Barba ensopada de sangue

Barba ensopada de sangue Daniel Galera




Resenhas - Barba ensopada de sangue


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Rosa Santana 28/08/2014

MUITO PELO, POUCA PELE!
Barba Ensopada de Sangue, Daniel Galera - Companhia das Letras, 424 páginas!

O que dizer dessa "Barba"? Que é muito pelo para pouca pele!
Achei o livro bom em parte: história bem construída, personagens verossímeis, embora o personagem principal seja meio que um anti herói, para o qual nada dá certo, eles são, sim, muito bem construídos, coerentes e bem realizados.
Gostei da forma com que o autor iniciou a narrativa. Só mais lá para o final fui compreender o porquê do recurso
A história é instigante, só que...
Sempre tem um "mas", quando as cinco estrelas não vem!
No meu caso, achei muita palavra para o conteúdo proposto. Descrições intermináveis, e, ao meu ver, dispensáveis porque infrutuosas! Detesto livros que usam esse tipo de recurso, porque ao dizerem mais do que é necessário subestimam o leitor.

Não sei se lerei outro livro do Galera, francamente!
Com tanta coisa boa por aí...
Paula 29/08/2014minha estante
Senti a mesma coisa em relação ao autor quando eu li Cordilheira, ele não me convence nas personagens femininas... e quando terminei de ler fiquei realmente pensando se ia tentar outro livro do autor. Adorei a definição: muito pelo, pouca pele! :) acho que isso resume bem o que sentiu. Gosto mais de pele, viu? :)

beijo!


Rosa Santana 31/08/2014minha estante
Paula, obrigada por fazer coro comigo. Poucos dos meus amigos o fazem. Quase todos gostam do livro...
E, ó, eu tb gosto mais de pele... Hehehe! Em todos os sentidos!
Beijo!!




Júlia 09/08/2020

CA RA LHO
É essa a palavra que define quando você termina de ler. Um livro que no início eu não dava muita coisa, achava enrolação demais para chegar no ponto principal da história, que contava muitos detalhes que "não precisava". Só que quando tu acaba de ler o livro, percebe que cada palavra foi extremamente necessária para construir essa narrativa sensacional.
Galera consegue te prender nós últimos capítulos de uma forma que poucos conseguem, e assim que acaba, tudo passa a fazer sentido. Toda a história se mostra extremamente importante para terminar como terminou.
Um livro que vou recomendar pra todo mundo daqui pra frente.
E muito obrigada ao Anderson, que me indicou, e me deu seu exemplar para que eu podesse terminar de ler essa história defude.
sami 09/08/2020minha estante
exatamente assim que eu fiquei quando terminei. li o prefácio de novo então e tudo fazia o completo sentido




Silvio 15/11/2016

Não faz jus à fama nem ao sucesso.
A propaganda é, de fato a alma (e a arma) do negócio! O livro não tem nada; não tem uma história, uma trama, uma mensagem, um estudo...é apenas o cotidiano simples e comum de uma pessoa simples e comum. Alguns trechos começam interessantes, terminam no nada, sem mais, nem menos...
Muito mal escrito...ele tenta "piratear" o estilo saramaguês: sem pontuação e a colocação de inúmeros termos inúteis que engordam o livro. Também tenta imitar o estilo de João Ubaldo Ribeiro: parágrafos de cinco, seis páginas, misturando muitos assuntos aleatoriamente, sem nenhuma ligação entre si; um vocabulário estranho e exagerado, para demonstrar conhecimento.
Há um número absurdo de descrições inúteis exageradamente detalhadas, aliás, detalhes inúteis. Há mais adjetivos nesse livro do que no dicionário.
Os erros de português - alguns propositais para caracterizar personagens, muito outros, não - são gritantes e enchem o saco; a concordância verbal foi esquecida.
Não entendo como um livro desses possa ser publicado e, ainda, fazer sucesso. E um monte de gente diz que gostou... não acredito! (tá certo que gosto não se discute)
David Atenas 10/02/2017minha estante
Deve ser um cara absurdamente chato, na convivência.
Nenhum dos livros dele é realmente bom.




Januska 31/08/2021

grata surpresa
Este livro me pegou de jeito!
Conheci a obra porque meu namorado leu e ficou embasbacado com a escrita do autor, e como nossos gostos são parecidos, resolvi dar uma chance ao livro, e que grata surpresa!
Galera tem uma prosa descritiva e visual, fazendo com que o leitor imagine a cena, os cheiros e os personagens, que aliás, ganham uma descrição física mais trabalhada devido a doença do nosso protagonista sem nome.
Me senti em um apartamento mofado na beira da praia o tempo todo, fiquei apegada demais nos personagens- especialmente em Beta e no Bonobo- e apesar de uma narrativa lenta, fica impossível largar a história.
Achei o início de livro mais bem escrito que li nos últimos tempos, daqueles que quando você acaba quer logo ler novamente, pelo menos as primeiras páginas.
Enfim, estou ansiosíssima para conhecer outras obras do autor.
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e.duardo 28/11/2012

Esse livro mexeu bastante comigo, assim como Cachalote, também do Galera.

Acho que o grande trunfo dele é que ele vem chegando, às vezes bem devagar mesmo, e conforme as conversas ou os momentos de ação parada chegam ao seu fim, eles se desdobraram rapidamente e as explicações, motivos e estímulos que você procurava estão lá, de uma vez. É como uma piada bem contada, e você sempre acaba rindo aqui.

A sensibilidade sem afetação que dá o tom ao livro inteiro talvez seja o motivo de uma amiga ter me dito que Barba é 'um livro bem masculino, né?'. Acho que sim, e basta olhar para o personagem principal e sua falta de qualquer coisa impressionante para confirmar isso: ele nada, ele corre, é seco na maioria do tempo. Mas também é desprovido de ironia e aquela sensação de superioridade que parece ser chavão nos protagonistas; ele se impõe de modo sincero e aceita suas limitações sem se fazer de coitado. Talvez mais importante, se relaciona com o restante dos personagens de forma simples e amorosa. Em suma, ele é um homem bom e isso basta.
(Acho que esse olhar sobre ele e o fato de isso tornar o livro um livro masculino não faça tanto sentido fora da minha cabeça, mas mesmo assim foi uma impressão muito forte).

A sensação que tive com o final é difícil de explicar, um pouco de frustração com o nadador e ao mesmo tempo uma compreensão de suas decisões, que afinal nem sempre podem ser bonitas, carinhosas, etc. Lembra um pouco a gente mesmo, claro.

Outra coisa bem legal é o modo como a formação de uma lenda vai acontecendo e sendo explicado; é interessante poder apreciar as histórias que sustentam o mito e ao mesmo tempo saber da verdade.

De resto, a mesma coisa, achei bem escrito e muito gostoso de ler, principalmente pelo fato de Garopaba ser um lugar real. Passava sempre um tempo vendo fotos da cidade e passeando por suas ruas, além de ficar procurando os animais citados e as frutas que devem ser bem normais só para quem mora no Sul. Talvez tivesse sido melhor ter imaginado tudo do zero, mas desse jeito também funciona.

Ah, e se você chegou até aqui espero que não se importe se eu disser que um dos momentos mais bacanas é quando o título surge na narrativa, coroando uma bela passagem de violência.
Gustavo Batista 04/12/2012minha estante
Gostei da resenha. Muito boa. Só esse finalzinho com spoiler que foi sacanagem kkkk




Pablo Paz 24/07/2022

Li porque muita gente recomendava e a imprensa cultural, à época do lançamento, praticamente atuou como relações públicas do autor e da editora. Pessoalmente porém, que livro chatinho: aquelas partes do pai vivendo isolado na mata (ou caverna? Já esqueci...) é um porre... Mas, parafraseando um crítico gaúcho, é um livro bem 2012: "autorreferente, cosmopolizante e antipovo...". Para ser justo com a obra, não exatamente nessa ordem ou na mesma intensidade, mas o espírito da obra é esse aí. A começar pela 'poder de escolha' das capas do livro. Mais cafona do que isso só colunas greco-romanas (neoclássico) em mansões de classe alta...
Ana Sá 26/07/2022minha estante
Até ler sua resenha, eu achava que o problema era comigo! Tentei ler duas vezes e abandonei...


Ana Sá 26/07/2022minha estante
Um que li até o fim, mas não me convenceu tb, foi Diário da Queda, do Laub... Lembrei dele porque é recomendado no estilo do Galera... Não achei tão ruim, mas terminei por determinação... Lembro de sentir que era chato! rs


Pablo Paz 26/07/2022minha estante
Ana, essa turma aí é uma panelinha só... Mas são chatinhos! Tem muitos autores independentes (como tu) que acho muito mais relevantes.


Ana Sá 28/07/2022minha estante
Obrigada, Pablo! ?

É isso, se a gente começa a conversar sobre mercado e marketing editorial, vamos longe!! Por isso foi mesmo bom ver alguém que não curtiu "Barba...", eu me sentia um peixe fora d'água! rs




Val 14/07/2021

A Barba Ensopada de Sangue e de muita água.
Atraído pelos inúmeros elogios e boas avaliações do romance Barba Ensopada de Sangue, do paulistano – quase gaúcho - Daniel Galera, entrei na dança e viajei à pequena cidade litorânea catarinense de Garopaba, juntamente com o autor e o protagonista da obra que não tem nome.
Não sem motivo o inominável protagonista é assim assentado por Galera na obra. Um personagem à procura de si mesmo e do avô paterno por todo o enredo. Sua deficiência em reconhecer rostos (prosopagnosia) é uma tirada incrível do autor para reforçar a indefinição do protagonista consigo mesmo.
Uma obra grudenta que te impulsiona à leitura incessante, apesar do enredo desenvolvido por espasmos criativos. Não se deixe levar pela sensação de uma obra comum que remete a script de telenovela, pois você foi fisgado pela progressiva preparação que Galera faz para encaminhar suas emoções para um dramático apogeu.
No inverno praiano catarinense você vai experimentar ficar enregelado até os ossos. Num trecho com dias seguidos de chuva você vai sentir-se encharcado, tamanha a força descritiva da narrativa que sincronicamente transforma-se num ápice dramático, e sempre mais dramático. Um feito literário notável do autor que leva-nos incontrolavelmente a não parar de ler. Um primor misto de tragédia, terror e surpresas assustadoras.
Um romance onde não só a barba fica ensopada seja com água das chuvas, da piscina e do mar, seja de sangue de um protagonista tão recluso em si mesmo que não consegue perdoar, como muito bem tratado pelo autor no final do livro.
Não li ainda outras obras do Daniel Galera, mas percebo neste livro um grande escritor brasileiro, com estilo próprio, um competentíssimo e sério trabalho de pesquisa, incrível elaboração de dinâmicos diálogos, sendo detentor de excelente capacidade de construção de personagens e um texto muito bem estruturado. Um livro para encucar. Recomendo a leitura.
Valdemir Martins
13.07.2021


site: https://contracapaladob.blogspot.com/
Nina Madruga 29/07/2021minha estante
????????




Nicole Fabri 18/04/2022

Não sei explicar, só sei que amei
Sinceramente não sei o que me pegou nessa história. Ela é lenta, o personagem principal não é muito simpático... Mas tudo é contato com uma escrita maravilhosa e uma crueza que eu adoro. Fiquei muito curiosa para ler outras coisas do Daniel!
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Vinicius.Coutinho 19/05/2020

Se esse livro tivesse umas 150 páginas a menos seria melhor. A escrita é muito prolixa e a narrativa passa a sensação que a história não está sendo levada a lugar nenhum.
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Lucas 24/07/2020

Me impressionei
Foi minha primeira obra que li desse escritor e, com certeza, lerei outras! Leitura dinâmica e fluida, trama que prende a atenção e excelente construção do personagem principal. Vale muito a pena a leitura.
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Ana Pereira 07/01/2022

Gostei, mas não amei...
É um livro pouco instigante, apesar do título, porém, é uma narrativa muito boa e o primeiro capítulo é tudo e me prendeu muito. É uma história reflexiva, e mostra a busca da verdade e da identidade pessoal, bem como o autoconhecimento.

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jota 23/06/2014

Sem nome
Tem um filme interpretado por Burt Lancaster, The Swimner (1968), ou seja, O Nadador, que no Brasil recebeu o curioso título de Enigma de Uma Vida. Vi uma vez, faz algum tempo, e não me lembro direito da história que contava, mas do clima da fita: começa meio devagar mas depois vai ficando bastante interessante.

Lembrei-me de Enigma de Uma Vida enquanto lia o Barba Ensopada de Sangue, onde pintou o mesmo clima. E também porque ainda que as histórias de filme e livro não tenham nada em comum a não ser um nadador, o personagem sem nome de Galera é, sem dúvida, tão enigmático quanto aquele interpretado por Burt Lancaster.

A certa altura do livro cita-se Nietzsche (também tem budismo e outras discussões elevadas mas nada complicadas) que, como se sabe, dizia que a vida não tem sentido algum. Estaria então o nadador buscando algum significado para sua vida – se a vida não tem sentido algum então nós é que temos de dar algum significado para ela - quando se mudou para a pequena Garopaba, deixando a movimentada Porto Alegre para trás?

Ou não era nada disso e ele apenas pretendia viver ali, próximo do mar, nadar, simplesmente isso, como afirma sempre que lhe perguntam sobre sua mudança da capital gaúcha para a cidadezinha catarinense? Ainda que ao longo do livro nos sejam fornecidas várias pistas e também motivos para o comportamento do personagem, quando o livro termina você acaba ficando com uma questão em aberto. Eu, pelo menos fiquei: se o livro continuasse será que o nadador se manteria fiel ao que disse (nas derradeiras páginas), a Viviane - a ex-namorada - ou repensaria suas atitudes, agiria de outra forma então?

Exatamente por não saber como ele pode agir no capítulo seguinte ou na página seguinte, o que irá acontecer na sequência – também por outras questões ou tramas surgidas ao longo da narrativa -, a história fica um tanto viciante e foi um pouco difícil me desligar do livro e acompanhar os jogos e as notícias da Copa do Mundo nessa fase de grupos, tão viciantes quanto.

Conhecia Galera como tradutor (de David Foster Wallace, principalmente), nunca tinha lido nada dele antes mas fiquei agradavelmente surpreso com este livro que descreve Garopaba, reduto de surfistas e pescadores, com detalhes tão profundos que é quase como se você estivesse lá ou estivesse acompanhando tudo como num filme, exatamente conforme escreveu o leitor Daniel em sua resenha cinco estrelas.

Aliás, o livro todo é assim; é bastante realista sobre tudo o que se conta, mesmo quando alguns personagens falam acerca do avô do nadador, visto por eles como um fantasma vingador, ou quando se mostram adeptos de crendices populares, acreditam que os sonhos se tornam realidade, etc., notadamente as mulheres mais simples do local. Parece meio que um estudo sociológico da cidadezinha, com a vantagem de não usar terminologia da disciplina e tampouco aborrecer o leitor.

Filosofia, crendices e religiosidade à parte, em Barba Ensopada de Sangue impera mesmo o realismo: há páginas em que as coisas são descritas ou narradas como se estivéssemos lendo não um livro de ficção, mas um jornal. Como neste trecho em que Galera escreve sobre uma disputa eleitoral na cidade, mais ou menos nos moldes do que ocorre em quase todo o Brasil:

“Há um certo clima de ameaça no ar. Militantes do Partido dos Trabalhadores circulam no perímetro da praça com bandeiras vermelhas e a troca de ameaças e xingamentos [entre petistas e os opositores] é franca e sem indícios de bom humor.” O PT, como se sabe, quase sempre dissemina a divisão social e estimula o ódio por onde passa ou atua. Até mesmo na ficção...

Lido (entre várias partidas da Copa) no período de 15 a 22/06/2014.
Alê | @alexandrejjr 13/05/2021minha estante
Pena que o tempo mostrou que não é só o PT que é capaz de disseminar a divisão social, vide nosso atual - e péssimo - presidente. Belas pontuações, Jota, como sempre!


jota 13/05/2021minha estante
Sem dúvida. Sete anos atrás quem nos governava era o PT que pela corrupção e erros favoreceu a eleição dessa excrescência chamada Bolsonaro. Grato pela observação.




Luan Rocha 24/08/2021

Melhor do que parece, pois parece o que não é..
Barba ensopada de sangue é um livro muito bom, principalmente nos seus diálogos. Por outro lado foi muito cansativo ler páginas e páginas de um mesmo parágrafo, talvez eu não teria parado de ler tantas vezes se o autor não fosse tão prolixo. Mesmo assim a experiência de lê esse livro valeu a pena, principalmente por não ser exatamente o que eu esperava dessa história.
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Flavinha 09/06/2020

Uma história envolvente, que traz vários pontos a analisar em sua realidade de vida. Em alguns momentos de raiva outros de se apaixonar pelo personagem. Vale muito a leitura.
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Leticia Garozi 28/03/2020

Leitura prazerosa
Um livro muito agradável de se ler, com ótima escrita. É muito bom ler e apoiar autores brasileiro atuais, se identificar com o cenário e com a rotina do personagem principal. No entanto o final da trama é fraco e decepciona, o livro pedia mais
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