A elegância do ouriço

A elegância do ouriço Muriel Barbery




Resenhas - A Elegância do Ouriço


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Karen 14/02/2022

Um bom livro e só
Um bom livro. Inteligente e reflexivo.
Porém chegou tão carregado de adjetivos que esperava mais.
Acabou por não me provocar grande entusiasmo.
"Porque os maus de verdade detestam o mundo inteiro, sem dúvida, mas sobretudo a si mesmos. Vocês não sentem quando alguém tem raiva de si mesmo? Isso leva a pessoa a se tornar morta, embora esteja viva, a anestesiar os maus sentimentos, mas também os bons para não sentir a náusea de ser ela mesma."
Carolina.Gomes 03/08/2022minha estante
Muito incensado e, até agora, p mim, n disse a q veio. ?




Maria Cristina 20/09/2021

Pensamentos profundos
A concierge Sra.Michael chamava sua gata de Kare, embora seu nome fosse Karenina, porque ninguém poderia imaginar que ela, sendo uma trabalhadora pobre, fosse nada além de ignorante. Contudo, durante todo o livro ela se mostra a mais inteligente, a mais elegante, dona de uma sensibilidade que não vem com o dinheiro, como muitos parecem acreditar.

Paloma, a garota rica de 12 anos que planeja se suicidar porque não possui mais fé na humanidade. Se sente como um animal exótico mesmo em casa, com sua família.

Com muito sarcasmo e muita ironia a autora constrói uma narrativa extremante crítica aos rótulos, todos os estereótipos que reduzem o indivíduo, à todas futilidades cultivadas no meio social. Esse livro é uma aula. Assuntos complexos são tratados de forma até engraçada, permeados sempre de muitas alusões literárias e artísticas. Foi difícil achar uma página em que eu não quisesse sair destacando tudo que era dito. Ele é brilhante e divertido, com certeza, um dos melhores livros que já li na vida.

?Que fazer, diante do nunca, senão procurar o sempre em algumas notas furtivas? ?
Gusma 20/09/2021minha estante
amei sua resenha, deu vontade de ler




Thereza 30/03/2020

Livro lindo!
#desafiolivrada2020
5. Um livro indicado pelo bibliotecário ou livreiro da cidade

Sabe, eu tenho uma bibliotecária incrível. Essa mulher que tenta me ensinar como as prateleiras funcionam (mesmo que a disposição não faça muito sentido em minha cabeça), que me indica livros incríveis (tal como esse) e que até me chama para clubes de leitura (mesmo eu tendo furado). E, claro, tem o melhor emprego de todos e trabalha em meio aos livros da biblioteca pública. @lu.na.lua obrigada por ser a melhor bibliotecária. E obrigada (?) por me indicar um livro que me fez chorar.

E como fez chorar... Esse foi um dos livros mais bonitos que já li, a ponto de em certos momentos eu ler umas passagens, fechá-lo e reclamar em voz alta "que droga que livro lindo".
Renée Michel é uma concierge que trabalha num condomínio cheio de burgueses em Paris. Ela aprendeu com a vida a se esconder, seja em seu cubículo, seja fingindo que assiste tv (porque é o que se espera das concierges), seja amando Tolstói e filosofia e fingindo que mal sabe ler. Ela ama gramática, ela ama uma palavra longa, bonita e bem falada. Ela paralisa diante de quadros holandeses, treme diante de uma citação de Ana Karenina, ama os filmes de Ozu.
Paloma Josse tem 12 anos e meio, é inteligente demais para esse mundo, a ponto de conseguir enxergar que talvez a vida não valha a pena. Ela ama mangás, estuda japonês, se irrita com barulhos e foge para diversos esconderijos quando precisa de paz. E ela acha que, se for para encontrar um motivo para viver, esse motivo certamente será a arte.
Kakuro Ozu sabe que Renée tremeu quando citou Tolstói, sabe que ela não é somente o que mostra. Ele sabe também que Paloma é muito mais inteligente e interessante do que pensam que ela é. De certa forma, ele se aproxima delas e as aproxima uma da outra.
O bonito dessas amizades é que eles se percebem, eles vêem o que mais ninguém vê. O livro todo é contado em primeira pessoa, mas por várias primeiras pessoas. Os relatos são carregados de filosofia e pensamentos profundos. Te farão rir, te farão agonizar de medo do que pode acontecer e te farão sentir certa esperança de que ainda existem pessoas boas em todos os lugares.

site: https://www.instagram.com/p/B8qysByp_Fi/?utm_source=ig_web_copy_link
Thiene Morais 25/06/2020minha estante
Uauuu.. melhor descrição do livro . Estou quase na metade ainda não engrenei na história. Só tive mais vontade de continuar a leitura. Obrigada!




spoiler visualizar
JuRenault 21/03/2021minha estante
Um dos melhores livros que já li, é fantástico!




djoni moraes 01/07/2020

Filosofia e humor na dose certa
Neste livro acompanhamos duas personagens femininas que convivem paralelamente no mesmo prédio, mas que pertencem a mundos completamente distintos. No entanto, ambas têm o espírito inquieto, o que faz com que discorram sobre arte, a vida e a morte e sobre as mazelas da sociedade francesa, tudo com argumentos filosóficos e humor no ponto! A narrativa leva a um fim em que muitas coisas acontecem, mas nada do que eu imaginava. Me surpreendeu muito! Recomendo bastante este livro.
Le 01/07/2020minha estante
fiquei curiosa...




Lucas Leonel 20/08/2012

Tão delicado e elegante quanto uma orquídea.
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Angelica Brezel 01/12/2012

Encantador!
Só pelo título do livro já dá para se ter uma ideia de que se trata de uma leitura diferenciada.

A Elegância do Ouriço, de Muriel Barbey, é mais um livro que entrou para os meus favoritos!

No início, eu estava achando meio chatinho... Mas, após alguns capítulos, a leitura se tornou viciante!
A história é narrada por duas personagens diferentes e inusitadas: Renée Michel e Paloma.

Renée Michel é uma senhora de 54 anos, que trabalha como zeladora em um prédio chique de Paris.

Renée é aparentemente uma típica zeladora... Baixinha, gordinha, ranzinza e fechada com as pessoas. Ela mora no térreo e é viúva. Divide o seu apartamento apenas com o seu gato Leon.
Até aí tudo bem... Mas o que ninguém imagina é que por trás dessa aparência de uma simples zeladora, há um admiradora das letras e das artes.

Renée é uma amante de livros, principalmente dos clássicos e os dos grandes filósofos.
Ela não resiste a uma bela pintura na parede e se emociona ao visitar o Louvre. O seu romance preferido é o de um escritor russo chamado Liev Tolstói, o seu filme preferido é japonês, As Irmãs Munakata, e a sua flor preferida é a camélia.

Por trás de uma zeladora, de aparência rude e solitária, existe uma mulher de grande requinte. Como diz Paloma, ela possui a elegância do ouriço:

“Por fora é crivada de espinhos, uma verdadeira fortaleza, mas tenho a intuição de que dentro é tão simplesmente requintada quanto aos ouriços, que são uns bichinhos falsamente indolentes, ferozmente solitários e terrivelmente elegantes.” Frase dita pela personagem Paloma

Renée possui apenas uma amiga que se chama Manuela.

Manuela trabalha como faxineira em um dos apartamentos chiques do prédio e todas as tardes toma chá com Renée para contar as novidades do dia.
Ao contrário de Reneé, Manuela não possui requinte algum, mas tem um coração de ouro e uma alegria contagiante!

Paralelamente aos capítulos narrados por Reneé, temos os capítulos narrados por Paloma.

Paloma é uma menina de 12 anos que planeja se suicidar em seu aniversário e colocar fogo no apartamento em que mora. O.O

Paloma, assim como Renée, não é o que parece... Por trás da aparência de uma simples pré-adolescente em crise existencial, existe uma grande pensadora.
Ela questiona a todo o momento os motivos pelos quais valem a pena nos mantermos vivos e isso nos remete à reflexão durante a leitura. Além disso, também é uma amante das letras:

“Ai dos pobres de espírito, que não conhecem o transe nem a beleza da língua.” Paloma

Paloma mora em um dos apartamentos do prédio com a sua família. Mora com sua mãe, que é uma pessoa problemática, dependente de antidepressivos, sua irmã que estuda filosofia e é neurótica por limpeza e o seu pai que costuma manter-se neutro diante as confusões familiares. Paloma o rotula como covarde.

As passagens em que vivenciamos o cotidiano de Paloma são divertidas, pois a família dela é bem doidinha...
Também me diverti com Renée e com suas tiradas irônicas lotadas de inteligência.

No decorrer da trama, vamos conhecendo todos os moradores do prédio e eles são peculiares.

É impossível você não se identificar com nenhum dos personagens durante a história, pois todos são singulares e muito bem trabalhados.

Eu simplesmente me apaixonei por Renée, me identifiquei bastante com o seu jeito de pensar:

“Há sempre a via da facilidade, embora eu repugne tomá-la. Não tenho filhos, não assisto televisão, não acredito em Deus, e são esses todos os sendeiros que os homens pegam para que a vida lhes seja mais fácil. Os filhos ajudam a diferir a dolorosa tarefa de enfrentar a si mesmo, e depois os netos que se virem. A televisão distrai da extenuante necessidade de construir projetos com base no nada de nossas existências frívolas; embaindo os olhos, ela livra o espírito da grande obra do destino. Deus, enfim, acalma nossos temores de mamíferos e a insuportável perspectiva de que nossos prazeres um dia chegam ao fim. Assim, sem futuro nem descendência, sem pixels para embrutecer a cósmica consciência do absurdo, creio poder dizer que não escolhi a vida da facilidade.” Renée Michel

A narrativa da autora é muito gostosa! Você não consegue desgrudar do livro enquanto não chega ao fim. E, quando as histórias das duas personagens - Reneé e Paloma - finalmente se cruzam, a obra se torna emocionante.

Os capítulos narrados por Renée parecem poesia, são encantadores!

O fim do livro é comovente, chorei pacas!

Enfim, é uma leitura gostosa demais!
Se você gosta de livros sensíveis e com um teor reflexivo, fica aí a dica!
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otxjunior 10/08/2012

A Elegância do Ouriço, Muriel Barbery
De início, tive a impressão de que passaria longas semanas lendo A Elegância do Ouriço. Se conseguisse chegar até o fim, diga-se. Muito pelo tom pretensioso e didático, personagens altamente improváveis e irritantes e, já nas primeiras páginas, previa uma conclusão moralista no estilo dos bestsellers de autoajuda, só que revestida sob uma gama de proposições filosóficas. Mas em algum ponto do livro vi-me totalmente imerso e sem poder voltar à superfície até o momento do desfecho de personagens que foram me ganhando aos poucos e que me fizeram abstrair a inverossimilhança de suas realidades.
Primeiro, temos Paloma, uma pobre menina rica superdotada que decide se suicidar na ocasião de seu aniversário de 13 anos, após incendiar o condomínio de luxo onde vive, por não conseguir suportar a inutilidade da vida e a futilidade das pessoas. Seus pensamentos são apresentados por meio de dois diários: os "Pensamentos Profundos" e o "Diário do movimento do mundo", que representam sua última tentativa de vislumbrar uma razão pela qual valha a pena viver, se é que existe alguma.
Alguns andares abaixo, vive Renée Michel, a concierge do condomínio. Viúva, reclusa e de poucos amigos, Renée faz de tudo para esconder sua predisposição à literatura russa, cinema japonês, pintura holandesa, enfim, ao tipo de cultura de acesso restrito à elite da sociedade e a qual não espera-se que uma humilde porteira possa apreciar.
A revolta contra a hipocrisia das relações humanas une essas duas pessoas de backgrounds diametralmente opostos, mas irmãs de alma. E dessa amizade surge a inspiração de questionar as perspectivas bastante pessimistas que ambas nutrem sobre a vida.
Muriel Barbery tem uma prosa elegantemente complexa e cheia de humor. Cheguei ao final do livro satisfeito e recompensando. Provando que nem sempre a primeira impressão é a que fica.
C'est la Vie!
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Brina 23/04/2024

Já quero ler de novo
Este livro é uma joia que me encantou do começo ao fim. A história se passa em um prédio burguês em Paris, no início do século XXI. As narradoras são Renée, a concierge viúva, quase invisível para os outros moradores do prédio, que esconde em sua aparente simplicidade ordinária uma rica alma erudita, e Paloma, uma adolescente prodígio de 12 anos que acredita não ter encontrado até então um sentido para sua vida no oceano de frivolidades em que vive sua abastada família.
A narração de Renée e Paloma se alterna, apresentando-nos aos outros vizinhos, suas peculiaridades e alienações. Ao mesmo tempo, elas tecem suas reflexões existencialistas e críticas ao meio em que vivem. Ambas estão em busca de um propósito que justifique a sua existência melancólica.
Nos dois últimos acontecimentos do livro, ambas encontram o que estavam buscando, de uma forma trágica, porém emocionante.
Repleto de reflexões densas e ao mesmo tempo sutis e sobre a vida e as relações humanas, 'A Elegância do Ouriço' é um livro que com certeza vou ler de novo quando for mais velha. É impossível também não notar seu teor crítico e perspicaz sobre o capitalismo e a luta de classes e suas várias referências culturais, sobre literatura, arte e música.
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Valeria 22/01/2012

Maravilhoso ! A muito tempo não lia um livro tão bom !
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Pedro Paulo 26/04/2012

Eu preciso reler esse livro daqui alguns anos, muito complexo, muito lindo, muito profundo! Fantástico!
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Michelly 01/07/2010

"repleto de humor e birra, de crise adolescente e melancolia madura."
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asc 22/06/2010

Durante a leitura passei a habitar o número 7 da Rue de Grenelle. A concierge, Renée, dá ao longo do livro longo material para reflexão. Assim como a adolescente e potencial suicida Manuela. E com as duas ri e sofri. O final, surpreendente, é de uma beleza congruente a história vivida pelas personagens.
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Cinara 17/06/2010

A protagonista, Renée, é a heroína ideal para quem já passou algumas horas solitárias e clandestinas de leitura, escondido em algum canto silencioso. Comum a todos os leitores vorazes, o sentimento de inadequação em uma sociedade barulhenta e excessivamente gregária, é o fio condutor da personagem que, apesar de grande delicadeza interior, beira a misantropia no trato diário com os moradores do prédio em que trabalha como zeladora. Comovente e primoroso, o livro celebra todos os quietos, discretos e solitários admiradores da verdadeira erudição.
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GCV 13/03/2011

Em defesa da alta cultura
Paris sempre foi um local privilegiado para o encontro da intelectualidade ocidental - até mesmo em períodos em que sua produção e o número de pensadores por metro quadrado não fossem tão impressionantes. De qualquer maneira, é inegável seu simbolismo nos campos cultural, artístico e político.

O ponto de partida de 'A elegância do ouriço' parece ser justamente a contradição entre o simbolismo da ‘Capital Intelectual do Ocidente’ e o que se faz, atualmente, nela - como, por exemplo, uma tese de questionável relevância sobre o pensador do século XIV Guilherme de Ockham. A princípio, é uma narrativa muito sedutora, principalmente para intelectuais, que não se cansam de dizer que vivem em meio a uma selva de burrice. Na Paris néscia de Barbery, salvam-se a concierge Renée (periferia da elite), a criança Paloma (periferia do adulto), e o oriental Ozu (periferia do ocidente). O adulto classe média-alta ocidental é demolido por essas três personagens, que observam as contradições, as falsidades e, principalmente, as burrices do status quo.

A tese da Colombe sobre Guilherme de Ockham é contestada tanto pela concierge quanto pela irmã - de 12 anos, é bom lembrar -; a literatura russa, uma das paixões da intelectualidade francesa, é muito mais bem conhecida e apreciada por Renée do que por esses mesmos intelectuais; e até mesmo a gastronomia é posta em xeque pela presença de uma imigrante portuguesa. Esse cenário funciona muito bem até metade do livro. A partir daí, surgem novas contradições.

Os valores da intelectualidade e cultura francesas, sejam representados por Guilherme de Ockham, Dostoievski ou mesmo um vol-au-vent, não são de fato questionado. A crítica é passageira em relação a quem detém tais valores, e, tão logo eles mudem de mãos, do adulto ocidental de classe média-alta para uma criança, uma concierge ou um oriental, eles são imediatamente ratificados. Nem mesmo a noção de periferia é questionada: o importante mesmo é salvar a cultura dos rufiões que não são dignos de seu usufruto.

'A elegância do ouriço' parece ser uma Revolução Francesa disposta a guilhotinar a decadente realeza intelectual, mas o que faz, ao final, é apenas dar a coroa a classes antes tomadas como periféricas - as prerrogativas reais, contudo, são mantidas nessa transferência.
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