Inocência

Inocência Visconde de Taunay




Resenhas - Inocência


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marianasampaio0 07/01/2022

INOCÊNCIA
Inocência, escrito em 1872 pelo Visconde de Taunay é uma obra de temática regionalista que traz no próprio título uma homenagem à protagonista da trama, Inocência, filha de um homem de pensamento rígido, que não deixa ninguém se aproximar de sua filha, pois ela está prometida a um rapaz conhecido seu. O problema é que o viajante que o pai acolhe em sua casa se apaixona pela moça, e começa a padecer numa paixão proibida e sem a certeza de estar sendo ou não correspondido?

Confesso que no primeiro capítulo quase desisto do livro. Eu gosto de obras descritivas, mas esse se superou. Mas segui em frente e não me arrependi pois já no segundo capítulo a leitura começa a fluir muito melhor? Taunay descreve a paisagem onde a história é ambientada, Mato Grosso, mesclada com o romance de Inocência e Cirino. A narrativa é fluida, deixa o leitor tentado a ler o capítulo seguinte, até descobrir o desfecho da história.

O pai de Inocência acaba hospedando um ?gringo? e pelo comportamento lisonjeiro desse para com Inocência, logo fica desconfiado de Meyer, achando que ele está com más intenções para sua filha, e confessa sua desconfiança a Cirino, que aproveita essa oportunidade para cortejar a moça sem que a desconfiança do pai dela recaia sobre si. Pereira passa o tempo inteiro seguindo os passos de Meyer, que na sua ingenuidade, não percebe que o pai de Inocência está lhe observando irritado?

Meyer é naturalista e passa os dias à caça de espécies raras de borboletas, e o período em que passa hospedado na casa de Pereira é longo, Pereira já não sabe o que fazer para se conter e expulsar aquele homem ?atrevido? de seu lar, a ética lhe impede de botá-lo para fora se lhe deu acolhida por tempo indeterminado. Nesse ínterim, Inocência, que vinha adoentada vem se curando graças aos remédios prescritos por Cirino, que na verdade não é médico formado, mas uma espécie de curandeiro?

O que se pode perceber na obra é a maneira como as mulheres eram tratadas como se fossem propriedade do pai, em que o direito de escolher com quem casar lhe é negado. E uma ?desonra? ocorrendo na casa traria a morte, inclusive da própria Inocência, caso ela contestasse a decisão do pai de casá-la com Maneco, o tal noivo que estava longe e Pereira não via a hora de voltar para realizar o casamento e impedir que Meyer conquistasse sua filha? Mal sabia ele que os olhos dela estavam voltados para Cirino? O livro traduz bem a sociedade e costumes da época, numa pequena cidade de interior perdida no meio do Brasil? O desenrolar da história não pode ser contado pois seria spoiler? Não há muito mais a falar do livro, mas recomendo a leitura, não desistam por causa do capítulo Um. *risos*
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Sobsob 15/04/2024

Sem sal, mas não ruim
Não é um mau livro, apenas não é meu gosto.
A história por si só é bem ambientada e as descrições do pantanal são bem legais.
Porém, como uma obra romancista, mesmo que perpassada por um regionalismo charmoso, faz faltar algo.
Personagens fracos e irreias além de construção de relação de personagens serem bobos.
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Mari 09/10/2012

Clássico!
Atraente e chamativo, o livro "Inocência" prende a atenção do leitor por narrar a história apaixonante e proibida de Cirino e Inocência. Torna-se mais emocionante a cada capítulo e possui um desfecho digamos que, surpreendente! Vale a pena se dispor de um tempo para lê-lo.
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Andréa 26/08/2011

O sertão revelado em sua natureza e costumes
Com riqueza de detalhes e profundo conhecimento vivenciado pelo autor, o livro permite uma verdadeira viagem ao Brasil rústico e sertanejo dos idos de 1871, quando "honra e palavra" eram os principais motivadores dos amores impossíveis. E assim acontece com Inocência e Cirino. Ela, uma jovem do interior do Mato Grosso prometida em casamento a um homem bruto acostumado à lida do sertão. Ele, um jovem farmacéutico a quem as andanças de Minas Gerais ao sertão matogrossense faz virar "doutor" e arrebatar o coração de Inocência. Entre eles, o Sr. Pereira, o pai, homem simples, hospitaleiro, mas capaz de sacrificar a própria filha em nome da sua palavra. Entre os personagens ainda temos o entomologista Guilherme Meyer, hospede de Pereira que tem seu modo espansivo de homem europeu confundido com afronta pelo sertanejo. Dessa forma o autor apresenta o sertanejo, o homem da cidade e o extrangeiro, revelando os contrastes entre cada um deles. O final como já imaginava, é triste, fatal e representa o que por muitas vezes deve ter ocorrido na época em que o livro foi escrito.
Aline 05/02/2014minha estante
Lindo romance, mas acho que a jovem Inocência de inocente não tinha nada.




18/02/2021

Inocência, de Visconde de Taunay: o sertão que impõe obstáculos no amor
Inocência é umas obras porta de entrada para a literatura romântica brasileira, nela está elencado os principais elementos que datam as produções da época, entregando uma história de amor e paixão de jovens e os obstáculos que eles passam para ficarem juntos.
A leitura me surpreendeu bastante, pois além de Visconde de Taunay entregar uma escrita mais fluida e ágil nos acontecimentos, o que causou mais admiração foi a caracterização e ambientação da narrativa. O primeiro capítulo é o que entrega esse tom do autor em caracterizar seus elementos da história, entregando um desenho quase que realístico da paisagem sertaneja e do ambiente do sertão, colocando o leitor para compreender em que circunstâncias viriam aparecer os personagens - é, possivelmente, um dos melhores capítulos introdutórios que li nos últimos tempos.
São os personagens também, que recebem boas apresentações com capítulos dedicados a eles, na qual o leitor consegue entender as particularidades e vivências de cada um. A partir do ponto em que eles são apresentados, Taunay começa a tecer uma teia que vai ligando todos os personagens nessa história em torno da Inocência. A personagem título ganha muita atenção, pois a partir de suas ações e qualidades ela desencadeia uma série de reações nos personagens, que são muitas vezes definidos pelas relações que tem com ela, desde o pai que é ciumento até o homem que se apaixona por ela.
É muito importante para essa narrativa, os episódios que o autor conta para que a leitura se torne mais interessante e envolvente, cenas tais como a do jantar, os encontros as escondidas e as viagem que ocorrem, são ótimas para dar mais camadas aos entornos dos personagens.
Apesar de hoje, a história de um amor proibido parecer um pouco datada, é essencial entender como Inocência incorpora muitos costumes da época, seja os da sociedade que são refletidos dentro da própria narrativa como os estilos literários do romantismo que estão presentes na escrita de Taunay. Aqui, o mais atraente não está somente no suspense da narrativa e no desfecho, mas sim nos desenlaces que se dá e as diversas situações que os personagens passam.
Para quem procura conhecer mais de autores brasileiros, e se fascinar pelos primeiros momentos de nossa literatura, Inocência é um livro de muita beleza, sentimento e simpatia.
"Amor é sofrimento, quando a gente não sabe se a paixão é aceita, quando não vê quem se adora; amor é céu, quando se está como eu agora estou."
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Jana 20/09/2021

Esperava um final feliz...
Fazia tanto tempo que não lia uma história de amor. Achei lindo, mas triste. Queria um casalzinho feliz :(
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Ana 11/05/2022

padrão de livro do século XIX, personagens planos demais, típico de novela das 7
Inocência típica figura da mulher do modelo romântico, figura extremamente passiva e vista como objeto de desejo por todo homem de sua vida.
Não tinha livro melhor para entender certos conceitos das obras produzidas nesse século.
Reforça toda descrição regionalista da época. Dos cinco componentes de uma obra, Taunay decide focar naquilo que menos prende o leitor=espaço. E fica devendo nos principais: Enredo e Personagens.
Lembra muito o Morro dos Ventos Uivantes, só que para o padrão Brasileiro, essa estética não funcionou, uma vez que não desenvolve bem os personagens e está muito preocupado em fazer uso da técnica de ENCHIMENTO e COR LOCAL. Essas técnicas são utilizadas, pois naquela época os livros eram a melhor forma de conhecer sobre diversos ambientes, já que era a fonte de transmissão de informações, então essas questões de descrição eram muito exploradas. Além do que no começo do século xIX, há uma enorme tentativa de exaltar as "belezas" do país.
Desse modo, é uma obra que na atualidade torna-se uma leitura cansativa, mas não deixa de registrar a sua função naquela época.
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Suellen 14/10/2020

Oi, gente!
Resenha postada originalmente no blog
Hoje temos resenha de "Inocência".

Título original em português (BR): Inocência
Autor: Visconde de Taunay
Páginas: 160
Editora: Ciranda Cultural

Resenha
O livro se passa entre 1860 e 1863.
Cirino, nosso protagonista, era um jovem de vinte e cinco anos que auto intulava-se médico e viajava pelo sertão mineiro sem nenhuma grande pretensão, até que tudo mudou ao ser interpelado por Pereira e ir parar na casa dele para curar sua filha Inocência, esta sofria com febres e fraquezas no corpo.
E depois de curar, Cirino, usando de seus conhecimentos adquiridos por alguns livros, crenças e rezas, aconteceu da febre passar para sua alma e coração, o que também é correspondido, mas é um amor impossível, visto que a moça estava para casar com um homem escolhido por seu pai. Pai este que é homem de seu tempo, rude e desconfiado que acreditou estar sendo afrontado por um alemão, Meyer, que era pesquisador de insetos e viajava recolhendo amostras pelo Brasil, apenas por chamar sua filha de bonita. Injuriado com tal situação, ele confessava seu dilema de acolher bem, por ter dado a sua palavra, e palavra de mineiro não volta atrás, e de proteger a honra de seu nome para o pseudo-médico Cirino, porém mal passava por sua cabeça que o jovem estava apaixonado pela menina.

Gostei muito, e, assim como "Amor de Perdição", é sofredor também, mas não focou apenas e tão somente no amor dos protagonistas, e isso foi um ponto muito positivo, não que eu seja contra romances românticos, mas quando dá uma "quebrada" é bem vindo para mim, teve a cena do leproso em que fiquei comovida, das descobertas do pesquisador e sobre dar a sua palavra e fazer cumprir.
Fiquei indignada por ler como Inocência foi tratada pelo pai, do amor ao ódio em poucas frases, apenas por querer algo, querer escolher com quem se casar, um desejo tão simples. Triste isso.

Minha edição
É capa mole, folhas estilo de jornal, com citações em cada começo de capítulo, notas de rodapé e capítulos bem curtos. Ela é bem frágil e amassa com facilidade.
E sobre a capa: eu não gosto muito de rosto focado de frente, não que a moça não seja bonita, mas acho que se estivesse de lado iria ficar melhor.

Minha nota 🌟🌟🌟🌟 (4/5)
Gostei muito desse romance e é por essa razão que ele recebe as quatro estrelas, só o começo que foi meio extenso e muito detalhado, um pouco cansativo eu diria, por isso da nota.

Sobre o autor
Alfredo Maria Adriano d'Escragnolle Taunay nasceu no Rio de Janeiro em 1843, em uma família aristocrática de origem francesa. Foi físico, escritor, historiador, professor e sociólogo brasileiro.
Principais obras: A Campanha da Cordilheira, A Retirada da Laguna, Inocência, Lágrimas do Coração, Ouro sobre Azul, Estudos Críticos , Amélia Smith, No Declínio e O Encilhamento.
Faleceu diabético no dia 25 de Janeiro de 1899 no Rio de Janeiro.
(Resumo dos dados biográficos encontrados no livro)

Então, até.
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Lucien.Vitor 02/01/2019

Um mergulho raso,e bem agradável,à cultura sertaneja.
Em primeira análise,julgando o livro pelo período que foi escrito,durante o romantismo,junto ao enredo dramático(enfim,pela capa),pensei que seria um livro tipicamente melodramático e no máximo bonzinho.Ao iniciar a leitura,em que lhe é introduzido de forma detalhadíssima os sertões,as expectativas são abaladas e José de Alencar,de cara,fica para trás diante daquele mundareu de palavras que parecem estar ali apenas para abalar o psicológico do leitor,engana-me.Esse início,assim como ao longo narrativa,com forte teor coloquial,consegue fazer quem lê,o branco burguês na época,habitue-se sem prejuízos(ou pelo menos ature) à cultura sertaneja,conhecendo as várias visões de mundo(liberal da cidade x sertanejo conservador)representadas pelo núcleo de personagens.A leitura passa a ser fluída e instigante,ainda antecipando os traços do realismo ao criticar,de forma bem natural e encaixada,o patriarcalismo e abrindo outros temas para discussão,como ciência,fé e política,pecando,apenas,ao meu ver,no uso de clichês românticos de forma exagerada,o que diminui a identificação do público com os dois protagonistas da trama,Inocência e Cirino.Mas,retirando esse detalhe,o texto é muito interessante e enriquecedor,valendo a pena ser lido.
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amandacfr 20/12/2020

Amor impossível
"Porque eu amo...amo-a, e sofro como um louco...como um perdido."

Resolvi dar uma chance para uma obra romântica, e para escolher "Inocência", levei em consideração que fazia parte da vertente regionalista do movimento.
Nesse critério, a obra cumpre bem seu papel, podemos compreender alguns dos costumes do interior dessas regiões.

Se passa entre 1860 e 1863, o enredo é bem simples, há a típica moça do interior que é submetida à um casamento que o pai decidira, mas isso vai contra a sua vontade.
O dono de seu coração é Cirino, um homem que se intitulava médico e viajava curando doentes pelos sertões, e é o nosso protagonista.

Em minha opinião, o ponto forte da obra é a quebra de expectativa no desfecho, onde ambos os persongens preferem a morte ao não conseguirem expressar seu amor. Essa é uma característica forte das obras românticas, e podemos acompanhar essa melancolia nos pensamentos de Cirino.
Não é meu tipo de leitura favorita, mas acredito que fiz uma boa escolha, leitura recomendada!
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Ana 19/07/2013

leitura antiga de difícil entendimento.
no decorrer da história, vai ficando emocionante e o final surpreende.
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Nuzi 26/07/2021

Eu adoro esse livro, me julguem!
Obviamente ele não tem nada de extraordinário além daquelas coisas comuns que se espera de um livro de época, mas eu gosto muito da história e dou boas risadas com ela. O final a gente ignora e finge que não aconteceu kkk
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Daiani.Cris 27/12/2009

Ele fala 15 páginas só do sertão, niguém merece, e a história só começa a ficar legal na metade do livro, quando você não aguenta mais.
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