Nanda Meireles 29/06/2016
Hex Hall #2 já começa em um pique delicioso. Finalmente temos o tão esperado encontro de pai e filha! Espia só a reação do Chefe do Grande Conselho sobre tudo pelo qual Sophie passou [ou deveria dizer “causou”?]:
“— Agora, para a maioria das pessoas, quase ser assassinada por um bruxo que trabalha com o Olho seria emoção suficiente para um semestre. Mas você também se envolveu com um coven de bruxas negras liderado por — ele passou o dedo ao longo da página — ah, Elodie Parris. Miss Parris e suas amigas, Anna Gilroy e Chaston Burnett, assassinaram outro membro do seu coven, Holly Mitchell, e convocaram um demônio que acabou por ser sua bisavó, Alice Barrow.
Meu estômago torceu. Eu passei os últimos seis meses, tentando não pensar em tudo o que tinha acontecido no ano passado. Para ter tudo sendo lido na voz sem emoção de papai… Bem, vamos apenas dizer que eu estava começando a desejar que eu tivesse ficado na lagoa.
— Depois de Alice atacar Chaston e Ana, ela matou Elodie, e depois você a matou.
Eu vi seus olhos desviarem do papel e para a minha mão direita. Uma cicatriz enrugada corria pela palma da minha mão, uma lembrança daquela noite. Demonglass deixa uma marca e tanto.
Pigarreando, papai deixou cair o papel. — Então, sim, Sophia, eu concordo que você teve um semestre intenso. Irônico considerando o fato de que eu mandei você aqui para estar segura.”
E logo em seguida uma surpresa, que por ser revelada nas primeiras páginas não considero um spoiler contar [ou gritar] pra vocês: Cal é o noivo prometido de Sophie! O.M.G! Acho que não comentei antes sobre o fato de toda bruxa aos treze anos ser prometida a um bruxo que tem poderes complementares e boa linhagem. Obviamente, pelo relacionamento distante de Sophie com o pai, nada havia sido dito sobre um compromisso para ela. E paralelamente temos o jovem Cal, recém formado de Hex Hall e com poderes extraordinários que ronda Sophie de forma reservada, mas que tem tudo para ser um par romântico se não fosse Cross…
Pois é, Archer Cross volta. E traz consigo revelações que de início soam falsas, mas logo se provam dolorosamente verdadeiras. Hecate Hall não é o que parece. Nesse livro, não é exagero dizer que ninguém é o que parece.
Depois de tudo que rolou, Sophie quer ter seus poderes removidos. Bem compreensível, se alguém me perguntar. A garota só tem associações ruins ao que ela é de verdade. Porém seu pai teme que essa escolha seja um erro e a encoraja a fazer uma viagem ao conselho em Londres, para conhecer sua espécie e a si mesma antes de tomar uma decisão final.
Cal e Jenna a acompanham. O relacionamento entre Sophie e Cal é repleto de sarcasmos e fica numa linha morna, embora eu esperasse muito mais. Já deve ter dado para perceber que eu sou meio #CalTeam. Fazer o quê, não gosto nem um pouco da atitude “sou bom demais” de Cross.
Em Londres Sophie encontra duras verdades. Sim, há outros como ela, porém criados recentemente para uma guerra iminente. Os inimigos verdadeiros se revelam e alianças inacreditáveis começam a ser tecidas.
Hecate não é mais segura. Seu pai não é mais quem manda e entre jogos de manipulações pode-se até pensar que ele jamais esteve totalmente no poder. Por fim, todos que Sophie ama [Pai, mãe, Cross, Cal, Jenna] estão em perigo e ela precisa lutar.
Assim termina o segundo volume da série. Nesse ponto de loucura e gritos da minha parte. Coisa do tipo: “Nããããão pode acabar assim!”. Mas tudo bem, sejamos adultos e superemos [nada a ver com o fato de que eu tenho já me esperando o último volume da série, imagina!]. Haha.
Enfim, Hex Hall #2 se resume a suspiros, músculos tensos e divagações.
Particularmente, um excelente exemplo do que deveria ser uma trilogia: Livro 1 – apresentação e conquista do leitor [confere]. Livro 2 – desenvolvimento e direcionamento para uma reviravolta na trama [confere]. Livro 3 – conclusão e sensação de “quero mais” [tomara que assim seja].
Seja como for, eu conto pra vocês em breve ;)
“Eu ouvi muito sobre você, tanto de seu pai e de Anastasia.
— Sra. Casnoff? — Oh, Deus, isso é onde a mulher tinha conseguido as fofocas de Sophie Mercer, fiquei surpresa que ela me cumprimentou com um aperto de mão, em vez de um exorcismo.”
“Então eu sentei no chão sujo de um moinho de milho do século XVIII, e assisti o meu noivo curar o cara que eu amava."