Jeniffer 13/01/2014Apaixonante e encantadorAs violetas de Março me chamou atenção desde o nome (que amei) até sua sinopse, que prometia trazer-me uma leitura super agradável e aconchegante, por tratar de uma história envolvendo diário (que amo), e ainda um antigo diário que pode mudar o destino de alguém. E sim, foi uma leitura mais do que agradável e aconchegante.
Emily Wilson acaba de divorciar-se, após descobrir a traição de seu marido. Devastada e se sentindo perdida, aceita o conselho de sua melhor amiga, Annabelle, e volta á ilha Bainbridge, onde sua tia Bee mora. Recordando sua infância quando passava as férias naquela ilha, que lhe traz tantas lembranças boas, Emily mal sabe que a tal ilha trará novas e chocantes lembranças sobre outras pessoas, participantes de uma história que ela desconhece e mal entende que irá mudar não só as escolhas que tomará, mas também mexerá com lembranças enterradas na vida de algumas pessoas ao seu redor.
E As violetas de Março é isso, um emaranhado de segredos que te deixam cada vez mais curioso e ansioso para saber os desfechos dele; por mais que o mistério da revelação de cada um deles e o desenrolar de tais mistérios sejam instigantes, não dá para não ficar ansiosa para conhecer a história verdadeira escondida tão bem nesse enredo lindo.
Me descobri lendo e favoritando livros de histórias atuais que continham uma história do passado que mudará o tempo presente dos personagens envolvidos e que tira o fôlego no desenrolar dos mistérios envoltos nos segredos passados. Foi assim com A casa das orquídeas e Jardim de Inverno e agora com As violetas de Março. Pode parecer repetitivo os livros com o mesmo tipo de enredo, mas apenas o 'esqueleto' desses enredos são parecidos; as histórias narradas tem suas diferenças e grandes diferenças que os fazem serem únicos. Livros assim me cativam e me marcam de uma forma que não consigo compreender muito bem; talvez seja o grande interesse que tenho por histórias do passado, com seus finais trágicos ou não, que fazem parte da história de vida de alguém e que acho tão interessante em ler e talvez me imaginar fazendo parte das histórias, não sei.
Esse livro em específico traz personagens cativantes, como Bee, a tia de Emi, e Evelyn, melhor amiga de sua tia, que mesmo estando em estado terminal não perde sua singularidade em ser ela mesma, partindo de uma forma bonita e deixando saudades em nós, leitores. Mas também traz personagens que podem irritar e te fazer repensar em algumas atitudes que você mesma pode tomar, como Esther, a dona do diário enigmático que Emi encontra e tanto a interessa. A nossa narradora, Emily, é uma escritora e não tem como não se identificar com ela, pelo seu interesse no diário, pela sua paixão pela ilha e pelo seu drama na falta de inspiração em sua escrita.
Além de tais características marcantes que fizeram de Violetas de Março ser mais uma das boas leituras do ano (leitura de 2013, desculpem a demora em postá-la), ainda temos todo o cenário da ilha de Brainbridge, que, se eu pudesse ter realizado essa leitura numa casa à beira de uma praia me sentiria ainda mais imersa na história de Esther e Emily, mas deu para sentir a brisa do mar a cada cena descrita e a areia nos pés a cada caminhada de nossa protagonista. Enfim, um cenário lindo.
Violetas de Março é encantador, como diz Beth Hoffman, uma das críticas que aparece na contra-capa do livro. E para seu primeiro livro, Sarah acertou em cheio no enredo, na história, nos personagens e no desfecho emocionante. Recomendo a todos que já leram A casa das orquídeas e Jardim de inverno, que gostaram de tais livros e aos eternos amantes de romances entrelaçados, cheios de segredos, traições e momentos emocionantes.
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