo semelhantes? Foram afastadas das pessoas que amavam e violentadas?

Agora eu não conseguirei buscar o trecho exatamente, mas tem uma parte no livro que o Thomas pergunta para as pessoas que já trabalham na ONG a algum tempo os motivos para eles continuarem ali, se tudo parecia ir contra eles. A resposta é que eles não podem desistir só por que a polícia ou as pessoas com poderes não ajudam. Tinham que fazer o trabalho deles e era isso que eles faziam. Não iam desistir. E eu chorei mais ainda.

- Atualmente temos 25 meninas (...) Todas menores de idade.

- Eu não quero parecer cínico - interrompeu Thomas -, mas existem milhares de prostitutas menores de idade nesta cidade. Duas dúzias não parecem muita coisa.

- Uma vez, alguém perguntou à Madre Teresa como ela lidava com a pobreza mundial. Sabe o que ela respondeu? Você lida com o que está na sua frente.


Cruzando o Caminho do Sol é o tipo de leitura que nenhuma resenha, nenhum comentário, nenhuma palavra irá conseguir definir a primorosidade da obra. Você precisa sentir para conseguir entender. Eu li o livro no começo do ano, mas me marcou profudamente: por sua temática, por seus personagens, pela escrita. É totalmente irresistível, um belo exemplo de sobrevivência e amor incodicional, banhado com um pouco de tragédia e irreconhecível desespero. O melhor é saber que essa mistura resulta em um livro tão singular.
@ARaphaDoEqualize 14/10/2012minha estante
Oie Marli! Muito obrigada pelo comentário! Em poucas palavras você conseguiu resumir muito bem tudo que eu senti tbm e que talvez não tenha passado na resenha :*




245 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |