Augusto Queiroz 20/07/2022
Amizades em uma guerra... duram para sempre. Já os amores...
Comprado em 2012 e lido em 2013, este é um livro sensível e claro, com a maestria de John Boyne, que sempre surpreende em seus romances curtos. Neste caso, uma história gay, inacreditavelmente narrada dentro do contexto das trincheiras da II Guerra. Uma história, que apesar de não ser muito gráfica, caso estejam esperando por isso (John Boyne não costuma perder páginas divagando, geralmente seus livros são de narrativa bem rápida e de ação-contínua), ilustra com perfeição o sufoco do contexto e prende a nossa curiosidade por páginas e mais páginas.
Mais um romance do autor de “O Menino do Pijama Listrado”, desta vez, sediado na Inglaterra. Tristan, um veterano da II guerra, recém acabada, retorna das trincheiras e pega um trem para Norwich para encontrar com Marian, a irmã de seu ex-companheiro de batalha, William, morto nas trincheiras. Levando cartas para as entregar a ela, a pedido do morto, ele começa a narrar para ela o que aconteceu dentro daquelas trincheiras. A narrativa segue com um capítulo narrado no presente e o próximo narrado no passado, (a exemplo de outros romances do autor como “O Palácio de Inverno”), que vai nos conectando com a mente do protagonista que pode perfeitamente ver os dois lados. O que era uma simples amizade no começo, vai se tornando ao longo dos dias um tórrido romance em meio a granadas, canhoneiras e fuzis. Com a escrita já conhecida do autor, quem gostou de “O Menino do Pijama Listrado” precisa conhecer mais esta obra.
Nele também há uma cena que se conecta com “Fique Onde Está e Então, Corra!”, em que os personagens de ambos vivem a mesma cena nos dois livros.
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