spoiler visualizarDarkpookie 11/08/2018
Manual dos Jovens Estressados
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Cury começa com uma reflexão sobre a imensa quantidade de informações disponíveis à qualquer um apenas com toques em uma tela. Isso influencia para que as crianças fiquem mais estressadas pelo excesso de conhecimento.
O autor apresenta iEstresse, o personagem inventado para acompanhar a história. Logo, começa um diálogo entre os dois, que inclui o leitor, sobre o estresse.
Existe o estresse saudável e natural e também o problemático, que afeta muitas pessoas, incluindo os adolescentes. A timidez e a insegurança são um dos tipos que mais atinge os menores. Sem a inteligência emocional as pessoas são eternas crianças.
2
O Cury inicia o capítulo com uma história de guerra de um menino e o espelho, abrindo assim um diálogo sobre a falta de auto-estima por causa de padrões inatingíveis. Ele dá dicas de como sair dessa luta contra si.
3
O autor explica sobre as janelas da memória do nosso cérebro: "As janelas neutras que contêm bilhões de informações que aprendemos na escola, nos livros, com os pais. Essas janelas têm baixo conteúdo emocional. As janelas light, que contêm as experiências de prazer, amor, de apoio, de coragem, os sonhos, a capacidade de pensar antes de reagir, a generosidade... As janelas killer ou traumáticas, que contêm experiências como o medo, a raiva e o ódio, o ciúme, a ansiedade." Também comenta sobre a técnica para ter mais controle sobre suas janelas: a DCD (Duvidar, Criticar e Determinar).
Ele e o iEstresse começam a conversar sobre os padrões de beleza que geram transtornos, como: bulimia, vigorexia, anorexia, etc; e aconselha os leitores a não caírem nestas armadilhas.
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O Cury e o iEstresse retornam a conversar sobre a janela killer duplo P ("... o primeiro P dessa janela representa o poder de aprisionar o Eu e diminuir o prazer de viver. O segundo P representa o poder de desenvolver um conflito e nos fazer pensar nele dia e noite.").
O professor iEstresse começa a contar a história de Einstein (avô do professor). Comentando que ele não era sempre genial e que levou muitos tombos por causa do estresse, e o autor completa que Einstein conseguiu desenvolver o raciocínio complexo: ("Há dois grandes tipos de raciocínio, o simples e o complexo. O raciocínio simples é unifocal, enxerga um ângulo só, enquanto o raciocínio complexo é multifocal: enxerga por múltiplos ângulos, ou lados, um mesmo fenômeno.").
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Inicia-se uma conversa sobre a inexistência da burrice. O autor argumenta que todos tem sua inteligência e há, apenas, pessoas com mais dificuldade que outras.
Cury comenta sobre o QP (quociente da arte de pensar) e lista quinze funções:
1. Pensar antes de reagir.
2. Aprender a expor e não impor as ideias.
3. Colocar-se no lugar dos outros.
4. Resiliência (capacidade de suportar contrariedades): trabalhar perdas e frustrações.
5. Proteger a emoção: ferramentas para prevenir transtornos emocionais.
6. Gerenciar o estresse.
7. Gerenciar os pensamentos.
8. Generosidade: o prazer em se doar.
9. Tolerância: a capacidade de ser flexível.
10. Carisma (arte de encantar os outros) e o trabalho em equipe.
11. A arte da dúvida.
12. A arte da crítica e autonomia.
13. Raciocínio complexo: enxergar por múltiplos ângulos os mesmos fenômenos.
14. O pensamento imaginário e a criatividade.
15. Sonhos como projetos de vida e disciplina como alicerce dos projetos.
Além disso, ele cita outras técnicas para melhorar o rendimento intelectual, libertar seu raciocínio e conquistar uma mente brilhante:
- Primeira técnica: ter prazer em aprender, paixão pelo conhecimento.
- Segunda técnica: descobrir a história por trás das informações, dar personalidade a elas.
- Terceira técnica: quem vence sem riscos e
dificuldades, sob no pódio sem glórias.
- Quarta técnica: superar as armadilhas do medo.
- Quinta técnica: superar o “coitadismo”, o conformismo e o negativismo.
"O jovem “coitadista” tem dó de si mesmo, acha-se azarado, sem sorte na vida, destinado a ser infeliz e programado para ser um derrotado.
O jovem conformista é desanimado, não tem coragem de mudar sua história, não luta
pelo que ama, deixa todo mundo passar por cima dele e, quando resolve enfrentar as pessoas, tem uma reação explosiva que fere todos ao seu redor.
O jovem negativista é aquele que só vê o lado ruim das coisas: se chove, é um problema;
se faz sol, é uma dificuldade. Maldiga de tudo e de todos, inclusive dele mesmo. Desiste facilmente dos seus sonhos, destrói sua motivação, sua garra, sua alegria."
6
- Sexta técnica: superar a neurose de estar
sempre certo.
- Sétima técnica é: não cobrar demais.
- Oitava técnica: resumir rapidamente em nossa mente o que se ouve ou o
que se estuda.
- Nona técnica chama-se estudo disciplinado: "Aula dada/aula estudada melhora
a eficiência intelectual e gasta menos energia cerebral!"
- Décima técnica: revisar rapidamente, pelo
menos por cinco minutos, cada uma das últimas três aulas ligadas à aula dada/aula estudada.
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O professor iEstresse inicia uma história:
Michael estava em uma aula de Ed. Física, mas como sempre foi o último a ser escolhido, e a situação rendeu piadas e risadas de seus colegas de turma. Michael que já tinha várias, naquele momento abriu mais janelas Killer em sua mente e fechou-se em seu mundo. Michael queria desistir de tudo e então decidiu suicidar-se. Subiu na grade de proteção de uma ponte e ameaçou pular, mas o professor iEstresse interfere na hora…
8
O professor percebe que ganhou alguns segundos e começa a narrar a história do Zoidão a Michael.
Zoidão era maltratado por todos, ninguém pensava que ele conquistaria algo, mas ele nunca desistia. Ele resolveu fazer parte de uma maratona que tinha escalada de montanha, nado no mar, quilômetros de corrida... Michael não achava que Zoidão deveria ir, seria humilhado, mas ele foi.
O professor continua contando a história onde acontecem várias coisas ruins a Zoidão, mas mesmo assim ele continuou até o fim e venceu a corrida. Michael duvida que essa história realmente aconteceu até que o professor afirma que Michael era o Zoidão: o espermatozoidão! Ele venceu a corrida da vida e estava agora querendo acabar com a sua vitória.
Michael desiste do suicídio já que entendeu a mensagem do professor e ouviu as dicas que haviam sido passadas nos últimos capítulos. Acabou se tornando uma pessoa exemplar e vivendo bem melhor!
"O verdadeiro sucesso não começa com o tanto de dinheiro que temos no banco, mas com o tanto de inteligência que desenvolvemos no cérebro."
9
O professor conta ao Cury como desenvolveu janelas duplo P que causaram sua fobia de baratas. Cury o ensina a reeditar essas janelas, afinal, "a mente, mente."
10
O autor conta uma história para nos ensinar a diferença de autônomo e autômato:
A narrativa se passa na Alemanha nazista. Mark, um alemão e Ben, um judeu eram grandes amigos. Devido à Alemanha ter perdido a Primeira Guerra os alemães haviam desenvolvido um complexo de inferioridade. Mark e Ben eram muito jovens para entender tudo isso: só queriam brincar. Eles competiam um com o outro para ver quem era mais rápido na corrida e Ben sempre ganhava, pois, era muito veloz.
No meio do tumulto social da Alemanha, surgiu Hitler: um homem com discursos agressivos para com os judeus e que inflavam o ego alemão.
Dessa forma os alemães acabaram saindo do compexo de inferioridade para o de superioridade e isso, é claro, atingiu Mark.
Os dois amigos se separaram. Ben se manteve com seu avô judeu e Mark entrou para SS, a polícia nazista.
Ben e seu avô estavam sendo levados a um campo de concentração, mas o avô não aguentou e caiu no chão incentivando a raiva dos soldados que os agrediram. Quando os dois iam ser mortos, um soldado ajudou Ben e seu avô, era Mark.
Por causa da afronta, Mark foi preso e o avô de Ben, morto em uma câmara de gás.
Ben sobreviveu ao holocausto e saiu vivo deste inferno depois de ser mantido a trabalho forçado.
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Neste capítulo Cury conta a sua história: como era um mau aluno e as ferramentas que usou para mudar isso e conseguir cursar medicina.
PRIMEIRA GRANDE FERRAMENTA intelectual para mudar minha história: a arte da dúvida para destruir suas falsas crenças.
SEGUNDA GRANDE FERRAMENTA para reescrever minha história: a arte da crítica para destruir seus medos.
TERCEIRA GRANDE FERRAMENTA: a arte de agir ou determinar.
QUARTA GRANDE FERRAMENTA: toda mente é um cofre. Não adianta arrombá-la, é necessário usar a chave certa.
QUINTA GRANDE FERRAMENTA: sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas, e disciplina sem sonhos produz pessoas que só obedecem à ordens.
SEXTA GRANDE FERRAMENTA: estudar, ler e aprender.
SÉTIMA GRANDE FERRAMENTA: o destino, frequentemente, não é inevitável, mas uma questão de escolha. É o novo significado da sorte.
OITAVA GRANDE FERRAMENTA: todas as escolhas têm perdas.
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Depois de entrar na faculdade de medicina ele percebeu que não sabia lidar com suas emoções e aprendeu novas ferramentas:
NONA GRANDE FERRAMENTA intelectual: a dor nos destrói ou nos constrói.
DÉCIMA GRANDE FERRAMENTA: fantasma desconhecido se torna um monstro, fantasma conhecido pode ser dominado e domesticado.
DÉCIMA PRIMEIRA GRANDE FERRAMENTA: se a sociedade nos abandona, a solidão é suportável, mas, se nós mesmos nos abandonamos, ela é quase intolerável!
DÉCIMA SEGUNDA GRANDE FERRAMENTA: a capacidade de observar para ver o invisível e ouvir o inaudível.
DÉCIMA TERCEIRA GRANDE FERRAMENTA: Não há celebridades nem anônimos, ricos ou miseráveis, psiquiatras ou pacientes, cada ser humano é um mundo a ser descoberto.
DÉCIMA QUARTA GRANDE FERRAMENTA: quem não é fiel à sua consciência, tem uma dívida impagável consigo mesmo.
DÉCIMA QUINTA GRANDE FERRAMENTA: Quem vence sem riscos sobe no pódio sem glória!
DÉCIMA SEXTA GRANDE FERRAMENTA para mudar minha história: sonhos não determinam o lugar onde você
vai chegar, mas produzem a força necessária para o retirar do lugar em que você está.
Assim o autor finaliza seu livro, lotado de conhecimentos essenciais à vida de qualquer um. A escrita impecável, engraçada e includente. Te convida a pensar sobre os assuntos abordados enquanto a leitura acontece, como em uma conversa agradável.