Lili Machado 07/03/2013Quanto mais ele vê e vive em Pala, mais ele descobre que a ilha deve ser preservada da civilização, a todo custoEsta é a estória da ilha utópica de Pala, no Oceano Pacífico, onde o crescimento populacional é estável e os Clubes de Adoção se sobrepõem às famílias.
Pala é uma ilha proibida, que ninguém sabe onde fica, onde uma sociedade supostamente ideal, vem florescendo há 120 anos.
Inevitavelmente, essa ilha atrai a curiosidade do resto do mundo.
Uma conspiração se inicia para dominar Pala e os acontecimentos são colocados em ação quando um jornalista, Faranby, naufraga na costa da ilha.
O que Faranby não sabe, é como o tempo em que irá passar com as pessoas da ilha, irá revolucionar todos os seus valores e – para seu prazer – lhe dará um sopro de esperança na vida.
Quanto mais ele vê e vive em Pala, mais ele descobre que a ilha deve ser preservada da civilização, a todo custo.
Num mundo onde o consumismo é o rei e a liberdade sem responsabilidade é vista como uma dádiva, Pala parece tão distante quanto os mundos de ficção científica da Isaac Asimov (resenhas no blog: http://scifinowlilimachado.wordpress.com/category/isaac-asimov-2/),e de Arthur Clarke (resenhas no blog: http://scifinowlilimachado.wordpress.com/category/arthur-c-clarke/ ).
Pala nos mostra como estamos condicionados pelo nosso entorno – e que ultrapassar esse condicionamento pode fazer o melhor para nossas vidas, apesar de continuarmos vivendo nesse mundo cruel.
Aprendemos que Moksha, na ilha, é um cogumelo alucinógeno que faz com que os Palaneses não se sintam aborrecidos, caiam vitimas das ameaças da velhice, do progresso material e da expansão territorial.
Também aprendemos sobre Maithuna – a yoga do amor.
Talvez o livro mais pessimista de Huxley, seu último, considerado por ele, o mais importante, é uma mistura perfeita da sabedoria ocidental e oriental.
Depois de ler estelivro, duvido que alguém não questione os valores morais decadentes existentes no mundo atual.