Gabi 29/08/2020Linda história com peças faltandoA Jojo Moyes é minha autora favorita, sempre que pego qualquer livro dela para ler tento tirar a ideia de que vai ser perfeito em 100% do decorrer da história. Com esse livro foi assim, só que tenho vários pontos sobre ele:
- Em primeiro lugar, história é boa. Faz parte daquele conjunto de livros da Jojo que mesclam passado e presente, onde duas personagens femininas se encontram (seja pessoalmente ou por meio de fragmentos da personagem) e partindo daí o enredo corre. E eu amo os livros que são assim.
- É o segundo livro publicado da Jojo, ou seja, ela ainda era novinha com uma escrita que estava se arrumando. Em comparativo, A Casa das Marés é melhor que Em Busca de Abrigo (o primeiro livro dela) e melhor que O Som do Amor e O Navio das Noivas. Mesmo assim tem muitas peças soltas e cenas cortadas do nada que fazem falta no final.
- O meu problema foi o final corrido, principalmente quando há o reencontro. Foi dado ao leitor bem pouco de algo que era esperado desde o início da segunda fase, e isso influência demais no desfecho da Lottie e em como soou tão sem sentido, depois de tudo o que ela passou, ter escolhido certa coisa. Aquela sensação de que foi criando-se uma tensão, uma espera enorme, para no final resumir tudo em 20 páginas corridas onde teve a divisão de pontos de vista e fez perder várias pequenas peças que fazem falta.
- Por último, não foi bem explicado o que aconteceu com a Celia e toda família. Um membro dos Holden ainda aparece mas tem serventia apenas de uma pedra então nem conta, e os fragmentos das cartas da Celia só jogavam mas não respondam.
Mesmo com tudo ainda amei o livro, é meu top 3 livros favoritos da Jojo. E sei que se fosse hoje em dia, ela mudaria algumas coisas e trabalharia em outras de uma forma melhor.
Lottie e Sophie (A Garota que Você Deixou Para Trás) são as melhores personagens que a Jojo já criou.