Larissa2765 22/09/2023
- Duas raças inimigas: Os quimeras e os anjos, que tentam dominá-los há dezenas de anos numa guerra aparentemente interminável.
Karou, a nossa protagonista é uma estudante de moda na cidade de Praga. Logo no início a gente percebe que ela não tem uma vida muito comum, e que esconde coisas relacionadas a sua vida, principalmente de sua amiga Zuzana.
Karou com certeza não tem um trabalho que chamaríamos de convencional: Ela coleta dentes de animais e de pessoas para um quimera chamado Brimstone, mas não, ela não é uma fada haha. Esses dentes concedem desejos, os quais dependem do tipo de dente. Karou viaja pelo mundo através de portais mágicos, coletando esses dentes com os fornecedores de Brimstone, muitas vezes essas viagens colocam a personagem em situações difíceis, fazendo ela viver diversas aventuras mesmo que involuntariamente.
Porém, os mistérios a nós ocultos, também foram e são ocultos à própria personagem por muito tempo, mas não muito mais. A gente acompanha a personagem se enchendo de perguntas sobre o que realmente Brimstone faz e quem ela é de verdade; nos inserindo em onda após onda de mistérios e acontecimentos estranhos.
No meio disso tudo, conhecemos o Akiva, um guerreiro serafim, que está em missão na terra junto com os irmãos, Liraz e Hazael. Eles fazem parte de um segmento do exército serafim chamado Os Ilegítimos, composto apenas de filhos bastardos do Imperador deles. Sim, você não leu errado? São cerca de mais de três mil anjos, filhos do imperador com jovens levadas até ele, para fazer parte de seu harém, cuja única função é gerar bastardos, são conhecidos por sua força e habilidade incomparáveis como guerreiros, muito disso atribuído ao ?sangue imperial?. Akiva é conhecido como um dos mais notáveis entre eles.
Apesar de carregarem sangue real nas veias, os ilegítimos levam uma vida análoga à escravidão, considerados guerreiros do mais baixo nível, mesmo sendo os melhores, e suas vidas resumem-se a lutar pelo império até a morte, e essa é a única vida que eles conhecem: a da guerra.
Esses dois personagens se encontram eventualmente, e imediatamente dá pra notar que tem caroço no angu dos dois, ambos sentem uma sensação de familiaridade quando se veêm, causando estranheza neles e uma fixação aparentemente sem explicação. Acho que não dá para contar muito mais sem revelar algum ponto crucial?
A escrita de Laini Taylor é bem leve, divertida e rápida; adorei o estilo dela, ela sabe conduzir bem a curiosidade do leitor, a leitura não é em nenhum momento cansativa, só no começo que eu achei que demorou um pouco para as coisas realmente se desenrolarem, mas depois esse hiato é rapidamente preenchido. A estrutura de capitulos é bem confortável, eu gostei disso, não gosto de capítulos longos demais, por dar a impressão de que a leitura não flui.
A história é bem diferente de tudo que já li. É uma combinação de características que eu nunca tinha encontrado até agora, a magia funciona de forma diferente, os seres que aparecem aqui são diferentes, a protagonista também, a direção que a história dos protagonistas segue também é diferente. a história parece ser real de certa forma, principalmente em relação ao que os personagens sentem e agem, é real, e não uma coisa caricata feita para agradar o senso que os leitores têm do que é uma fantasia. Por outro lado, muita coisa também é bem batida, não sei se isso vai fazer sentido para quem esta lendo, mas é isso. Eu senti que faltou alguma coisa, ou talvez tenham sido minhas expectativas altas demais que nublaram minha experiência com essa história, ou se talvez eu só não criei muito apego, muita torcida pelos personangens. Mas, como verão na próxima resenha, porque eu já li o segundo livro (tô escrevendo essa resenha atrasada haha), eu gostei bem mais da continuação a ponto de ela ter sido cinco estrelas pra mim, entaão como podem ver eu realmente não faço ideia de onde pode ter vindo esse sentimento mediano lkkkk
Mas leiam, sério. Eu acho que não tem como se arrepender, principalmente se você ainda não leu muitas fantasias. E pode parecer clichê a frase com a qual vou terminar esse texto, mas realmente fica melhor no segundo :)