Resenhas - As Cavernas de Aço

Camila0831 25/08/2023

Jogo de gato e rato no futuro
Dinâmico e inteligente jogo de gato e rato no futuro, mas, sempre envolvendo o elemento humano como ponto a ser levado em conta. A rica ambientação, apresentação e análise sociológica dessa sociedade escolhida é apenas um extra para algo que começa de modo simples, mas termina por questionar dilemas religiosos, evolutivos e existenciais.

Sa 25/08/2023

Não gostei da resolução mas foi um bom livro
A Terra se encontra superpopulosa e para lidar com esse problema duas soluções foram criadas: a colonização do espaço - os Mundos Exteriores - e a formação das chamadas Cavernas de Aço. As rações são racionadas e feitas com levedura e a sociedade está bem hierarquizada com aqueles de níveis mais acima possuindo mais benefícios que os de níveis inferiores (no estilo O Poço...)

Porém, indivíduos dos Mundos Exteriores retornam a Terra com seus hábitos super higiênicos e acabam se constituindo num mundo segregado. São chamados de Siderais e são mal vistos pelos moradores das Cavernas de Aço. Um dos elementos siderais que provoca manifestações e revoltas é o uso de robôs (cada vez mais semelhantes aos seres humanos) e que acabam substituindo a força de trabalho humana.

É nesse universo que um grande roboticista sideral é assassinado e se abre a necessidade de uma investigação conjunta entre a Cidade de Nova York e a Vila Sideral. Para isso, Elijah Bailey é escolhido para a tarefa. O que ele não contava era que o encarregado de ser seu parceiro seria um robô muito semelhante ao ser humano.
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Como é possível ver, o universo é bem complexo e leva um tempo pra você apreender toda essa informação. E Asimov realiza um ótimo trabalho, pois Bailey é um típico terráqueo que vai quebrando seus preconceitos e compreendendo tanto o comportamento dos Siderais quanto a existência e funcionamento dos robôs. (Dá até raiva algumas várias vezes)
?
Mas não sei se gostei da resolução do caso ao final... Achei que deu uma forçadinha em alguma parte na explicação do bom e velho "quem-matou". Além disso, a sensação de que nós humanos somos o último biscoito do pacote acrescida ao ritmo narrativo que demorou a engrenar me levou a sacar uma estrela.
Mas se aconselho a leitura? Claro!!! O livro tem uma ambientação e construção de mundo geniais! Inclusive, leiam a nota do autor antes. É riquíssima!

Fábio Moura 20/08/2023

Futuro ou presente?
Uma Terra ameaçada pela superpopulação.

Seres humanos amedrontados pela crescente substituição do trabalho humano pelos robôs.

Um assassinato acontece e um policial em ascensão precisa superar sua antipatia pelas máquinas e unir forças a um andróide para solucionar o caso e evitar um incidente diplomático.

Essa é a trama do excelente "As cavernas de aço", escrito na década de 50 mas que parece mais estar narrando nosso presente e futuro próximos.

Bons personagens e pequenas reviravoltas deixam a leitura sempre intrigante, embora o final não tenha sido muito surpreendente (na época deve ter sido).

Ainda assim, uma leitura altamente recomendável!

Léo 19/08/2023

Não é ruim, mas demorou pra engatar
Esse foi o mais difícil do Asimov, pra mim. Primeiro pq romances policiais não são os meus preferidos e, acho que só por isso mesmo, o Asimov continua escrevendo muito bem e a gente sempre quer saber o final da história, que conseguiu ter um desfecho bem interessante. O fato de ser um livro curto ajuda a fazer dele mais ágil e sentir que não está sendo enrolado pelo autor. Isso, pra mim, é um ponto positivo em livros sobre crime e investigação. Por isso, leva três estrelas na minha avaliação.

isadoraes 15/08/2023

Romance policial e ficção ?
Eu comecei com a expectativa um pouco elevada por causa da mistura de dois gêneros que eu gosto muito. No geral, acredito que ele se saiu mediano nos dois, não é ruim, mas também não tem nada de surpreendente.
Achei as reflexões que ele faz sobre o robôs vs humanos muito boas, cabe em diversas outras situações. E imaginar a Terra na configuração das Cavernas de Aço não é difícil, e achei um ótimo livro para quem tá começando a ler ficção científica.

Sobre a investigação, não tem um grande plot. Na vdd o que acho interessante é analisar a construção dos fatos que o investidor Baley vai fazendo ao longo do livro, mesmo com todas as confusões mentais que passam por ele (e como R. Daneel também foi levado a se confundir - mesmo sendo improvável).

Apesar da trama do livro se passar em poucos dias, eu senti que estava lendo há uma eternidade, não foi por causa da escrita (pq é bem fluida), mas por ter uma sensação de que o livro não saía muito do lugar...

No geral, foi bom e recomendo. Fico curiosa com os próximos livros.

Italo.Lima 08/08/2023

FUI PROJETADO PARA EVITAR A INEFICIÊNCIA
Simplesmente fenomenal, eu sei o quanto o livro eu robô é importante para o conhecimento do universo dos robôs, mas sem dúvida esse me pegou mais, me senti 100% imerso na história, sua simplicidade tangente faz com que a história seja crível, eu recomendo de mias, se tornou uma das minhas favoritas com certeza.

Gustavo Casemiro 06/08/2023

A combinação de ficção científica e suspense policial.
Asimov consegue transitar entre os dois gêneros de forma exuberante predendo nossa atenção e nos entretendo magistralmente.

Tuler 06/08/2023

A Bíblia da robótica
Livro fácil de ler, bem construído, com personagens sólidos e uma trama muito bem desenvolvida. Demorei para iniciar essa leitura, que para quem é fã de ficção-científica é essencial. Nota máxima para essa obra prima, sigo para o próximo livro da saga com grandes expectativas.

Thomas.Jordao 02/08/2023

Asimov não para de me surpreender. Em uma história de investigação policial, temos nesse livro mais uma expansão do universo de asimov. Um mundo em constante tensão política e social, convivendo com o "inimigo", quando um assassinato o ocorre, e entra nossos personagens principais na trama. Em si só, é uma ótima trama de mistério, com a resolução no final, na minha opinião, bem construída e inesperada. Porém, o diferencial aqui está na ideia que o autor quis passar com o final. Especificamente no que o Daniel diz no fim, nas entrelinhas, no oculto, é de uma beleza, grandeza e complexidade incrível. E todo o enredo do livro parece que foi feito para embasar essa ideia, a história serve como prova de seu argumento.

Crislane 01/08/2023

Cavernas de aço
Uma ficção científica misturada com Agatha Christie kkkkk
O livro é muito bom, mas o final é um pouco óbvio. Mas pra época que foi escrito é uma sacada muito grande.

Samukk 28/07/2023

BOM !!!
No meu ponto de vista o universo é o ponto forte, mas não posso dizer o msm dos personagens. Na minha cabeça todos pareciam ser robôs, pela forma que eles conversavam e tals.
A crítica social é bem abordada e a metáfora utilizando robôs foi bem simples de entender.
A conclusão da investigação não me surpreendeu porque o culpado ou culpada sempre foi um dos principais suspeitos e no geralzão temos um final aceitável .

Victor 27/07/2023

Asimov é um crítico da sociedade.
As Cavernas de aço é um dos livros que fazem parte de todo o universo de Isaac Asimov, o pai da robótica, aquele que criou as Três Leis da Robótica, que são contra o complexo anti-Frankenstein.

Cavernas de aço lida com vários temas, como progressismo contra tradicionalismo, preconceito social (em todos os aspectos), problemas da cadeia de trabalho e até mesmo a evolução pessoal de cada indivíduo. Assim como seu sucessor, "Sol Desvelado", esse livro é uma pérola para o mergulhador, um diamante para o minerador e um banquete farto para o faminto.

Se você foi tapado como eu e começou a série Fundação primeiro, te garanto, ler esses livros vai deixar sua mente leve até demais.

"Por Josafá!" exclamou Elijah.

Jefferson 24/07/2023

Excelente!
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Olá, para você que me segue!

Resenha #14

Livro: As Cavernas de Aço

Autor: Isaac Asimov

Nota: ?????

Este livro mistura elementos de sci-fi com romance policial e me surpreendeu demais. O nome do autor já é conhecido e ao iniciar a leitura eu já imaginava que seria uma boa história, meu único receio foi o de não conseguir associar o universo futurista de modo que prejudicasse minha experiência. Bastou algumas páginas lidas para que meus temores sumissem.
O autor criou um mundo totalmente diferente do nosso e com muitos detalhes (nada cansativo) vai deixando claro cada cenário como se fosse um filme.

A história nos apresenta o detetive de polícia Elijah Baley tendo que desvendar um caso de assassinato. Até aí, tudo bem, o problema é que seu chefe o designa a trabalhar com um robô chamado R. Daneel, e ele detesta os robôs!

Essa história carrega uma fórmula que eu acho muito bacana, que é o clássico desenvolvimento de dois personagens que no início não se dão bem e que, aos poucos vão percebendo coisas um no outro que os levarão a se tornar bons amigos. Resumindo, a história do Shrek e do Burro, sabe?

Uma história bem amarrada e bem desenvolvida. Bons personagens, bons diálogos e que não entrega que foi lançada em 1953, quando eu acredito que imaginar um mundo futurista fosse muito mais difícil que imaginar nos dias atuais!

Recomendo!

E você já leu este, ou outro livro do autor?
Gosta do gênero sci-fi? Me indica outro autor do gênero!

Até breve!

Khai zr 22/07/2023

Daneel, pq tão perfeito?
Daneel é o melhor robô que eu já vi, meu queridinho de longe.

Vamos falar do obvio, esse livro foi incrível e a solução realmente foi muito engenhosa por parte do baley, gostei muito de todo o universo do período pré império galático, as cavernas de aço fazem jus ao nome. E novamente, Daneel é o melhor de todos, "va e não tornes a pecar" eu arrepiei nessa frase gente.

Adamastor Portucaldo 15/07/2023

Uma sociedade dark
O mundo, digo, a Terra, se encapsulou em cidades - cavernas de aço - numa sociedade (que se tivesse cor, seria cinza) com total controle do estado sobre todos os aspectos da vida do cidadão. O corte que é apresentado equivale ao pior pesadelo de qualquer democrata ou libertário. Será que a nova sociedade foi algo que Asimov previu corretamente?


Tal situação vem após a colonização de uns cinquenta planetas, onde viveriam cinco ou seis bilhões de seres humanos (em sociedades eugênicas!). E uma infinidade de robôs. No planeta mãe viveriam oito bilhões de seres, ou anestesiados ou sonhando com antigos tempos melhores e odiando os robôs! O charme da Sci-Fi é fazer (lindas) previsões do futuro, mas nesse livro septuagenário vemos onde o polígrafo errou feio: energia só atômica e nem um pio sobre solar, eólica, geotérmica; agricultura incapaz de alimentar a 'enorme' população e todo mundo comendo leveduras (tem até zimologista); talvez o erro maior foi achar que com oito bilhões de pessoas o planeta estivesse dependente de recursos do espaço, fosse o caos (estamos em 2023 no caos?).


Além do retrocesso (social, comportamental) das pessoas da Terra, que vive numa dependência extrema de recursos externos, com um colapso iminente, os Espaciais identificam uma estagnação da humanidade, que está sem colonizar nenhum novo planeta há 250 anos - então vêm à terra procurando dar um novo impulso às exocolonizações - e aí desenrola-se a estória, onde aparece R. Danil Olivaw, um robô mais que humano.