O Quinze

O Quinze Rachel de Queiroz
Shiko




Resenhas - O Quinze


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Guilherme.Vicensot 12/02/2024

?O Quinze? por Raquel de Queiroz, obra exemplar do regionalismo brasileiro, é a síntese de crua e dura realidade de uma nação assolada pela desigualdade.
Impressionante o trabalho dessa mulher, na época, com apenas 19 anos. Sua sensibilidade nota, além do tom suspeito autobiográfico, um talento indiscutível com as palavras. O livro não se prende a nenhuma amarra formal, junto com a história, orna para retratar a realidade como é (sem descrições kilometricas ou cenários hiperrealistas). Apenas a miséria, a desgraça e a morte de aproximadamente 800 mil almas desatendidas e exterminadas pela seca.
Não existem apelos ou exageros aqui. Apenas a visão curta e enxuta que temos dos acontecimentos trazem o horror suficiente para nos comovermos. E aí mora o sucesso dessa obra: usando da sua própria língua e visão de mundo, a autora cria uma ficção que mais parece um retrato de sua época.
Com isso, entendemos cada vez mais como a história sertaneja é uma história de lutas, não apenas contra a natureza, mas contra o abandono.
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May 10/02/2024

O Quinze
O livro trata sobre a grande seca que teve no nordeste em 1915 e suas consequências na vida dos serranejos, principalmente os mais pobres que não tinham condições de imigrar de forma descente para capital muito menos comprar o que comer... O livro é muito triste e tocante, sendo capaz de trazer ao leitor um pouco do que aconteceu na época...
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Nicoly 08/02/2024

Lágrimas secas no meu Nordeste
Vidas moribundas ao relento de uma esperança que finda como a água. Famílias desintegradas pelo destino.
Escassez, abandono e dura esperança.
Encerrar ?O Quinze?, após absorver-me em uma leitura tão penetrante e sincera, rendeu-me reflexões profundas sobre uma época e um contexto que eu apenas conhecia por meio de histórias contadas por minha bisavó. Por outro lado, a sensibilidade da obra e seu espírito de denúncia sobre um povo esquecido e castigado pela escassez hídrica me fizeram repensar outros vieses mais obscuros da temática.
Isto posto, assiná-lo o direcionamento categórico de Rachel de Queiroz sobre os sofrimentos psíquicos das personagens, as quais, mediante a mudança de pontos de vistas, possuíam diferentes situações financeiras e, com isso, demonstram-nos a relação implacável que uns poucos réis poderiam suscitar na vida de cada um.
Seja através da descrição precisa no que tange à fauna e flora do sertão cearense, seja através das conflitantes e resignados sentimentos do vaqueiro Vicente, da estudiosa e progressista Conceição, dos retirantes Chico Bento e Cordulina, a autora sabe retratar variadas visões acerca de uma mesma luta, conferindo ao leitor a postura de um observador tão vulnerável e desalentado como as personagens da trama.
Ademais, aludindo ao difícil papel da maternidade no transcorrer de uma seca histórica, o retrato de uma mulher retirante e de seus cinco filhos sobre um castigante sol e seca, os quais inevitavelmente transmutam-se em personagens em certos instantes da narrativa, agrega-se ao perpétuo sentimento de fome e sede que assolam dia e noite almas que vagueiam com nada além de irrisórias frações de rapadura e de farinha. Acompanha-se a sobrevivência de seres num amiúde marchar sobre uma vida já sentenciado. É sobre ajoelhar-se, por ausência de forças e por misericórdia, em um clamor sôfrego e anérgico em busca da esperança. Em busca de uma solução.
Uma lágrima de esperança e de uma de derrota, sobrevivência e vivência, partidas e despedidas, deixar morrer ou ser morto pela seca.
Verdadeiramente, rememora-se um povo que brande sua bandeira branca, essa tão cinza quanto a visão de uma gente que chora sobre sua cinzenta paisagem sertaneja despretensiosamente amada.

Nicoly Marinho,
08 de fevereiro de 2024
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Anaa.claraac 07/02/2024

Decepcionante
Esse livro carrega uma linguagem muito difícil de compreender, por ser um livro que usa uma linguagem "antiga".

A história dele não me prendeu e é ele conta com uma leitura longa e arrastada, apesar de ser um livro curto, por assim dizer, ele conta com poucas páginas, porém, apesar disso, pra mim essa leitura foi muito lenta e arrastada, ele não é aquele livro que te prende, achei uma leitura bem chatinha.

Achei que ia gostar da história pois é um romance, porém um romance antigo, com uma linguagem muito complicada, não é todo mundo que vai gostar desse livro, a história é bem "interessante", talvez se ele contasse com uma linguagem mais fluida e fácil, fosse um livro bem melhor e mais interessante.

Não gostei do livro e não recomendo, se vc não gostar desse tipo de leitura.
skuser02844 21/02/2024minha estante
Minha impressão foi totalmente oposta, é um livro pra se ler em um dia e eu adorei a leitura. Talvez seu estranhamento seja por ser escrito de uma forma mais regionalista, tem muitas palavras e expressões mais comuns do Ceará, que é a terra da autora e onde se passa a história. Eu digo que vale a pena tentar uma releitura em algum momento do futuro




Joao.Alessandre 04/02/2024

1915
Raquel de Queiroz surpreende muito nestas menos de 200 páginas. Numa prosa simples, direta e contundente nos arrasta para a seca de 1915. Entrelaçando personagens icônicos inaugura a descrição realista de uma população bastarda da sorte e entregue a penúria extrema. Neste cenário perturbador insere uma figura feminina destoante, "frágil-forte", que tem nos livros os grandes aliados para lidar com a realidade implacável. A jovem escritora arrebatou grandes medalhões literários e críticos de sua época. Chegou forte, gritando e reverberando o sofrimento dos esquecidos e penalizados pela aridez climática e perversidade humana...
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Andrezza(085) 01/02/2024

1/12 PT-BR
O primeiro nacional do ano e bem amável, apesar da tratativa de dores e pesares.
A escrita de Raquel é um verdadeiro primor, gostosa demais de acompanhar e nos aproxima do enredo.
Vale a pena a leitura, amei!
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Matheus656 31/01/2024minha estante
Esse livro é incrível. Quando acabar meu passeio por Jorge Amado certamente irei me aventurar em Rachel de Queiroz mais profundamente.


Magda.Marilise 31/01/2024minha estante
Eu fiquei mto comovida




Bianca Martins 31/01/2024

Que beleza
Um livro que fala sobre encontros e desencontros criados pela natureza e pela comunicação não clara.

Uma história entrelaçada com tantas outras, comoventes e que nos faz pensar se a vida segue a qual custo.

Vale demais a leitura deste clássico.
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Uma Vida em Cada Livro 30/01/2024

Muito intenso
Foi o primeiro livro que eu li com a temática seca e miséria. Na época fiquei impressionada com tanto sofrimento.
A escrita de Rachel de Queiroz me fez sentir a realidade da luta, chorar e sorrir com os personagens.
Narrariva de cunho social, nos transporta para a famosa "seca de 15" de uma forma que nos faz refletir sobre os dias atuais e observar o que nossos antepassados cearenses precisaram passar pra que estejamos aqui hoje.
Uma leitura de dor e gratidão.
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@admiravel_leitura 27/01/2024

Um comovente relato da seca que assolou o sertão nordestino em 1915.
Escrito em 1930 por Rachel de Queiroz, “O Quinze” é uma narrativa regionalista repleta de críticas sociopolíticas inseridas em um contexto histórico abrangente responsável por retratar de forma dolorosa e cruel as consequências do período de seca que assolou o sertão nordestino em 1915.

Através de uma escrita fluída e simples, essa é uma obra capaz de expor de forma melancólica e profunda a vida de quem teve de abandonar casas e trabalhos para tentar chegar na cidade grande em busca de melhores condições de vida. Essas pessoas sofreram com as moléstias causadas pelo clima seco, além de serem completamente desassistidas pelo governo da época.

Uma leitura forte e capaz de exprimir com veracidade e melancolia emoções e sentimentos de um povo sem perspectivas; homens, mulheres e crianças esquecidas por um governo falho e que se apegavam a fé para ter esperanças de melhoras.

Em suas orações pediam apenas uma coisa; chuva. A chuva vem, mas os problemas decorrentes de anos de uma seca assombrosa não terminam. As vidas que se perderam, as colheitas, os gados; nada do que foi perdido retornará.

Sendo assim, o desfecho da trama é agridoce. Afinal, mesmo tentando esquecendo os estragos deixados pela seca, qual seria o futuro daquela gente em meio a tantas perdas?!

Além de relatar um duro período da nossa realidade, esse é um drama da terra que funciona como uma denúncia social ao evidenciar o sofrimento de um povo esquecido pelos grandes governantes da época.

Uma obra que vale a pena conhecer.
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Janise Martins 23/01/2024

O Quinze

Uma história de doer o coração. Lembro que li para prova, e a única coisa que me lembro é o mesmo que acho agora, décadas depois: é uma história seca, de arranhar o coração.

A história fala da situação das pessoas na seca de 1915, a difícil jornada para fugir da fome e da miséria.

Um grande livro para tão poucas páginas.

E foi isso.

Bjoo.



site: https://janiselendo.blogspot.com/2024/01/o-quinze.html
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Thiago.Moreira 23/01/2024

Um grande livro fruto de uma grande seca
O livro se passa no sertão nordestino durante o ano de 1915 quando ocorreu uma das maiores secas da história. A autora consegue narrar de forma visceral o poder devastador da seca na vida dos personagens e é impossível não se emocionar em algumas partes. Hoje entendo porquê a obra causou tanta comoção após seu lançamento na década de 30. Recomendo!
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Lisia1 23/01/2024

Impecável!
Que livro real! Sabe aquela sensação de leitura rápida mesmo sendo um clássico a linguagem não é difícil e você acaba se emocionando enquanto ler, pois cada personagem tem uma realidade diferente do outro e você entra na história, pretendo reeler
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Daniel.Malaquias 22/01/2024minha estante
Espetacular




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