Manú Tristíssimo 08/12/2023
Que inferno, hein, Gabriel!
Releitura que foi na tentativa de voltar com o hábito de leitura e não sei se foi uma boa idéia.
Eu li essa benção quando era bem novinha e na época foi uma das sete maravilhas do mundo, mas pra resenha de hoje... senta aqui, vamos falar mal de um livro!
Pra começar, o enredo é bem criativo, o envolvimento de Dante no livro é muito interessante, só foi desperdiçado num romance água com açúcar.
Júlia é um monga que aceita ser humilhada em boa parte do livro, aguenta calada apenas por amor. Me poupe, com 20 anos nas costas isso me é inaceitável!
E Gabriel é um homem de natureza ruim, seu olhar de desdém é pra qualquer um que ele considere que esteja abaixo dele. É nojento o jeito que ele trata a Júlia antes de lembrar das coisas, é maldoso de graça o tempo todo e depois de um certo momento deixei de ter empatia com a protagonista, tava simplesmente pedindo pra ser tratada como trouxa.
Óbvio que não foi ruim de tudo, em alguns momentos a nostalgia foi muito gostosa, em pouquíssimos momentos o coração ficou quentinho ao ler e eu pude sentir exatamente o que eu senti lendo pela primeira vez.
Mas por que as 5 estrelas então? Porque eu amei da primeira vez que eu li, portanto não quero mudar. Mas atualmente ganharia 3 estrelas apenas pelo trabalho que deve ter dado pra estudar sobre Dante e suas obras, e por ser muito bem escrito.
E o que eu senti lendo esse livro?
Um pouco de tudo, todos os sentimentos são válidos. Não sei se recomendo, pode ser um prato cheio pra alguns e uma perda de tempo pra outros e surpreendentemente, eu tive essas duas experiências. Não tenho interesse em ler as continuações, mas valeu a experiência. Passar raiva também é necessário às vezes.