O Quinze

O Quinze Rachel de Queiroz
Shiko




Resenhas - O Quinze


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Gus 24/03/2024

Raquel de Queiroz acertou muito nesse aqui.
a seca que houve aqui no nordeste, por mais que tenha ocorrido fato, nao é um assunto muito abordado nos livros de história e muito menos comentado pelos professores.
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Fabrício 23/03/2024

Obra-prima da literatura nordestina
Rachel soube muito bem impactar o leitor com palavras muito bem escolhidas e a realidade da triste seca no nordeste brasileiro e todas as suas consequências. "O Quinze" é tristeza do começo ao fim.
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Eliane406 22/03/2024

As dificuldades de um mundo em escassez
Sei que todos já ouviram a expressão "estamos todos no mesmo barco", que visa dizer que passamos pelos mesmos problemas, flagelos, epidemias e temos condições de sobreviver, mas não é a verdade. Estamos no mesmo país, mas os problemas afetam as pessoas de formas diferentes, alguns atravessam a tempestade de iate, outros a nado e sem boia.

Rachel de Queiroz narra de forma verdadeira o que presenciou em sua infância, mostrou os dois lados enfrentando uma período de escassez de água sem precedentes. Em 1915 o Nordeste foi assolado por uma seca que tornou impossível a sobrevivência de humanos, levando ao exôdo uma grande parte da população, para que não chegassem a Fortaleza o governo criou os campos de concentração, que tinha como objetivo isolar dos demais a população indesejada, a "gente imunda" que tentava sobreviver fugindo ara à capital. A história registra um número de 500.000 mortos por fome, doenças e sede.

É um livro de composição triste, que dá voz as tragédias humanas, daqueles que nasceram com direitos, mas que são oprimidos por sistema falho, toca o coração e faz refletir criticamente sobre a realidade brasileira.

?"-- Que passagens! Tem que ir tudo é por terra, feito animal! Nesta desgraça quem é que arranja nada! Deus nasceu pros ricos!
Cordulina vou pelo bafo do marido e pela fúria das apóstrofes, tão desacostumadas no seu natural sossegado, que ele tinha bebido demais e interpelou-o:
-- Mas, Chico, pra que é que você toma, quando vai no Quixadá? Toda vez que vem de lá é desse jeito!
-- Besteira, mulher! ...Tomei nada! Matei o bicho! A vondade que eu tinha era estar mesmo bebinho, pra me esquecer de tudo quanto é desgraça!..."pág.36

?Vou deixar aqui dois links sobre a história dessa seca:

https://www.migalhas.com.br/depeso/382915/os-campos-de-concentracao-do-nordeste

http://querepublicaeessa.an.gov.br/temas/347-campos-de-concentracao-no-brasil-os-campos-da-fome.html#:~:text=O%20Campo%20de%20Concentra%C3%A7%C3%A3o%20do,retirantes%20que%20chegou%20%C3%A0%20cidade.
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elainegomes 18/03/2024

Raquel de Queiroz tinha apenas 19 anos quando escreveu O quinze, que retrata a grande seca de 1915, e o fez como uma oração de desilusão, sem adornos, sem floreios, suas descrições são cortantes e diretas, soube descrever a morte de modo poético, um texto pungente e lindamente destruidor.

E vou exemplificar, eu chorei com um parágrafo de 4 linhas!!! E volto a chorar ao me lembrar daquela rendeira quieta à beira da estrada, a espera da derradeira despedida, com aquele rastro deixado pela lágrima que atravessou o couro ressequido.

Eu não tinha ideia da existência de um Campo de Concentração para a empilhamento de seres humanos secos, esfomeados, desnutridos, já desumanizados, sem dignidade, verdadeiros mortos vivos, que só não eram sumariamente assassinados, mas sim deixados ali aguardando com fé, a chegada da morte.

Quantos retirantes já não passaram por nós, quanta história de dor, sofrimento e morte, já seguiram rumo ao desconhecido para um barracão de imigrantes ou para se tornar escravos de colonos.

A simplicidade do texto contrasta com o amargo da vida.

Super recomendo
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ViviGreg. 16/03/2024

Um clássico da literatura brasileira que conta a história de pessoas que sofreram com a seca de 1915 e com desigualdades socioeconômicas dessa época. É um livro triste, realista e muito bem escrito, difícil de não se sentir apegado com os personagens e emotivo com tanta tristeza, sofrimento e miséria retratados.
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Bruna Kelvia 16/03/2024

O Quinze
"Parecia, entretanto, que o sol trazia dissolvido na sua luz algum veneno misterioso que vencia os cuidados mais pacientes, ressequia a frescura das irrigações, esterilizava o poder nutritivo do caroço, com tanto custo obtido."
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Raquel Araújo 16/03/2024

O Quinze
Releitura feita com os estudantes do Literaturando com o intuito de fazermos uma visita a casa da Rachel de Queiroz em Quixadá.
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Lana.Ferrars 15/03/2024

O quinze
Um livro que retrata uma seca devastadora no nordeste do país em 1915, onde nos mostra a vida sofrida e as várias dificuldades das pessoas naquela situação.
A obra é um romance que conta a história de Chico Bento e um grupo de retirantes enfrentando a seca que assolou o Ceará.
Rachel de Queiroz (uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX) escreve muuito bem, e não é atoa que foi a primeira mulher a entrar na Academia de Letras.
Adorei o livro.
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iasmim154 14/03/2024

"Deus so nasceu para os ricos"
Raquel de Queiroz era apenas uma cearense com 19 anos quando escreveu esse livro que é um classico de nossa literatura e que retratou os dias triste da seca de 1915, a fome, a miseria,a angústia, as mortes e a luta para sobreviver.
a historia gira em torno do romance entre Conceição e Vicente e sobre a luta da familia de Chico Bento para conseguir sobreviver em meio a miseria.
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Suzi 11/03/2024

Uma obra-prima!
Esse livro só tem um defeito! É muito curto! Acaba muito rápido!
Raquel de Queiroz retrata o dia-a-dia de seus personagens durante a seca de 1915 no Ceará. A esperança de chuva e de dias melhores, o desespero da fome e da falta de emprego, as mortes, a benevolência de Conceição, a professora independente, que ajuda os esfomeados e doentes no campo de concentração. Sim! Um campo de concentração para controlar os itinerantes. Um quase romance entre a professora e o esforçado trabalhador Vicente e por aí vai.

Incrível como a gente se envolve e torce por todos eles! Infelizmente o livro retrata um acontecimento real e os personagens representam muitos que ali viveram.
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Sem estante 10/03/2024

A seca que racha a alma
Saber que ele livro foi escrito pela Rachel aos 19 anos o deixa ainda mais surreal. Infelizmente a gente sabe que a seca é e foi para muitos o pior dos carrascos. Os personagens e a forma como tudo foi narrado nos inspira uma enorme empatia, é como se estivessemos ouvindo um parente distante contando suas provações. A gente vê que o livro foi escrito por alguém que sabia muito bem o que tava acontecendo lá no sertão, talvez não por sentir essa aflição na própriapele, mas por presenciar através de conhecidos essas histórias tão dolorosas. Quando o menininho morreu foi a coisa mais triste do livro, pq a última coisa que ele presenciou e sentiu foi o medo, a sede, a fome e o desespero, ele nunca sentiu o alívio de ver o sertão florescer novamente.
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Felipe Berlofa 09/03/2024

Atemporal
“Separava-os a agressiva miséria de um ano de seca; era preciso lutar tanto, e tanto esperar para ter qualquer coisa de estável a lhe oferecer! Teve um súbito desejo de emigrar, de fugir, de viver numa terra melhor, onde a vida fosse mais fácil e os desejos não custassem sangue.”

Nota: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
Editora: José Olympio

Um brinde à nossa literatura e às reflexões que ela proporciona! Ao mergulhar na obra inaugural de Rachel de Queiroz, "O Quinze", fui profundamente cativado por sua narrativa envolvente.

Publicado em 1930, "O Quinze" se destaca na chamada "literatura da seca", explorando os dramas ambientados durante períodos de aridez e as consequências sociais, psicológicas e políticas resultantes desse clima hostil.

Até então, os romances regionalistas retratavam a seca, especialmente a nordestina, de maneira romantizada. A estreia de Rachel de Queiroz causou um alvoroço na literatura ao apresentar, nas palavras elogiosas de Mário de Andrade, "uma seca de verdade, sem exagero, sem sonoridade, uma seca pura, detestável, medonha".

A trama é estruturada em três núcleos, retratando diferentes facetas da sociedade sertaneja. Desde Conceição, a jovem professora, seu primo Vicente, o fazendeiro que enfrenta a morte de seu gado, e Chico Bento, o vaqueiro cuja família é esmagada pela fome e miséria, Rachel oferece uma gama diversificada de personagens e como o cenário impacta suas histórias de vida.

A escrita de Queiroz não romantiza o sofrimento, mas o apresenta em toda sua dureza. Cabe ao leitor confrontar a verdadeira imagem da aridez e sentir a aspereza do ambiente e o tormento das personagens.

"O Quinze" não só denuncia as injustiças e desigualdades do sertão nordestino, mas também reflete sobre os sentimentos de solidariedade e de resiliência em meio à desolação. Rachel desafia estereótipos e oferece um retrato autêntico e comovente do povo nordestino.

Em suma, "O Quinze" é uma obra atemporal que ressoa com sua poderosa mensagem sobre a condição humana e a luta pela sobrevivência diante da adversidade, uma leitura obrigatória para compreender a riqueza e complexidade do nosso país e nosso povo.
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gabi_rp 03/03/2024

Primeiro romance de Raquel de Queiroz, que aborda como diferentes personagens enfrentaram a seca de 1915 no sertão do nordeste.
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Larissa Tavares 02/03/2024

?Sombras vencidas pela miséria e pelo desespero que arrastavam passos inconscientes, na derradeira embriaguez da fome.?
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