Os Filhos de Anansi

Os Filhos de Anansi Neil Gaiman
Neil Gaiman
Neil Gaiman




Resenhas - Os Filhos de Anansi


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Boo_ 10/07/2022

Pura fantasia urbana.
O livro me arrancou bastante risada, os acontecimentos são bem leves e divertidos, e ele consegue amarrar tudo até o final e deixar bem encaixadinho. Uma das minhas partes preferidas são os pensamentos do protagonista em relação a futura sogra dele, foram as partes que mais dei risada. Espero que Neil Gaiman seja um poço de conforto pra vocês assim como é pra mim. ??
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Rosem Ferr 26/02/2015

“Anansi é o dono de todas as histórias”
Bem Vindos ao Universo de Neil Gaiman...

Nesta trama bem humorada e repleta de referencias da mitologia africana, são ressaltadas “ a la Fontaine” fábulas que caracterizam o comportamento oportunista, trapaceiro e egoísta do Deus Anansi – Aranha – que como Criador e Nomeador de todas as coisas, intitula-se possuidor do direito sobre tudo e todos, de modo que vê o mundo como um gigantesco parque de diversões que só existe para seu prazer e deleite.

Ops! Dentro de seu universo mítico talvez as coisas possam funcionar assim, no entanto, no mundo real o jeito “Anansi” de ser irá estabelecer o verdadeiro caos na vida de um de seus herdeiros.
Charles Nancy (Anansi), desconhece a verdadeira origem de seu pai, e seus poderes, quando inesperadamente sua pacata e mediócre vida suburbana é invadida pela chegada de seu irmão Spider Nancy, que é o tipo de “Cara” que todo homem quer ser, descolado, bem articulado, sedutor e ótimo em tudo, mas principalmente em transformar a vida de Charles em um inferno:

“ - Ele está tornando minha vida um inferno – respondeu Fat Charlie – Eu só quero
que vocês façam com que ele vá embora. Mais nada. Vocês podem fazer isso ?

Aí é que o circo pega fogo, preparem seus corações, pois Neil Gaiman não é considerado o Mestre da ficção fantástica por acaso...A medida do caos entre a desordem da racionalidade humana, os labirintos do inconsciente e o mundo mítico de Gaiman:

Os sonhos, elemento sempre presente nas narrativas de Gaiman serão o fio condutor na trama dessa brilhante teia de incríveis personagens, ora como transporte para profundidades do inconsciente, ora como validação de outras possíveis realidades, ou seja, mundos paralelos.

“HÁ LUGARES MÍTICOS. ELES EXISTEM, CADA UM A SUA MANEIRA.
Alguns pairam sobre o mundo. Outros existem sob o mundo, como o esboço de uma pintura.”

Os arquétipos utilizados estabelecem uma fusão hibrida : Seres míticos/personas do cotidiano e esteriótipos humanos/seres míticos, assim nos identificamos tanto em um mundo como no outro com uma gama de personagens fascinantes, engraçadas e complexas em suas dualidades.

Se tudo começa dentro de uma normalidade que beira ao tédio é simplesmente para ser subvertido em grau máximo, assim o mundo de Charlie é virado de cabeça para baixo, e nesta jornada ele sera “ absolutotalmente” como diz Coats, transformado.

“Onde havia uma mulher, como se fossem dispersos por um disparo de uma
arma, havia agora uma nuvem de pássaros voando em todas as direções.”

Vários vilões ?

Somos conduzidos ao amago das personagens, descobrimos seus defeitos e fragilidades, chegando a momentos estonteantes que já não sabemos mais quem são os bons ou os maus, chegando a um ponto que gregos e troianos estão cobertos de razão, é como se Gaiman sussurra-se nas entrelinhas: Divirta-se fique do lado que quiser, porque “tudo é da lei”.

A narrativa é deliciosamente pontuada de alusões a clássicos da literatura como Macbeth, O processo, A metamorfose, O corvo; do cinema de Hitchcock ao mágico de Oz; até a programas de talk show, mas principalmente a citação de muitas músicas, pois “ ESTA HISTORIA COMEÇA ...com uma música”.

Assim, vamos ouvindo essa trilha sonora conforme fazemos a leitura, a música da virada de Charlie em um verdadeiro Anansi é “Under the Boardwalk”, que tratando-se de Gaiman deve ser a versão Rolling Stones.

Enfim são 14 capítulos, subdivididos em cenas curtas, que conferem ritmo e fluidez as 344 paginas desse excelente livro, em uma viagem que nos leva da Florida para Londres, de Londres para a Florida e então para um Mundo mítico, dele para a Florida, e de novo a Londres e tudo mistura-se, digo os Mundos, até chegarmos a uma Ilha do Caribe onde se definira essa trama de pura adrenalina onírica.
Simplesmente Fantástico !

By Rosem Ferr.


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Thiago 15/05/2022

Ahh achei ok
Livro divertido, com o típico humor espertinho britânico, salpicado com folclore e tiradas nonsense. Não é muito meu tipo de literatura, mas achei razoável...
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Bianca 04/12/2021

Limão
Livro maravilhoso, como todos do Neil Gaiman. Aqui ele parte da mitologia afro-americana para falar sobre Anansi, um deus trapaceiro, bem humorado e atrevido. E seus filhos, que não podiam ser mais diferentes um do outro. Mas o melhor da história é o limão.
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Sindu 09/02/2022

O livro é bem diferente da pegada do Neil, bem voltado pra comédia, mas não deixando o todo o misticismo característico dele. O começo é um pouco massante, porem com o decorrer da estória, você vai se apegando aos personagens e sempre querendo saber o que vai acontecer a seguir. O livro tem um começo, meio e fim bem satisfatórios.
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Horroshow 30/01/2016

Resenha por Renato Fonseca (Blog Horrorshow)
“Essa história começa, assim como a maioria das coisas, com uma música. Afinal de contas, no começo havia as palavras, e elas vinham acompanhadas de uma melodia. Foi assim que o mundo foi feito, que o vazio foi dividido e que a terra, as estrelas, os sonhos, os pequenos deuses e os animais vieram ao mundo. Eles foram cantados.”


Charlie Nancy é o personagem principal nessa obra de Neil Gaiman. No início do texto, ele é apresentado como um homem mais pacato do que o recomendável, extremamente rotineiro, previsível e que tem uma vida e um emprego que tendem à monotonia. Charlie está prestes a se casar e, à pedido de sua noiva, acaba concordando em convidar seu detestável pai para a cerimônia, em uma tentativa de reaproximação, desejada pela noiva.

O pai de Charlie vive na Flórida e, no momento em que fica decidido que ele será convidado para o casamento, o que acontecia era uma noite de karaokê, na qual o pai de Charlie canta, dança e cai morto em cima de três moças, turistas semi-bêbadas e extremamente atraentes. Assim termina a vida daquele que posteriormente será revelado como Anansi, o antigo deus pagão que é o dono e contador de todas as histórias. Charlie sempre tentou manter distância de seu pai e somente a morte e algumas conversas com as vizinhas do deus desconhecido o fazem se interessar pelo passado do pai e, sem querer, entrar numa trama de ódio e inveja entre deuses, de magia entre mortais e divindades e de castigos malsucedidos.

(... Leia mais no link abaixo)

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2016/01/os-filhos-de-anansi-neil-gaiman.html
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BrnXvr13 28/02/2022

Muito bom
Esse autor trouxe pra mim um novo dilema, um novo conceito pra leitura. Esse é o segundo livro que estou lendo dele e é o mesmo conceito, começa com a apresentação de todos os personagens e depois vai evoluindo com a história, com pontos de vista diferentes sem ter um protagonista.
A história sobre os filhos de Anansi é sobre o Deus, é muito boa, o desenrolar da história é muito bom. Todos os detalhes, toda a "teia", o começo de um final impressionante, toda a temática é tudo maravilhoso e gostoso de se ler.
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André Prado 15/10/2015

OS FILHOS DE ANANSI (NEIL GAIMAN)
Anansi é uma antiga lenda africana, um Deus tão antigo que data-se do início do início de quando no mundo não haviam-se histórias pra contar. Mundo triste esse não?! Tais histórias não existiam pois até ali elas pertenciam a Nyame, o Deus do Céu e um dia Anansi quis contá-las ao povo da sua aldeia, mas o jeito era comprar as histórias.

Nyame de primeira riu e estabeleceu um preço, de que Anansi trouxesse Osebo, o leopardo de dentes horríveis, Mmbobo, os marimbondos que picam com fogo, e Moatia, a fada que nenhum homem jamais viu. Ele pensava que com esse preço faria Anansi desistir da ideia, mas o pequeno velho respondeu: - Pagarei seu preço com prazer, ainda lhe trago Ianysiá, minha velha mãe, sexta filha de minha avó.

Então Anansi, um velho esperto, pregou peças e fez armadilhas capturando os três deuses e lhe entregando sua própria mãe como prometido, e tecendo uma teia para levar seus tesouros até o pé de Nyame, tomando pra si o baú com todas as histórias e espalhando-as para os quatro cantos do mundo.

Charles Nancy ou "Fat Charlie", como queiram chamar (mesmo que ele não queira ser chamado assim), é o filho de Anansi que dá título ao livro. Bom, como você pôde ver pela história dos parágrafos anteriores, meio que dá pra entender que Anansi não é um dos deuses mais confiáveis e solícitos que existem, na verdade pelo contrário, é bem fanfarrão e zueiro, daqueles que não perdem a piada e nem a oportunidade de tirar sarro. Portanto, boa parte da personalidade introvertida e chata de Fat Charlie (e ele mesmo acredita nisso) é provocada exatamente pelo número de vezes que seu pai lhe fez passar vergonha em todos os lugares possíveis. Então quando ele viu-se na oportunidade de partir para Londres para tocar sua vida, nem pensou duas vezes.

Lá Fat Charlie, mesmo sendo totalmente desprovido de charme, conheceu uma garota chamada Rosie e estão prestes a se casar (e sua sogra odeia isso), O jogo começa a virar quando na lista de convidados para o casamento, Rosie acaba convencendo Charlie, à contragosto, a convidar o seu velho pai para o casamento, mas na ligação ele recebe de uma velha amiga da família a notícia que seu pai faleceu e nutrindo um misto de respeito e sentimentalismo Charlie pega um voo e retorna ao lugar onde ele tanto odeia.

Chegando lá sua antiga vizinha conta o que Fat Charlie nunca sequer suspeitou, que o Sr. Nancy era na verdade um Deus da mitologia africana detentor de todas as histórias. Claro que Fat Charlie reluta a acreditar e como se a situação não pudesse ficar mais desagradável, ouve da sua vizinha que seu irmão Spider ficou com todos os poderes, desagradável como se você soubesse que seu pai não tivesse deixado um centavo de herança pra você e detalhe, sem saber até ali que você tinha um irmão! Como "solução" proposta para a confusão, a velhinha diz a Charlie que ao ver uma aranha, qualquer aranha, era só preciso falar que ele queria encontrar Spider, e ele viria.

E Spider atendendo ao chamado de Charlie vêm e ele é tudo aquilo que Charlie não é e no fundo queria ser, descolado, bem -articulado, extrovertido, charmoso, enfim, um cara bom em tudo. De início Charlie e Spider se dão muito bem, mas Spider veio pra ficar, e como se fosse aquele familiar chato que diz que vai embora da sua casa e nunca vai, arruma um lugarzinho na até então vida pacata de Charlie e ajuda a transformar a sua vida numa bagunça ainda maior.

O resto da rica história fica por sua conta. ;)

Neil Gaiman é um escritor de mão cheia que tem como característica mais presente a mescla de casos do cotidiano, passagens históricas e arquétipos mitológicos. E em "Os Filhos de Anansi", como em "Deuses Americanos", ele se aproveita mais uma vez desse nicho de deuses esquecidos pela humanidade, que pela perda de fé, seguem vivendo entre nós.

Neil também é mestre em entregar em suas histórias personagens carismáticos, intrinsecamente ligados ao nosso cotidiano, como Charlie que é o típico perdedor da cidade grande, aquele cara que aceita com desinteresse tudo o que dizem, nunca se arrisca, e constantemente reclama do passado justificando a falta de atitude sobre o futuro. Ou seu irmão Spider que é o típico canastrão charmoso, estiloso e esperto que topa-tudo e sempre está disposto a viver intensamente (é impossível não imaginar esse cara de jaqueta preta, cabelo pra trás e calça jeans rasgada). Rosie, a mulher que no fundo não sabe muito bem o que quer e que no fundo quer contrariar sua mãe. e Graham Coats, o típico chefão corrupto que quer se dar bem diante de todos.

"Os Filhos de Anansi" nada mais é do que uma obra que narra a história de um homem comum que se supera frente ao maravilhoso e obscuro mundo dos deuses, o livro é relativamente curto e muito gostoso de se ler, e apesar de sua simplicidade de roteiro, guarda várias referências, principalmente musicais, que nos contam um pouquinho do gosto que Neil quis compartilhar. A característica noveleira que Neil Gaiman entrega, expõe um escritor muito mais solto em comparação aos seus outros livros, disposto a explorar sua excelente veia cômica e aproximar os personagens ainda mais do leitor, sem desgrudar da fantasia que se mescla a realidade londrina capaz de nos prender a atenção como sempre.

Atenção que foi presa instantaneamente pela bela arte da Intrínseca na capa do livro (você vai saber quando o pegar) e que tendo Neil Gaiman como escritor, me obrigou a adquiri-lo logo de cara. "Os Filhos de Anansi" é imperdível para fãs, mas para quem quer começar a ler Neil Gaiman não tanto. Pessoalmente recomendo outras obras que mostram mais o que o escritor realmente é. Porém como disse no parágrafo anterior, "Os Filhos de Anansi" é um livro tão gostoso de se ler que acredito que se você curtir uma boa história vai curtir tanto o livro como eu! =)

site: http://descafeinadoblog.blogspot.com
Eric Rocha - Ersiro 27/10/2015minha estante
Ótima resenha e muito bem construída! Depois dela, fiquei com uma vontade maior ainda de ler algo de Neil, mas como você mesmo disse, para quem quer começar a ler, Os filhos de Anansi não é tão indicado... Queria saber qual você me recomendaria ^^




Antonio Luiz 14/03/2010

É uma leitura divertida, uma distração light para dois ou três dias, mas bastante rasa, no fim das contas. Não deixa nenhuma ideia muito interessante, nada muito memorável além de uma ou outra cena particularmente engraçada. O tipo de livro adequado para ler num avião a caminho das férias (o que, por sorte, foi exatamente o que fiz).

É fundamentalmente uma comédia romântica hollywoodiana com tom de fantasia, à maneira de "A Feiticeira" (o filme de 2005) ou "Mary Poppins". Dá literalmente para imaginar as cenas em que os personagens devem parar a ação e começar a cantar e dançar... Tive até a impressão de que escreveu o livro para tentar seduzir os estúdios Disney, que é citada explicitamente em mais de uma passagem (sem falar que o personagem passa várias vezes por Orlando, cruzando grupos de turistas a caminho da Disneyworld).

Neste livro, Gaiman usa e abusa dos estereótipos do cinema e da comédia - quiproquós (ou seja, quando uma pessoa confunde um personagem com outro), vilões ridículos e absolutamente malignos, coincidências implausíveis, relações amorosas confusas, final feliz com casamentos etc. etc. O exagero não chega a ser compensado pelo fato de passar recibo dos clichês - ou seja, dizer explicitamente que tal situação é mais ou menos como em tal ou qual gênero de filme.
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PorEssasPáginas 24/08/2015

Resenha dupla: Os Filhos de Anansi - Por Essas Páginas
Olá pequenas aranhas! Aqui é o Felipe e hoje vamos falar de Os Filhos de Anansi do queridinho Neil Gaiman. Esta é a primeira vez que leio algo do autor, apesar de já ter ouvido falar do mesmo (e quem não ouviu?), mas confesso que não me surpreendi nem vi tudo o que o povo fala do mesmo. Anansi entretém, é bom, mas se você espera algo épico ou vem com esse pré-conceito de que o autor é a última bolacha do pacote… este livro vai te decepcionar. Agora se você deixar esses pré-conceitos de lado, vai descobrir que Anansi é muito divertido.

Eu (Karen! Oi, eu também li esse livro!) já tinha lido outras obras do Gaiman. Obras MUITO boas, como Coraline e alguns contos, inclusive de Doctor Who (isso sem contar alguns episódios épicos que ele escreveu). Ou seja, gosto muito do autor e estava esperando um livro incrível, e vocês sabem aquela história de, quanto maiores as expectativas…

…maior é o tombo. E sim, eu me decepcionei.

Lembra aquele parente bizarro que você tem na sua família? Aquele tio tagarela, cantor de karaokê de quinta que se veste muito mal? Esse é o pai de Charlie Nancy o protagonista de Filhos de Anansi, carinhosamente apelidado pelo pai de “Fat Charlie”. Após a morte desse figuraço, Fat Charlie descobre que seu pai era um deus e que tem um irmão também deus. Em um momento de embriaguez Fat Charlie conversa com uma aranha e pede para que seu irmão – Spider – o visite, o que desencandeia uma série de péssimas decisões para nosso protagonista.

Conforme avançamos na história descobrimos que nada é como parece em Filhos de Anansi, o irmão de Charlie não é tão poderoso e esperto quanto aparenta, as vizinhas (e possíveis amantes) de seu pai podem ou não serem bruxas, o chefe de Charlie além de ser um porre, é um ladrão. E todos esses personagens te prendem no livro muito bem, cada um com sua própria história e também se entrelaçando com Charlie formando uma teia – há! – muito bacana. Bem, foi o que eu achei, e você, Karen?

Foi mal, Felipe, mas não achei que os personagens foram tudo isso. Já vi personagens muito, mas muito mais envolventes criados por Gaiman. Em Filhos de Anansi, os personagens são rasos, exagerados, monótonos. Resumindo, é um bando de gente muito chata, e não consegui me apegar a absolutamente nenhum. Secretamente torcia para que todos se dessem muito mal só para acabar com o meu tédio. Na verdade, me senti como o Spider durante quase todo o livro: extremamente entediada.

As peripécias aprontadas pelo Sr. Nancy são sensacionais e memoráveis, dá pra sentir tanta vergonha quanto Charlie ao lê-las. Impossível não ser cativado por Spider, clássico garanhão e pilantra de última categoria enquanto ele devassa a vida de Charlie de ponta a ponta deixando o irmão maluco de raiva – a ponto de cometer uma grande bobagem.

Por que, em santa (ou deusa) consciência, o Spider quis roubar a vida de alguém tão sem graça como o Fat Charlie? A vida de deus deve ser muito chata para o Spider resolver tomar a vida do irmão mais sem sal do universo: o cara odeia o trabalho, a noiva dele dá sono e a sogra é uma peste. Tudo isso não me convenceu em Spider, que tinha tudo para ser bem divertido, mas acabou se mostrando uma enorme fraude.

Quando Charlie pede ajuda às vizinhas de seu pai para mandar o irmão embora da onde veio, e o subsequente acordo com um deus pássaro, chegamos no plot central do livro. Charlie precisa descobrir como reverter a burrada que fez, e entender a linhagem e os poderes de Anansi – seu pai. É muito bacana ver como o personagem cresce e ao jeito dele se torna um deus muito mais completo e poderoso que seu irmão. Isso foi bacana; Fat Charlie realmente cresce no livro, mas a questão é que ele demora muito, muito tempo, para isso, e por mais da metade da história é apenas arrastado pelos acontecimentos e jogado para lá e para cá feito uma bolinha de pingue-pongue. Até finalmente amadurecer, eu já tinha desistido de gostar dele. Só queria que tudo acabasse.

O folclore e o panteão criado por Gaiman são muitíssimo criativos, bem como os poderes dos descendentes de Anansi. Único ponto negativo do livro são algumas histórias de personagens que poderiam ter sido completamente descartadas ou resumidas, especificamente das personagens Rosie – a noiva de Charlie – e a Sra, Maeve uma cliente da empresa de Charlie. Entendo a importância e recorrência da noiva de Charlie, mas assim como o plot da Maeve, ela é bem chatinha.

Filhos de Anansi é um romance que poderia ser fácil, fácil um mero conto. Talvez assim fosse engraçadinho. Desse jeito, foi apenas um romance exagerado, com piadas forçadas e personagens pouco carismáticos. A prosa de Neil Gaiman, é claro, está lá, fluida e competente, tanto que, apesar de tanto pontos fracos no livro, a narrativa me conduziu até o final, e isso é um mérito; talvez, se fosse outro autor, eu simplesmente tivesse abandonado o livro. Mas isso não muda o fato de que a obra me decepcionou por completo. Pareceu, por todo o livro, que Gaiman estava apenas se divertindo às custas do leitor, jogando na história acontecimentos absurdos, com explicações pouco convincentes e aceitações rápidas demais pelos personagens; todas esses fatores combinados levaram a uma trama em que é difícil acreditar e levar a sério (e mesmo as coisas engraçadas precisam ser levadas a sério, no sentido de que o leitor precisa acreditar que aquilo é possível). Tudo tem um ar etéreo de fantasia bizarra e só. Fiquei sinceramente deprimida ao ler esse livro, porque sei que o autor é capaz de criar histórias muito mais fantásticas e envolventes.

Esta edição possui uma capa bonita, está bem revisada e diagramada porém carece de alguns detalhes entre capítulos, uma divisão interessante, quem sabe uma imagem ou uma fonte diferenciada.

Resumindo: Filhos de Anansi é criativíssimo, entretém, é uma leitura gostosa (li em um dia!). Vai te capturar com certeza. Ou não.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-dupla-os-filhos-de-anansi
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Literatura 15/08/2015

Eu sou apaixonada por Neil Gaiman. Inventei até um nominho: Neil Gaimete.

Sem decoro, sou Neil Gaimete de carteirinha.

Então, ler Os Filhos de Anansi, Editora Intrínseca, 330 páginas, não exigiu de mim nenhum esforço, ao contrário, foi uma tarefa agradabilíssima.

O livro conta a história de Charles Nancy, um homem que passa facilmente despercebido.

Tímido, possui um emprego comum, chato e burocrático, um noivado morno, dificultado pela sogra que o odeia, e uma péssima relação com o pai, fruto de uma infância repleta de decepções com o homem.

Sua vida simplesmente vira de ponta cabeça ao descobrir um irmão gêmeo que desconhecia, e que lhe faz perceber que seu pai era Anansi, a Aranha. Um trapaceiro deus africano que é conhecido por sua lábia, sua astúcia e suas mentiras.

A partir daí, a vida de Charles nunca volta a ser a mesma, e ele aprende a encontrar a mágica herdada do pai dentro de si.

Charles é um personagem apático, resmungão e de difícil conexão. O ponto alto da leitura é quando Spider (seu irmão) toma seu lugar por um dia e passa a tomar todas as atitudes que Charles deveria ter tomado durante a vida. Por mim, Charles podia nem voltar, troca por Spider que fica melhor.

A história conta também com um vilão terrível, (que eu não vou chamar pelo nome pra não estragar sua leitura) daqueles de ficar se contorcendo na poltrona, esperando que o desgraçado morra no próximo parágrafo.

Veja resenha completa no site:

site: http://goo.gl/bquMXf
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Leonardo T. 30/07/2015

Vale o investimento.
Resenenha originalmente publicada no site leioeu.com.br

Mesmo que muitos encarem como uma espécie de “continuação” de Deuses Americanos, Os filhos de Anansi é uma obra que pode ser apreciada independente de leitura prévia de qualquer livro já publicado por Neil Gaiman. Apesar de a narrativa sugerir uma espécie de “semelhança”, os plots dos dois livros são bem diferentes e não se relacionam em termos de narrativa sequencial.

Entenda Os filhos de Anansi como uma espécie de releitura urbano/contemporânea de uma fábula de raízes africanas. Neil Gaiman costura personagens aparentemente corriqueiros com eventos, traços e arquétipos míticos. O irmão que chega a casa sem avisar, a velhinha que sussurra encontros com aranhas, deuses tão próximos que vestem atributos mundanos...

O livro já teve N edições aqui no Brasil e agora recebe uma edição especial muito bem tratada pela editora Intrínseca. Com uma belíssima capa toda texturizada, diagramação e projeto gráfico que não agridem os olhos de quem lê e contribuem para a fluidez da leitura, além de extras como um capítulo cortado da versãofinal.

Mesmo que você tenha alguma das edições lançadas anteriormente, a versão publicada pela Intrínseca vale o investimento. Revisitar uma boa história e descobrir novos elementos conta muito!


site: http://www.leioeu.com.br/2015/07/os-filhos-de-anansi.html
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Fernanda 27/07/2013

Gostei do livro pela temática diferente, a mitologia africana presente na história dá um tom exótico.
Você fica com raiva, fica feliz, se exaspera pelo personagem de Charlie, e junto com ele vai percebendo que essas são as típicas histórias de Anansi, sem uma característica de bom ou ruim, apenas uma descoberta de si mesmo, da capacidade que temos de nos reinventar.
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Karol 23/06/2015

Os Filhos de Anansi, Neil Gaiman
Ótimo livro, divertidíssimo, você se apega rapidamente aos personagens. A trilha sonora que o embala então, magnífica. E esta é a minha recomendação, que a cada música citada você corra para a internet e escute, sinta a canção. A batida charmosinha de cada música te faz mergulhar cada vez mais na história de Anansi e ter mais proveito do livro. Além de ser um escritor fantástico, Neil Gaiman é fabuloso em montar playlists
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spoiler visualizar
Neto Marcel 28/02/2016minha estante
marquei como spoiler mas eu aviso quando eles aparecem, pra caso alguém queira ler os pontos que achei positivo, apesar de tudo XD.


Bya 01/03/2016minha estante
pulei a parte dos spoilers, mas o melhor da review é que riu até no bus :) DSHDHSUHSAUSHA um ponto positivo que aliado a mitologia, devem ser o que rendeu as duas estrelas! nota mental: emprestar Oceano no fim do caminho, acho que vc vai curtir bem mais!


Neto Marcel 01/03/2016minha estante
sim, talvez rendessem até mais estrelas, mas minha frustração foi além :V. eu sou a favor de qualquer tipo de sentimento que uma história te faça sentir, acho que é sempre um ponto positivo do livro conseguir isso, mas quando é a intenção! quando o sentimento que vc tem é o oposto que o autor pretendia (no caso, odiei um personagem que é quase protagonista), assim dá ruim XD. quero sim! tb pensei nisso hj!


Lay 27/07/2017minha estante
Nossa, uma pena que justo esse livro foi teu primeiro contato com o Gaiman :c Tá longe de ser um dos melhores e só posso concordar com a frustração (embora eu tenha um ponto de vista ligeiramente diferente do teu sobre o final... ele realmente se safou? porque a impressão que eu tenho é que aconteceu com ele justamente o que ele menos queria... e o Fat Charlie, pra mim, saiu na melhor).
Reforço sobre o Oceano no Fim do Caminho, ótimo livro. Acho que está em segundo lugar, na minha lista de livros favoritos do Gaiman.




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