A elegância do ouriço

A elegância do ouriço Muriel Barbery




Resenhas - A Elegância do Ouriço


512 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


César 21/12/2021

Um ouriço elegante, encantador e um tanto sensato
O livro vai contar a história de duas interessantes moradoras do luxuoso prédio de n° 7 da Rue de Grenelle. A primeira delas é a concierge (zeladora) Renée, que por fora se esforça pra parecer uma pessoa ranzinza e ignorante, mas esconde uma grande sensibilidade para a filosofia, arte e literatura. A segunda, a jovem Paloma, uma menina com inteligência acima da média que se sente muito insatisfeita com o inevitável destino previsível dos adultos, e para escapar dele pretende se suicidar no seu aniversário de treze anos, a não ser que encontre algo que a faça mudar de ideia.

Tudo começa a dar uma movimentada quando se muda para o prédio o sr. Kakuro Ozu, um ricaço japonês que desperta a curiosidade dos demais moradores. Em seu primeiro contato com Renée, ela acaba cometendo um deslize e soltando comentários aparentemente cultos demais para uma zeladora. Ele nota e mais tarde confidencia a Paloma, que também acredita que a sra. Michel não é o que aparenta ser. Então passamos a acompanhar a improvável aproximação desses três personagens tão distintos e ao mesmo tempo um tanto parecidos.

A elegância do ouriço é um livro de uma sensibilidade ímpar. A autora trata de temas delicados com surpreendente leveza e franqueza. O livro possui um humor bastante refinado e aborda também muitas questões sociais, além de debater filosofia, arte, literatura e cultura japonesa.
Sem dúvidas uma das melhores leituras do ano, com o um final inesperado e marcante pra quem lê e provavelmente irá levá-lo pra vida.
comentários(0)comente



Paula 25/11/2013

Encantador.
Estou revisitando alguns livros de minha estante sobre os quais, não sei porque motivo, deixei de registrar minhas impressões. Hoje decidi então escrever sobre um livro que me é muito querido: A Elegância do Ouriço, da escritora francesa Muriel Barbery. Lembro que fiquei sabendo desse romance logo que ele foi lançado pela Companhia das Letras, em 2008, quando meu pai me mostrou um comentário na revista Carta Capital falando sobre o livro e me disse que ele tinha tudo a ver comigo pela descrição. Uma personagem que é a zeladora de um prédio muito chic em Paris e que esconde um segredo: uma paixão pela arte e pela literatura. E logo que ele terminou de me dizer isso eu já estava na livraria comprando o livro. E ele tinha toda razão, porque me apaixonei pela história. Depois disso, acho que já comprei duas ou três edições que acabaram virando presente para pessoas queridas, que depois de uma conversa gostosa sobre a história ficaram com muita vontade de ler também. E hoje procurando o livro me dei conta de que não tenho mais a edição em português. Nesses momentos, ter mais de uma edição de um livro favorito, ainda que em outro idioma, não tem preço. (tudo culpa dessa mania de ser precavida, viu, gente? Precaução: motivo maior de se ter mais de uma edição do mesmo livro) =]

Toda a história se passa em um prédio luxuoso de Paris. As pessoas que moram lá são bem esnobes, a alta burguesia que precisa realmente esbanjar tudo o que tem, sendo que na verdade sabe muito pouco ou quase nada sobre o que tem. Entre os moradores do prédio, uma família se destaca: a família Josse. O pai de Paloma é um político muito influente; a mãe é uma super dondoca que durante todo o livro dará demonstrações claras do quanto é vazia; a irmã de Paloma, que segue o mesmo caminho da mãe e com quem Paloma não tem nenhuma afinidade. E por fim, Paloma, uma menina de 11 anos, brilhante e extremamente inteligente, além de muito sensível. Na verdade, ela é a pessoa mais lúcida dessa família onde as relações são muito superficiais. Paloma sofre com isso, por não sentir que pertence a esse meio em que se encontra, e planeja se suicidar no seu próximo aniversário, tamanha é a sua solidão. É lendo o diário de Paloma que vamos compreendendo esse universo e o que se passa pela cabeça dessa personagem que imediatamente nos cativa. Dá vontade de adotar Paloma como filha.

A outra personagem principal é a zeladora Renne, uma mulher discreta, calada, meio sisuda, sobre a qual ninguém sabe nada. E é aqui que talvez esteja a grande crítica da Muriel Barbery: será que a Renne realmente esconde um segredo ou será que ela é invisível pela condição social que ocupa entre os habitantes desse prédio? Os moradores entram e saem sem lhe dirigir o olhar. Muitos deles nem sabem o nome da zeladora, que segue cuidando e mantendo a rotina do prédio em funcionamento e, ao final do dia, encontra no seu quarto um pequeno refúgio, espaço para seu gato e para os muitos livros que devora. Renné é uma leitora voraz, uma mulher extremamente culta, mas que não fica esnobando esse conhecimento todo para os outros. E é isso o que eu mais gosto nessa personagem. Renne tem um conhecimento vasto sobre os clássicos da literatura mundial, que acumula em cada canto disponível do seu quarto; sabe muito sobre teatro, sobre ópera, sobre música clássica. Paloma, essa menina inteligente, mas que anda cultivando pensamentos mórbidos, é a única moradora do prédio que consegue de fato “ver” Renne. E Renne, por sua vez, sendo igualmente sensível diante do universo que habita, consegue ver que Paloma está sofrendo, pois entende como ela se sente. As duas, através do amor à literatura e à arte, desenvolverão uma amizade bonita e redentora. Por conta de Renne, os planos de Paloma talvez mudem. E com Paloma, talvez Renne se faça notar, sem esconder o que de belo tem na alma.

Enquanto essa amizade se desenvolve, é o gato de Renne que vai mudar todo o destino da história. Um novo morador chega ao prédio, um japonês muito educado chamado Kakuro Ozu, e notando o nome do gato de Renne percebe imediatamente que ela não é tão comum quanto o que os outros moradores pensam. Ele também tem olhos que conseguem ver as pessoas como elas são e o muito que elas podem trazer para nossas vidas.

A Elegância do Ouriço não é só um livro sobre amizade. É um livro sobre a vida, sobre a importância do conhecimento (mas do conhecimento que se compartilha e que nos enriquece, sem esnobismos), uma reflexão bonita e, em alguns momentos, até filosófica sobre o ser humano (acredito que por conta da formação da autora em filosofia) através de personagens extremamente complexos.

Hoje fiquei com muita vontade de reler essa história (já estou com minha edição em inglês em mãos) e isso já é o suficiente para dizer o quanto esse livro é especial. São poucos os livros que podemos revisitar. Só aqueles dos quais sentimos saudades. Não posso deixar de recomendar também o filme que é igualmente lindo e tem cenas muito engraçadas: A Elegância do Ouriço (Mona Achache, Le Hérrison, 2009.

Muriel Barbery. A elegância do ouriço. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 352 páginas. Tradução: Rosa Freire D'Aguiar

site: http://pipanaosabevoar.blogspot.com.br/2013/10/a-elegancia-do-ourico.html
su fern@ndes 03/10/2013minha estante
Paula...conhece o filme? eles conseguiram manter tudo isso de bom q vc falou. amo o livro e tbém gostei bastante da adaptação. :)


Paula 03/10/2013minha estante
Oi, Su!

Conheço sim! :) Na verdade, essa resenha curtinha é de 2008, a resenha completa (que fala mais detalhadamente sobre o livro e o filme) está no meu blog! :)

Amei o livro e o filme também!

beijo,

Paula


Eloiza Cirne 07/10/2013minha estante
Extraordinário livro. Recomendo o filme, também maravilhoso.




Max 26/11/2022

Franceses...
Vou tentar não ser tão dramático, como sou sempre, ao cabo de um grande livro. Uma menina de 12 anos, suicida, uma senhora, invisível, ambas tendo em comum uma grande inteligência e uma certa erudição filosófica e cultural, a assimetria da idade não impede o encontro de suas almas, a história é permeada por citações culturais do naipe de "Ana Karênina", de Tolstoi, as naturezas mortas de Pieter Claesz, os filmes de Yasujiro Ozu, "Blade Runner", de Ridley Scott e "Thank You" da Dido e do Eminem, o livro é todo permeado por uma riqueza cultural e por citações filosóficas maravilhosas. O charme fica mesmo pelas tiradas irônicas impagáveis das duas, que me mataram (quase) de rir por inúmeras vezes. O surgimento de um terceiro personagem um japonês, dará a unidade final a esse trio. Seu enorme sucesso na França, com mais de um milhão de exemplares vendidos e uma adaptação no cinema, mostrou que sua crítica mordaz dos costumes franceses recebeu eco entre seus pares.
A essa altura conjecturo: Foi o melhor livro que li esse ano?
Não, não foi. Mas foi quase!
Recomendo fortemente!
Débora 30/11/2022minha estante
Adorei sua resenha!?


Max 30/11/2022minha estante
Obrigado, Débora!?




gablues 20/03/2024

A sinopse me fez ter a expectativa de encontrar aqui um livro cheio de personagens e com uma história bem movimentada; pequeno engano meu. Apesar de ter uma variada quantidade de personagens, a narrativa é bem mais parada do que se imagina. O livro é composto basicamente de divagações acerca da arte e da existência, feitas ora por Paloma, menina de 12 anos que quer se matar, ora por Renée, a concierge de um prédio de pessoas muito ricas. 
Achei certas divagações meio pedantes e clichês, essa ode à "alta cultura" me deu muita preguiça. É algo quase cômico ver os personagens se surpreendendo com o fato de Renée ler os clássicos russos, entender sobre música clássica e conseguir apreciar pinturas. Achei essa tentativa de fazer uma crítica a preconceitos de classe extremamente preguiçosa, como se a única forma de arte que te validasse como uma pessoa "culta" e "sublime" fosse a arte legitimada pela elite.
Por falar em classes sociais, é engraçada a maneira que a autora retrata pessoas de esquerda aqui. Logo no primeiro capítulo, nos é apresentado um personagem que é muito rico e fútil, mas que se acha intelectual por ler Marx. Não conheço a autora e sinceramente não me preocupei em pesquisar muito sobre ela, mas acho inegável que há muito de sua opinião política pessoal nesses personagens.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
JuRenault 21/03/2021minha estante
Um dos melhores livros que já li, é fantástico!




Emily Amaral @artesdeler 20/04/2021

A ELEGÂNCIA DO OURIÇO - MURIEL BARBERY
Iniciei esse livro com pensamentos grandiosos a respeito de sua história, baseados em resenhas incríveis que vi por aqui. No começo, foi difícil me conectar com o enredo, a linguagem, com o que a autora realmente queria passar? Achei, então, que minhas expectativas para esse livro seriam como uma nuvem carregada com uma chuva que nunca chega a precipitar.

?É então que, sem aviso prévio, a chuva começa a cair.?

A história de luta de Reneé, a tentativa de construir uma história de Paloma, o conhecimento e empatia do sr. Kakuro? todos contribuíram para que eu fosse me apaixonando aos poucos por esse livro. A incerteza e desconfiança de início se transformaram nas lágrimas ao final.

?Toda essa chuva??

A elegância do ouriço é um livro filosófico, satírico, e devastador. É um grande exemplo de como a amizade, o companheirismo, e a empatia podem mudar vidas. A partir dos pensamentos das duas protagonistas podemos extrair infinitas reflexões sobre a eternidade, a vida, o tempo, o amor, a beleza, e muitos outros conceitos.

?Quando me angustio, vou para o refúgio. Nenhuma necessidade de viajar; ir juntar-me às esferas de minha memória literária é suficiente. pois existe distração mais nobre, existe mais distraída companhia, existe mais delicioso transe do que a literatura??

Obrigada, Muriel Barbery, por fazer este lindo refúgio para o mundo.
comentários(0)comente



Marcelo.Alencar 16/06/2022

Perfeito
Nota máxima para um romance maravilhoso. Chocado com tanta beleza. Uma obra para ser lida em êxtase de pensamentos e reflexões.

Há muito que aprender sobre tudo em ?A elegância do ouriço?! Um sempre no nunca.
comentários(0)comente



Amanda Bento 17/09/2020

Vai se tornar meu livro favorito da vida
E imediatamente estou comprando a cópia física, porque merece. Esse foi um dos melhores livros que li esse ano. O ouriço elegante é a personagem principal, uma concierge de um prédio secular parisiense, que assim como morar no térreo que sustenta os andares superiores é uma metáfora pra diferença de classes, ela encontra na leitura e no anonimato sua arma secreta contra os burgueses que serve.
Delicado até a última instância, narra de forma perfeita a personagem cinquentona literata, com referencias que vão de Eminen a Tolstoi. Simplesmente impecável. Um livro para todas as idades.
comentários(0)comente



roberto tostes 12/09/2010

Livros de Papel ou Ouriços Elegantes
Para começo de conversa, adoro internet, tecnologia, novas ferramentas de comunicação, ler e pesquisar on line. Mas Livro pra mim é Livro. Papel para tocar com as pontas dos dedos, tato na forma , com cheiro de coisa nova, principalmente essa relação de “olhar e pegar”. Não digo que nunca vou ter um Kindle ou algo do tipo, mas nada para mim susbtitui o livro. Principalmente aqueles títulos que mexem com a gente. Você não consegue parar de ler ou depois lembra de algo e não pára de pensar, relembrar.

Quero falar de um livro que começou assim com uma relação meio difícil mas depois me “pegou”. Chama-se “A elegância do ouriço” de Muriel Barbery. É um título genial, chamativo, mas ao mesmo tempo difícil. Mas tem tudo a ver com a história. Como se durante o decorrer da leitura você fosse realmente desviando dos espinhos da defesa do bicho e fosse penetrando em seu interior.

A história aborda duas personagens distintas. Uma delas, Renée, a zeladora do prédio que por trás de sua submissão ao trabalho e aos moradores esconde uma personalidade inquieta, com fome intelectual de ler, de ouvir e ver instigante. A outra, Paloma, uma menina adolescente, crítica e também muito inteligente, fazendo uma análise mordaz da família da alta sociedade parisiense e os jogos de poder em um prédio chique de Paris.

Não é uma construção simples. Eu que adoro começar livros, mergulhar em um universo novo, amplo, demorei para me habituar com a narrativa e as personagens. Mas a ligação foi crescendo e terminei o livro com aquela sensação de quero mais.

O que me levou a escrever sobre a escritora é também sua conexão com os tempos atuais de links, comexões, citações, reflexões. A autora faz isso de maneira surpreendente e sutil, filosofando ou discorrendo sobre música, esporte, filosofia, literatura e política de forma leve, sem prejudicar a narrativa, pelo contrário, reforçando isso na mente da senhora ou da garota.

Não querendo apenas me ligar pela memória, atualmente tão volátil pela quantidade de informação que recebemos, de diversas fontes, peguei o livro e fui anotando as ligações externas e internas. Temos referências musicais (Mozart, Purcell ), cinematográficas (cineastas como Ozu, Greenway ou filmes como Blade Runner, Black Rain e Nothing Hill) literárias (Tolstoi, romances policiais, Bashô e tradições japoneses), pintores (holandeses, italianos) e filosofia (Marx, Husserl, Descartes). Tudo colocado de uma forma natural, dissolvida em conversas e pensamentos internos. Mas faz você pensar , ouvir e querer coisas além do livro. Aí voltamos à internet. Estas 350 páginas podem te levar muito além da simples leitura.

Parei algumas horas ouvindo as músicas e trechos de óperas citadas. Comprei o Guerra e Paz do Tostoi para dar uma lida. Enfim, você se vê perdido em labironto dentro de outro , ou sonho dentro de outro (buscando “Origens”). Assim conseguimos extrair o melhor de uma única coisa, dando voltas no mesmo caminho. Não existe o envolvimento ou cartse com o heróis de susbtituição, mitologias, superação, é mais um enfrentamento da nossa realidade diária, dos pequenos grandes vazios da existência. Pensamos juntos com a senhora e sua sagacidade e ingenuidade ou nos irritamos jutos coma garota destemida e impulsiva. A vida pulsa de uma forma estranha neste universo reduzido, de um prédio e suas habitantes, e suas mesquinhas indiferenças ou repetitivas rotinas.

Esta história tornou-se incomum e me marcou porque em tempos de edições digitais volto ao elogio da forma com capa, volume e papel. Todo livro é um ouriço elegante. Espérando ser decifrado e lido em seu macio interior, que pode ser surpreendente e infinito. O livro cabe na minha mão e quero guardá-lo na estante pra ver e tocar de novo.

Para quem quiser passar por estas sensações e entender a elegância do bicho, só lendo, e prestem muita atenção na última frase do livro. Boa leitura!
comentários(0)comente



*Rô Bernas 13/05/2011

Ouriço sem Sal
A sinopse do livro aliada as resenhas me empolgaram a ler o livro, mas...me decepcionei. Achei o livro chato toda vida e muito cansativo. Por não ter diálogos a leitura ficou extensa e cansativa...não gostei.
A medida que ia lendo tentava me animar com a história, mas definitivamente não consegui. Até achei que eu tinha algum problema por não gostar do livro que todo mundo aclamou como maravilhoso...sério! Mas como leitura é uma coisa muito pessoal, me convenci que este ouriço estava mesmo muito sem sal pra mim.
Leiam e avaliem! :-)
comentários(0)comente



Edna 05/03/2023

Aquele final que muda sua avaliação de 4 x 5
Uma abordagem filosófica, humorada e sarcástica.

Em duas narrações pela Concierge de um Prédio famoso em Paris, ela vai contando nesse clima a vida dos moradores, a segunda é uma garota de doze anos muito inteligente que nos criva de curiosidade por cada pensamento.

Renée chamada de Sra. Michael pelos moradores do prédio é autodidata mas ñ quer que ninguém saiba que ela domina vários temas da filosofia à psicanálise mas tem um lado tão humano quanto os trechos que separei vocês.

Uma viagem dupla essa leitura, nos leva à leitura de clássicos que estão dentro de nós com Anna Karenina; O Conde de Monte  Cristo;  Guerra e Paz e muita  da arte  Van Gogh; Caravaggio; Rembrandt; Vermeer e outros.

"Quando me angustio  vou para o refúgio. Nenhuma necessidade de viajar; ir juntar-me às esferas de minha memória literária é suficiente."

"De onde vem o maravilhamento que sentimos diante de certas obras? (....) aquele pincel que soube domar a sombra e a luz e restituir, magnificando-as suas formas e texturas(...) isso nem explica o mistério do primeiro deslumbramento."

"Que faz a arte por nós? Ela dá forma e torna visíveis nossas emoçoes, e, ao fazê-lo, apõe o selo de eternidade presente em todas as obras que, por uma forma particular, sabem encarnar a universalidade dos afetos humanos."

Pensamento

"A Sra. Michael tem a elegância do Ouriço, por fora crivada de espinhos, uma verdadeira fortaleza, mas tenho a intuição que é tão simplesmente requintada quanto os ouriços que são uns bichinhos falsamente indolentes, ferozmente solitários e terrivelmente elegantes."

Que final foi esse? Leiam !
comentários(0)comente



Augusto Stürmer Caye 24/11/2021

Prepotência
Infelizmente, os personagens são revestidos de uma prepotência que me irrita. A «elegância do ouriço» não me conquistou.
Carolina.Gomes 03/08/2022minha estante
Talvez a autora seja um pouco prepotente ? n me agrada essa necessidade de mostrar erudição, fazendo transcrição de cenas de clássicos.




Kau 16/01/2021

A elegância do ouriço
O livro, para mim, foi bastante arrastado. Os capítulos foram cansativos, mas o livro melhora depois dos 70% e, pelos capítulos finais, valeu a pena dar continuidade a leitura.
comentários(0)comente



Anica 19/12/2010

A elegância do ouriço (Muriel Barbery)
A elegância do ouriço de Muriel Barbery é daquele tipo de livro que chega como quem não quer nada e vai encantando aos poucos. Quando você está quase no fim, percebe que já está completamente apaixonado. Os desdobramentos de um enredo até bem simples acabam seduzindo o leitor, que vai devorando as páginas sem sequer sentir o tempo passar.

Inicialmente somos apresentados aos dois fios que conduzem a história: a narrativa da Sra. Michel, uma zeladora de um edifício luxuoso de Paris; e os escritos diários de Paloma, uma menina de doze anos que vive no mesmo prédio que a Sra. Michel e está decidida a fazer duas coisas no dia do aniversário, suicidar-se e atear fogo no apartamento.O interessante de A elegância do ouriço é como esses dois fios vão se cruzando, e personagens que são completamente estranhas uma para a outra, descobrem-se e tornam-se amigas. O truque de mesclar os dois tipos de narrativa inclusive ajuda a criar um efeito interessante quando a voz de uma é interrompida pela outra bem em um momento importante: fica a curiosidade de saber o que vem a seguir, o que faz com que o leitor permaneça preso à leitura.

Quanto às personagens, inicialmente tive dificuldades em aceitar Paloma, confesso: não gosto de crianças prodígio nem na vida real, nem na Literatura. Mas as ideias cativantes apresentadas nos diários acabam fazendo com que a idade da menina seja só um detalhe, como acontece para a própria sra. Michel.

No caso da zeladora, o que encanta é perceber o quanto ela se parece com Paloma, fingindo ser algo que não é como uma forma de se proteger das outras pessoas. Mais ainda, ela torna óbvio o quanto medimos as pessoas pelo que fazem e o que parecem, esquecendo de realmente ouvi-las e conhecê-las de fato. Sob a fachada ranzinza da zeladora, esconde-se uma figura doce e inteligentíssima, que atrai não só as personagens do livro, mas também o leitor.

Em dado momento, o livro divide-se em dois. Temos um romance filosófico, com ótimos questionamentos levantados pelas personagens e temos um romance sobre solidão e amizade. E foi uma excelente escolha de Barbery usar um edifício como espaço para a história, porque ele representa exatamente o que suas personagens parecem gritar a todo momento: vivemos em comunidade, com outras pessoas, mas estamos todos sozinhos em nossos pequenos mundos.

É uma história gostosa, simples, doce e realmente cativante. Seja pelo conteúdo filosófico, seja pela leveza do enredo, é daquele tipo de livro que quando você fecha ao concluir a leitura, já começa a sentir saudades das personagens que acabara de conhecer.
comentários(0)comente



512 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR