Inocência

Inocência Visconde de Taunay




Resenhas - Inocência


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aleticiacarolina 06/12/2021

amei tudo, menos o final
gostei muito dessa leitura e me envolvi muito com o personagem, mas confesso que o final não foi exatamente o que eu queria. é um clássico de fácil entendimento e com uma linguagem simples. recomendo muito.
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Julia G 11/10/2011

Inocência - Visconde de Taunay
“Com efeito, de volta à sala dos hóspedes, não pôde mais conciliar o sono e, sem que houvesse conseguido fruir um só momento de descanso, viu raiar a aurora. Parecia-lhe que o peito ardia todo em chamas a subirem-lhe às faces, abrasando-lhe o pensamento.
Aquele venusto rosto que contemplara a sós; aqueles formosos olhos, cujo brilho a furto percebera, aquele colo alabastrino que a medo se descobrira, aquelas indecisas curvas de um corpo adorável, todo aquele conjunto harmonioso e encantador que vira à luz de frouxa vela, fatalmente o lançavam nesse pélago semeado de tormentas que se chama paixão!”

Clássico do Romantismo brasileiro, Inocência, de Visconde de Taunay, possui todos os atributos inerentes a esse movimento literário: uma donzela apaixonada, um homem que a idolatra, demonstrando a idealização do amor e da mulher, e a valorização da natureza. Passando-se no século XIX, no interior do Brasil, a obra retrata o cotidiano simples e os modos modestos de vida, as dificuldades dos viajantes, o tratamento dispensado à mulher e o convívio diário com doenças e males que atingiam a população.

Cirino, pseudomédico, viaja pelo sertão do Mato Grosso a curar doentes. A caminho da próxima vila, depara-se com Sr. Pereira, que volta da cidade frustrado por não conseguir encontrar o remédio que sua filha precisa para as sezões (febres) da maleita (malária). Sr. Pereira mal podia acreditar em sua sorte: leva Cirino à sua fazenda, pede que se instale por lá e diz que avisará os doentes da região a fim de que venham até ele e que não precise parar de trabalhar. Pouco depois da chegada de Cirino à fazenda, surge também um novo visitante. Meyer, um alemão que está no Brasil para pesquisar insetos, abriga-se também nas terras de Sr. Pereira.

Logo que se põe a cuidar da filha de Pereira, Inocência, sob olhares fiscalizadores do pai; que não podia deixá-la sozinha com um homem, Cirino logo se vê apaixonado pela moça. Sr. Pereira, que desconfia das intenções do ingênuo Meyer, mal consegue perceber as de Cirino, que consegue furtivos encontros com Inocência. Cirino, entretanto, nada podia esperar com ela, pois já estava prometida a Manecão, e palavra é a moeda mais valiosa do sertão.

Diferente do que encontrei em Memórias de um Sargento de Milícias, Inocência não traz tantas novidades, e é até previsível. Mas não, por isso, deixa de ser uma leitura bem agradável. Claro que, por se tratar de um clássico, requer um pouco de paciência para nos adequarmos à linguagem, mas há tanta riqueza cultural nessas obras que eu acredito que valha a pena. Além do mais, depois que se acostuma à escrita, vemos como a forma de narração é bela e musical. Mesmo as expressões regionalistas utilizadas nos diálogos não causam prejuízo a essa característica.

O romance se desenvolve de maneira meio irreal, mas, como não sabemos o que era viver naqueles tempos, não há como julgar se poderia ou não ter acontecido. Não me identifiquei tanto com o casal principal, o que não me impediu de torcer por eles e tentar encontrar uma solução para o desafio dos dois.

Como todo clássico, deve-se saber apreciar. Eu mesma só comecei a gostar deles quando me livrei de certos preceitos que adotava sem perceber, e não tenho me arrependido disso. Inocência é um livro interessante de conhecer, mas não se pode esperar cair de amores.
Aline 08/04/2013minha estante
Gostei do livro, apesar de ter achado a historia parecida com muitas da literatura brasileira. Uma moça promtida a um homem que disperta o interesse de outro.




Henrique Fendrich 08/06/2017

Não se assustem com o primeiro capítulo. Insistam que vão gostar.
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kally 10/06/2021

Resenha do livro Inocência
No começo fiquei desmotivada para ler, principalmente pelo primeiro capítulo que a escrita é bem complicada, mas aos poucos fui compreendendo melhor a trama. A história se passa entre 1860 e 1863. O enredo do livro é de fácil compreensão, uma moça, chamada Inocência, que morava no interior de Mato Grosso e estava sujeita ao casamento decidido pelo seu pai, mas não era o que ela queria. O seu grande amor era Cirino, um homem que se dizia médico. Gostei bastante da história, mesmo não sendo meu estilo de leitura, valeu a pena ler e conhecer esse livro, o final foi além das minhas expectativas, mas foi ótimo para o final da história.
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lucyinmars 14/03/2013

Inocência - Visconde de Taunay
Não posso negar que o autor era homem de grandes conhecimentos, e fazia questão de usar as palavras mais complicadas para compor o seu texto como forma de demonstrar isso. Provavelmente que fez alguma espécie de laboratório para conseguir detalhar tantos costumes e servir-se de tão grande leque de dialetos próprios do sertão.
Como tenho percebido, não é muito grande a lista dos que leram e gostaram desta obra, e, em particular, do primeiro capítulo. De fato que é bem escrito e estruturado, mas para quem está habituado a leituras suaves e palavras fáceis as chances são grandes de passar os olhos e não entender sequer quem é o locutor e quem é o assunto.
É claro o objetivo de Taunay em retratar o sertão, desde sua paisagem física até as palavras mais improváveis com que o sertanejo se expressa. Não foi, como é de se supor, uma questão de escrever um belo romance e prender o leitor a isso. Inocência, apesar de ter dado seu nome ao livro, não é o personagem principal: o autor acompanha Cirino, médico viajante que adentra por aquelas terras afim de juntar algum dinheiro e pagar uma dívida de jogo, e só termina quando este é assassinado. A moça, por sua vez, é retratada somente quando mencionada por outros personagens e em poucos momentos o escritor demonstra seus sentimentos.
Como referência clássica ao fim do romantismo, a obra traz uma variedade grande de características que fazem jus a este julgamento: a mais notória, que faz existir todo o enredo e cadeia de acontecimentos, é o amor proibido. Sendo Inocência prometida a outro homem e Cirino, desde o primeiro momento, terrivelmente apaixonado por ela, os inconvenientes são numerosos para ambos. Com isso ressaltam-se o estado de tristeza e melancolia que os acomete, fazendo com que a moça, que é completamente ignorante, se trancafie no quarto e com que o médico viva a andar pela noite feito um fantasma. Sendo esse amor algo extremo, não é pouco esperar que ele traga reações suicidas e, por fim, a morte.
Mas, apesar de ser uma boa história, me pergunto o que viram o casal protagonista um no outro para chegar ao ponto de colocarem suas vidas em jogo? Cirino provavelmente apaixonou-se pela beleza de Inocência, e talvez pelos modos recatados da mesma, apesar de serem meio brutos. Mas e ela? O que viu naquele homem? Refletindo um pouco, presumo eu que, como o costume era a inexistência do contato feminino com pessoas do sexo oposto principalmente antes do casamento, a figura do rapaz, totalmente nova, e o contato proporcionado pelos procedimentos médicos e ainda a gratidão por tê-la curado, em sua curta mente, logo criaram o sentimento da paixão, que de início nem ela mesma sabia distinguir, se não lhe fosse dito. Realmente essa ilusão deveria ser frequente em tempos como aquele (século XVIII) já que a maioria das pessoas eram de pouca instrução e não raciocinavam com base em propósitos que temos como essenciais nos dias de hoje.
Porém, o sentimento era o amor, o que no casamento arranjado inexistia. Inocência sofria então com a ideia de casar com Manecão, a quem estava prometida pelo pai, e falava em morte. Cirino, em seu cego desespero, viaja em busca de ajuda e neste meio tempo o pai e o noivo finalmente descobrem a razão das pouco educadas recepções da moça, e parte Manecão atrás do médico apaixonado. Este então morre, com um tiro a queima-roupa, e, nas últimas linhas descobrimos que Inocência também partira desta vida. Quem foi o responsável será sempre um grande mistério...teria o pai assassinado a própria filha de desgosto? Ou seria o noivo enfurecido que o fez por vingança? Ou ainda ela própria ter-se suicidado, como mencionou algumas vezes? Que mistério! O mais provável seria que tenha morrido de tristeza, como dizem muitos estudiosos que leram a obra.
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Mila Gomes 10/10/2020

Não é só mais um romance clichê
Posso dizer que não é um romance estilo Romeu e Julieta, como muitos falam. É um enredo digno de novela mexicana, com aquele típico amor impossível.
Alguns personagens me cativaram bastante, como o casal, Cirino e Inocência, e o alemão Meyer.
No decorrer da leitura, percebi que o autor é bem a frente ao seu tempo, criticando sempre o modo que Pereira tratava a filha, como se fosse apenas uma propriedade sua. E não só isso, mas o machismo que predominava na época.
Por ser uma linguagem rebuscada do século XIX, muita gente não terá paciência pra ler, mas penso que vale a pena dar uma chance pra esse livro.
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Mari 09/10/2012

Clássico!
Atraente e chamativo, o livro "Inocência" prende a atenção do leitor por narrar a história apaixonante e proibida de Cirino e Inocência. Torna-se mais emocionante a cada capítulo e possui um desfecho digamos que, surpreendente! Vale a pena se dispor de um tempo para lê-lo.
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Lucien.Vitor 02/01/2019

Um mergulho raso,e bem agradável,à cultura sertaneja.
Em primeira análise,julgando o livro pelo período que foi escrito,durante o romantismo,junto ao enredo dramático(enfim,pela capa),pensei que seria um livro tipicamente melodramático e no máximo bonzinho.Ao iniciar a leitura,em que lhe é introduzido de forma detalhadíssima os sertões,as expectativas são abaladas e José de Alencar,de cara,fica para trás diante daquele mundareu de palavras que parecem estar ali apenas para abalar o psicológico do leitor,engana-me.Esse início,assim como ao longo narrativa,com forte teor coloquial,consegue fazer quem lê,o branco burguês na época,habitue-se sem prejuízos(ou pelo menos ature) à cultura sertaneja,conhecendo as várias visões de mundo(liberal da cidade x sertanejo conservador)representadas pelo núcleo de personagens.A leitura passa a ser fluída e instigante,ainda antecipando os traços do realismo ao criticar,de forma bem natural e encaixada,o patriarcalismo e abrindo outros temas para discussão,como ciência,fé e política,pecando,apenas,ao meu ver,no uso de clichês românticos de forma exagerada,o que diminui a identificação do público com os dois protagonistas da trama,Inocência e Cirino.Mas,retirando esse detalhe,o texto é muito interessante e enriquecedor,valendo a pena ser lido.
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Jana 20/09/2021

Esperava um final feliz...
Fazia tanto tempo que não lia uma história de amor. Achei lindo, mas triste. Queria um casalzinho feliz :(
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marianasampaio0 07/01/2022

INOCÊNCIA
Inocência, escrito em 1872 pelo Visconde de Taunay é uma obra de temática regionalista que traz no próprio título uma homenagem à protagonista da trama, Inocência, filha de um homem de pensamento rígido, que não deixa ninguém se aproximar de sua filha, pois ela está prometida a um rapaz conhecido seu. O problema é que o viajante que o pai acolhe em sua casa se apaixona pela moça, e começa a padecer numa paixão proibida e sem a certeza de estar sendo ou não correspondido?

Confesso que no primeiro capítulo quase desisto do livro. Eu gosto de obras descritivas, mas esse se superou. Mas segui em frente e não me arrependi pois já no segundo capítulo a leitura começa a fluir muito melhor? Taunay descreve a paisagem onde a história é ambientada, Mato Grosso, mesclada com o romance de Inocência e Cirino. A narrativa é fluida, deixa o leitor tentado a ler o capítulo seguinte, até descobrir o desfecho da história.

O pai de Inocência acaba hospedando um ?gringo? e pelo comportamento lisonjeiro desse para com Inocência, logo fica desconfiado de Meyer, achando que ele está com más intenções para sua filha, e confessa sua desconfiança a Cirino, que aproveita essa oportunidade para cortejar a moça sem que a desconfiança do pai dela recaia sobre si. Pereira passa o tempo inteiro seguindo os passos de Meyer, que na sua ingenuidade, não percebe que o pai de Inocência está lhe observando irritado?

Meyer é naturalista e passa os dias à caça de espécies raras de borboletas, e o período em que passa hospedado na casa de Pereira é longo, Pereira já não sabe o que fazer para se conter e expulsar aquele homem ?atrevido? de seu lar, a ética lhe impede de botá-lo para fora se lhe deu acolhida por tempo indeterminado. Nesse ínterim, Inocência, que vinha adoentada vem se curando graças aos remédios prescritos por Cirino, que na verdade não é médico formado, mas uma espécie de curandeiro?

O que se pode perceber na obra é a maneira como as mulheres eram tratadas como se fossem propriedade do pai, em que o direito de escolher com quem casar lhe é negado. E uma ?desonra? ocorrendo na casa traria a morte, inclusive da própria Inocência, caso ela contestasse a decisão do pai de casá-la com Maneco, o tal noivo que estava longe e Pereira não via a hora de voltar para realizar o casamento e impedir que Meyer conquistasse sua filha? Mal sabia ele que os olhos dela estavam voltados para Cirino? O livro traduz bem a sociedade e costumes da época, numa pequena cidade de interior perdida no meio do Brasil? O desenrolar da história não pode ser contado pois seria spoiler? Não há muito mais a falar do livro, mas recomendo a leitura, não desistam por causa do capítulo Um. *risos*
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Yas (@vestigiosdesolitude) 28/05/2020

Complicado!!!
Leitura extremamente difícil e com gírias de muitos anos, que não são usadas atualmente e que é até mesmo difícil de encontrar o significado ao procurar na internet, o que acaba nos fazendo desanimar e desistir do livro! Li completo por ter sido utilizado em um trabalho escolar na época em que precisei ler.
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Raphael Milão 21/02/2020

Ótimo livro
Gostei muito como apresenta as formas de se expressarem e os costumes do pessoal do interior.
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