Ficções

Ficções Jorge Luis Borges




Resenhas - Ficções


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alinetiemi 10/06/2022

Um clássico da literatura, muito bem escrito, porém não é pra mim. Alguns contos fluiram melhor pra mim, outros não entendi muita coisa. Como foi indicação, valeu super pela experiência.
Adorei conhecer outro autor fora da minha zona de conforto.
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Tiago Mujica 04/06/2022


Li quando era mais garoto vários contos do Borges e conforme fui envelhecendo, eu os reli e curioso que sempre que os relia entendia algo diferente da história, as reinterpretava e encontrava novos significados para o texto. Não sei se não era um leitor muito atento na época, ou se existe realmente essa magia nesses contos.

Borges era um fascinado pelo tema do labirinto perfeito que englobaria o Todo numa espécie de repetição infinita, numa infinidade de variantes. Tudo isso deixa o leitor atordoado e imóvel no olho da tempestade. “Ficções” também está imbuído de uma forte poesia melancólica que torna cada conto atemporal.
Borges leu tudo, sua imaginação fértil alimentada por suas leituras abundantes de tudo que chegava às suas mãos (literatura ocidental, oriental...), suas metáforas e seu simbolismo aberto a todas as interpretações, sua maneira original de nos levar a refletir, imaginar, examinar, buscar para descobrir, abrir novos caminhos para nós. Encontrei também ali, o homem labiríntico que é Borges, que conduz o leitor por onde ele jamais poderia ter entrado! Para ler este livro pequenino, é preciso uma referência rica, é preciso se adaptar ao estilo de Borges, a toda essa informação histórica (mais mitológica), científica (matemática). Além disso, Borges é o homem no espelho, um mundo tem seu duplo. E este ad infinitum; o mundo da biblioteca, o homem e o seu duplo de sonho, o real e o imaginário, o destino e o acaso.

Borges é o homem da biblioteca, o seu livro é uma hábil mistura de todos os escritos universais mas também das enciclopédias que consultava. As peças (porque não podemos nomeá-las ou classificá-las) que esta coleção reúne são variadas e originais (em termos de forma e conteúdo). Borges, que defende a releitura, apresenta-nos uma obra a ser relida interminavelmente. Porque essas peças são como vidro pulverizado que mostra um reflexo diferente toda vez.

Se Kafka queria (entre outras coisas) representar o mundo transformando-o em sonho (ou pesadelo), Borges queria recriar o mundo que não verá mais, por causa de sua cegueira.

“A Biblioteca de Babel” e “Pierre Ménard, autor de Dom Quixote”, me destacam particularmente entre os contos presentes nas Ficções. Ambos os contos apresentam caricaturas irônicas que simbolizam o absurdo e a vaidade absoluta da busca frenética do conhecimento em que nossa civilização atualmente parece se encaminhar. Também apreciei muito a luta pela liberdade expressa em vários contos, incluindo “Tlön, Orbis Tertius” e especialmente “A Loteria da Babilônia”.
Um leitor precisa conhecer certas informações precisas, apenas para captar o sentido do que é expresso e a impressão que deve emergir dele, e é à palavra que Borges sempre lhe dá a medida certa. Obviamente, é possível que a mensagem não chegue a alguns, mas todas as chances serão disponibilizadas para eles, a fim de manter sua atenção e interesse em seus níveis máximos.

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Regis 04/06/2022

Uma viagem insólita...
Jorge Luis Borges nos conduz por Ficções através de espelhos, labirintos, jardins, bibliotecas e livros de uma maneira que te torna espectador de cada história.

Uma leitura densa que deve ser repetida. São contos marcantes e fantasiosos que bem poderiam ser sonhos insólitos, vivenciados durante uma febre.

Jorge Luiz Borges que influenciou autores como Umberto Eco e Adolfo Bioy Casares, nos faz viajar a cada conto tentando entender esse trajeto fantasioso que as vezes nos foge a compreensão.

Uma leitura maravilhosa, imersiva e que necessita um retorno para aprofundar o entendimento de alguns contos.

Recomendo cada conto desse livro. Destaque para: As Ruínas Circulares, A Biblioteca de Babel, A Loteria em Babilônia e O Milagre Secreto.
DANILÃO1505 04/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro


Cleber 05/06/2022minha estante
????




Glauber 01/06/2022

Não li o livro em um bom momento e acho que isso contribuiu para que nenhum conto me prendesse na leitura ou que eu tivesse alguma memória
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Ana Bellot 19/05/2022

Apenas Borges
Genialidade definem esses contos. Podem parecer confusos no inicio mas insista! Você merece essa leitura.
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Gabriela Gonçalves 06/04/2022

Queria muito ter gostado, mas estou achando que Jorge Luis Borges não é para mim. Foi muito difícil continuar a leitura porque a maioria dos contos eram muito chatos e não tinham propósito algum. Parecia que eu lia e saia do ponto A pro ponto -A. Realmente eram Ficções que brincavam com coisas reais e imaginárias, mas que eram extremamente cansativas de ler sobre o assunto. A escrita do autor também é um pouco complicada, não é difícil de compreender, mas não achei muito fluída. Enfim, eu já tinha lido um outro livro dele (não era de contos), mas faz muito tempo e não lembro bem. Mas depois dessa experiência, estou receosa de pegar outros escritos dele.
Elói 06/04/2022minha estante
Eu nunca consegui terminar o meu. O único conto que gostei até onde li foi o da biblioteca. Tirando esse, pra mim parece um advogado querendo muito mostrar que sabe falar juridiquês fluente nos seus escritos de literatura?


Alê | @alexandrejjr 07/04/2022minha estante
Eu também desisti desse, mas não do Borges. Indico dois outros livros fininhos dele: "História universal da infâmia" e "O informe de Brodie".




Lucas 06/03/2022

A realidade possui uma essência onírica
Ficções, é um livro composto por 16 contos. Dividido em duas partes, a primeira, o jardim de veredas que se birfurcam, e a segunda, artifícios. Os contos são sobre assuntos diversos e que possuem tipologias diversas. Tentando fazer uma interseccionalidade nestes 16 contos, ficções, é sobre o humano, a civilização, o divino, a comunicação entre estas instâncias, seus significados e as narrativas geradas destes aspectos. Repleto de figuras e conceitos tais quais espelhos, labirintos, memória, eternidade e o tempo. Borges escreve sobre a percepção e a realidade.

?Os espelhos e a cópula são abomináveis, porque multiplicam o número de homens.?

?Queria sonhar um homem: queria sonhá-lo com integridade minuciosa e impô-lo à realidade.?

?Desvario trabalhoso e empobrecedor o de compor vastos livros; o de espraiar em quinhentas páginas uma ideia cuja perfeita exposição oral cabe em poucos minutos?.
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Gabriel 10/02/2022

Realmente genial, não há o que discutir. Borges é no fundo um brincalhão, joga conosco o tempo todo. Usa da metafísica e suas próprias obsessões e erudição pra criar um universo. Não há um endosso desses interesses, mas sim uma ficção por cima deles. Existem vários signos nos contos e nada está ali por acaso. Entendo quem não se identifique, pois vários contos só fazem sentido se o leitor tiver um conhecimento prévio de muitos assuntos (inclusive há um intenso diálogo entre eles). São contos que dão nó na cabeça, mas que no final vale a pena. Para os que não leram sugiro que antes ou durante a leitura conheçam a figura de Borges para ter uma melhor experiência.
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Lucília 08/02/2022

Um labirinto que te faz voltar ao início do texto.
Ficções é uma coletânea de textos e de início achei a leitura super difícil. No primeiro conto parecia que eu estava lendo um texto científico quando na verdade só queria literatura. No entanto, os textos seguintes realmente me surpreenderam, por serem rápidos, profundos e sempre me fazendo voltar a seu início para captar algo que achava que tinha deixado passar. Borges fala de livros e lugares fictícios com tanta verossimilhança que não parece que estamos lendo ficção. Ele faz muitas alusões a ideia do labirinto. E de fato seus textos são como labirintos e você se pega dando voltas e voltas nas ideias e no próprio texto, caindo na tentação de relê-lo antes de chegar a seu término. E sempre há uma sensação de perplexidade no fim, para recomeçar com o próximo conto. Maravilhoso.
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Carolina Del Puppo 07/02/2022

Um verdadeiro mestre
Olha eu amei de mais, me identifiquei tanto com esse autor, seus pensamentos, suas ideias, apesar de as vezes não compreender uma coisa ou outra, mas valeu muito a pena.
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Valter.Guedes 29/01/2022

A arte do sonho.
Borges, um poeta introspectivo do século 19 caminhou trôpego e sereno pelo século 20, o século da máquinas grosseiras e das cinzas. Parece pesar a lama em seus sapatos finos enquanto caminha guiado por sua bengala, recriando a cada passo uma nova vida inteira em que o fantástico que dele se afasta é arrastado para ele quando Borges aceita ser o que era, um oráculo. Ainda que cercados por multidões de fieis, todo protagonista de seus contos se encontra sozinho, mesmo entre seus pares.

Seja em um quarto de pensão em que espera o disparo na nuca, seja sentado diante de uma cadeira em alguma biblioteca na qual em uma enciclopédia encontra um verbete que faz referência a um continente perdido, o protagonista é sempre alguém sozinho em seu mundo, por ser o centro de seu mundo sonhado.

Borges tornou sua cegueira, sua solidão, sua voracidade mágica em seu labirinto e o mobiliou com seu passado fantasiado de criança. Um homem perdido entre sombras, mas que as conheceu muito bem.

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pedro villar 27/01/2022

Borges e seus labirintos me assustaram por muito tempo. Finalmente resolvi me aventurar neles e não me arrependi. É um uso diferente da fantasia do que fazem seus companheiros latino-americanos do Realismo Mágico. Borges está mais preocupado em discutir filosofia e razões existenciais, muitas vezes a própria arte e suas ramificações e pensamentos, do que fazer um tratado social e político do continente como García Marquez.

É um livro que pode e deve ser revisitado diversas vezes para melhores e diferentes entendimentos, mas que é impactante desde a primeira leitura.
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thamyres 26/01/2022

livros de contos nunca me chamaram atenção mas borges conseguiu com seus ensaios sobre livros e autores imaginários, com a sua filosofia e misticismo, sua fantasia e sua realidade, com seu tom seco que foi gradativamente se transformando em paixão... tudo.
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