A Ilha

A Ilha Aldous Huxley




Resenhas - A Ilha


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Débborah 16/04/2021

Uma ilha ideal (?)
A beleza desse livro é que muitos aspectos que são apresentados nele são tão aproximados da nossa realidade (ou do que idealmente deveria ser a nossa realidade) que ele te faz acreditar que é possível existir uma sociedade como a Palanesa. E o final chega justamente pra nos jogar de volta à nossa realidade crua.

Demorei muito tempo para ler, mas determinadas ideias dele ficaram impressas pra sempre na minha mente. Gostaria de poder discuti-las um dia.
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natália rocha 05/04/2021

Infinitamente aqui e atemporalmente agora.
??A ilha?? foi o último romance escrito por Aldous Huxley, autor inglês conhecido principalmente pela sua distopia ??Admirável mundo novo??. Ao contrário de sua obra mais famosa, aqui somos imersos em uma utopia.

A história se passa em uma ilha fictícia chamada Pala, isolada do resto do mundo e com um funcionamento totalmente utópico. Nesse lugar, o consumismo não é incentivado e a busca pelo autoconhecimento é constante.

A narrativa é guiada pelo jornalista Will Farnaby, que vai parar acidentalmente na ilha após um naufrágio. Ao se deparar com uma sociedade completamente diferente da sua, ele passa a viver entre os habitantes da ilha e é guiado em uma jornada não só para conhecer o lugar e suas particularidades, mas também para conhecer a si. É incrível acompanhar essa jornada e sentir ao longo do livro Will se encantar com esse novo modo de viver.

Quem conhece um pouco a obra do autor sabe que ele costuma trazer reflexões sobre diversos temas, o que torna a experiência de lê-lo ainda mais rica. Aqui nesse romance não é diferente, em cada capítulo nos deparamos com um debate diferente entre Will ? o representante do nosso mundo ? e algum nativo da ilha de Pala. São inúmeros os temas dessas discussões, como religião e fé, o processo de morrer, núcleo familiar exclusivo e inclusivo, medicina não tradicional, criação de vínculos afetivos saudáveis, entre outros vários.

Um aspecto, no mínimo, curioso é que há uma família de grande importância em Pala que vai contra esse sistema sereno de civilização, defendendo o progresso tecnológico e o consumo desenfreado; e conforme a narrativa avança, nós, leitores, passamos a enxergá-los como vilões. Ou seja, enxergamos o nosso modo de vida atual como algo vil, detestável (!)

O livro é repleto de trechos muito bonitos e de grande profundidade, é o tipo de leitura que tu não sai ileso, algum aprendizado tu vai levar contigo.

Escrever sobre meu livro favorito foi um desafio, há muitos pontos que gostaria de desenvolver, mas fico por aqui. Espero ter te deixado com vontade de conhecer a ilha de Pala :)
Alê | @alexandrejjr 05/04/2021minha estante
Baita texto, Natália! Curtido aqui e no Instagram. ???




Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 05/04/2021

Já Li
"A Ilha" foi escrito e publicado em 1962 e é seu último livro. Ao escrever este livro, a idéia de Huxley foi a de criar uma obra que fosse, ao mesmo tempo, o oposto e o complemento de sua famosa distopia "Admirável Mundo Novo".

O protagonista da história é Will Farnaby, um jornalista que encontra a ilha de Pala depois de um naufrágio. Ele próprio provocou o naufrágio com o objetivo de encontrar a famosa ilha e escrever uma matéria sobre ela, o que certamente o tornaria um jornalista de renome. Além disso, Farnaby tem um interesse secundário em chegar à ilha pois, em um acordo que fez com o dono do jornal para o qual trabalha, se ele conseguisse que a rainha da Ilha aprovasse um determinado contrato de petróleo, tanto ele quanto seu chefe ganhariam muito dinheiro.
A ilha é governada pela rainha Rani mas o Coronel Dipa está armando um golpe de Estado nos bastidores, golpe este que o chefe de Farnaby sabe e encoraja. E ele mesmo só conseguirá o dinheiro do acordo do petróleo se o Coronel subir ao poder.

Ao chegar na ilha de Pala, Farnaby logo percebe porque se trata de um lugar tão carregado de mistério. A estrutura da sociedade é diferente de tudo o que ele já viu antes - e vários aspectos de Pala me lembraram de "Herland - A Terra das Mulheres" de Charlotte Perkins Gilman. Cada capítulo do livro é dedicado a um personagem (ou um grupo de personagens) de Pala que ensinam a Farnaby uma lição sobre algum assunto específico, como, por exemplo, religião, moral, economia, sexo, amor, família, e assim por diante. Enquanto aprende sobre a ilha, Farnaby se vê envolvido com as pessoas e tenta não se desviar de seu propósito maior ali, o tal contrato de petróleo.

Rani e o Coronel Dipa representam dois opostos. Rani acredita que a felicidade só será possível com as condições morais e éticas existentes na ilha, enquanto o Coronel quer militarizar e modernizar Pala através da indústria, da abertura da economia e da extração do petróleo. E, embora seja classificada como uma utopia, o enredo torna-se uma distopia da metade para o final.

Algumas das ideias apresentadas são interessantes e ainda podem ser relacionadas ao que acontece hoje em dia. Não posso dizer que concordo ou discordo de tudo o que foi apresentado, mas definitivamente fornece um pouco de reflexão. Na época do lançamento (anos 1960), muitos dos ideais discutidos soam como se apelassem diretamente à contracultura que se opõe à Segunda Guerra Mundial sobre sexo, religião, controle de natalidade, consumismo, política, dinheiro, educação, guerra, racismo, drogas, cuidados de saúde, morte, amor, vida após a morte, etc.

Minha experiência de leitura não foi das melhores. A única razão pela qual continuei lendo esse livro (além de lembrar da recomendação da mulher da praça de alimentação da minha faculdade) foi por respeito a Huxley e, também, pelos fragmentos ocasionais de sabedoria ao longo da narrativa. Mas o livro em si é chatíssimo, parece uma interminável aula de Filosofia e nada realmente acontece ao longo da história. Não há conflito, tensão, eventos emocionantes, nada - apenas um personagem aparecendo atrás do outro, explicando a Farnaby como Pala resolveu todos os problemas sociais, econômicos e morais da Humanidade.

Acho que as premissas de Huxley teriam funcionado melhor se o estilo narrativo tivesse caminhado na direção do sarcasmo de Kurt Vonnegut, por exemplo, que consegue estimular a reflexão sobre a sociedade perfeita sem ser maçante. Eu não me apeguei a ninguém desse livro e, consequentemente, quando o Coronel Dipa aparece no desfecho da história, não me importei com o que veio depois, o que tirou o brilho da única coisa que realmente acontece no livro inteiro.
Por tudo isso, e por mais que eu admire muito Huxley, infelizmente não é uma leitura que eu recomendo.

site: https://perplexidadesilencio.blogspot.com/2021/04/ja-li-135-ilha-de-aldous-huxley.html
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juliapassos14 31/03/2021

Nesse romance de Aldous Huxley, Will Farnaby amanhece na ilha Pala, após naufragar com seu barco em um período difícil de sua vida. Esta ilha foi fundada pelo velho Rajá e aparenta ser uma utopia realizada. Will permanece na ilha, conhecendo seu povo, suas crenças, sua educação, suas famílias etc.

Leitura bastante interessada, mas densa, sendo necessário ir com calma.
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LUCAS 06/03/2021

Distopia?
Creio que, hoje em dia, livros como esse não podem mais ser considerados distopias. O romance narra algo que é simplesmente corriqueiro na atual sociedade capitalista: destruição de recintos em prol do desenvolvimento.?
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Jorge.Lopes 31/12/2020

Um livro, sem dúvida, atemporal!
Um livro, sem dúvida, atemporal, repleto de questões filosóficas que nos levam a repensar o modo de vida e as escolhas que nós - enquanto sociedade - fazemos. Super indico, mas vá com calma, pois a leitura pode ser bem profunda.
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Fabio Di Pietro 30/12/2020

Receita para uma sociedade do amor
Último romance de Huxley, A Ilha apresenta um estudo sociológico e antropológico de um lugar que coloca o bem estar e a felicidade do cidadão como fim último do Estado. A narrativa se desenvolve por meio de um "ocidental" carregado de todos os preconceitos de uma sociedade dividida entre o capitalismo e o comunismo que irá explorar e atacar as principais bases políticas e religiosas dessa ilha na qual os habitantes vivem de forma harmônica, cuja educação visa ao conhecimento humano e integrado com a natureza.
A sensação é de querer se mudar para ontem para esse lugar onde o amor e a compaixão são os lemas nacionais.
Creio que Huxley escreveu essa crítica à sociedade consumerista ou militar, bem como a qualquer governo autoritário com o intuito de tentar inspirar alguns a pensar em uma terceira via e também para que individualmente pensarmos em como estamos nos relacionando com uns e outros, com a natureza, com nós mesmos.
O tema da morte se faz muito presente, creio que de uma forma a preparar o próprio autor ao inexorável, dado que o romance antecede 3 anos de sua morte.
A leitura tem um nível de dificuldade médio para difícil, pois envolve muitos conceitos e desenvolvimento de temas filosóficos.
Sou suspeito para livros assim, pois acho que os melhores são aqueles que ficam reverberando na cabeça, remodelando a forma de se pensar.
Livro que mais me tocou esse ano de 2020.
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Joao.Paulo 26/12/2020

a
Obra totalmente utilitarista, Huxley parece um adolescente que acabou de se iniciar espiritualmente tentando transmitir isso da forma mais burra e funcionalista possível. O livro é repleto por parágrafos gigantes seguidos de uma linha do personagem estrangeiro perguntando ''e tal conceito? o que é isso?'' e coisas do tipo; só isso já demonstra uma ineficiência dramática e mecânica, é basicamente um movimento de pergunta e resposta com personagens que estão mais para seres vazios e funcionais do que para personagens em si.

Até existe um leve escape disso nos capítulos finais, mas que não chega a dar cócegas até voltar em sua narrativa infantil, com um moralismo disfarçado de tragédia. Para uma obra que tenta fundar uma sociedade diferente da capitalista ou comunista, focando em um humanismo e espiritualismo, ela não parece se preocupar em fugir de toda uma forma repressiva, talvez até mesmo reacionária, implícita em sua linguagem dura. Acaba dando mais a impressão de ser um livro de adolescente recém espiritualizado, que acha que consegue mudar o mundo só com suas ideias, esvaziando todo um agir (linguagem). Mesmo que as ideias da Ilha possam ser levadas em conta, antes precisariam ser retiradas desse ambiente juvenil, moralista e da pretenciosa e vergonhosa tragédia que ocorre nas últimas páginas.
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Milena.Saleh 26/11/2020

Esplêndido
Muitíssimo bem escrito! O desenvolvimento dos personagens, o cuidado em explicar tudo sem deixar incoerências, a trama em si. Maravilhoso.
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Larissa 17/11/2020

Atenção, aqui e agora!
Não é a narrativa literária mais brilhante que já li, mas no que diz respeito à história si, é das melhores, instigante. Se quiser ler uma utopia sobre um lugar onde as pessoas agem de forma coerente e conseguem uma sociedade coerente, indico a leitura. E que os mainás gritem para vc os "atenção, aqui e agora" como têm feito comigo após a leitura.
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Bruno 14/09/2020

Discussões profundas
O livro é recheado de discussões profundas que despertam a reflexão sobre diversos aspectos de nossa vida social. Devido a essa proposta a leitura se faz um pouco densa e arrastada.
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spoiler visualizar
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Quadro Cult 30/07/2020

A Ilha conta a história de Will Farnaby, jornalista inglês que trabalha para um magnata da indústria petrolífera e proprietário de um jornal. Em uma das suas viagens como correspondente internacional ele arrisca a sua entrada na ilha de Pala, local praticamente desconhecido, com o objetivo de abrir negociação com as lideranças regionais pelas reservas de petróleo.

Nessa tentativa, o seu barco acaba naufragando, tornando o nosso protagonista (acidentado) em paciente do Dr. MacPhail. Nesse estado, ele começa a conhecer mais sobre a ilha, seus costumes, sua história, cultura e filosofia. Trazendo, nesse momento, elementos suficientes para uma rica experiência literária.

No caso, o autor cria uma sociedade que deu certo, uma metáfora para desconstruir o mundo ocidental, uma utopia. Nesse universo, o consumismo, as ditaduras, a radicalização da religião e da ciência não fazem parte da vida dos moradores. O importante é ter “Atenção” no “Aqui e Agora”, como gritam as aves da área.

Boa parte da narrativa é tomada pela concepção do mundo supracitado, o que pode tornar o texto excessivamente denso, principalmente para leitores não ambientados com as discussões propostas. Apesar de ser uma leitura carregada de elementos complexos, o que faz a fluidez perder um pouco a força, é uma história que tem todos os traços da genialidade do seu construtor.

site: https://www.instagram.com/quadrocult/
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Gabriel.Furmann 28/07/2020

Excelente
O livro é excelente. A narrativa não é bem uma narrativa ?normal?. O leitor sente um pontinha do que seria uma etnografia realizada por um intelectual (não um antropólogo neste caso).
Os discursos do autor são revelados com base em diálogos abordando assuntos específicos da sociedade palanesa, o que aos poucos vai construindo cada uma das características sociais (sexo, tecnologia, política, família, drogas, educação são alguns dos assuntos abordados).

Ao fim, temos uma sociedade ?perfeita? na visão do autor, que mistura ciência e religião em porções exatas para que o ser humano busque sua essência, sua felicidade.

Vale a pena ler com toda a certeza.
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Ana 19/07/2020

Muito arrastado
Não acontece nada o livro todo, são só os personagens refletindo o tempo todo.
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