Carcereiros

Carcereiros Drauzio Varella




Resenhas - Carcereiros


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Marriete 21/11/2021

Carcereiros ? Resenha
Autor: Dráuzio Varella
 
 
Dráuzio Varella trabalhou como médico voluntário em penitenciárias por treze anos, durante todo esse tempo ouviu e testemunhou histórias que o cidadão comum que jamais colocou os pés dentro de uma cadeia poderia imaginar. Fatos e relatos duros de pessoas marginalizadas pela sociedade, muitos que caíram por sua própria imprevidência, outros por puro gosto e crueldade.
 
Para guardar e manter uma certa disciplina entre todos os presos está o agente penitenciário, o carcereiro que muitas vezes despreparado precisa enfrentar o desafio de vida e morte dentro das cadeias sem uma arma.  
 
Neste livro, Dráuzio Varella nos conta um pouco sobre as agruras desses profissionais tão necessários quanto desvalorizados. O custo pessoal é muito alto para um salário tão baixo. O agente muitas vezes se perde no vício do álcool, do suborno, perde família, equilíbrio psicológico, quando não a própria vida. Fácil é julgar os atos de alguns poucos que se permitem desviar da lei, difícil é buscar compreender os fatos que os levam a esse fim. É muito importante que esse livro seja lido com cuidado e uma boa dose de estudo, já que muitos de nós não teremos essa experiência, mas, que através desse trabalho poderemos conhecer e julgar menos as pessoas e profissionais que dão ali o seu melhor sempre que podem e conseguem.
 
Recomendo a leitura.
 
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Gabriele81 09/11/2021

Olhos condenados pela desgraça.
Ninguém pode apagar as memórias de um detento e muito menos apagar as memórias dos funcionários públicos que atuam no sistema. O Brasil, por mais que se declare contra a tortura, possui seu próprio mecanismo aparelhado à necropolítica - o sistema carcerário. Drauzio Varella nesse livro, apropria-se de uma minuciosidade ao penetrar as memórias de seus companheiros de trabalho na Casa de Detenção de São Paulo, mais conhecida como Carandiru, só que, dessa vez, traz à baila os olhares de quem fecha os cadeados, conduz os prisioneiros, corrige e se impõe como autoridade do estado. De fina flor não se faz o cotidiano desses homens descritos em capítulos e são danos irreversíveis à própria paz. Também é um livro nostálgico, pessoalmente. Me senti novamente criança, assistindo a implosão do Carandiru pela TV, mas dessa vez no olhar da história trabalhista e prisioneira do complexo.
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Gabriele81 09/11/2021

Olhos condenados pela desgraça.
Ninguém pode apagar as memórias de um detento e muito menos apagar as memórias dos funcionários públicos que atuam no sistema. O Brasil, por mais que se declare contra a tortura, possui seu próprio mecanismo aparelhado à necropolítica - o sistema carcerário. Drauzio Varella nesse livro, apropria-se de uma minuciosidade ao penetrar as memórias de seus companheiros de trabalho na Casa de Detenção de São Paulo, mais conhecida como Carandiru, só que, dessa vez, traz à baila os olhares de quem fecha os cadeados, conduz os prisioneiros, corrige e se impõe como autoridade do estado. De fina flor não se faz o cotidiano desses homens descritos em capítulos e são danos irreversíveis à própria paz. Também é um livro nostálgico, pessoalmente. Me senti novamente criança, assistindo a implosão do Carandiru pela TV, mas dessa vez no olhar da história trabalhista e prisioneira do complexo.
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Bruno.Defaveri 03/11/2021

O outro lado dos presídios
Depois do livro que conta suas histórias com os presos que atendia mo sistema prisional, nesse livro dr drauzio mostra a realidade dos presídios pela perspectiva dos carcereiros e demais trabalhadores do sistema prisional, leitura densa mas recomendada.
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Cesar.Neto 27/10/2021

Drauzio Varella tem o dom de dar uma fluidez a leituras com temáticas densas. Suas experiências vividas nos presídios brasileiros traz consigo uma capacidade ímpar de se ter empatia.
Li o "Prisioneiras" e o "Estação Carandiru" nesse ano e não poderia deixar de ler o "Carcereiros". Confesso que, em se comparando com os outros dois, esse é o que possui um ritmo mais lento. Mas não menos chocante.
Vale muito a leitura.
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Maia 22/10/2021

Drauzio, como sempre, impecável e necessário.
Li esse livro meio com o nariz torto por ser o menos famoso da trilogia e com o "tema" que menos me interessava e me surpreendi! Foi o que li mais rápido dos três; a escrita de Drauzio, como sempre, é um deleite. Extremamente fluido e certeiro em mostrar "o outro lado da moeda", a obra segue o mesmo modelo dos outros livros, contendo relatos, violência (gatilho para abuso sexual e violência em geral) e personagens marcantes. Dando voz aos carcereiros, Drauzio é sensível e duro, trazendo várias temáticas polêmicas e necessárias tal como o encarceramento em massa no Brasil e o nascimento/ funcionamento das prisões. O relato se passa pós massacre de Carandiru e desligamento da casa de Detenção onde o feito se deu, porém os relatos são da época que a casa funcionava, incluindo alguns no pós massacre, trazendo inclusive as consequências fáticas do acontecido em 1992, tal qual o surgimento do PCC - primeiro comando da capital - que surge para tomar o controle das prisões paulistanas após o assassinato em massa acontecido.
Esse livro, cronologicamente falando, é o "do meio", porém, pode ser lido em qualquer momento - tal qual os outros (Prisioneiras e Estação Carandiru). Só recomendo ler após Carandiru, pois se passa no mesmo ambiente.
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Letícia 14/10/2021

Fascinante
Minha segunda leitura de Drauzio e, mais uma vez, fui levada pela fluidez, detalhes e imersão com que as histórias são relatadas.
Obrigada, Drauzio, por me fazer enxergar além de onde achava que eu via.
Enquanto futura médica, espero um dia ser 1/4 da sua grandeza.
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ana :) 12/10/2021

Do outro lado da grade
Dessa vez, a visão é de quem, teoricamente, põe ordem em local onde pessoas condenadas por assasinato, roubo, sequestro, estupro e esses só são apenas algumas das acusações.
Carcereiros, em sua esmagadora maioria, nunca sonharam em estar naquele ambiente e no início da carreira aquela singular frase: onde eu vim parar? Sob um olhar sincero e reflexivo, Varella expõe a vida humana que esses trabalhadores levam com a constante violência em suas vidas e o quão afetada fica seu entendimento do mundo.

"Funcionários com muitos anos de experiência, capazes de manter a paz em pavilhões com mais de mil reincidentes, sufocar rebeliões com as mãos desarmadas e enfrentar a bandidagem mais indócil apenas com o poder persuasivo da palavra, foram estigmatizados e afastados do contato com os presos, escalados para postos subalternos sob o comando de colegas despreparados nos Centros de Detenção Provisória ou em funções burocráticas atrás de escrivaninhas emperradas." (P. 17)

"Já a origem social é semelhante: praticamente todos pertencem a famílias em que os filhos começaram a trabalhar cedo. A motivação que os levou às cadeias foi muito mais a segurança do emprego público do que algum apelo vocacional. Até o primeiro dia de trabalho, a maioria deles jamais havia imaginado pôr os pés numa prisão." (p. 29)

"O aprisionamento não tinha outra finalidade senão a de retirar do convívio social e castigar os que cometeram crimes, não havendo preocupação alguma em oferecer-lhes condições dignas de vida nem interesse em reinseri-los na sociedade. Nesse contexto, a função do carcereiro se limitava a garantir a ordem interna e evitar fugas, tarefas para as quais eram designados homens sem preparo, que se sujeitavam a trabalhar em troca de salários aviltantes." (p. 38)

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Alexandre.Canal 21/08/2021

O outro lado da moeda.
No segundo livro da trilogia de Drauzio Varela, vemos o contraponto com o anterior. Desta vez o autor nos mostra como é a vida dos Carcereiros na prisão que foi a maior da America Latina. Histórias de vidas, experiencias vivenciadas pelo proprio autor e lembranças narradas pelos carcereiros ilustram a rotina daqueles que tem como profissão ficar entre as grades da prisão. Mais uma vez percebemos a imparcialidade e a escrita leve e fluida de Drauzio Varella, quem nos entrega um dossie sobre o decadente sistema carcerário, que na maioria das vezes ao invez de reabilitar, corrompe ainda mais aqueles que nela vivem.
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Lívia 10/08/2021

Ótimo livro!
"Estação Carandiru" ainda é meu preferido por afinidade ao tema e as histórias contadas, mas Carcereiros é imprescindível para que se entenda como um todo o funcionamento das prisões no Brasil e de quem as mantém funcionando, principalmente no capítulo "Fábrica de Ladrões"
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jaquelinecrzs 05/08/2021

10/10
sou muito fã do drauzio, que ser humano espetacular, que médico dedicado e que escritor fantástico. o livro contém detalhes angustiantes mas que é importante sabermos e os personagens são instigantes. gostei muito, mas é bem pesado!
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DebyCCruz 03/08/2021

Extremamente forte, com descrições ricas e intrigantes, o livro Carcereiros fazendo parte de uma série de livros sobre o massacre do Carandiru traz uma ótica muito interessante, o ponto de vista dos carceireiros. Que também tem que representar seriedade e força 24 horas por dia. É um trabalho que é desvalorizado totalmente, com um sofrimento diário encoberto.
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Ray 30/07/2021

Mais um ótimo livro do Dr. Drauzio
Esse é o segundo livro de uma trilogia que começa com Estação Carandiru. Carcereiros continua na mesma linha só que dessa vez tendo como protagonistas os carcereiros das prisões brasileiras.
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Gizele 23/07/2021

Carcereiros traz a visão do agente penitenciário.
Mais uma vez Drauzio me ensinando coisas através de suas obras. Eu gostei tanto quanto Estação Carandiru. Te faz refletir bastante. E entender como as mudanças no mundo do crime e do cárcere ocorreram ao longo dos eventos.

Eu acredito que é impossível um mundo igualitário e as mesmas oportunidades para todos. Nesse caso, eu só queria que fosse menos desigual, só pra algumas histórias serem diferentes devido essa diferença abismal.
Rinaldo.Sousa 23/07/2021minha estante
Adorei!




Alê | @alexandrejjr 20/07/2021

Os cadeados invisíveis

A privação da liberdade é uma punição infernal e exclusivamente humana. Negar a alguém um direito que nasce conosco é a forma mais desumana que os homens encontraram para criar seu próprio purgatório.

Em "Carcereiros", segundo livro da trilogia do cárcere de Drauzio Varella, os leitores conhecem outro tipo de prisão. Conhecem uma prisão simbólica, trancada por cadeados invisíveis.

Os carcereiros das prisões brasileiras são funcionários públicos do baixíssimo escalão. Diferentemente dos engravatados do sistema judiciário, esses homens carregam a difícil missão de vigiar e controlar assaltantes, assassinos, traficantes e estupradores por salários módicos, alimentados pela necessidade, atormentados pelo medo. São eles que precisam ter, todos os dias, a temperança necessária para lidar com os párias sociais que todos nós preferimos esquecer. E depois desse desafio, tentar voltar à mundana rotina de suas casas.

O que Drauzio tenta fazer aqui é mostrar um pouco da coragem desses homens através das histórias coletadas ao longo dos encontros com esses profissionais, que ele tem orgulho em chamar de amigos. Homens simples, imperfeitos e demasiadamente humanos, mesmo convivendo tanto tempo com as piores cenas que a violência pode proporcionar. Homens que precisam de mais de um trabalho para não cair na desgraça da corrupção que infesta desde sempre as cadeias, sendo esse apenas um reflexo da própria sociedade. Homens que não negam os atos moralmente questionáveis que cometeram, afinal, não eram exatamente escolhas. São histórias que precisavam ser compartilhadas. E sorte nossa que foram pelas mãos de Drauzio, um humanista brasileiro como poucos que merecem tal reconhecimento.

A leitura de "Carcereiros", além de obviamente ser um contraponto à "Estação Carandiru", traz mais do homem e um pouco menos do médico no texto. Aqui temos um Drauzio Varella questionador e muito mais reflexivo e pessoal que no primeiro livro, um ponto interessantíssimo para os leitores.

Leia Drauzio. Leia sobre a desumanidade de estar e conviver com o cárcere. Mas não espere respostas, nem as simples e muito menos as complexas. Como todo bom livro, ele vai entregar perguntas. E isso basta.
Alana 20/07/2021minha estante
Importante reflexão, mas é de fato, sem respostas!
Acrescentarei "Carcereiros" na minha lista.


Brenda.Podanosqui 20/07/2021minha estante
Que legal. Pretendo ler esse tbm. Eu gostei de todos os livros que li de Dráuzio.


Juliana JRS 21/07/2021minha estante
Essa trilogia é excelente.


Ercilia 22/07/2021minha estante
Muito boa sua resenha. Depoimento sensível de um leitor atento. Quer ler.


Alice @leituras_da_alice 22/07/2021minha estante
Que resenha incrível! Não sabia que o Drauzio tinha escrito sob esse ponto de vista também. Eu conhecia o primeiro muito por alto, mas agora me deu muita vontade de ler eles.


Alê | @alexandrejjr 22/07/2021minha estante
Com certeza, Alana, ainda mais que estamos falando do Brasil;

Brenda, eu li dois dele e posso dizer com tranquilidade que são ótimos;

Juliana, estou no último livro da trilogia. É o que pessoal mais gosta, pelo que pude apurar;

Ercilia e Alice: agradeço pelos comentários carinhosos e pelo tempo dedicado à resenha. E pra reforçar: a trilogia do cárcere é um marco da não ficção nacional, vale a pena.




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